Além da Argentina, o Uruguai realizou eleições presidenciais no último domingo. E pode fazer o contrário do que fez o país vizinho, que trocou o presidente direitista Mauricio Macri pelo esquerdista Alberto Fernáncez. Depois de 15 anos de governos da esquerdista Frente Ampla, o Uruguai pode dar uma guinada à direita no segundo turno, em 24 de novembro.
O candidato da esquerda, Daniel Martínez, obteve 39,17% dos votos ontem no primeiro turno, contra 28,59% para Luis Alberto Lacalle Pou, do Partido Nacional (blanco). Mas o terceiro colocado, Ernesto Talvi (12,32%), do Partido Colorado, e o quarto, Guido Manini Ríos (10,88%), do Cabildo Aberto, anunciaram o apoio a Lacalle Pou no segundo turno.
Desde 1999, um candidato da Frente Ampla não tinha uma votação tão fraca no primeiro turno. Será um segundo turno difícil para Martínez contra Lacalle Pou, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-95). Em 2014, Lacalle Pou perdeu para o atual presidente, Tabaré Vázquez.
A estagnação econômica com as crises no Brasil e na Argentina e um aumento da criminalidade abalaram o prestígio da Frente Ampla. A situação hoje é mais favorável à oposição.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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