sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Protestos contra governo do Iraque resultam em 33 mortes

Pelo quarto dia seguido, milhares de iraquianos protestam contra a corrupção, a miséria, o desemprego e a falta de serviços públicos essenciais. O governo reage com gás lacrimogênio e munição real. Ao menos 33 pessoas foram mortas, 40 de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos.

Dezesseis anos depois da invasão ordenada pelo presidente George W. Bush para derrubar o ditador Saddam Hussein, o Iraque ainda sofre as pesadas consequências da invasão americana, feita sob o falso pretexto de que o Iraque possuía armas de destruição em massa. 

Há quatro dias, milhares de pessoas, sobretudo jovens, protestam nas ruas de Bagdá e das principais cidades do Sul do país contra a corrupção, a miséria, que afeta a maioria dos 40 milhões de habitantes, o desemprego, que atinge 25% dos jovens, e a falta de serviços básicos como o fornecimento de água e energia elétrica. 

A infraestrutura já apresentava problemas por causa dos oitos anos da guerra contra o Irã nos anos 1980s e das sanções impostas pelas Nações Unidas depois da Guerra do Golfo de 1991, para expulsar os iraquianos do Kuwait. 

Desde que os bombardeios dos Estados Unidos arrasaram a infraestrutura do Iraque, o país com a quinta maior reserva mundial de petróleo não consegue fornecer energia regularmente nem para a capital. Meu comentário:
No quinto dia de protestos, o total de mortos chegou a 93 pessoas. Mais de 4 mil soldados americanos foram mortos desde a invasão de 2003. O sítio Iraq Body County estimou o total de mortos em 288 mil.

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