A economia chinesa, segunda maior do mundo depois dos Estados Unidos, cresceu num ritmo de 6% ao ano no terceiro trimestre de 2019, noticiou hoje o Birô Nacional de Estatísticas. O que seria extraordinário para todos os outros países do mundo, para a China é o menor em quase 30 anos.
Hoje a China cresce no ritmo do final dos anos 1980s, mas a economia é várias vezes maior. Não poderia crescer a taxas acima de 10% por muito tempo.
"De modo geral, a economia nacional manteve a estabilidade nos primeiros três trimestres do ano", declarou o órgão oficial de estatísticas da China. "No entanto, devemos estar atentos. Dadas as condições econômicas graves e complicadas interna e externamente, a desaceleração do crescimento da economia global e o aumento das incertezas e instabilidades externas, a economia está sob pressão crescente para baixo."
A desaceleração na China é anunciada na semana em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu que o crescimento global vai cair para 3% neste ano, o menor índice desde 2009, quando acabou a Grande Recessão nos Estados Unidos e também no Brasil.
A China continuou crescendo naquela crise. Agora, as exportações chinesas caíram 3,2% na comparação anual, num sinal evidente do impacto da guerra comercial do presidente Donald Trump. Com a queda nas importações americanas, os preços ao produtor registraram em setembro baixa de 1,2% ao ano.
Na semana passada, o presidente dos EUA anunciou um acordo preliminar não confirmado integralmente pelos chineses. Os negociadores dos dois países preparam um texto final a ser assinado por Trump e pelo ditador Xi Jinping durante a reunião de cúpula anual do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), em 16 e 17 de novembro, em Santiago, no Chile.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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