quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Secretário do Conselho de Segurança Nacional da Rússia visita Cuba

O secretário do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Nikolai Patruchev, esteve ontem em Havana, onde se encontra com o presidente Miguel Díaz Canel Bermúdez e o ministro do Interior de Cuba, Julio Cesar Gandarilla Bermejo, noticiou a agência russa Tass.

A visita é mais um sinal da estratégia russa de diversificar suas relações diplomáticas e fomentar uma rivalidade com o Ocidente. Durante o encontro, os dois países assinaram um memorando de entendimento para manter um diálogo permanente sobre questões como terrorismo, criminalidade e comércio de armas.

Em julho, o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, estiveram na ilha, onde se encontrou com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parilla, para discutir o fortalecimento das relações econômicas entre os dois países, que eram aliados no tempo da União Soviética.

Sob pressão dos Estados Unidos por estatizar propriedades de americanos em Cuba, o ditador Fidel Castro se aproximou da União Soviética. Depois da fracassada tentativa de invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961, Fidel pediu proteção a Moscou.

O momento mais crítico da Guerra Fria foi a Crise dos Mísseis em Cuba. Em 14 de outubro de 1962, um avião-espião dos EUA fotografou mísseis nucleares que estavam sendo instalados na ilha. Durante duas semanas, as duas superpotências estiveram mais perto do que nunca de uma guerra nuclear.

Com a abertura promovida pelo líder soviético Mikhail Gorbachev a partir de março de 1985, o Kremlin se afastou do regime comunista cubano, que rejeitou as reformas liberalizantes. O fim da ajuda e do petróleo subsidiado da URSS provocou uma grave crise econômica em Cuba, o "período especial", marcado por um duro racionamento.

O alívio veio em 1999, com a ascensão ao poder de Hugo Chávez na Venezuela, que voltou a fornecer petróleo barato à ilha em troca de ajuda para manter a segurança interna e do trabalho de médicos cubanos. Com o virtual colapso da economia venezuelana e o fim da reaproximação com os EUA promovida pelo presidente Barack Obama, a ditadura Cuba tenta diversificar as parcerias para sobreviver.

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