A Rússia reforçou sua defesa antiaérea em Kaliningrado com mísseis terra-ar de curto alcance em resposta ao aumento da presença da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, na Polônia e nas repúblicas bálticas da antiga União Soviética, noticiou a agência russa Interfax citando como fonte a Frota do Mar Báltico.
O presidente Vladimir Putin visitou a região, um enclave russo entre a Lituânia e a Polônia, fundado por cavaleiros teutônicos (germânicos) em 1255 com o nome de Königsberg. Lá, nasceu e viveu o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804).
Em 1945, passou a se chamar Kaliningrado como uma província russa dentro da União Soviética, que na época dominava as repúblicas bálticas e a Europa Oriental depois da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Kaliningrado é o centro nevrálgico do fortalecimento da Rússia diante da expansão da OTAN até suas fronteiras na era pós-soviética. Diante do colapso do Tratado sobre Forças Nucleares Intermediárias, assinado em 1987 pelos EUA e a URSS para acabar com os mísseis nucleares de curto e médio alcances, os dois lados vão instalar mais mísseis na região.
Putin foi inspecionar o desenvolvimento de um novo míssil teleguiado disparado de corveta que deve entrar em operação até o fim do ano.
A anexação ilegal da península da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, pela Rússia em 2014 rebaixou as relações do Kremlin com o Ocidente ao nível mais baixo desde o degelo na Guerra Fria, promovido pelo presidente americano Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev, que negociaram o acordo de desarmamento rompido em agosto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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