Sob pressão do presidente Donald Trump, o Conselho da Reserva Federal (Fed), a direção do banco central dos Estados Unidos, baixou hoje a taxa básica de juros da maior economia do mundo em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 1,5% a 1,75%.
Apesar do desemprego baixo, de aumento dos salários e de consumo pessoal em bom nível, o Fed cortou três vezes sua taxa básica desde julho, numa redução de 0,75 ponto percentual. Mas indicou que deve ser o último corte neste ciclo.
Quando o Comitê de Mercado Aberto se reuniu ontem, o Departamento do Comércio revelou que o investimento das empresas caiu 3% em 12 meses, o pior índice desde a recessão industrial de 2015 e 2016 nos EUA. O aumento do consumo pessoal se desacelerou, mas registrou alta de 2,9% num ano.
Hoje o Departamento do Comércio anunciou que o produto interno bruto americano cresceu no terceiro trimestre deste ano num ritmo anual de 1,9%. No segundo trimestre, a expansão foi de 2% ao ano.
"O PIB do terceiro trimestre reafirma a visão do Fed de que, enquanto o mercado de trabalho e o consumo continuam fortes, o investimento e as exportações permanecem fracos e continuam a representar risco de baixa para a perspectiva econômica", comentou a economista Ellen Zentner, do banco Morgan Stanley.
Trump está pressionando o Fed a baixar os juros para compensar o impacto de sua guerra comercial com a China, numa interferência sem precedentes na história recente sobre uma instituição com independência operacional.
Para o analista Brian Coulton, da agência de classificação de risco Fitch, "os danos da guerra comercial estão claramente visíveis nos números dos investimentos das empresas, que mostraram uma queda consecutiva, em dois trimestres, em ritmo de 3% ao ano, mas os indicadores do consumo estão bem melhores.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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