quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Neonazista ataca sinagoga e restaurante turco na Alemanha

Duas pessoas morreram e outras duas saíram gravemente feridas ontem de um atentado terrorista cometido por um simpatizante neonazista na cidade de Halle, no estado da Alta Saxônia, na antiga Alemanha Oriental, onde a extrema direita é mais forte. 

O terrorista, identificado como Stephan Balliet, transmitiu a ação durante 35 minutos via Internet com um telefone celular acoplado a um capacete até ser baleado e preso pela polícia.

Havia entre 70 e 80 pessoas festejando o Dia do Perdão na sinagoga do bairro de Paulus. O terrorista atirou contra a porta, tentando arrombá-la para invadir o prédio. Sem conseguir, foi até um restaurante turco de kebabs, onde jogou uma granada na porta antes de disparar para dentro.

Durante a transmissão, o terrorista de extrema direita divulgou um manifesto antifeminista e antissemita, seguindo o exemplo do terrorista australiano que matou 51 pessoas em Christchurch, na Nova Zelândia, em 15 de março deste ano.

A segurança foi reforçada nas sinagogas de Berlim, Dresden e Leipzig, em estações de trem e aeroportos do centro da Alemanha e nas estradas que levam à Polônia e à República Tcheca. À noite, a chanceler (primeira-ministra) democrata-cristã Angela Merkel foi a uma sinagoga de Berlim prestar solidariedade à comunidade judaica.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, denunciou o atentando "no dia mais sagrado para o nosso povo" como "uma nova manifestação do crescente antissemitismo na Europa". Na França, o presidente Emmanuel Macron declarou apoio a toda a comunidade judaica.

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