Depois de três dias de protestos violentos e saques, com dez mortes num ataque a supermercado a uma fábrica, o presidente Sebastián Piñera suspendeu um aumento nas passagens do metrô e decretou estado de emergência e toque de recolher noturno na região metropolitana de Santiago do Chile e em outras quatro cidades. Mais de 150 pessoas foram feridas e 1,5 mil foram presas.
"Estamos em guerra contra um inimigo poderoso e implacável, que não respeita nada nem ninguém e que está disposto a usar a violência e a delinquência sem nenhum limite, que está disposto a queimar nossos hospitais, o metrô, os supermercados, com o único objetivo de infligir o maior dano posssível", declarou presidente conservador chileno.
Piñera acusou grupos infiltrados nas manifestações para promover a violência de "estarem em guerra contra todos os chilenos que querem viver na democracia": "Estamos conscientes de que têm um grau de organização e logística que é próprio do crime organizado."
O presidente prometeu um "enorme esforço" para fazer desta segunda-feira um dia normal e pediu "a todos os compatriotas que nos unamos nesta batalha que não podemos perder. Não vamos permitir que os violentos e delinquentes se sintam donos do nosso país."
Diante da vitória com a revogação do aumento nas passagens do metrô de Santiago, os manifestantes exigem agora políticas sociais de combate à miséria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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