quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Rússia reforça defesa antimísseis em Kaliningrado

A Rússia reforçou sua defesa antiaérea em Kaliningrado com mísseis terra-ar de curto alcance em resposta ao aumento da presença da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, na Polônia e nas repúblicas bálticas da antiga União Soviética, noticiou a agência russa Interfax citando como fonte a Frota do Mar Báltico.

O presidente Vladimir Putin visitou a região, um enclave russo entre a Lituânia e a Polônia, fundado por cavaleiros teutônicos (germânicos) em 1255 com o nome de Königsberg. Lá, nasceu e viveu o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804).

Em 1945, passou a se chamar Kaliningrado como uma província russa dentro da União Soviética, que na época dominava as repúblicas bálticas e a Europa Oriental depois da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Kaliningrado é o centro nevrálgico do fortalecimento da Rússia diante da expansão da OTAN até suas fronteiras na era pós-soviética. Diante do colapso do Tratado sobre Forças Nucleares Intermediárias, assinado em 1987 pelos EUA e a URSS para acabar com os mísseis nucleares de curto e médio alcances, os dois lados vão instalar mais mísseis na região.

Putin foi inspecionar o desenvolvimento de um novo míssil teleguiado disparado de corveta que deve entrar em operação até o fim do ano.

A anexação ilegal da península da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, pela Rússia em 2014 rebaixou as relações do Kremlin com o Ocidente ao nível mais baixo desde o degelo na Guerra Fria, promovido pelo presidente americano Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev, que negociaram o acordo de desarmamento rompido em agosto.

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