domingo, 6 de outubro de 2019

Primeiro-ministro socialista vence eleições em Portugal

Com 37% dos votos, o Partido Socialista (PS) venceu as eleições parlamentares deste domingo em Portugal. Falta definir o resultado de apenas quatro cadeiras, os socialistas terão pelo menos 106 dos 230 deputados  da Assembleia da República.

O primeiro-ministro António Costa quer ampliar a coalizão de governo, chamada popularmente de geringonça. A extrema direita entra no parlamento pela primeira vez desde a democratização do país, em 1974, com a eleição de um deputado do partido Chega.

Com 20 deputados a mais do que tinha, o PS precisa de apenas mais dez votos para ter maioria absoluta. Isto aumenta a margem de manobra de Costa para formar o futuro governo. O novo parlamento terá 10 partidos.

Em segundo lugar, ficou a aliança de centro-direita liderada pelo Partido Social-Democrata, com 28% dos votos e 77 deputados, seguido pelo Bloco de Esquerda, que ficou estagnado com pouco menos de 10% dos votos e 19 cadeiras, e pela Coligação Democrática Unitária (CDU), formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista os Verdes (PEV), com 6,5% e 12 deputados.

A aliança conservadora Centro Democrático Social-Partido Popular (CDS-PP) decepcionou. Com 4,25% e apenas cinco deputados, a líder Assunção Cristas renunciou. O PAN (Pessoas-Animais-Natureza) é um partido político dedicado a causas ecológicas e aos direitos humanos. Com 3,28% e quatro deputados, deve ser convidado pelo primeiro-ministro para integrar o novo governo.

O Chega, de extrema direita, teve 1,3% dos votos e elegeu um deputado, André Ventura, um acadêmico, comentarista de televisão e ex-vereador do PSD que defende um regime presidencialista. O partido se apresenta como "conservador nos costumes, liberal na economia e nacionalista".

A Iniciativa Liberal, que prega "menos Estado e mais liberdade", também ficou em 1,3% e um deputado. Com 1,1%, o Livre também elegeu apenas um deputado. É um partido que defende "o universalismo, a liberdade, a igualdade, a solidariedade, o socialismo, a ecologia e o europeísmo. Também deve ser convidado para participar do novo governo.

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