A vitória da chapa peronista, formada por Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner, que não são parentes, era mais do que esperada desde as eleições primárias de 11 de agosto. A vantagem de apenas sete pontos percentuais ficou muito abaixo dos 15 pontos da primária.
O presidente Mauricio Macri conseguiu reduzir a dimensão da derrota. Sua aliança elegeu apenas um deputado a menor do que a coalizão vencedora, a Frente para Todos. Isso o qualifica como líder da oposição.
Mas Macri foi o grande perdedor no último domingo. As reformas que propôs para, nas suas palavras, transformar a Argentina num país normal, fracassaram. O atual presidente entrega o país, em 10 de dezembro, em situação muito pior do que recebeu.
A inflação anual
ronda os 60%, a economia recuou 3,8% em 12 meses, a taxa básica de juros está
em 70% ao ano, o peso argentino caiu 80% durante o governo Macri, o desemprego
passa de 10% ao ano, 35,4% dos argentinos vivem na miséria e agora ainda têm
mais uma dívida de 57 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional, o
FMI. Com estes números, nenhum governo se reelege em país democrático.
Alberto
Fernández recebe uma das piores heranças econômicas do mundo. Em situação pior,
só consigo pensar na Venezuela e no Zimbábue. Meu comentário:
Nenhum comentário:
Postar um comentário