quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Evo Morales, acusado de fraude, denuncia tentativa de golpe na Bolívia

Sob suspeita de fraude, depois de violar a Constituição para concorrer à terceira reeleição, o presidente Evo Morales denuncia uma ameaça de golpe e decreta estado de emergência na Bolívia.

No domingo à noite, com 83% das urnas apuradas, os resultados preliminares indicavam que seria necessário um segundo turno, previsto para 15 de dezembro. Morales tinha 45% dos votos válidos contra 38% do ex-presidente Carlos Mesa, derrubado em 2005 por uma onda de protestos liderada por Morales, na época um líder indígena e sindical. 

Pela lei boliviana, vence no primeiro turno quem conseguir mais da metade dos votos válidos ou 40% dos votos e uma vantagem de pelo menos dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.


Mas, no fim da noite de domingo, o Tribunal Supremo Eleitoral suspendeu a apuração preliminar. Na segunda-feira, quando a contagem manual voto a voto mostrava os dois candidatos com 42% dos votos e uma pequena vantagem para Mesa, a Justiça parou com a apuração voto a voto, retomou a apuração preliminar e anunciou a vitória do atual presidente com 46,86% dos votos válidos contra 36,73% com 95% das urnas apuradas. 


Imediatamente, Mesa rejeitou o resultado oficial e convocou a população boliviana à “resistência democrática”. Manifestantes oposicionistas saíram às ruas para denunciar uma fraude eleitoral. Meu comentário:

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