No Iraque,
as manifestações de massa das últimas semanas partiram principalmente da classe
operária num país onde um quarto da população vive na miséria. No Líbano, os
protestos começaram pela classe média alta. No centro de Beirute na semana passada,
havia mulheres com óculos e roupas de grife.
Apesar deste contraste evidente, há algo em comum além da questão econômica. O Iraque e o Líbano enfrentam a paralisia, a corrupção e a incompetência de sistemas políticos que dividem o poder entre os principais grupos étnico-religiosos, observa um artigo de Anchal Vohra na revista Foreign Policy.
Apesar deste contraste evidente, há algo em comum além da questão econômica. O Iraque e o Líbano enfrentam a paralisia, a corrupção e a incompetência de sistemas políticos que dividem o poder entre os principais grupos étnico-religiosos, observa um artigo de Anchal Vohra na revista Foreign Policy.
Os
protestos no Líbano começaram em dezembro do ano passado. Com a paralisia do
sistema político, o país estava sem governo enquanto as condições de vida da população
pioravam. Faltam empregos, faltam 100 milhões de empregos nos países árabes, os
cortes de energia elétrica são frequentes e a dívida pública chegou a 150% do
produto interno bruto. Proporcionalmente, é a terceira maior do mundo. O Líbano
está falido.
Desde que
tomou posse, o atual primeiro-ministro, o sunita Saad Hariri, tentou cortar gastos,
mas recuou diante de greves. Quando o governo anunciou a cobrança de impostos
pelo uso do WhatsApp, uma multidão de até 1 milhão de pessoas, um sexto da
população total do Líbano, saiu às ruas.Meu comentário:
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