Os eleitores da Suíça rejeitaram três propostas submetidas a referendo neste domingo, 30 de novembro de 2014. Por 74%, foram contra limitar o número de imigrantes a 0,2% da população do país.
Em outra consulta popular, 77% descartaram um plano para manter 20% das reservas da Suíça em ouro. Isso obrigaria o banco central do país a comprar grandes quantidades de ouro, elevando o preço internacional.
Por 59%, o eleitorado suíço derrotou uma iniciativa para acabar com isenções de impostos para estrangeiros, uma das atrações do centro financeiro do país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 30 de novembro de 2014
Líder da oposição ameaça parar o Paquistão
Durante comício hoje em Islamabade, o líder do Movimento pela Justiça, Imran Khan, prometeu paralisar várias cidades do Paquistão numa onda de protestos contra o primeiro-ministro Nawaz Sharif, da Liga Muçulmana do Paquistão, informou a televisão árabe Al Jazira, especializada em jornalismo.
Khan, um ex-capitão da seleção de críquete do Paquistão convertido em político, convocou grandes manifestações de protestos para 4 de dezembro em Lahore, 8 de dezembro em Faissalabade e 12 de dezembro em Caráchi, a maior e mais rica cidade paquistanesa, e para o país inteiro dem 16 de dezembro de 2014.
Há 110 dias, o partido de Khan faz um protesto sentado diante do Parlamento, em Islamabade, para exigir a queda do governo alegando que houve manipulação e fraude nas eleições de 2013.
Khan, um ex-capitão da seleção de críquete do Paquistão convertido em político, convocou grandes manifestações de protestos para 4 de dezembro em Lahore, 8 de dezembro em Faissalabade e 12 de dezembro em Caráchi, a maior e mais rica cidade paquistanesa, e para o país inteiro dem 16 de dezembro de 2014.
Há 110 dias, o partido de Khan faz um protesto sentado diante do Parlamento, em Islamabade, para exigir a queda do governo alegando que houve manipulação e fraude nas eleições de 2013.
EUA e aliados bombardeiam 30 vezes a capital do Estado Islâmico
A coalizão liderada pelos Estados Unidos lançou ontem 30 ataques aéreos contra a cidade de Rakka, no Norte da Síria, considerada a capital, revelou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental com sede em Londres, citado pela agência de notícias Reuters.
Em julho, o Estado Islâmico tomou a última base militar ainda em poder do Exército da Síria em Rakka.
Em julho, o Estado Islâmico tomou a última base militar ainda em poder do Exército da Síria em Rakka.
sábado, 29 de novembro de 2014
Desemprego na Zona do Euro fica estável em 11,5%
A taxa de desemprego nos 18 países que usam o euro como moeda ficou estável no mês de outubro de 2014, em 11,5%, um pouco abaixo dos 11,9% registrados em outubro de 2013, revelou ontem o Escritório Oficial da Estatísticas da União Europeia (Eurostat). Na UE como um todo, de 28 países, o desemprego também ficou estável, em 10%.
O desemprego é menor na Alemanha (4,9%) e na Áustria (5,1%). É maior na Grécia (25,9%) e na Espanha (24%).
O desemprego é menor na Alemanha (4,9%) e na Áustria (5,1%). É maior na Grécia (25,9%) e na Espanha (24%).
China acaba com monopólio estatal do sal após 2 mil anos
A China anunciou nesta semana que vai acabar com o monopólio estatal na compra e venda de sal como parte da "progressiva conclusão da transição para a economia de mercado".
O monopólio do sal sobreviveu a 23 dinastias imperiais, 37 anos de república e 65 anos de regime comunista.
O monopólio do sal sobreviveu a 23 dinastias imperiais, 37 anos de república e 65 anos de regime comunista.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Inflação japonesa cai para 0,9% ao ano
Apesar dos estímulos da política econômica do primeiro-ministro Shinzo Abe, a abeconomia, a inflação na economia japonesa baixou para 0,9% ao ano.
Esse número revela as dificuldades de Abe, no poder há dois, para reinflar a terceira maior economia do mundo, livrando-a dos males de estagnação e deflação, que se arrastam desde o início dos anos 1990s.
Uma das metas da abeconomia é uma inflação de 2% ao ano. O crescimento de preços registrou alta anual de 2,9% em outubro. Excluídos os alimentos frescos, a taxa baixou para 0,9%.
O consumo doméstico encolheu 4%. Foi o sétimo mês consecutivo de recuo da economia do Japão desde que o governo Abe elevou o imposto sobre circulação de mercadorias de 5% para 8%, em abril de 2014.
Esse número revela as dificuldades de Abe, no poder há dois, para reinflar a terceira maior economia do mundo, livrando-a dos males de estagnação e deflação, que se arrastam desde o início dos anos 1990s.
Uma das metas da abeconomia é uma inflação de 2% ao ano. O crescimento de preços registrou alta anual de 2,9% em outubro. Excluídos os alimentos frescos, a taxa baixou para 0,9%.
O consumo doméstico encolheu 4%. Foi o sétimo mês consecutivo de recuo da economia do Japão desde que o governo Abe elevou o imposto sobre circulação de mercadorias de 5% para 8%, em abril de 2014.
Espanha cresce pela quinto trimestre consecutivo
A Espanha, um dos países mais abalados pela crise da periferia da Zona do Euro, avançou 0,5% no terceiro trimestre de 2014. Foi o quinto trimestre consecutivo de expansão, indicaram ontem novos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A expectativa é de um crescimento de 1,3% neste ano e de 2% no próximo.
O desemprego continua elevado, voltou a subir e deve chegar a 24,2% no fim de 2014, caindo para 22,2% no fim de 2015. É a maior taxa entre os países ricos.
O crescimento foi atribuído ao aumento do consumo doméstico. As exportações avançaram, mas menos do que as importações. Como economia da Eurozona, a Espanha sofre com a morosidade da recuperação econômica europeia.
"Uma economia aberta como a espanhol não pode crescer se seus principais parceiros não crescem", alegou o primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy na reunião do Grupo dos Vinte (G-20), em Brisbane, na Austrália, reclamando da Alemanha, da França e da Itália.
O desemprego continua elevado, voltou a subir e deve chegar a 24,2% no fim de 2014, caindo para 22,2% no fim de 2015. É a maior taxa entre os países ricos.
O crescimento foi atribuído ao aumento do consumo doméstico. As exportações avançaram, mas menos do que as importações. Como economia da Eurozona, a Espanha sofre com a morosidade da recuperação econômica europeia.
"Uma economia aberta como a espanhol não pode crescer se seus principais parceiros não crescem", alegou o primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy na reunião do Grupo dos Vinte (G-20), em Brisbane, na Austrália, reclamando da Alemanha, da França e da Itália.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Talebã matam pelo menos seis pessoas em dois ataques em Cabul
A milícia extremista muçulmana dos Talebã (Estudantes) voltou a atacar hoje a capital da Afeganistão. Uma grande explosão atingiu o centro de Cabul pouco depois de um atentado com carro-bomba contra um veículo da Embaixada Britânica em que seis pessoas morreram, noticiou a televisão saudita Al Arabiya.
Depois das explosões, houve intenso tiroteio no bairro de Cabul onde ficam numerosas embaixadas.
O ataque é mais um desafio às autoridades afegãs às vésperas da retirada do grosso das tropas dos Estados Unidos, que invadiram o país em outubro de 2001 para desmantelar a rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro daquele ano, e derrubar o governo dos Talebã, que a abrigava.
A Guerra do Afeganistão já é a mais longa da história dos EUA. Retirar os soldados americanos é uma promessa do presidente Barack Obama desde a campanha eleitoral de 2008. Diante da ofensiva da milícia terrorista Estado Islâmico no Iraque e na Síria, Obama mudou de posição e autorizou os 9,8 mil militares americanos que ficarão no país a entrar em combate ao lado das frágeis forças de segurança afegãs.
Depois das explosões, houve intenso tiroteio no bairro de Cabul onde ficam numerosas embaixadas.
O ataque é mais um desafio às autoridades afegãs às vésperas da retirada do grosso das tropas dos Estados Unidos, que invadiram o país em outubro de 2001 para desmantelar a rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro daquele ano, e derrubar o governo dos Talebã, que a abrigava.
A Guerra do Afeganistão já é a mais longa da história dos EUA. Retirar os soldados americanos é uma promessa do presidente Barack Obama desde a campanha eleitoral de 2008. Diante da ofensiva da milícia terrorista Estado Islâmico no Iraque e na Síria, Obama mudou de posição e autorizou os 9,8 mil militares americanos que ficarão no país a entrar em combate ao lado das frágeis forças de segurança afegãs.
OPEP mantém produção de petróleo em 30 milhões de barris por dia
Sob a liderança da Arábia Saudita, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu manter a produção diária de seus países-membros em 30 milhões por dia, resistindo à pressão da Venezuela, que está com reservas em moeda forte baixa, para reduzir a produção a fim de aumentar os preços.
No momento, o barril de petróleo leve do Oeste do Texas (West Texas Intermediate), padrão do mercado americano, está em US$ 73,69, enquanto o do tipo Brent, do Mar do Norte, referência da Bolsa de Mercadorias de Londres, está em US$ 77,75. Os dois estão em queda hoje. São as menores cotações em quatro anos.
Os preços do petróleo estão em baixa por causa da desaceleração da economia mundial e do aumento da produção nos Estados Unidos, especialmente de óleo de xisto betuminoso. A Arábia Saudita, aliada de Washington e maior exportadora mundial, pressiona por uma queda de preços que enfraquece rivais de ambos, como Irã e Venezuela.
Em Caracas, o fracasso do governo Nicolás Maduro, agravado pela desvalorização do petróleo, está acabando com a revolução chavista. O orçamento projetou um barril acima de US$ 100. O Brasil precisa de um preço em torno de US$ 70 para viabilizar a exploração econômica das reservas da camada pré-sal.
No momento, o barril de petróleo leve do Oeste do Texas (West Texas Intermediate), padrão do mercado americano, está em US$ 73,69, enquanto o do tipo Brent, do Mar do Norte, referência da Bolsa de Mercadorias de Londres, está em US$ 77,75. Os dois estão em queda hoje. São as menores cotações em quatro anos.
Os preços do petróleo estão em baixa por causa da desaceleração da economia mundial e do aumento da produção nos Estados Unidos, especialmente de óleo de xisto betuminoso. A Arábia Saudita, aliada de Washington e maior exportadora mundial, pressiona por uma queda de preços que enfraquece rivais de ambos, como Irã e Venezuela.
Em Caracas, o fracasso do governo Nicolás Maduro, agravado pela desvalorização do petróleo, está acabando com a revolução chavista. O orçamento projetou um barril acima de US$ 100. O Brasil precisa de um preço em torno de US$ 70 para viabilizar a exploração econômica das reservas da camada pré-sal.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Eleição presidencial na Tunísia vai a segundo turno
O líder secularista Beji Caid Essebsi obteve 39,46% dos votos na eleição presidencial de 23 de novembro de 2014 na Tunísia, mas terá de disputar o segundo turno em dezembro com o presidente, Moncel Marzouki, apoiado por partidos islamitas, que ficou em segundo com 33,4%.
É a primeira eleição presidencial direta na Tunísia, o único país onde a Primavera Árabe teve sucesso.
É a primeira eleição presidencial direta na Tunísia, o único país onde a Primavera Árabe teve sucesso.
Terroristas suicidas matam 34 pessoas na Nigéria
Duas mulheres-bomba detonaram os explosivos que traziam junto ao corpo ao mesmo tempo num centro de comércio de Maidaguri , na Nigéria, matando pelo menos 34 pessoas. As suspeitas recaem sobre a milícia terrorista Boko Haram.
O duplo atentado foi cometido horas de uma votação no Congresso para estender o estado de emergência aos estados de Adamawa, Borno e Yobe, onde o grupo extremista muçulmano atual. A cidade de Maidaguri é considerada o berço do Boko Haram, que significa não à educação ocidental, mas é controlada pelo governo nigeriano.
O duplo atentado foi cometido horas de uma votação no Congresso para estender o estado de emergência aos estados de Adamawa, Borno e Yobe, onde o grupo extremista muçulmano atual. A cidade de Maidaguri é considerada o berço do Boko Haram, que significa não à educação ocidental, mas é controlada pelo governo nigeriano.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
EUA cresceram em ritmo de 3,9% ao ano no terceiro trimestre
CAMBRIDGE-MA, EUA - A economia dos Estados Unidos cresceu mais do que estimado inicialmente no terceiro trimestre de 2014, indicou hoje a segunda estimativa do Departamento do Comércio. Em vez de 3,5% ao ano, a expansão foi de 3,9%.
Depois de um recuo anualizado de 2,1% no primeiro trimestre, os ganhos dos últimos seis meses foram os maiores desde o fim de 2003. No segundo trimestre, o crescimento foi de 4,6% ao ano. Em 12 meses, a alta foi de 2,4%. Os dados foram ajustados para descontar a inflação no período.
Em meio à desacelaração global, os EUA se firmam como a economia desenvolvida que mais cresce. A tendência deve se manter nos próximos anos.
Ao divulgar hoje sua perspectiva econômica, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um clube de países ricos, previu para os EUA crescimento de 3,1% em 2015 e de 3% em 2016. Em contraste, o Japão deve avançar só 0,4% em 2014, 0,8% em 2015 e 1% em 2016, enquanto a Zona do Euro tende a crescer 0,8% neste ano, 1,1% no próximo e 1,7% em 2016.
Neste contexto, aconselha a OCDE, "é essencial que todas as alavancas políticas macroeconômicas e estruturais sejam utilizadas para dar tanto apoio ao crescimento quanto possível".
O Japão precisa reduzir o déficit orçamentário. Os EUA devem investir em projetos de infraestrutura. E os países da Eurozona "deveriam, no quadro das regras orçamentárias europeias, reduzir o ritmo do ajuste estrutural dos orçamentos para atenuar o freio ao crescimento".
Como há tendências divergentes, "os EUA e o Reino Unido provavelmente vão reduzir os estímulos monetários, enquanto a Eurozona deve amplia-los". Na Europa continental, os maiores riscos são de deflação e recessão, que teriam impacto sobre o resto do mundo.
Depois de um recuo anualizado de 2,1% no primeiro trimestre, os ganhos dos últimos seis meses foram os maiores desde o fim de 2003. No segundo trimestre, o crescimento foi de 4,6% ao ano. Em 12 meses, a alta foi de 2,4%. Os dados foram ajustados para descontar a inflação no período.
Em meio à desacelaração global, os EUA se firmam como a economia desenvolvida que mais cresce. A tendência deve se manter nos próximos anos.
Ao divulgar hoje sua perspectiva econômica, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um clube de países ricos, previu para os EUA crescimento de 3,1% em 2015 e de 3% em 2016. Em contraste, o Japão deve avançar só 0,4% em 2014, 0,8% em 2015 e 1% em 2016, enquanto a Zona do Euro tende a crescer 0,8% neste ano, 1,1% no próximo e 1,7% em 2016.
Neste contexto, aconselha a OCDE, "é essencial que todas as alavancas políticas macroeconômicas e estruturais sejam utilizadas para dar tanto apoio ao crescimento quanto possível".
O Japão precisa reduzir o déficit orçamentário. Os EUA devem investir em projetos de infraestrutura. E os países da Eurozona "deveriam, no quadro das regras orçamentárias europeias, reduzir o ritmo do ajuste estrutural dos orçamentos para atenuar o freio ao crescimento".
Como há tendências divergentes, "os EUA e o Reino Unido provavelmente vão reduzir os estímulos monetários, enquanto a Eurozona deve amplia-los". Na Europa continental, os maiores riscos são de deflação e recessão, que teriam impacto sobre o resto do mundo.
EUA intimam Petrobrás a apresentar documentos sobre escândalo
CAMBRIDGE-MA, EUA - A Comissão de Valores Mobiliários (SEC, do inglês) dos Estados Unidos intimou a Petrobrás para ter acesso aos documentos relativos ao escândalo de corrupção envolvendo a maior empresa brasileira, noticia hoje o jornal inglês Financial Times, principal diário econômico-financeiro da Europa.
A companhia admitiu ter recebido a intimação, sem entrar em detalhes. Limitou-se a dizer que vai "colaborar com as autoridades públicas americanas da mesma forma que está atendendo às autoridades brasileiras".
No início do mês, o FT informara que o Departamento da Justiça dos EUA está investigando a Petrobrás. Como a empresa vende ações na Bolsa de Valores de Nova York, está sujeita à legislação americana.
O jornal cita as acusações de que políticos do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos aliados do governo brasileiro receberiam comissões ilegais de 3% de todos os contratos firmados pela empresa estatal brasileira. Registra ainda que o PT nega tudo, assim como a presidente Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da Petrobrás de 2003 a 2010, que promete não obstruir as investigações. Também cita o atraso na divulgação do último balancete trimestral da companhia depois que a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers se negou a assiná-lo.
Esse atraso pode dificultar o financiamento da Petrobrás no mercado até a solução do problema. De acordo com o banco americano Morgan Stanley, se o balanço não for divulgado até 30 de abril de 2015, os compradores de bônus da empresa podem cobrar US$ 57 bilhões e os bancos credores outros US$ 66 bilhões.
Em outra reportagem, o FT observa que, se as empreiteiras envolvidas forem declaradas inidôneas, obras e projetos no valor de R$ 871 bilhões podem ser paralisados, a não ser que o país contrate empresas estrangeiras. Nota ainda que o Tribunal de Contas da União sugeriu a renegociação dos contratos, mas isso pode não ser suficiente para os investidores estrangeiros.
A infraestrutura deficiente é um dos maiores problemas para o desenvolvimento do Brasil e uma das maiores oportunidades para investidores estrangeiros, comenta um analista internacional.
A companhia admitiu ter recebido a intimação, sem entrar em detalhes. Limitou-se a dizer que vai "colaborar com as autoridades públicas americanas da mesma forma que está atendendo às autoridades brasileiras".
No início do mês, o FT informara que o Departamento da Justiça dos EUA está investigando a Petrobrás. Como a empresa vende ações na Bolsa de Valores de Nova York, está sujeita à legislação americana.
O jornal cita as acusações de que políticos do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos aliados do governo brasileiro receberiam comissões ilegais de 3% de todos os contratos firmados pela empresa estatal brasileira. Registra ainda que o PT nega tudo, assim como a presidente Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da Petrobrás de 2003 a 2010, que promete não obstruir as investigações. Também cita o atraso na divulgação do último balancete trimestral da companhia depois que a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers se negou a assiná-lo.
Esse atraso pode dificultar o financiamento da Petrobrás no mercado até a solução do problema. De acordo com o banco americano Morgan Stanley, se o balanço não for divulgado até 30 de abril de 2015, os compradores de bônus da empresa podem cobrar US$ 57 bilhões e os bancos credores outros US$ 66 bilhões.
Em outra reportagem, o FT observa que, se as empreiteiras envolvidas forem declaradas inidôneas, obras e projetos no valor de R$ 871 bilhões podem ser paralisados, a não ser que o país contrate empresas estrangeiras. Nota ainda que o Tribunal de Contas da União sugeriu a renegociação dos contratos, mas isso pode não ser suficiente para os investidores estrangeiros.
A infraestrutura deficiente é um dos maiores problemas para o desenvolvimento do Brasil e uma das maiores oportunidades para investidores estrangeiros, comenta um analista internacional.
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Júri não denuncia policial branco que matou jovem negro nos EUA
CAMBRIDGE-MA, EUA - Uma multidão protesta nas ruas da cidade de Ferguson, no estado do Missouri, na madrugada desta terça-feira depois do anúncio de uma decisão do júri popular de não processar criminalmente o policial branco Darren Wilson, que matou em 9 de agosto de 2014 o jovem negro Michael Brown, que estava desarmado, deflagrando manifestações violentas na época, retomadas agora.
Pelo menos dois carros da polícia, outros veículos e 24 lojas foram incendiadas, outras depredadas e saqueadas, 150 tiros foram disparados e policiais atacados com pedras e garrafas. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogênio e prendeu 61 manifestantes.
Também há protestos em Nova York, Los Angeles, Oakland, Miami Beach e na Filadélfia. A família de Brown expressou "profundo descontentamento", mas condenou a violência.
Ao anunciar a decisão, o procurador do condado de São Luís, a principal cidade do Missouri, Robert McCulloch, no cargo desde 1991, deixou claro seu apoio ao júri popular, levando os repórteres a supor que tenha aconselhado seus promotores a não processor o policial. Nos EUA, juízes e procuradores são eleitos pelo voto popular. MacCulloch é do Partido Democrata,
Brown, de 18 anos, era suspeito de roubar uma loja quando foi interpelado pela polícia. Testemunhas contam que Brown discutiu com Wilson quando este estava dentro do carro da polícia. Algumas versões dizem que Wilson tentou puxar Brown para dentro da viatura, enquanto outros afirmam que ele tentou tomar o revólver do policial.
O agente deu um tiro de advertência. Neste momento, Brown teria se virado e, de acordo com a defesa, avançado ameaçadoramente em direção ao policial. Isso justificaria a alegação de que Wilson agiu em legítima defesa. Outras fontes disseram que o jovem foi assassinado depois de levantar as mãos para se render. A polícia só divulgou o nome do agente seis dias depois.
Todas essas controvérsias deveriam ser objeto de um processo criminal onde o policial teria chance de provar sua inocência. O júri de 12 pessoas, sendo nove brancas, preferiu não denunciar Wilson. Isso foi considerado inaceitável pela comunidade negra da Grande São Luís, que se sentiu discriminada.
Em pronunciamento na televisão, o presidente Barack Obama pediu calma, argumentando que a depredação e a violência não são meios adequados para manifestar o descontentamento. A senadora estadual Maria Chappelle-Nadal declarou à televisão MSNBC que a decisão foi mais um sinal do "racismo institucionalizado no governo estadual do Missouri".
Pelo menos dois carros da polícia, outros veículos e 24 lojas foram incendiadas, outras depredadas e saqueadas, 150 tiros foram disparados e policiais atacados com pedras e garrafas. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogênio e prendeu 61 manifestantes.
Também há protestos em Nova York, Los Angeles, Oakland, Miami Beach e na Filadélfia. A família de Brown expressou "profundo descontentamento", mas condenou a violência.
Ao anunciar a decisão, o procurador do condado de São Luís, a principal cidade do Missouri, Robert McCulloch, no cargo desde 1991, deixou claro seu apoio ao júri popular, levando os repórteres a supor que tenha aconselhado seus promotores a não processor o policial. Nos EUA, juízes e procuradores são eleitos pelo voto popular. MacCulloch é do Partido Democrata,
Brown, de 18 anos, era suspeito de roubar uma loja quando foi interpelado pela polícia. Testemunhas contam que Brown discutiu com Wilson quando este estava dentro do carro da polícia. Algumas versões dizem que Wilson tentou puxar Brown para dentro da viatura, enquanto outros afirmam que ele tentou tomar o revólver do policial.
O agente deu um tiro de advertência. Neste momento, Brown teria se virado e, de acordo com a defesa, avançado ameaçadoramente em direção ao policial. Isso justificaria a alegação de que Wilson agiu em legítima defesa. Outras fontes disseram que o jovem foi assassinado depois de levantar as mãos para se render. A polícia só divulgou o nome do agente seis dias depois.
Todas essas controvérsias deveriam ser objeto de um processo criminal onde o policial teria chance de provar sua inocência. O júri de 12 pessoas, sendo nove brancas, preferiu não denunciar Wilson. Isso foi considerado inaceitável pela comunidade negra da Grande São Luís, que se sentiu discriminada.
Em pronunciamento na televisão, o presidente Barack Obama pediu calma, argumentando que a depredação e a violência não são meios adequados para manifestar o descontentamento. A senadora estadual Maria Chappelle-Nadal declarou à televisão MSNBC que a decisão foi mais um sinal do "racismo institucionalizado no governo estadual do Missouri".
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Secretário da Defesa dos EUA pede demissão
CAMBRIDGE-MA, EUA - O presidente Barack Obama está anunciando neste momento a demissão do secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, um republicano, o primeiro veterano de guerra a ocupar o cargo. Apesar dos muitos elogios, a rede de televisão americana CNN informa que ele foi pressionado a sair.
No momento, os EUA enfrentam múltiplos desafios de segurança, da guerra contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria à crescente agressividade da Rússia em relação às ex-repúblicas da União Soviética, passando pela retirada parcial do Afeganistão, a afirmação da China como superpotência, as negociações para desarmar o programa nuclear do Irã e o aumento do terrorismo muçulmano na África.
Hagel fica no cargo até a aprovação de um novo chefe do Pentágono pelo Congresso. Ele estaria em conflito com os assessores de segurança nacional da Casa Branca. Nos últimos dias, Obama mudou de posição na Guerra do Afeganistão, onde os EUA devem manter as missões de combate depois da retirada do grosso das tropas no fim de 2014.
O secretário também teria advertido o presidente de que talvez seja necessário enviar soldados americanos para realizar operações terrestres contra o Estado Islâmico, como aconselham os comandantes militares, algo que Obama prometeu ao povo americano que jamais fará.
Hagel fica no cargo até a aprovação de um novo chefe do Pentágono pelo Congresso. Ele estaria em conflito com os assessores de segurança nacional da Casa Branca. Nos últimos dias, Obama mudou de posição na Guerra do Afeganistão, onde os EUA devem manter as missões de combate depois da retirada do grosso das tropas no fim de 2014.
O secretário também teria advertido o presidente de que talvez seja necessário enviar soldados americanos para realizar operações terrestres contra o Estado Islâmico, como aconselham os comandantes militares, algo que Obama prometeu ao povo americano que jamais fará.
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Negociação nuclear com o Irã é prorrogada até junho de 2015
Depois de uma semana de intensas negociações em Viena, na Áustria, o Irã e as cinco grandes potências com direito de veto nas Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha concordaram em prorrogar até 30 de junho de 2015 a conclusão de um acordo para desarmar o programa nuclear iraniano, suspeito de estar desenvolvendo armas atômicas.
Um acordo final é difícil, dada a resistência da linha dura iraniana, mas as partes, especialmente os Estados Unidos e o Irã não querem desperdiçar a oportunidade para uma reaproximação diplomática que reduz as tensões entre eles e no Oriente Médio.
Um acordo final é difícil, dada a resistência da linha dura iraniana, mas as partes, especialmente os Estados Unidos e o Irã não querem desperdiçar a oportunidade para uma reaproximação diplomática que reduz as tensões entre eles e no Oriente Médio.
Cerca de 550 alemães aderiram ao Estado Islâmico
Cerca de 550 alemães foram para o Iraque e a Síria lutar ao lado da milícia terrorista muçulmana Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Uns 180 já voltaram para casa, mas 60 morreram em ação e pelo menos nove se suicidaram como homens-bomba, declarou o chefe do serviço secreto interno da Alemanha ao jornal dominical Welt am Sonntag.
Como outros países da Europa, a Alemanha teme que os voluntários do terrorismo cometam atentados terroristas no país ao voltar para casa ainda mais radicalizados pela violência das guerras no Oriente Médio.
Por falta de organização e infraestrutura no Ocidente, os serviços secretos consideram mais provável que os terroristas do Estado façam ataques isolados como "lobos solitários", que causam poucos danos comparados com grandes operações, mas são muito mais difíceis de evitar.
Como outros países da Europa, a Alemanha teme que os voluntários do terrorismo cometam atentados terroristas no país ao voltar para casa ainda mais radicalizados pela violência das guerras no Oriente Médio.
Por falta de organização e infraestrutura no Ocidente, os serviços secretos consideram mais provável que os terroristas do Estado façam ataques isolados como "lobos solitários", que causam poucos danos comparados com grandes operações, mas são muito mais difíceis de evitar.
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Sudão pede retirada de missão de paz da ONU
O regime fundamentalista muçulmano do Sudão pediu à missão de paz conjunta das Nações Unidas e da União Africana que se retire do país. A tensão entre o governo sudanês e a força internacional de paz aumentou por causa de uma investigação sobre suspeitas de que tropas governamentais cometeram estupros em massa numa vila da província de Darfur.
O mandato da força de paz vai até março de 2015, mas a expectativa agora é de uma retirada até fevereiro.
A província de Darfur é uma região sudanesa do tamanho da França com cerca de 6 milhões de habitantes de 100 povos diferentes, todos muçulmanos.
Em 2003, dois grupos, o Exército de Libertação do Sudão e o Movimento por Justiça e Igualdade, se rebelaram contra o governo central de Cartum, que respondeu com a milícia conhecida como Janjaweed, responsável um genocídio.
Mais de 400 aldeias foram arrasadas, 400 mil pessoas foram mortas e 2,5 milhões fugiram de suas casas. Até hoje, cerca de 5 mil pessoas são assassinadas por mês, denuncia o Conselho de Direitos Humanos da ONU. O governo sudanês rejeita essas estatísticas e nega qualquer relação com a milícia genocida.
Em 4 de março de 2009, o presidente Omar Bachir tornou-se o primeiro chefe de Estado no exercício do cargo a ser denunciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Ele ainda está no poder e o genocídio continua.
O mandato da força de paz vai até março de 2015, mas a expectativa agora é de uma retirada até fevereiro.
A província de Darfur é uma região sudanesa do tamanho da França com cerca de 6 milhões de habitantes de 100 povos diferentes, todos muçulmanos.
Em 2003, dois grupos, o Exército de Libertação do Sudão e o Movimento por Justiça e Igualdade, se rebelaram contra o governo central de Cartum, que respondeu com a milícia conhecida como Janjaweed, responsável um genocídio.
Mais de 400 aldeias foram arrasadas, 400 mil pessoas foram mortas e 2,5 milhões fugiram de suas casas. Até hoje, cerca de 5 mil pessoas são assassinadas por mês, denuncia o Conselho de Direitos Humanos da ONU. O governo sudanês rejeita essas estatísticas e nega qualquer relação com a milícia genocida.
Em 4 de março de 2009, o presidente Omar Bachir tornou-se o primeiro chefe de Estado no exercício do cargo a ser denunciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Ele ainda está no poder e o genocídio continua.
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Boko Haram mata 48 pessoas perto da fronteira do Chade
A milícia terrorista muçulmana Boko Haram (Não à educação ocidental) atacou em 20 de novembro de 2014, perto de Doron Baga, um grupo de 48 mercadores da Nigéria que iam comprar peixe no vizinho Chade, informou ontem a agência de notícias Reuters. A notícia demorou a chegar porque os extremistas destruíram as torres de telefonia celular da área.
Na véspera, milicianos do Boko Haram haviam atacado a vila de Azaya Kura, matando 45 pessoas. Nos dois ataques, as vítimas foram mortas a facadas para não alertar as forças de segurança das áreas próximas. Há uma base militar com soldados da Nigéria, do Níger e do Chade em Doron Baga.
O governo nigeriano anunciou em outubro um cessar-fogo que levaria à libertação de 219 meninas raptadas em abril na cidade de Chibok, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria. Elas não foram soltas e a guerra continua.
Na véspera, milicianos do Boko Haram haviam atacado a vila de Azaya Kura, matando 45 pessoas. Nos dois ataques, as vítimas foram mortas a facadas para não alertar as forças de segurança das áreas próximas. Há uma base militar com soldados da Nigéria, do Níger e do Chade em Doron Baga.
O governo nigeriano anunciou em outubro um cessar-fogo que levaria à libertação de 219 meninas raptadas em abril na cidade de Chibok, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria. Elas não foram soltas e a guerra continua.
domingo, 23 de novembro de 2014
Ditador do Zimbábue muda lei para indicar sucessor diretamente
O ditador Robert Mugabe, no poder desde a independência do país do Império Britânico, em 1980, mudou o estatuto do partido do governo, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF, do inglês), para indicar diretamente seu sucessor, informou hoje a agência de notícias Reuters. As alterações devem ser ratificadas na próxima conferência do partido, a ser realizado de 2 a 7 de dezembro de 2014.
Antes da decisão de Mugabe, militantes do ZANU-PF tinham eleito os líderes do partido nas dez regiões do país, mas o presidente é o único candidato à liderança.
De herói da independência do país, a antiga Rodésia do Sul no Império Britânico, Mugabe foi se tornando cada vez mais autoritário, especialmente a partir do ano 2000, quando a oposição se organizou no Partido pela Mudança Democrática (MDC, do inglês).
Desde então, o ditador patrocinou grupos armados que invadiram as terras de propriedade dos brancos e passou a hostilizar o Ocidente, acusando os Estados Unidos e o Reino Unidos por todos os problemas do Zimbábue. Nos últimos anos, o país se aproximou da China em busca da ajuda internacional negada pelo Ocidente.
Antes da decisão de Mugabe, militantes do ZANU-PF tinham eleito os líderes do partido nas dez regiões do país, mas o presidente é o único candidato à liderança.
De herói da independência do país, a antiga Rodésia do Sul no Império Britânico, Mugabe foi se tornando cada vez mais autoritário, especialmente a partir do ano 2000, quando a oposição se organizou no Partido pela Mudança Democrática (MDC, do inglês).
Desde então, o ditador patrocinou grupos armados que invadiram as terras de propriedade dos brancos e passou a hostilizar o Ocidente, acusando os Estados Unidos e o Reino Unidos por todos os problemas do Zimbábue. Nos últimos anos, o país se aproximou da China em busca da ajuda internacional negada pelo Ocidente.
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Atentado terrorista suicida mata 45 pessoas no Afeganistão
Um homem-bomba detonou hoje os explosivos amarrados junto ao corpo durante um torneio de vôlei na província de Paktika, no Afeganistão, matando pelo menos 45 espectadores. Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado.
A fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, traçada pelo Império Britânico no século 19 com o nome de Linha Durand, é uma das regiões mais perigosas do mundo, povoada por extremistas muçulmano da etnia pashtun que não a reconhecem.
A fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, traçada pelo Império Britânico no século 19 com o nome de Linha Durand, é uma das regiões mais perigosas do mundo, povoada por extremistas muçulmano da etnia pashtun que não a reconhecem.
sábado, 22 de novembro de 2014
EUA farão missões de combate no Afeganistão após retirada parcial
CAMBRIDGE-MA, EUA - Numa importante reviravolta política influenciada pela guerra contra o Estado Islâmico no Iraque, o presidente Barack Obama deu ontem ampla autoridade aos comandantes militares dos Estados Unidos para realizarem missões de combate para ajudar as forças de segurança do Afeganistão no combate ao terrorismo depois da retirada da maior parte das tropas americanas, no fim de 2014, informa o jornal The New York Times.
A decisão, tomada nas últimas semanas, vai permitir que aviões de caça, bombardeiros e drones participem de missões de combate, prorrogando a mais longa guerra da história dos EUA.
Obama promete retirar as Forças Armadas americanas do Iraque e do Afeganistão desde a campanha eleitoral de 2008, mas a ofensiva do Estado Islâmico o forçou a intervir de novo no Iraque e acendeu um sinal de alerta para o risco de uma volta da milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) ao poder no Afeganistão.
A partir de 2015, ficam no Afeganistão 9,8 mil soldados americanos de um total de mais de 100 mil quando o atual presidente ordenou um reforço do contingente na expectativa de derrotar as milícias terroristas. Por causa do colapso do Exército do Iraque no início da ofensiva do EIIL no Norte do Iraque, em junho de 2014, Obama mudou de posição.
Pelo plano original, o contingente americano deveria ser reduzido à metade no fim de 2015. A permanência dependia de um acordo com o governo local, adiado por causa das eleições presidenciais afegãs, cujo resultado foi contestado, levando à formação de um governo de união nacional.
A decisão, tomada nas últimas semanas, vai permitir que aviões de caça, bombardeiros e drones participem de missões de combate, prorrogando a mais longa guerra da história dos EUA.
Obama promete retirar as Forças Armadas americanas do Iraque e do Afeganistão desde a campanha eleitoral de 2008, mas a ofensiva do Estado Islâmico o forçou a intervir de novo no Iraque e acendeu um sinal de alerta para o risco de uma volta da milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) ao poder no Afeganistão.
A partir de 2015, ficam no Afeganistão 9,8 mil soldados americanos de um total de mais de 100 mil quando o atual presidente ordenou um reforço do contingente na expectativa de derrotar as milícias terroristas. Por causa do colapso do Exército do Iraque no início da ofensiva do EIIL no Norte do Iraque, em junho de 2014, Obama mudou de posição.
Pelo plano original, o contingente americano deveria ser reduzido à metade no fim de 2015. A permanência dependia de um acordo com o governo local, adiado por causa das eleições presidenciais afegãs, cujo resultado foi contestado, levando à formação de um governo de união nacional.
Terroristas da Somália atacam ônibus e matam 28 pessoas no Quênia
Guerrilheiros da milícia extremista muçulmana Al Chababe (Os Jovens ou A Juventude), da Somália, atacaram um ônibus no Norte do Quênia e mataram 28 pessoas, noticiou a televisão pública britânica BBC, citando como fonte o próprio grupo rebelde.
Depois de parar o ônibus com 60 pessoas a bordo na região de Mandera, perto da fronteira com a Somália, os terroristas separaram os muçulmanos dos não muçulmanos, mandaram ler trechos do Corão e mataram os "infiéis" com tiros na cabeça. Uma testemunha contou que o motorista tentou fugir, mas o ônibus atolou na estrada enlameada.
A milícia declarou que os ataques foram uma resposta a ações da polícia queniana em mesquitas do porto de Mombaça suspeitas de serem centro de atividades terroristas.
O Quênia e a Somália têm uma longa fronteira comum mal patrulhada com pouca população e infraestrutura deficiente ou inexistente. Al Chababe tem uma base do outro lado recentemente bombardeada por helicópteros militares quenianos.
Depois de parar o ônibus com 60 pessoas a bordo na região de Mandera, perto da fronteira com a Somália, os terroristas separaram os muçulmanos dos não muçulmanos, mandaram ler trechos do Corão e mataram os "infiéis" com tiros na cabeça. Uma testemunha contou que o motorista tentou fugir, mas o ônibus atolou na estrada enlameada.
A milícia declarou que os ataques foram uma resposta a ações da polícia queniana em mesquitas do porto de Mombaça suspeitas de serem centro de atividades terroristas.
O Quênia e a Somália têm uma longa fronteira comum mal patrulhada com pouca população e infraestrutura deficiente ou inexistente. Al Chababe tem uma base do outro lado recentemente bombardeada por helicópteros militares quenianos.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Partido da Independência do Reino Unido elege segundo deputado
O antieuropeu Partido da Independência do Reino Unido (UKIP) conquistou ontem à noite sua segunda cadeira na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro conservador David Cameron, que prometeu convocar um referendo em 2017 para decidir se o país vai continuar sendo membro da União Europeia (UE).
As duas cadeiras foram ganhas em eleições suplementares para preencher vagas abertas no meio do mandato do Parlamento atual, que vai até maio de 2015. O primeiro foi Douglas Carswell, eleito em outubro.
O novo deputado independentista, Mark Reckless, trocou o governante Partido Conservador pelo UKIP. Ontem, elegeu-se no distrito de Rochester e Strood, no Sul da Inglaterra, com 42% votos, contra 35% da conservadora Kelly Tolhurst e 17% do trabalhista Neushabah Khan.
Cameron prometeu reconquistar Rochester e Strood nas eleições gerais do próximo ano.
As duas cadeiras foram ganhas em eleições suplementares para preencher vagas abertas no meio do mandato do Parlamento atual, que vai até maio de 2015. O primeiro foi Douglas Carswell, eleito em outubro.
O novo deputado independentista, Mark Reckless, trocou o governante Partido Conservador pelo UKIP. Ontem, elegeu-se no distrito de Rochester e Strood, no Sul da Inglaterra, com 42% votos, contra 35% da conservadora Kelly Tolhurst e 17% do trabalhista Neushabah Khan.
Cameron prometeu reconquistar Rochester e Strood nas eleições gerais do próximo ano.
FARC prometem libertar general colombiano
A delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) nas negociações de paz realizadas em Havana prometeu libertar o general Rubén Darío Alzate, capturado na semana passada, "sob certas condições".
O governo colombiano suspendera as negociações depois do sequestro do general, que entrou numa área dominada pelos rebeldes sem a autorização do Exército.
Como as FARC estão divididas, não há garantia de que os delegados que estão em Cuba tenham poder para soltar o general.
O governo colombiano suspendera as negociações depois do sequestro do general, que entrou numa área dominada pelos rebeldes sem a autorização do Exército.
Como as FARC estão divididas, não há garantia de que os delegados que estão em Cuba tenham poder para soltar o general.
Banco Central da China reduz taxas de juros
Para estimular a economia, o Banco Central da China cortou hoje suas taxas básicas de juros pela primeira vez desde julho de 2012. A taxa cobrada para emprestar dinheiro aos bancos baixou em 0,4 ponto percentual para 5,6% ao ano, enquanto a taxa paga pelos depósitos caiu 0,25 ponto percentual para 2,75% ao ano, informou The Wall St. Journal.
No terceiro trimestre de 2014, a economia chinesa avançou num ritmo anual de 7,3%, o menor em mais de cinco anos. Os analistas preveem que, pela primeira vez desde 1998, durante a Crise da Ásia, a China não atinja a meta de crescimento prevista pelo governo, que este ano é de 7,5%.
Antes da redução de juros, o BC chinês tinha injetado US$ 126 bilhões nos bancos em setembro e outubro na expectativa de que aumentassem o volume de empréstimos, sem grande sucesso. O governo anunciou no mês passado investimentos públicos de US$ 138 bilhões em aeroportos e ferrovias.
Historicamente, os bancos chineses relutam emprestar dinheiro para pequenas e médias empresas temendo o calote, ainda mais em tempos de desaceleração da economia. De acordo com dados do BC, os bancos chineses emprestaram menos dinheiro em outubro do que em setembro.
Como o Banco Central Europeu também adotou medidas de estímulo, as bolsas de valores fecharam em alta no mundo inteiro.
No terceiro trimestre de 2014, a economia chinesa avançou num ritmo anual de 7,3%, o menor em mais de cinco anos. Os analistas preveem que, pela primeira vez desde 1998, durante a Crise da Ásia, a China não atinja a meta de crescimento prevista pelo governo, que este ano é de 7,5%.
Antes da redução de juros, o BC chinês tinha injetado US$ 126 bilhões nos bancos em setembro e outubro na expectativa de que aumentassem o volume de empréstimos, sem grande sucesso. O governo anunciou no mês passado investimentos públicos de US$ 138 bilhões em aeroportos e ferrovias.
Historicamente, os bancos chineses relutam emprestar dinheiro para pequenas e médias empresas temendo o calote, ainda mais em tempos de desaceleração da economia. De acordo com dados do BC, os bancos chineses emprestaram menos dinheiro em outubro do que em setembro.
Como o Banco Central Europeu também adotou medidas de estímulo, as bolsas de valores fecharam em alta no mundo inteiro.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Obama anuncia hoje reforma da imigração por decreto
CAMBRIDGE-MA, EUA - Prestes a ficar em minoria nas duas casas do Congresso dos Estados Unidos nos seus dois últimos anos de governo, o presidente Barack Obama pretende exercer sua autoridade através de decretos. Hoje às 20 horas em Washington (23h em Brasília), sob protesto da oposição republicana, vai anunciar uma reforma da imigração para proteger 3 a 4 milhões de imigrantes ilegais, protegendo-os contra a deportação e oferecendo benefícios sociais.
"Durante vários anos, tentei trabalhar com o Congresso para reformar a lei de imigração e mudar um sistema que claramente não está funcionando", alegou o presidente. "Minha função é aplicar a lei. Vou usar toda a minha autoridade para tentar melhorar o sistema."
O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, e outros deputados e senadores da oposição o acusaram de ignorar o veredito das urnas nas eleições intermediárias de 4 de novembro de 2014 e de prejudicar trabalhadores americanos que teriam seus empregos ameaçados por imigrantes ilegais.
Na verdade, os imigrantes ilegais fazem o que os americanos não querem saber. Estou há cinco dias em Cambridge, no estado de Massachusetts. Todos os motoristas de táxi que me transportaram até agora eram haitianos.
Para o Partido Republicano, as soluções são reforçar a fronteira sul para impedir a imigração ilegal, criar um programa de "trabalhadores convidados", todos com alta qualificação profissional, e examinar caso a caso a situação dos 12 milhões de imigrantes ilegais que se estima que vivam ilegalmente nos EUA.
Mesmo no Partido Democrata, há vozes discordantes porque os republicanos usarão isso contra eles nas próximas eleições. Em pesquisa divulgada pela rede de televisão americana CNN, 48% foram contra a decisão do presidente de apelar para decretos, enquanto 38% foram favoráveis.
Por outro lado, como o eleitorado branco de classe média não é mais suficiente para eleger um presidente nos EUA, os republicanos precisam do voto dos americanos de origem latino-americana. Em 2012, 73% votaram em Obama.
O presidente Ronald Reagan (1981-89) dizia que "os latinos são republicanos", por causa de seus valores sobre Deus, pátria e família, "só que ainda não descobriram". Mas a sensação da comunidade latina é que "eles não nos querem aqui".
Sem condições de aprovar leis num Congresso dominado pela oposição, Obama deve dedicar os próximos dois anos a desgastar o Partido Republicano para melhorar as chances dos democratas em 2016, quando a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama deve ser candidata.
Num limbo legal, estão milhões de crianças que nasceram no país e têm direito à cidadania, mas seus pais não têm. Os pais podem ser deportados, deixando-os abandonados. Com o decreto de Obama, nem os pais nascidos no exterior nem as crianças que vieram pequenas para os EUA poderão ser deportadas.
"Durante vários anos, tentei trabalhar com o Congresso para reformar a lei de imigração e mudar um sistema que claramente não está funcionando", alegou o presidente. "Minha função é aplicar a lei. Vou usar toda a minha autoridade para tentar melhorar o sistema."
O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, e outros deputados e senadores da oposição o acusaram de ignorar o veredito das urnas nas eleições intermediárias de 4 de novembro de 2014 e de prejudicar trabalhadores americanos que teriam seus empregos ameaçados por imigrantes ilegais.
Na verdade, os imigrantes ilegais fazem o que os americanos não querem saber. Estou há cinco dias em Cambridge, no estado de Massachusetts. Todos os motoristas de táxi que me transportaram até agora eram haitianos.
Para o Partido Republicano, as soluções são reforçar a fronteira sul para impedir a imigração ilegal, criar um programa de "trabalhadores convidados", todos com alta qualificação profissional, e examinar caso a caso a situação dos 12 milhões de imigrantes ilegais que se estima que vivam ilegalmente nos EUA.
Mesmo no Partido Democrata, há vozes discordantes porque os republicanos usarão isso contra eles nas próximas eleições. Em pesquisa divulgada pela rede de televisão americana CNN, 48% foram contra a decisão do presidente de apelar para decretos, enquanto 38% foram favoráveis.
Por outro lado, como o eleitorado branco de classe média não é mais suficiente para eleger um presidente nos EUA, os republicanos precisam do voto dos americanos de origem latino-americana. Em 2012, 73% votaram em Obama.
O presidente Ronald Reagan (1981-89) dizia que "os latinos são republicanos", por causa de seus valores sobre Deus, pátria e família, "só que ainda não descobriram". Mas a sensação da comunidade latina é que "eles não nos querem aqui".
Sem condições de aprovar leis num Congresso dominado pela oposição, Obama deve dedicar os próximos dois anos a desgastar o Partido Republicano para melhorar as chances dos democratas em 2016, quando a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama deve ser candidata.
Num limbo legal, estão milhões de crianças que nasceram no país e têm direito à cidadania, mas seus pais não têm. Os pais podem ser deportados, deixando-os abandonados. Com o decreto de Obama, nem os pais nascidos no exterior nem as crianças que vieram pequenas para os EUA poderão ser deportadas.
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ONU anuncia trégua humanitária na Líbia
As milícias e governos paralelos que disputam o poder na Líbia aceitaram ontem uma proposta das Nações Unidas de um cessar-fogo para permitir a ajuda humanitária a Bengázi, a segunda maior cidade do país.
Há uma expectativa de estender a trégua, se for respeitada. A Batalha de Bengázi se intensificou em outubro, quando o general Khalifa Hifter, apoiado pelo governo provisório reconhecido internacionalmente lançou hoje ofensiva contra as milícias islamitas que tomaram a cidade.
O país vive sob o caos e anarquia desde a queda do ex-ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011.
Há uma expectativa de estender a trégua, se for respeitada. A Batalha de Bengázi se intensificou em outubro, quando o general Khalifa Hifter, apoiado pelo governo provisório reconhecido internacionalmente lançou hoje ofensiva contra as milícias islamitas que tomaram a cidade.
O país vive sob o caos e anarquia desde a queda do ex-ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Nevasca enterra cidade de Búfalo nos EUA
CAMBRIDGE-MA, EUA - Mais da metade dos Estados Unidos está coberto de neve na primeira de onda de frio do inverno, que oficialmente só começa daqui a um mês. O recorde é na cidade de Búfalo, no estado de Nova York, que fica junto à Região dos Lagos, na fronteira do Canadá, onde caíram quase 1,90 metro de neve e vem mais por aí. Pelo menos seis pessoas morreram, quatro do coração e duas em acidentes quando tentavam remover a neve.
Só o Sul da Flórida e a Califórnia foram poupados de temperaturas negativas. Ontem, a cidade de Nova Orleans, no Golfo do México, registrou temperatura menor do que o estado do Alasca. Na capital da Geórgia, Atlanta, também no Sul, os termômetros caíram a -8º C.
Os bombeiros tentam resgatar quem ficou em veículos retidos pela tempestade. No estado de Nova York, o ônibus da equipe feminina de basquete da Universidade de Niágara ficou preso mais de 24 horas na neve. Em Búfalo, os moradores estão indo às casas dos vizinhos idosos para ver se precisam de alguma ajuda, se têm água e alimentos para suportar o frio.
As cidades de Nova York e Boston, normalmente muito castigadas pelo frio, enfrentam temperaturas de poucos graus abaixo de zero. Com o sol forte, o termômetro sobe até temperaturas positivas em torno do meio-dia, mas os serviços de meteorologia advertem: "Não se deixem enganar pelo sol." Por causa do vento, a sensação térmica pode ser equivalente a -16º C.
No domingo, a temperatura debe subir para mínimas positivas. O frio volta a atacar na quarta-feira da próxima semana.
Só o Sul da Flórida e a Califórnia foram poupados de temperaturas negativas. Ontem, a cidade de Nova Orleans, no Golfo do México, registrou temperatura menor do que o estado do Alasca. Na capital da Geórgia, Atlanta, também no Sul, os termômetros caíram a -8º C.
Os bombeiros tentam resgatar quem ficou em veículos retidos pela tempestade. No estado de Nova York, o ônibus da equipe feminina de basquete da Universidade de Niágara ficou preso mais de 24 horas na neve. Em Búfalo, os moradores estão indo às casas dos vizinhos idosos para ver se precisam de alguma ajuda, se têm água e alimentos para suportar o frio.
As cidades de Nova York e Boston, normalmente muito castigadas pelo frio, enfrentam temperaturas de poucos graus abaixo de zero. Com o sol forte, o termômetro sobe até temperaturas positivas em torno do meio-dia, mas os serviços de meteorologia advertem: "Não se deixem enganar pelo sol." Por causa do vento, a sensação térmica pode ser equivalente a -16º C.
No domingo, a temperatura debe subir para mínimas positivas. O frio volta a atacar na quarta-feira da próxima semana.
FGV-RJ seleciona professor doutor em ciência política
A Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro iniciou um processo seletivo para a contratação de um professor doutor em ciência política com salário inicial de R$ 10.461,56 e R$ 11.865,77. As inscrições estão abertas até 19 de janeiro de 2015.
As informações do edital podem ser obtidas no site da FGV ou através do endereço eletrônico juliana.marques@fgv.br.
Empresa faz acordo com herdeiros de Marley para promover maconha
CAMBRIDGE-MA, EUA - Uma empresa de investimentos privados de Seattle que está investindo na indústria da maconha, legalizada no estados do Alasca, do Colorado e de Washington, nos Estados Unidos, e no Uruguai, fechou um acordo com os herdeiros de Bob Marley para transformar o rei do reggae no seu garoto-propaganda, informa o jornal Financial Times.
O mercado negro da droga movimentou US$ 40 bilhões em 2010, estima o centro de pesquisas Rand Corporation. Neste ano, a expectativa é que o mercado legal fature US$ 2,6 bilhões.
"A pergunta que nos fazemos há quatro anos e meio é: que cara vai ter a primeira marca global deste setor?", declarou o diretor-executivo da empresa Privateer Holdings, Brendan Kennedy, que levantou US$ 22 milhões para investimentos no setor e pretende conseguir mais US$ 50 milhões ainda neste ano. "Se procurarmos na história pela pessoa mais associada a este produto, é Bob Marley. Ele tem alcance global."
Marley morreu de câncer em 1981 sem que a doença tenha sido associada ao consumo da droga. Seu prestígio como ídolo e ícone da cultura alternativa não diminuiu desde então. No ano passado, seus herdeiros ganharam US$ 20 milhões.
Quinto colocado na lista da revista Forbes das celebridades mortas que continuam gerando fortunas, Marley fica atrás dos campeões Michael Jackson e Elvis Presley. Supera John Lennon e Marilyn Monroe. Seu álbum Legend, lançado em 1984, foi o quinto mais vendido da lista da revista Billboard em setembro.
Sua filha Cedella Marley defendeu o negócio alegando que Marley sempre foi a favor da legalização e da justiça social: "As opiniões sobre a maconha estão mudando. As pessoas estão reconhecendo os benefícios da erva. Nosso pai liderou esse debate, então é natural que faça parte dele hoje."
A empresa Marley Natural deve começar a vender seus produtos em 2015, incluindo cremes e produtos para a pele, cachimbos e narguilés "baseados nas preferências de Bob", anunciou Kennedy. Ele está de olho nos mercados dos estados americanos que liberaram o uso recreativo ou medicinal da maconha e em países como o Canadá, a Espanha, a Holanda, Israel e o Uruguai.
"Vamos isso como um produto de grande aceitação, consumido pelas pessoas ao redor do mundo", acrescentou o investidor. "Todo o mundo tem algum Bob Marley entre suas músicas favoritas."
O mercado negro da droga movimentou US$ 40 bilhões em 2010, estima o centro de pesquisas Rand Corporation. Neste ano, a expectativa é que o mercado legal fature US$ 2,6 bilhões.
"A pergunta que nos fazemos há quatro anos e meio é: que cara vai ter a primeira marca global deste setor?", declarou o diretor-executivo da empresa Privateer Holdings, Brendan Kennedy, que levantou US$ 22 milhões para investimentos no setor e pretende conseguir mais US$ 50 milhões ainda neste ano. "Se procurarmos na história pela pessoa mais associada a este produto, é Bob Marley. Ele tem alcance global."
Marley morreu de câncer em 1981 sem que a doença tenha sido associada ao consumo da droga. Seu prestígio como ídolo e ícone da cultura alternativa não diminuiu desde então. No ano passado, seus herdeiros ganharam US$ 20 milhões.
Quinto colocado na lista da revista Forbes das celebridades mortas que continuam gerando fortunas, Marley fica atrás dos campeões Michael Jackson e Elvis Presley. Supera John Lennon e Marilyn Monroe. Seu álbum Legend, lançado em 1984, foi o quinto mais vendido da lista da revista Billboard em setembro.
Sua filha Cedella Marley defendeu o negócio alegando que Marley sempre foi a favor da legalização e da justiça social: "As opiniões sobre a maconha estão mudando. As pessoas estão reconhecendo os benefícios da erva. Nosso pai liderou esse debate, então é natural que faça parte dele hoje."
A empresa Marley Natural deve começar a vender seus produtos em 2015, incluindo cremes e produtos para a pele, cachimbos e narguilés "baseados nas preferências de Bob", anunciou Kennedy. Ele está de olho nos mercados dos estados americanos que liberaram o uso recreativo ou medicinal da maconha e em países como o Canadá, a Espanha, a Holanda, Israel e o Uruguai.
"Vamos isso como um produto de grande aceitação, consumido pelas pessoas ao redor do mundo", acrescentou o investidor. "Todo o mundo tem algum Bob Marley entre suas músicas favoritas."
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Cinco israelenses e dois palestinos morrem em ataque a sinagoga
CAMBRIDGE-MA, EUA - Pelo menos cinco civis de Israel e dois terroristas palestinos foram mortos hoje num ataque terrorista contra uma sinagoga em Jerusalém, informa a rede de televisão americana CNN. Outros seis israelenses saíram feridos.
Dois terroristas palestinos invadiram o templo frequentado por judeus ultraortodoxos armados com facas e machados, e atacaram dez pessoas que faziam suas orações antes de serem mortos pela polícia de Israel. Quatro rabinos morreram na hora, três americanos e um britânico.
Desde a recente guerra de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), houve vários ataques isolados com facas, veículos e até mesmo uma chave de fenda.
Diante do colapso das negociações de paz e da ampliação das colônias judaicas promovida pelo governo ultradireitista israelense, muitos palestinos estão determinados a levar a guerra para a Cisjordânia, especialmente para o setor árabe de Jerusalém, que na prática está sendo anexado por Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou o gabinete de segurança para uma reunião de emergência e prometeu uma resposta dura contra o terrorismo, alegando que há uma batalha por Jerusalém.
Dois terroristas palestinos invadiram o templo frequentado por judeus ultraortodoxos armados com facas e machados, e atacaram dez pessoas que faziam suas orações antes de serem mortos pela polícia de Israel. Quatro rabinos morreram na hora, três americanos e um britânico.
Desde a recente guerra de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), houve vários ataques isolados com facas, veículos e até mesmo uma chave de fenda.
Diante do colapso das negociações de paz e da ampliação das colônias judaicas promovida pelo governo ultradireitista israelense, muitos palestinos estão determinados a levar a guerra para a Cisjordânia, especialmente para o setor árabe de Jerusalém, que na prática está sendo anexado por Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou o gabinete de segurança para uma reunião de emergência e prometeu uma resposta dura contra o terrorismo, alegando que há uma batalha por Jerusalém.
Total de mortes por terrorismo cresceu 5 vezes desde 11 de setembro
CAMBRIDGE-MA, EUA - Apesar da "guerra contra o terror" declarada pelo então presidente George Walker Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o total de mortes por terrorismo aumentou cinco vezes, chegando a um total de 18 mil mortos em 2013, uma alta de 60% em relação ao ano anterior, adverte um relatório divulgado hoje, informa o jornal inglês The Guardian.
Quatro grupos terroristas são responsáveis pela maioria das mortes, aponta o Índice do Terrorismo Global: o Estado Islâmico, no Iraque e na Síria; Boko Haram, na Nigéria; a milícia dos Talebã (Estudantes), no Afeganistão; e a rede terrorista Al Caeda em várias regiões do planeta.
Só 5% das mortes aconteceram em países desenvolvidos. Cerca de 80% foram registradas em cinco países: Iraque, Afeganistão, Paquistão, Nigéria e Síria. Houve aumento de casos em Bangladesh, Burúndi, Costa do Marfim, Etiópia, Israel, Irã, Mali, México, República Centro-Africana e Uganda.
O relatório só trata do terrorismo de grupos irregulares. Ignora o terrorismo de Estado, cometido pelos Estados Unidos, a Rússia e muitos outros países na luta contra vários tipos de rebeldes armados. Mas desnuda o fracasso da estratégia antiterrorista adotada por Bush, que consumiu US$ 4,4 trilhões nas guerras no Afeganistão e no Iraque e em outras operações.
De 3.361 mortes em 2000, o número subiu para 11.133 em 2012 e 17.958 no ano passado. Ao todo, nos últimos 14 anos, foram 107 mil mortes. A expectativa é de um aumento neste ano por causa da ofensiva do Estado Islâmico.
Houve uma queda a partir de 2007, com o reforço das tropas americanas na guerra do Iraque, e um forte aumento desde 2011 devido principalmente à guerra civil na Síria, causada pela Primavera Árabe e não por uma intervenção militar americana. Mas o Estado Islâmico é filho do caos e da anarquia gerados pela invasão do Iraque.
Além da repressão aos crimes cometidos pelos terroristas, o relatório recomenda uma ação política para integrar as populações alienadas como os sunitas do Iraque, excluídos desde a queda do ditador Saddam Hussein, em 2003. A mesma fórmula foi empregada para acabar com o terrorismo nos anos 1960s e 1970s.
"Mais de 80% das organizações terroristas pararam de operar", afirma o relatório. "Só 10% dos grupos terroristas atingiram seus objetivos políticos e só 7% foram eliminados militarmente."
Quatro grupos terroristas são responsáveis pela maioria das mortes, aponta o Índice do Terrorismo Global: o Estado Islâmico, no Iraque e na Síria; Boko Haram, na Nigéria; a milícia dos Talebã (Estudantes), no Afeganistão; e a rede terrorista Al Caeda em várias regiões do planeta.
Só 5% das mortes aconteceram em países desenvolvidos. Cerca de 80% foram registradas em cinco países: Iraque, Afeganistão, Paquistão, Nigéria e Síria. Houve aumento de casos em Bangladesh, Burúndi, Costa do Marfim, Etiópia, Israel, Irã, Mali, México, República Centro-Africana e Uganda.
O relatório só trata do terrorismo de grupos irregulares. Ignora o terrorismo de Estado, cometido pelos Estados Unidos, a Rússia e muitos outros países na luta contra vários tipos de rebeldes armados. Mas desnuda o fracasso da estratégia antiterrorista adotada por Bush, que consumiu US$ 4,4 trilhões nas guerras no Afeganistão e no Iraque e em outras operações.
De 3.361 mortes em 2000, o número subiu para 11.133 em 2012 e 17.958 no ano passado. Ao todo, nos últimos 14 anos, foram 107 mil mortes. A expectativa é de um aumento neste ano por causa da ofensiva do Estado Islâmico.
Houve uma queda a partir de 2007, com o reforço das tropas americanas na guerra do Iraque, e um forte aumento desde 2011 devido principalmente à guerra civil na Síria, causada pela Primavera Árabe e não por uma intervenção militar americana. Mas o Estado Islâmico é filho do caos e da anarquia gerados pela invasão do Iraque.
Além da repressão aos crimes cometidos pelos terroristas, o relatório recomenda uma ação política para integrar as populações alienadas como os sunitas do Iraque, excluídos desde a queda do ditador Saddam Hussein, em 2003. A mesma fórmula foi empregada para acabar com o terrorismo nos anos 1960s e 1970s.
"Mais de 80% das organizações terroristas pararam de operar", afirma o relatório. "Só 10% dos grupos terroristas atingiram seus objetivos políticos e só 7% foram eliminados militarmente."
Uma em cada 30 crianças dos EUA não têm casa
CAMBRIDGE-MA, EUA - Nos últimos anos, o total de crianças desabrigadas nos Estados Unidos atingiu um triste recorde: uma em cada 30 não tem onde morar. De 2012 para 2013, houve um aumento de 8%, denunciou um relatório amplo do Centro Nacional sobre Famílias Desabrigadas divulgado ontem que examina a situação estado por estado, informou o jornal The Boston Globe.
O relatório intitulado Os Mais Jovens Americanos Excluídos afirma que 2,5 milhões de crianças estavam sem casa em algum momento em 2013. A situação é mais grave no estado da Califórnia, que tem um oitavo da população americana e um quinto das crianças desabrigadas, cerca de 527 mil.
Nas últimas décadas, a Califórnia, especialmente o Vale do Silício, ficou ainda mais rico com a revolução tecnológica da informática, atraindo talentos e pagando altos salários. O preço dos imóveis disparou.
A diretora nacional do centro, Carmela DeCandia, uma das autoras do relatório, observou que o governo federal faz esforços para reduzir o número de veteranos de guerra e de adultos sem teto: "O mesmo grau de atenção e recursos deve ser dedicada a famílias e crianças. Caso contrário, vamos pagar um alto preço em termos humanos e econômicos."
As consequências são arrasadoras para o desenvolvimento emocional, educacional e social das crianças e seus pais, com impacto sobre a saúde física e mental e as futuras possibilidades de emprego.
O relatório recomenda investimentos públicos em habitação popular, educação e qualificação profissional para pais sem teto, além de serviços especiais para acolher mulheres sem casa por causa da violência doméstica.
O relatório intitulado Os Mais Jovens Americanos Excluídos afirma que 2,5 milhões de crianças estavam sem casa em algum momento em 2013. A situação é mais grave no estado da Califórnia, que tem um oitavo da população americana e um quinto das crianças desabrigadas, cerca de 527 mil.
Nas últimas décadas, a Califórnia, especialmente o Vale do Silício, ficou ainda mais rico com a revolução tecnológica da informática, atraindo talentos e pagando altos salários. O preço dos imóveis disparou.
A diretora nacional do centro, Carmela DeCandia, uma das autoras do relatório, observou que o governo federal faz esforços para reduzir o número de veteranos de guerra e de adultos sem teto: "O mesmo grau de atenção e recursos deve ser dedicada a famílias e crianças. Caso contrário, vamos pagar um alto preço em termos humanos e econômicos."
As consequências são arrasadoras para o desenvolvimento emocional, educacional e social das crianças e seus pais, com impacto sobre a saúde física e mental e as futuras possibilidades de emprego.
O relatório recomenda investimentos públicos em habitação popular, educação e qualificação profissional para pais sem teto, além de serviços especiais para acolher mulheres sem casa por causa da violência doméstica.
Missouri decreta emergência antes de decisão sobre morte de negro
CAMBRIDGE-MA, EUA - O governador Jay Nixon decretou ontem estado de emergência durante 30 dias no estado do Missouri para tentar evitar distúrbios quando sair a decisão do júri de processar ou não por homicídio o policial responsável pela morte do jovem negro Michael Brown na cidade de Ferguson, na Grande Saint Louis.
Sob protestos dos manifestantes, o governador, do Partido Democrata, mobilizou as polícias municipais e estaduais e a Guarda Nacional para manter a ordem e proteger propriedades públicas e privadas de possíveis atos violentos de protesto como os ocorridos em agosto.
A senadora estadual democrata Marie-Chapelle Nadal criticou Nixon: "Eu não sei o que o governador está pensando. Cada vez que fala incita a população."
Já o prefeito de Saint Louis, Francis Slay, apoiou o governador: "Não podemos esperar a decisão para colocar a polícia na rua."
Brown, de 18 anos, estava desarmado quando foi morto pelo policial branco Darren Wilson, em Ferguson em 9 de agosto de 2014. Foi mais um caso de uma comunidade maioritariamente negra patrulhada por uma polícia predominantemente branca que terminou em tragédia.
No fim de semana, manifestantes se deitaram no chão como se estivessem mortos numa cena de crime. As imagens do circuito interno da TV do hospital onde Wilson foi atendido não revelam os supostos ferimentos no rosto que comprovariam a agressividade do jovem assassinado.
"Está fazendo -1ºC e estamos na rua em grande número", declarou Derek Lane ao jornal The Wall St. Journal diante do tribunal da cidade de Clayton, no Missouri, onde o júri está reunido há semanas. "As pessoas estão ficando mais comprometidas e mais determinadas."
Sob protestos dos manifestantes, o governador, do Partido Democrata, mobilizou as polícias municipais e estaduais e a Guarda Nacional para manter a ordem e proteger propriedades públicas e privadas de possíveis atos violentos de protesto como os ocorridos em agosto.
A senadora estadual democrata Marie-Chapelle Nadal criticou Nixon: "Eu não sei o que o governador está pensando. Cada vez que fala incita a população."
Já o prefeito de Saint Louis, Francis Slay, apoiou o governador: "Não podemos esperar a decisão para colocar a polícia na rua."
Brown, de 18 anos, estava desarmado quando foi morto pelo policial branco Darren Wilson, em Ferguson em 9 de agosto de 2014. Foi mais um caso de uma comunidade maioritariamente negra patrulhada por uma polícia predominantemente branca que terminou em tragédia.
No fim de semana, manifestantes se deitaram no chão como se estivessem mortos numa cena de crime. As imagens do circuito interno da TV do hospital onde Wilson foi atendido não revelam os supostos ferimentos no rosto que comprovariam a agressividade do jovem assassinado.
"Está fazendo -1ºC e estamos na rua em grande número", declarou Derek Lane ao jornal The Wall St. Journal diante do tribunal da cidade de Clayton, no Missouri, onde o júri está reunido há semanas. "As pessoas estão ficando mais comprometidas e mais determinadas."
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segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Okinawa elege governador contrário à base militar dos EUA
Um decidido oponente à presença militar dos Estados Unidos, Takeshi Onaga, ex-prefeito da cidade de Naha, foi eleito ontem governador da ilha de Okinawa, no Japão. O atual governador e candidato derrotado, Hirokazu Nakaima, admitia mudar a localização de uma base americana, mantendo-a na ilha.
O primeiro-ministro Shinzo Abe, que apoiou Nakaima, pode vetar qualquer decisão relativa à base americana, mas seria uma medida extremamente popular num momento de crise econômica. Abe pretende convocar eleições antecipadas para dezembro.
A presença militar americana em Okinawa é rejeitada pelos moradores da ilha por causa de diversos crimes, inclusive estupros, envolvendo os soldados dos EUA, que não estão sujeitos à lei japonesa. Os EUA mantém uma base militar em Okinawa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O primeiro-ministro Shinzo Abe, que apoiou Nakaima, pode vetar qualquer decisão relativa à base americana, mas seria uma medida extremamente popular num momento de crise econômica. Abe pretende convocar eleições antecipadas para dezembro.
A presença militar americana em Okinawa é rejeitada pelos moradores da ilha por causa de diversos crimes, inclusive estupros, envolvendo os soldados dos EUA, que não estão sujeitos à lei japonesa. Os EUA mantém uma base militar em Okinawa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Centro-direita surpreende na eleição presidencial na Romênia
O primeiro-ministro social-democrata Victor Ponta sofreu uma derrota surpreendente para o candidato de centro-direita, Klaus Iohannis, no segundo turno da eleição presidencial na Romênia. Com 95% das urnas apuradas, Iohannis tinha 53% dos votos válidos contra 47% para Ponta.
Cerca de 3 mil manifestantes saíram às ruas do centro de Bucareste para festejar a vitória, resultado de um grande comparecimento às urnas atribuído ao medo de ameaças à democracia romena. A multidão se acalmou quando Iohannis, representante da comunidade alemã, fez um pronunciamento público: "Graças a vocês, uma nova Romênia está começando. Seu voto e sua voz são os alicerces."
A corrupção, a economia e as relações com a Rússia serão os maiores desafios do novo presidente, que terá de conviver com o atual primeiro-ministro, já que a centro-esquerda tem maioria no Parlamento.
Cerca de 3 mil manifestantes saíram às ruas do centro de Bucareste para festejar a vitória, resultado de um grande comparecimento às urnas atribuído ao medo de ameaças à democracia romena. A multidão se acalmou quando Iohannis, representante da comunidade alemã, fez um pronunciamento público: "Graças a vocês, uma nova Romênia está começando. Seu voto e sua voz são os alicerces."
A corrupção, a economia e as relações com a Rússia serão os maiores desafios do novo presidente, que terá de conviver com o atual primeiro-ministro, já que a centro-esquerda tem maioria no Parlamento.
Japão cai em recessão
Com uma queda surpreendente no produto interno bruto num ritmo de 1,6% ao ano, o Japão, terceira maior economia do mundo, entrou em recessão, num revés para a política da estímulo do crescimento do primeiro-ministro Shinzo Abe, que deve adiar assim um aumento de 8% para 10% no imposto sobre consumo previsto para entrar em vigor em outubro de 2015.
Nenhum dos 18 economistas ouvidos pelo jornal The Wall St. Journal previu a contração. A expectativa média era de um avanço de 2,25% ao ano. Como a economia japonesa havia se retraído num ritmo de 7,3% no segundo trimestre, depois de um aumento de 5% para 8% no imposto em abril de 2014, o país está em recessão.
Apesar do aparente fracasso da abeconomia, o primeiro-ministro deve convocar eleições parlamentares para o mês de dezembro. Eleito em 2012, Abe tenta recuperar a economia do país diante do declínio relativo em comparação com a vizinha e rival China, que cresce num ritmo de 7,4% ao ano.
Nenhum dos 18 economistas ouvidos pelo jornal The Wall St. Journal previu a contração. A expectativa média era de um avanço de 2,25% ao ano. Como a economia japonesa havia se retraído num ritmo de 7,3% no segundo trimestre, depois de um aumento de 5% para 8% no imposto em abril de 2014, o país está em recessão.
Apesar do aparente fracasso da abeconomia, o primeiro-ministro deve convocar eleições parlamentares para o mês de dezembro. Eleito em 2012, Abe tenta recuperar a economia do país diante do declínio relativo em comparação com a vizinha e rival China, que cresce num ritmo de 7,4% ao ano.
EUA confirmam execução de Peter Kassig pelo Estado Islâmico
CAMBRIGDE-MA, EUA - O governo dos Estados Unidos confirmou ontem a execução do refém americano Peter Kassig, de 26 anos, pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), mais uma gesto bárbaro deplorado pelo presidente Barack Obama como o "mal absoluto cometido por um grupo terrorista que o mundo inteiro considera, com razão, desumano".
Ex-militar, Kassig trabalhava com ajuda humanitária na Síria desde o fim de 2012 e foi sequestrado em outubro de 2013. Foi o quinto refém ocidental degolado desde que os EUA declararam guerra ao Estado Islâmico.
No mesmo vídeo, os jihadistas reivindicam as execuções sumárias de 18 soldados sírios.
Obama negou qualquer possibilidade de fazer uma aliança com o ditador sírio, Bachar Assad, alegando que ele perdeu a legitimidade ao atacar seu próprio povo na guerra civil que já dura mais de três anos e meio.
Os EUA estão bombardeando posições do EIIL e de outros grupos extremistas muçulmanos envolvidos na guerra civil síria, beneficiando assim a ditadura de Assad.
Ex-militar, Kassig trabalhava com ajuda humanitária na Síria desde o fim de 2012 e foi sequestrado em outubro de 2013. Foi o quinto refém ocidental degolado desde que os EUA declararam guerra ao Estado Islâmico.
No mesmo vídeo, os jihadistas reivindicam as execuções sumárias de 18 soldados sírios.
Obama negou qualquer possibilidade de fazer uma aliança com o ditador sírio, Bachar Assad, alegando que ele perdeu a legitimidade ao atacar seu próprio povo na guerra civil que já dura mais de três anos e meio.
Os EUA estão bombardeando posições do EIIL e de outros grupos extremistas muçulmanos envolvidos na guerra civil síria, beneficiando assim a ditadura de Assad.
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Exército da Nigéria retoma cidade de Chibok
Com o apoio de um grupo local de vigilantes, o Exército da Nigéria retomou ontem a cidade de Chibok da milícia terrorista muçulmana Boko Haram, informou a televisão pública britânica BBC citando fontes militares. A área ao redor ainda é considerada perigosa pela presença dos jihadistas.
Chibok é um enclave cristão no Norte da Nigéria, predominantemente muçulmano. Foi lá que o grupo, cujo nome significa "não à educação ocidental", raptou cerca de 300 meninas em abril. Dezenas conseguiram fugir, mas pelo menos 219 ainda estão desaparecidas.
O governo nigeriano chegou a anunciar um cessar-fogo que incluiria a libertação das meninas. Foi desmentido pelo líder do grupo Abubakar Shekau, que declarou que elas se converteram ao islamismo e se casaram, o que pode configurar um crime de guerra.
Chibok é um enclave cristão no Norte da Nigéria, predominantemente muçulmano. Foi lá que o grupo, cujo nome significa "não à educação ocidental", raptou cerca de 300 meninas em abril. Dezenas conseguiram fugir, mas pelo menos 219 ainda estão desaparecidas.
O governo nigeriano chegou a anunciar um cessar-fogo que incluiria a libertação das meninas. Foi desmentido pelo líder do grupo Abubakar Shekau, que declarou que elas se converteram ao islamismo e se casaram, o que pode configurar um crime de guerra.
domingo, 16 de novembro de 2014
Burkina Fasso fecha acordo para democratização
As Forças Armadas, os partidos políticos, líderes religiosos e da sociedade civil assinaram hoje um acordo para formar um governo provisório e preparar eleições para democratizar Burkina Fasso, anunciou ontem o coronel Isaac Zida, ex-subcomandante da guarda presidencial, informou a agência de notícias Reuters.
O coronel assumiu o poder no país da África Ocidental depois de uma revolta popular que derrubou o ditador Blaise Compaoré em 30 de outubro. Ele será sucedido pelo diplomata Michel Kafando.
"Mais do que uma honra, é uma responsabilidade e desde já entrevejo a imensidão da tarefa", declarou o presidente interino, citado pelo jornal francês Le Monde. "Aceitei naturalmente, como em cada vez que fui chamado pelo dever."
"Mais do que uma honra, é uma responsabilidade e desde já entrevejo a imensidão da tarefa", declarou o presidente interino, citado pelo jornal francês Le Monde. "Aceitei naturalmente, como em cada vez que fui chamado pelo dever."
sábado, 15 de novembro de 2014
Museu da Biodiversidade de Frank Gehry é obra de arte
CIDADE DO PANAMÁ - À beira do Oceano Pacífico, na boca do Canal do Panamá, fica a construção mais impressionante deste pequeno país depois da passagem interoceânica. O Bio Museu ou Museu da Biodiversidade é uma admirável obra de arte multicolorida e psicodélica do arquiteto canadense-americano Frank Gehry para exaltar a diversidade biológica do Panamá, que tem mais
espécies de plantas e animais do que os Estados Unidos e o Canadá juntos.
O prédio tem várias aberturas para o entorno, onde está sendo cultivado um jardim botânico, para a cidade e para o mar. Lá dentro, estão em obras dois aquários, um com espécies do Atlântico e outro do Pacífico, unidos ali pelo canal de 80 quilômetros, aberto à navegação em 15 de agosto de 1914.
Desde o fim de 1999, quando assumiu o controle do canal, construído e operado até então pelos EUA, o Panamá passa por uma ampla modernização, que inclui a ampliação da passagem interoceânica por onde passaram 1 milhão de navios até 2010.
Uma ala do museu é dedicada ao surgimento do istmo centro-americano por força de erupções vulcânicas, há 45 milhões de anos. Essa ponte entre as Américas do Norte e do Sul só foi concluída há cerca de 20 milhões de anos.
Como se acredita que o homem chegou à América atravessando da Rússia para o Alasca pelo que hoje é o Estreito de Behring, congelado durante a Era Glacial, veio para o Sul pelo istmo centro-americano. A América Central dividiu os dois maiores oceanos da Terra e também permitiu a migração de animais.
Há ainda um setor de fósseis encontrados durante as obras de ampliação do canal, que incluem um megatubarão de até 30 metros de comprimento e pequenas espécies de camelos e cavalos hoje extintas.
espécies de plantas e animais do que os Estados Unidos e o Canadá juntos.
O prédio tem várias aberturas para o entorno, onde está sendo cultivado um jardim botânico, para a cidade e para o mar. Lá dentro, estão em obras dois aquários, um com espécies do Atlântico e outro do Pacífico, unidos ali pelo canal de 80 quilômetros, aberto à navegação em 15 de agosto de 1914.
Desde o fim de 1999, quando assumiu o controle do canal, construído e operado até então pelos EUA, o Panamá passa por uma ampla modernização, que inclui a ampliação da passagem interoceânica por onde passaram 1 milhão de navios até 2010.
Uma ala do museu é dedicada ao surgimento do istmo centro-americano por força de erupções vulcânicas, há 45 milhões de anos. Essa ponte entre as Américas do Norte e do Sul só foi concluída há cerca de 20 milhões de anos.
Como se acredita que o homem chegou à América atravessando da Rússia para o Alasca pelo que hoje é o Estreito de Behring, congelado durante a Era Glacial, veio para o Sul pelo istmo centro-americano. A América Central dividiu os dois maiores oceanos da Terra e também permitiu a migração de animais.
Há ainda um setor de fósseis encontrados durante as obras de ampliação do canal, que incluem um megatubarão de até 30 metros de comprimento e pequenas espécies de camelos e cavalos hoje extintas.
Putin sai às pressas da reunião do G-20
Sob pressão de manifestações de protesto, o presidente Vladimir Putin deve deixar a reunião do Grupo dos 20 (19 países mais ricos do mundo mais a União Europeia) em Brisbane, na Austrália, antes do previstos, informou o jornal francês Le Monde, citando como fontes diplomatas da delegação da Rússia.
O homem-forte do Kremlin é alvo de protestos por causa da derrubada de um avião de passageiros da Malaysia Airlines supostamente abatido por rebeldes separatistas do Leste da Ucrânia apoiados por Moscou. Havia vários australianos a bordo.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, ameaçou peitar Putin pessoalmente.
Neste momento, diante da invasão da região ocupada pelos rebeldes da Ucrânia por tanques e tropas russas, há o temor para que o conflito de baixa intensidade se transforme numa guerra em grande escala.
Mais tarde, a delegação russa negou que Putin vá embora mais cedo.
O homem-forte do Kremlin é alvo de protestos por causa da derrubada de um avião de passageiros da Malaysia Airlines supostamente abatido por rebeldes separatistas do Leste da Ucrânia apoiados por Moscou. Havia vários australianos a bordo.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, ameaçou peitar Putin pessoalmente.
Neste momento, diante da invasão da região ocupada pelos rebeldes da Ucrânia por tanques e tropas russas, há o temor para que o conflito de baixa intensidade se transforme numa guerra em grande escala.
Mais tarde, a delegação russa negou que Putin vá embora mais cedo.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Gás de xisto não será capaz de suprir a UE
CIDADE DO PANAMÁ - A produção de gás de xisto não será suficiente para suprir as necessidades de energia da União Europeia, que enfrenta a ameaça de corte no fornecimento da Rússia, alvo de sanções internacionais por causa da intervenção militar na ex-república soviética da Ucrânia, advertiu hoje o Conselho de Assessoramento das Academias de Ciências da Europa.
De acordo com o relatório, o impacto ambiental foi bastante reduzido. A "pegada ecológica" pode ser administrada, mas o potencial de exploração do gás de xisto ainda é incerto por causa das dificuldades geológicas.
Como a geologia da Europa seria mais complicada do que a dos Estados Unidos, a viabilidade econômica seria menor. Apenas uma fração das reservas da Polônia seria recuperável e os depósitos de gás que se acreditava que houvesse em Paris são inexistentes.
De acordo com o relatório, o impacto ambiental foi bastante reduzido. A "pegada ecológica" pode ser administrada, mas o potencial de exploração do gás de xisto ainda é incerto por causa das dificuldades geológicas.
Como a geologia da Europa seria mais complicada do que a dos Estados Unidos, a viabilidade econômica seria menor. Apenas uma fração das reservas da Polônia seria recuperável e os depósitos de gás que se acreditava que houvesse em Paris são inexistentes.
Parlamento Europeu aprova associação da Moldova
Por 535 a 94 votos, o Parlamento Europeu aprovou ontem um acordo de associação e de livre comércio com a ex-república soviética da Moldova. O acordo cobre todo o território do país, inclusive a região da Transnístria, onde há um movimento separatista apoiado pela Rússia.
Ao aprovar a associação, o Parlamento Europeu pediu à União Europeia que trabalhe ativamente para resolver a questão da Transnístria. Antes de entrar em vigor, o acordo precisa ser ratificado pelos parlamentos nacionais dos 28 países do bloco europeu.
Ao aprovar a associação, o Parlamento Europeu pediu à União Europeia que trabalhe ativamente para resolver a questão da Transnístria. Antes de entrar em vigor, o acordo precisa ser ratificado pelos parlamentos nacionais dos 28 países do bloco europeu.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Estatal de petróleo do México faz acordos com a China
A companhia estatal Petróleos Mexicanos revelou hoje ter feito acordos com três empresas estatais da China. Com a estatal de petróleo chinesa China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), assinou um memorando de entendimento para explorar e produzir petróleo bruto pesado e campos maduros.
Junto ao Banco Comercial e Industrial da China, a Pemex conseguiu uma linha de crédito de US$ 10 bilhões para novos projeto e compra de equipamentos para explorar petróleo no mar. Outra linha de crédito foi aberta pelo Banco de Desenvolvimento da China.
Os negócios fazem parte da abertura do setor de energia promovida pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.
Junto ao Banco Comercial e Industrial da China, a Pemex conseguiu uma linha de crédito de US$ 10 bilhões para novos projeto e compra de equipamentos para explorar petróleo no mar. Outra linha de crédito foi aberta pelo Banco de Desenvolvimento da China.
Os negócios fazem parte da abertura do setor de energia promovida pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.
Detecção precoce é decisiva para salvar doentes de câncer de pulmão
No Japão, 40% dos cânceres de pulmão são diagnosticados na fase inicial da doença, aumentando significativamente as chances de cura. Nos Estados Unidos, cerca de 20%. Já no México, são apenas 1,2%. Por isso, o Instituto Nacional de Cancerologia (INCan) e o Instituto Nacional de Doenças Respiratórias (INDR) aproveitaram o mês de luta contra o câncer para treinar clínicos gerais e especialistas para detectar o mal precocemente.
O melhor exame preventivo é a tomografia computadoriza de tórax.
"No México, há oito mil mortes por ano", observou o dr. Óscar Arrieta Rodríguez, diretor da Clínica de Câncer do Pulmão do INCan. "Talvez haja subnotificação porque muitos pacientes cancerosos morrem de outras causas, como pneumonia e tuberculose. O problema do diagnóstico tardio é que o médico do primeiro contato pode não estar familiarizado com o câncer e deixa passar um tempo valioso. Às vezes, o paciente só chega ao especialista cinco ou seis meses depois da primeira consulta."
Enquanto na Europa e nos Estados Unidos, 85% a 90% dos casos são associados ao tabagismo, no México, são 65% e cerca de 67% das mulheres contraem a doença sem fumar. Isso indica que há outros fatores, como predisposição genética, alterações hormonais, contaminação ambiental com asbestos ou gases do subsolo vindos de rochas vulcânicas, fumo passivo e exposição à fumaça, especialmente de lenha.
A nível mundial, 25% dos pacientes de câncer de pulmão pegam a doença sem fumar, acrescenta a chefe do Serviço Clínico de Pneumologia Oncológica do INDR, drª Renata Báez Saldaña; no México, são 30%.
"Muitas vezes chegam aqui depois de passar por três ou quatro médicos, quando o problema já está em estado adiantado", comentou a médica. "De acordo com modelos matemáticos da Organização Mundial da Saúde, a incidência de câncer de pulmão deve aumentar 70% nas próximas duas décadas."
O melhor exame preventivo é a tomografia computadoriza de tórax.
"No México, há oito mil mortes por ano", observou o dr. Óscar Arrieta Rodríguez, diretor da Clínica de Câncer do Pulmão do INCan. "Talvez haja subnotificação porque muitos pacientes cancerosos morrem de outras causas, como pneumonia e tuberculose. O problema do diagnóstico tardio é que o médico do primeiro contato pode não estar familiarizado com o câncer e deixa passar um tempo valioso. Às vezes, o paciente só chega ao especialista cinco ou seis meses depois da primeira consulta."
Enquanto na Europa e nos Estados Unidos, 85% a 90% dos casos são associados ao tabagismo, no México, são 65% e cerca de 67% das mulheres contraem a doença sem fumar. Isso indica que há outros fatores, como predisposição genética, alterações hormonais, contaminação ambiental com asbestos ou gases do subsolo vindos de rochas vulcânicas, fumo passivo e exposição à fumaça, especialmente de lenha.
A nível mundial, 25% dos pacientes de câncer de pulmão pegam a doença sem fumar, acrescenta a chefe do Serviço Clínico de Pneumologia Oncológica do INDR, drª Renata Báez Saldaña; no México, são 30%.
"Muitas vezes chegam aqui depois de passar por três ou quatro médicos, quando o problema já está em estado adiantado", comentou a médica. "De acordo com modelos matemáticos da Organização Mundial da Saúde, a incidência de câncer de pulmão deve aumentar 70% nas próximas duas décadas."
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Dr. Óscar Arrieta Rodríguez,
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quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Vírus da aids se originou no Congo Belga
O vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da síndrome de deficiência imunológica adquirida (aids), foi transmitido de um chimpanzé para o homem numa única contaminação em 1920 em Léopoldville, hoje Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, concluiu uma pesquisa das universidades de Oxford, na Inglaterra, e de Louvain, na Bélgica, publicada na revista Science, da Associação Americana para o Progresso da Ciência.
A pesquisa fez uma análise estatística de todos os dados genéticos disponíveis sobre a pandemia que atraiu a atenção internacional em 1980, quando foram registrados muitos casos entre homens gays nos Estados Unidos. Até hoje, cerca de 75 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV, que mudou o comportamento sexual no mundo, tornando obrigatório o uso da camisinha por quem tem mais de um parceiro ou parceira.
Anteriormente, os cientistas acreditavam que a doença tinha sido transmitida ao homem por chimpanzés do Sul de Camarões. Os pesquisadores mudaram de ideia comparando as variações genéticas entre os vírus. No início do século passado, quando os belgas colonizaram o Congo, havia um grande fluxo de mercadorias, especialmente borracha, madeira e marfim, entre o Congo e Camarões.
Nas décadas seguintes, Kinshasa, que no período colonial se chamava Léopoldville, se tornou uma das cidades mais importantes do Centro da África. Mais de um milhão de pessoas passavam por ano pela cidade no fim dos anos 1940s. A aids logo se espalhou pelo Congo, impulsionada pela prostituição e pela má esterilização de agulhas usadas em serviços de saúde pública.
A pesquisa fez uma análise estatística de todos os dados genéticos disponíveis sobre a pandemia que atraiu a atenção internacional em 1980, quando foram registrados muitos casos entre homens gays nos Estados Unidos. Até hoje, cerca de 75 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV, que mudou o comportamento sexual no mundo, tornando obrigatório o uso da camisinha por quem tem mais de um parceiro ou parceira.
Anteriormente, os cientistas acreditavam que a doença tinha sido transmitida ao homem por chimpanzés do Sul de Camarões. Os pesquisadores mudaram de ideia comparando as variações genéticas entre os vírus. No início do século passado, quando os belgas colonizaram o Congo, havia um grande fluxo de mercadorias, especialmente borracha, madeira e marfim, entre o Congo e Camarões.
Nas décadas seguintes, Kinshasa, que no período colonial se chamava Léopoldville, se tornou uma das cidades mais importantes do Centro da África. Mais de um milhão de pessoas passavam por ano pela cidade no fim dos anos 1940s. A aids logo se espalhou pelo Congo, impulsionada pela prostituição e pela má esterilização de agulhas usadas em serviços de saúde pública.
Azerbaijão derruba helicóptero militar da Armênia
A defesa antiaérea do Azerbaijão abateu hoje um helicóptero Mi-24 da Armênia, matando as três pessoas que estavam a bordo. O governo azerbaijano alegou que o helicóptero tinha invadido seu espaço aéreo e estava atacando posições militares. A Armênia negou, afirmando que o aparelho não estava armado.
Os dois países, ex-repúblicas da União Soviética, travaram uma guerra pelo controle da região de Nagorno Karabakh que terminou com um cessar-fogo em 1994, mas nunca houve um acordo de paz definitivo. De tempos em tempos, incidentes militares como esse ameaça reiniciar o conflito armado.
Na origem do conflito, estão as manipulações do ditador soviético Josef Stalin, que foi comissário das nacionalidades no início dos anos 1920s, quando foi criada a URSS. Em 1923, Stalin anexou a "região autônoma de Nagorno-Karabakh" ao Azerbaijão, apesar da maioria da população ser armênia.
Quando o último líder comunista soviético, Mikhail Gorbachev, lançou a glasnost (abertura política) e a perestroika (reestruturação econômica), os conflitos nacionalistas ressurgiram na URSS, inclusive em Nagorno-Karabakh. Depois que o parlamento regional decidiu se unir à Armênia, em 1988, começou a guerra, que durou até maio de 1994.
De acordo com Thomas de Waal, autor de um livro sobre a guerra, pelo menos 6 mil armênios e 20 mil azerbaijanos foram mortos no conflito.
Os dois países, ex-repúblicas da União Soviética, travaram uma guerra pelo controle da região de Nagorno Karabakh que terminou com um cessar-fogo em 1994, mas nunca houve um acordo de paz definitivo. De tempos em tempos, incidentes militares como esse ameaça reiniciar o conflito armado.
Na origem do conflito, estão as manipulações do ditador soviético Josef Stalin, que foi comissário das nacionalidades no início dos anos 1920s, quando foi criada a URSS. Em 1923, Stalin anexou a "região autônoma de Nagorno-Karabakh" ao Azerbaijão, apesar da maioria da população ser armênia.
Quando o último líder comunista soviético, Mikhail Gorbachev, lançou a glasnost (abertura política) e a perestroika (reestruturação econômica), os conflitos nacionalistas ressurgiram na URSS, inclusive em Nagorno-Karabakh. Depois que o parlamento regional decidiu se unir à Armênia, em 1988, começou a guerra, que durou até maio de 1994.
De acordo com Thomas de Waal, autor de um livro sobre a guerra, pelo menos 6 mil armênios e 20 mil azerbaijanos foram mortos no conflito.
EUA e China anunciam acordo histórico sobre o clima
Numa série de entendimentos para melhorar o relacionamento entre as duas maiores potências mundiais, os Estados Unidos e a China anunciaram hoje um acordo sobre o clima capaz de impulsionar as negociações da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima em 2015, em Paris.
Os EUA se comprometeram a cortar até 2025 as emissões de gases carbônicos em 26% a 28% em relação a 2005. A China, hoje o maior poluidor mundial, não se considera responsável pelas emissões do passado. Pela primeira vez, prometeu reduzir gradualmente o aumento das emissões até chegar ao pico em 2030. A partir daí, vão cair.
É pouco, mas é um avanço histórico. Foram nove meses de negociações secretas. Sem um compromisso dos maiores poluidores, dificilmente haveria progresso no próximo ano em Paris rumo a um acordo para substituir o Protocolo de Quioto, que expirou em 2012.
No protocolo assinado em 1997 em Quioto, no Japão, 37 países desenvolvidos se comprometeram a reduzir as emissões de gases que agravam o efeito estufa em 5% em relação a 1990. Não diminuíram. A concentração de gases carbônicos na atmosfera só aumenta, apesar das repetidas advertências do Painel Internacional sobre Mudança do Clima, que reúne cientistas do mundo inteiro.
Um problema para Obama é que o Partido Republicano, que acaba de conquistar a maioria nas duas casas do Congresso dos EUA, ou pelo menos sua ala mais radical, negam que o atividade industrial humana seja responsável pelo aquecimento do planeta.
Em entrevista coletiva neste momento em Beijim, Obama destaca a melhoria nas relações bilaterais nos últimos 43 anos desde a histórica visita de Henry Kissinger a Mao Tsé-tung, em 1971.
O presidente americano citou o extraordinário aumento do comércio bilateral e a cooperação em vários setores, do intercâmbio estudantil ao combate à epidemia de ebola e à estabilidade no Afeganistão. Com o aumento do terrorismo islâmico de radicais da minoria uigur, a China entra na guerra contra o extremismo muçulmano.
Obama reconheceu que a China é uma grande potência, numa grande diferença em relação ao tratamento americano ao país na era Bush (2001-9). Declarou que "o Tibete é parte da República Popular da China" e pediu ao regime comunista chinês que ajude a "preservar sua religião e cultura únicas". Também fez um apelo para que as disputas territoriais entre a China e seus vizinhos sejam "resolvidas pacificamente, de acordo com o direito internacional".
Os dois países vão criar mecanismos para evitar incidentes militares capazes de gerar crises, avisando quando forem fazer manobras militares. Também serão definidos procedimentos para encontros de navios ou aviões de guerra.
Os EUA se comprometeram a cortar até 2025 as emissões de gases carbônicos em 26% a 28% em relação a 2005. A China, hoje o maior poluidor mundial, não se considera responsável pelas emissões do passado. Pela primeira vez, prometeu reduzir gradualmente o aumento das emissões até chegar ao pico em 2030. A partir daí, vão cair.
É pouco, mas é um avanço histórico. Foram nove meses de negociações secretas. Sem um compromisso dos maiores poluidores, dificilmente haveria progresso no próximo ano em Paris rumo a um acordo para substituir o Protocolo de Quioto, que expirou em 2012.
No protocolo assinado em 1997 em Quioto, no Japão, 37 países desenvolvidos se comprometeram a reduzir as emissões de gases que agravam o efeito estufa em 5% em relação a 1990. Não diminuíram. A concentração de gases carbônicos na atmosfera só aumenta, apesar das repetidas advertências do Painel Internacional sobre Mudança do Clima, que reúne cientistas do mundo inteiro.
Um problema para Obama é que o Partido Republicano, que acaba de conquistar a maioria nas duas casas do Congresso dos EUA, ou pelo menos sua ala mais radical, negam que o atividade industrial humana seja responsável pelo aquecimento do planeta.
Em entrevista coletiva neste momento em Beijim, Obama destaca a melhoria nas relações bilaterais nos últimos 43 anos desde a histórica visita de Henry Kissinger a Mao Tsé-tung, em 1971.
O presidente americano citou o extraordinário aumento do comércio bilateral e a cooperação em vários setores, do intercâmbio estudantil ao combate à epidemia de ebola e à estabilidade no Afeganistão. Com o aumento do terrorismo islâmico de radicais da minoria uigur, a China entra na guerra contra o extremismo muçulmano.
Obama reconheceu que a China é uma grande potência, numa grande diferença em relação ao tratamento americano ao país na era Bush (2001-9). Declarou que "o Tibete é parte da República Popular da China" e pediu ao regime comunista chinês que ajude a "preservar sua religião e cultura únicas". Também fez um apelo para que as disputas territoriais entre a China e seus vizinhos sejam "resolvidas pacificamente, de acordo com o direito internacional".
Os dois países vão criar mecanismos para evitar incidentes militares capazes de gerar crises, avisando quando forem fazer manobras militares. Também serão definidos procedimentos para encontros de navios ou aviões de guerra.
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terça-feira, 11 de novembro de 2014
Presidente palestino adverte para "guerra religiosa global"
Diante das sucessivas tentativas da ultradireita israelense de rezar na Esplanada das Mesquitas, chamada como Monte do Templo em Israel, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, alertou hoje para o risco de uma "guerra religiosa global, já que o local é sagrado para judeus e muçulmanos, informa o jornal conservador The Times of Israel.
Abbas exige a devolução de toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, inclusive do setor árabe de Jerusalém. Ele advertiu que cristãos e muçulmanos nunca vão aceitar a unificação de Jerusalém como capital do Estado de Israel.
O ministro do Exterior linha-dura de Israel, Avigdor Lieberman, contrário à criação de um Estado Palestino, afirmou que Abbas é mais perigoso do que Yasser Arafat, o líder histórico do movimento nacionalista pela independência da Palestina, falecido em 2004.
Hoje milhares de palestinos lembraram os dez anos da morte de Arafat. Da prisão, um dos principais líderes e comandantes militares da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Marwan Barghouti, defendeu uma "insurreição armada" contra Israel.
"É hora de considerar opções de luta armada, o caminho mais curto para o fim da ocupação e a conquista da liberdade", declarou Barghouti em carta aberta publicada num jornal palestino. Ele era comandante militar da Fatah (Luta), o partido de Arafat e Abbas, até sua prisão em 2002.
Abbas exige a devolução de toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, inclusive do setor árabe de Jerusalém. Ele advertiu que cristãos e muçulmanos nunca vão aceitar a unificação de Jerusalém como capital do Estado de Israel.
O ministro do Exterior linha-dura de Israel, Avigdor Lieberman, contrário à criação de um Estado Palestino, afirmou que Abbas é mais perigoso do que Yasser Arafat, o líder histórico do movimento nacionalista pela independência da Palestina, falecido em 2004.
Hoje milhares de palestinos lembraram os dez anos da morte de Arafat. Da prisão, um dos principais líderes e comandantes militares da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Marwan Barghouti, defendeu uma "insurreição armada" contra Israel.
"É hora de considerar opções de luta armada, o caminho mais curto para o fim da ocupação e a conquista da liberdade", declarou Barghouti em carta aberta publicada num jornal palestino. Ele era comandante militar da Fatah (Luta), o partido de Arafat e Abbas, até sua prisão em 2002.
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Presidente da Nigéria é candidato à reeleição
Apesar da inação e da incompetência do governo no combate à milícia terrorista Boko Haram, o presidente Goodluck Jonathan anunciou hoje a intenção de concorrer a um novo mandato como presidente da Nigéria em 2015, revelou a agência de notícias Reuters.
Jonathan, um cristão sulista, foi indicado pelo Partido Popular Democrático como vice-presidente de Umaru Yar'Adua, um muçulmano nortista, numa composição para manter o equilíbrio político interno entre regiões e religiões. Ele assumiu a presidência em 2010, quando Yar'Adua morreu do coração.
Reeleito em 2011, Jonathan deveria dar lugar a um muçulmano do Norte da Nigéria, a região mais atingida pela insurreição muçulmana do grupo Boko Haram, que significa "não à educação ocidental". Com base neste princípio absurdo, um terrorista suicida atacou ontem uma escola na cidade de Potiskum, no estado de Yobe, uma das regiões de maior atividade da milícia, matando 48 pessoas.
A Nigéria, país mais rico e mais populoso da África, conseguiu conter a epidemia de ebola, mostrando ter um sistema de saúde bem equipado e um bom sistema de comunicação pública para alertar a população e rastraer possíveis contaminados. Por outro lado, fracassa totalmente na luta contra o terrorismo muçulmano.
Há sete meses, mais de 200 meninas foram raptadas num ataque a outra escola do Nordeste do país. O governo chegou a anunciar um acordo de cessar-fogo e a libertação das meninas, mas o Boko Haram desmentiu, declarando que todas se converteram ao islamismo e se casaram, o que pode configurar um crime de guerra.
Alguns observadores da política nigeriana entendem que um presidente muçulmano teria mais autoridade moral para enfrentar a milícia. Se Jonathan conquistar mais um mandato, os nortistas e muçulmanos vão se sentir alienados do processo político.
Jonathan, um cristão sulista, foi indicado pelo Partido Popular Democrático como vice-presidente de Umaru Yar'Adua, um muçulmano nortista, numa composição para manter o equilíbrio político interno entre regiões e religiões. Ele assumiu a presidência em 2010, quando Yar'Adua morreu do coração.
Reeleito em 2011, Jonathan deveria dar lugar a um muçulmano do Norte da Nigéria, a região mais atingida pela insurreição muçulmana do grupo Boko Haram, que significa "não à educação ocidental". Com base neste princípio absurdo, um terrorista suicida atacou ontem uma escola na cidade de Potiskum, no estado de Yobe, uma das regiões de maior atividade da milícia, matando 48 pessoas.
A Nigéria, país mais rico e mais populoso da África, conseguiu conter a epidemia de ebola, mostrando ter um sistema de saúde bem equipado e um bom sistema de comunicação pública para alertar a população e rastraer possíveis contaminados. Por outro lado, fracassa totalmente na luta contra o terrorismo muçulmano.
Há sete meses, mais de 200 meninas foram raptadas num ataque a outra escola do Nordeste do país. O governo chegou a anunciar um acordo de cessar-fogo e a libertação das meninas, mas o Boko Haram desmentiu, declarando que todas se converteram ao islamismo e se casaram, o que pode configurar um crime de guerra.
Alguns observadores da política nigeriana entendem que um presidente muçulmano teria mais autoridade moral para enfrentar a milícia. Se Jonathan conquistar mais um mandato, os nortistas e muçulmanos vão se sentir alienados do processo político.
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China e EUA fazem acordo para evitar confrontos militares
Os presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, devem anunciar amanhã dois acordos para evitar que incidentes militares levem a confrontos entre as duas superpotências, anunciou hoje o jornal mais vendido nos EUA, The Wall St. Journal.
O primeiro acordo prevê a notificação prévia de grandes manobras militares e o segundo estabelece regras de procedimento para encontros no mar e no ar. Ontem, Obama revelou outro acordo entre os dois países para reduzir os impostos de importação sobre semicondutores e outros produtos de tecnologia da informação.
Esse acordo pode ser ratificado na Organização Mundial do Comércio em dezembro de 2014 para ser estendido a todos seus os países-membros. Cobriria transações internacionais estimadas em US$ 1 trilhão por ano.
Obama e Xi fazem hoje e amanhã um encontro de cúpula paralelo à reunião do fórum Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), realizada em Beijim.
O primeiro acordo prevê a notificação prévia de grandes manobras militares e o segundo estabelece regras de procedimento para encontros no mar e no ar. Ontem, Obama revelou outro acordo entre os dois países para reduzir os impostos de importação sobre semicondutores e outros produtos de tecnologia da informação.
Esse acordo pode ser ratificado na Organização Mundial do Comércio em dezembro de 2014 para ser estendido a todos seus os países-membros. Cobriria transações internacionais estimadas em US$ 1 trilhão por ano.
Obama e Xi fazem hoje e amanhã um encontro de cúpula paralelo à reunião do fórum Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), realizada em Beijim.
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Músicos se unem para combater epidemia de Ebola na África
O músico e filantropo Bob Geldof, que em 1984 mobilizou astros do rock para gravar um disco para combater a fome na Etiópia, anunciou hoje que vai gravar uma nova versão da música Do they know its Christmas? (Eles sabem que é Natal?) para arrecadar fundos para combater a epidemia da febre hemorrágica ebola na África Ocidental.
A imprensa britânica adiantou que a banda One Direction e os músicos Ed Sheeran e Sam Smith participarão do projeto.
A imprensa britânica adiantou que a banda One Direction e os músicos Ed Sheeran e Sam Smith participarão do projeto.
Obama pede a regulador que proteja neutralidade da Internet
O presidente Barack Obama pediu hoje à Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos que amplie sua autoridade sobre os provedores de Internet banda larga para estabelecer "as regras mais fortes possíveis para proteger a neutralidade da rede", o princípio pelo qual todo tráfego de dados deve ser tratado da mesma maneira, sem prioridade para quem quiser pagar mais.
"Não podemos deixar os provedores restringirem o melhor acesso ou fazer acordos com as empresas que vendem conteúdo o escolher ganhadores e perdedores no mercado online de serviços e ideias", argumentou o presidente americano.
A Associação Nacional de Cabo e Telecomunicações reagiu: "Estamos surpresos com a decisão do presidente de abandonar a política bipartidária em vigor há muito tempo de regular levemente a Internet e pedir uma regulamentação extrema", declarou seu presidente, Michael Powell.
"Uma regulamentação pesada vai desacelerar o crescimento da Internet, aumentar os preços ao consumidor e ameaça criar um excesso de intervenção governamental", advertiu. O senador Ted Cruz, da ala mais direitista do Partido Republicano, sempre pronto a defender os grandes interesses empresariais, comparou a proposta de Obama ao programa de cobertura universal de saúde do presidente.
Qualquer que seja o resultado final deste debate, a questão deve terminar na Justiça.
No Brasil, durante o debate parlamentar sobre o marco civil da Internet, o líder do PMDB, deputado federal Eduardo Cunha, candidato do baixo clero à Presidência da Câmara, lutou contra o princípio da neutralidade. Foi derrotado pela posição defendida pelo relator, deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ).
"Não podemos deixar os provedores restringirem o melhor acesso ou fazer acordos com as empresas que vendem conteúdo o escolher ganhadores e perdedores no mercado online de serviços e ideias", argumentou o presidente americano.
A Associação Nacional de Cabo e Telecomunicações reagiu: "Estamos surpresos com a decisão do presidente de abandonar a política bipartidária em vigor há muito tempo de regular levemente a Internet e pedir uma regulamentação extrema", declarou seu presidente, Michael Powell.
"Uma regulamentação pesada vai desacelerar o crescimento da Internet, aumentar os preços ao consumidor e ameaça criar um excesso de intervenção governamental", advertiu. O senador Ted Cruz, da ala mais direitista do Partido Republicano, sempre pronto a defender os grandes interesses empresariais, comparou a proposta de Obama ao programa de cobertura universal de saúde do presidente.
Qualquer que seja o resultado final deste debate, a questão deve terminar na Justiça.
No Brasil, durante o debate parlamentar sobre o marco civil da Internet, o líder do PMDB, deputado federal Eduardo Cunha, candidato do baixo clero à Presidência da Câmara, lutou contra o princípio da neutralidade. Foi derrotado pela posição defendida pelo relator, deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ).
Líderes da China e do Japão se encontram pela primeira vez
Em meio à tensão entre os dois países por causa de disputas territoriais no Mar do Leste da China, o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro do Japão, Shionze Abe, se encontraram hoje em Beijim durante a reunião de cúpula do fórum deCooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC, do inglês).
Foi um primeiro passo para a reaproximação das duas potências do Leste da Ásia, uma relação bilateral chave para a estabilidade da região mais dinâmica da economia mundial. Mas a frieza do encontro sugere que o degelo será lento.
Nos últimos dois anos, China e Japão estiveram perto de um conflito por causa da Ilhas Senkaku, hoje em poder do Japão, que os chineses chamam de Diaoyu. Os dois líderes concordaram hoje em criar um sistema de gerenciamento de crises.
Foi um primeiro passo para a reaproximação das duas potências do Leste da Ásia, uma relação bilateral chave para a estabilidade da região mais dinâmica da economia mundial. Mas a frieza do encontro sugere que o degelo será lento.
Nos últimos dois anos, China e Japão estiveram perto de um conflito por causa da Ilhas Senkaku, hoje em poder do Japão, que os chineses chamam de Diaoyu. Os dois líderes concordaram hoje em criar um sistema de gerenciamento de crises.
domingo, 9 de novembro de 2014
Mexicanos tocam fogo no Palácio Nacional
Cerca de 10 mil manifestantes protestaram contra o desaparecimento de 43 estudantes no México ontem à noite o Palácio Nacional. Um pequeno grupo mais radical tentou invadir o prédio e tocou fogo num portão. O presidente Enrique Peña Nieto não mora no palácio e não estava lá.
Também houve protestos em Chilpancingo diante da sede do governo do estado de Guerrero, onde os estudantes foram sequestrados por policiais e mortos por traficantes de drogas, que queimaram os corpos e jogaram os restos num rio.
Os protestos aumentaram depois de comentários do procurador-geral mexicano interpretados como uma minimização da importância da tragédia.
Também houve protestos em Chilpancingo diante da sede do governo do estado de Guerrero, onde os estudantes foram sequestrados por policiais e mortos por traficantes de drogas, que queimaram os corpos e jogaram os restos num rio.
Os protestos aumentaram depois de comentários do procurador-geral mexicano interpretados como uma minimização da importância da tragédia.
Líder do Estado Islâmico teria se ferido em ataque
O líder da milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Abu Baker al-Baghdadi, foi ferido num bombardeio aéreo dos Estados Unidos contra uma caravana de líderes do grupo, informou o Ministério do Interior iraquiano. O Departamento da Defesa dos EUA não confirmou a notícia.
Mais cedo, o presidente Barack Obama declarou que os bombardeios americanos enfraqueceram o EIIL de modo que o Exército do Iraque poderá sair de suas posições defensivas e lançar uma ofensiva para retomar os territórios conquistados pelos jihadistas.
Gorbachev alerta para risco de uma nova guerra fria
Na véspera dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, celebrados hoje, o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, advertiu para o risco de "uma nova guerra fria" por causa do conflito na Ucrânia, que atribuiu mais ao "triunfalismo" do Ocidente do que às políticas agressivas do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para subordinar as ex-repúblicas soviéticas.
Com sua tentativa de democratizar a URSS, Gorbachev foi o maior responsável pelo fim do comunismo soviética e pela libertação dos países da Europa Oriental ocupados por Stalin no fim da Segunda Guerra Mundial. A queda do muro e a reunificação da Alemanha simbolizaram o fim da guerra.
Na época, os Estados Unidos e seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se comprometeram a não mover suas tropas além da fronteiras da Guerra Fria, mas não impediram a adesão dos países da Europa Oriental como Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia à aliança atlântica. Afinal, era um direito desses países se proteger da Rússia, uma inimiga histórica.
Para Putin, que considera o fim da URSS a "maior catástrofe geopolítica so século 21", restou a tarefa de tentar resgatar pelo menos parte do poder imperial soviético. Assim, depois ocupar regiões da ex-república soviética, respondeu a uma provocação do então presidente georgiano Mikheil Saakachvili com uma guerra, em 2008.
Quem for hoje às repúblicas autônomas da Abecásia e da Ossétia do Sul vai encontrar republiquetas governadas por mafiosos russos, a exemplo do que acontece com a república da Crimeia, tomada da Ucrânia num plebiscito ilegal, em março de 2014.
Sem poderio econômico para competir com o Ocidente, Putin tentou impedir um acordo de associação da Ucrânia à União Europeia, deflagrando uma revolução que levou à fuga para a Rússia do presidente Viktor Yanukovich, em fevereiro de 2014.
Desde então, Putin nega legitimidade ao governo ucraniano. Ignorou o Memorando de Budapeste, de 1994, pelo qual a Rússia herdou as armas soviéticas prometendo, em troca, garantir a segurança das ex-repúblicas soviéticas que as entregassem. Anexou a Crimeia. A partir de abril, fomenta uma rebelião de russos étnicos no Leste da Ucrânia.
Em resposta, os EUA e a UE impuseram sanções econômicos que levaram a Rússia à estagnação. O conflito com o Ocidente aproximou a Rússia da China. Ambas têm interesse em enfraquecer o Ocidente, mas a China não quer conflito, enquanto Putin manda bombardeiros estratégicos sobrevoar a Europa, numa provocação.
Como bom tático e péssimo estrategista, Putin obtém pequenas vitórias enquanto afunda a economia do país e se coloca numa posição de onde não pode recuar sem sofrer uma derrota política. Assim, se alguém está alimentando uma nova guerra fria, é o dirigente do Kremlin.
Com sua tentativa de democratizar a URSS, Gorbachev foi o maior responsável pelo fim do comunismo soviética e pela libertação dos países da Europa Oriental ocupados por Stalin no fim da Segunda Guerra Mundial. A queda do muro e a reunificação da Alemanha simbolizaram o fim da guerra.
Na época, os Estados Unidos e seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se comprometeram a não mover suas tropas além da fronteiras da Guerra Fria, mas não impediram a adesão dos países da Europa Oriental como Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia à aliança atlântica. Afinal, era um direito desses países se proteger da Rússia, uma inimiga histórica.
Para Putin, que considera o fim da URSS a "maior catástrofe geopolítica so século 21", restou a tarefa de tentar resgatar pelo menos parte do poder imperial soviético. Assim, depois ocupar regiões da ex-república soviética, respondeu a uma provocação do então presidente georgiano Mikheil Saakachvili com uma guerra, em 2008.
Quem for hoje às repúblicas autônomas da Abecásia e da Ossétia do Sul vai encontrar republiquetas governadas por mafiosos russos, a exemplo do que acontece com a república da Crimeia, tomada da Ucrânia num plebiscito ilegal, em março de 2014.
Sem poderio econômico para competir com o Ocidente, Putin tentou impedir um acordo de associação da Ucrânia à União Europeia, deflagrando uma revolução que levou à fuga para a Rússia do presidente Viktor Yanukovich, em fevereiro de 2014.
Desde então, Putin nega legitimidade ao governo ucraniano. Ignorou o Memorando de Budapeste, de 1994, pelo qual a Rússia herdou as armas soviéticas prometendo, em troca, garantir a segurança das ex-repúblicas soviéticas que as entregassem. Anexou a Crimeia. A partir de abril, fomenta uma rebelião de russos étnicos no Leste da Ucrânia.
Em resposta, os EUA e a UE impuseram sanções econômicos que levaram a Rússia à estagnação. O conflito com o Ocidente aproximou a Rússia da China. Ambas têm interesse em enfraquecer o Ocidente, mas a China não quer conflito, enquanto Putin manda bombardeiros estratégicos sobrevoar a Europa, numa provocação.
Como bom tático e péssimo estrategista, Putin obtém pequenas vitórias enquanto afunda a economia do país e se coloca numa posição de onde não pode recuar sem sofrer uma derrota política. Assim, se alguém está alimentando uma nova guerra fria, é o dirigente do Kremlin.
sábado, 8 de novembro de 2014
Coreia do Norte liberta dois americanos
O regime comunista da Coreia do Norte soltou hoje dois americanos condenados à prisão por trabalhos forçados pela acusação e espionagem depois que o diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, foi em missão secreta ao país mais fechado do mundo.
Kenneth Bae e Matthew Todd "estão a caminho de casa acompanhados do diretor nacional de inteligência". Hoje à noite, eles devem chegar à costa oeste dos EUA. A China e a Coreia do Sul ajudaram nas negociações.
Coordenador dos 16 serviços secretos dos EUA, o diretor nacional de inteligência não costuma ser indicado para missões diplomáticas, mas Clapper, general da reserva, foi apontado como um negociador duro, que não faria muitas concessões.
Kenneth Bae e Matthew Todd "estão a caminho de casa acompanhados do diretor nacional de inteligência". Hoje à noite, eles devem chegar à costa oeste dos EUA. A China e a Coreia do Sul ajudaram nas negociações.
Coordenador dos 16 serviços secretos dos EUA, o diretor nacional de inteligência não costuma ser indicado para missões diplomáticas, mas Clapper, general da reserva, foi apontado como um negociador duro, que não faria muitas concessões.
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Estudantes sequestrados foram mortos e queimados no México
Os 43 estudantes normalistas sequestrados em 26 de setembro de 2014 pela polícia de Iguala, no estado de Guerrero, foram entregues a gangues de traficantes de drogas que os mataram e queimaram os corpos, revelou ontem o procurador-geral da República, Jesus Murillo Karam.
As vítimas eram estudantes de um escola normal em Ayotzinapa, um tipo de escola do tempo da Revolução Mexicana que ensinava ideias marxistas e revolucionária. Insatisfeitos com a falta de financiamento, eles iam para uma manifestação de protesto na vizinha cidade de Iguala quando foram sequestrados.
Três pistoleiros detidos pela polícia confessaram ter assassinado um grande número de pessoas. O ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e sua mulher, María de los Angeles Piñeda, foram presos no início da semana na Cidade do México sob suspeita de serem os mandantes da chacina.
Os restos mortais ficaram tão irreconhecíveis que terão de ser enviados para exames de DNA no exterior. Só assim poderão ser identificados.
As vítimas eram estudantes de um escola normal em Ayotzinapa, um tipo de escola do tempo da Revolução Mexicana que ensinava ideias marxistas e revolucionária. Insatisfeitos com a falta de financiamento, eles iam para uma manifestação de protesto na vizinha cidade de Iguala quando foram sequestrados.
Três pistoleiros detidos pela polícia confessaram ter assassinado um grande número de pessoas. O ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e sua mulher, María de los Angeles Piñeda, foram presos no início da semana na Cidade do México sob suspeita de serem os mandantes da chacina.
Os restos mortais ficaram tão irreconhecíveis que terão de ser enviados para exames de DNA no exterior. Só assim poderão ser identificados.
Ucrânia denuncia nova invasão de forças da Rússia
Uma coluna com 32 tanques, 16 sistemas de artilharia e 30 caminhões do Exército da Rússia invadiram hoje a região ocupada pelos rebeldes no Leste da Ucrânia, denunciou ontem o Conselho de Defesa e Segurança Nacional do país.
Nas últimas duas semanas, armas, equipamentos e suprimentos foram enviados às províncias rebeldes de Donetsk e Luhansk, especialmente aos lugares onde a luta nunca parou, apesar do cessar-fogo acertado em setembro.
A Rússia não mudou de posição. Sempre garantiu os suprimentos à rebelião instigada pelo Kremlin depois da queda do presidente ucraniano Viktor Yanukovich em fevereiro de 2014. Talvez tenha aumentado o volume de remessas agora porque o inverno se aproxima e vai dificultar o transporte.
Nas últimas duas semanas, armas, equipamentos e suprimentos foram enviados às províncias rebeldes de Donetsk e Luhansk, especialmente aos lugares onde a luta nunca parou, apesar do cessar-fogo acertado em setembro.
A Rússia não mudou de posição. Sempre garantiu os suprimentos à rebelião instigada pelo Kremlin depois da queda do presidente ucraniano Viktor Yanukovich em fevereiro de 2014. Talvez tenha aumentado o volume de remessas agora porque o inverno se aproxima e vai dificultar o transporte.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Supremo Tribunal da Líbia declara parlamento ilegal
Em apoio às milícias islamitas da aliança Amanhecer Líbio, o Supremo Tribunal da Líbia considerou inconstitucional o Parlamento eleito recentemente, que é reconhecido internacionalmente, mas foi obrigado a se refugiar na cidade de Tobruk.
Três anos depois da queda do ditador Muamar Kadafi, as milícias que o derrubaram ainda lutam entre si pelo poder. Na opinião dos analistas, nenhum lado será capaz de ganhar a guerra.
Nas últimas semanas, o conflito chegou às regiões produtoras de petróleo do Sul do país, abalando ainda mais a economia do país.
Três anos depois da queda do ditador Muamar Kadafi, as milícias que o derrubaram ainda lutam entre si pelo poder. Na opinião dos analistas, nenhum lado será capaz de ganhar a guerra.
Nas últimas semanas, o conflito chegou às regiões produtoras de petróleo do Sul do país, abalando ainda mais a economia do país.
EUA geram mais 214 mil empregos
A economia dos Estados Unidos criou 214 mil empregos a mais do que fechou em outubro de 2014, mantendo a média de mais de 200 mil novas vagas por mês, revelou hoje o Departamento do Comércio. A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, caiu de 5,9% para 5,8%.
O relatório mensal de emprego apontou ainda que em agosto e setembro foram abertos mais 31 mil postos de trabalho não detectados pelas pesquisas anteriores. A queda nos novos pedidos de seguro-desemprego indica que o mercado de trabalho está mais apertado. Isso aumenta a pressão por aumentos salariais.
"Os EUA continuam sendo o ponto brilhante numa economia mundial cada vez mais carregada de nuvens", comentou o economista Michael Griffin, diretor executivo da empresa CEB, de Arlington, na Virgínia.
O relatório mensal de emprego apontou ainda que em agosto e setembro foram abertos mais 31 mil postos de trabalho não detectados pelas pesquisas anteriores. A queda nos novos pedidos de seguro-desemprego indica que o mercado de trabalho está mais apertado. Isso aumenta a pressão por aumentos salariais.
"Os EUA continuam sendo o ponto brilhante numa economia mundial cada vez mais carregada de nuvens", comentou o economista Michael Griffin, diretor executivo da empresa CEB, de Arlington, na Virgínia.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Atirador que matou Ben Laden é identificado
O ex-soldado do comando de elite Seals (Focas) da Marinha dos Estados Unidos Robert O'Neill, de 38 anos, condecorado nas guerras do Afeganistão e do Iraque, foi apontado ontem como o homem que matou o líder terrorista Ossama ben Laden, no Paquistão, em 2 de maio de 2011. Ele foi identificado pelo sítio SOFREP, publicado por ex-colegas de forças de operações especiais descontentes, que o acusam de quebrar o código de honra que exige sigilo absoluto de seus integrantes
O'Neill, do estado de Montana, pretendia revelar sua identidade numa entrevista exclusiva à televisão americana Fox News. Ele serviu durante 15 anos no comando de elite Seals. Em 2009, participou da operação de resgate de um navio mercante capturado por piratas da Somália, episódio que virou o filme Capitão Phillips.
Naquela noite, O'Neill era o segundo na coluna de soldados que invadiu o esconderijo de Ben Laden. Em entrevista ao jornal The Washington Post, ele reafirmou ter desferido o tiro fatal na cabeça do líder da rede Al Caeda, mesmo admitindo que dois outros soldados atiraram, inclusive Mark Bissonnette, que contou sua versão do ataque no livro No Easy Day (Um dia que não foi fácil).
A quebra de sigilo gerou insatisfação nas Forças Armadas dos EUA. Em carta aos soldados das forças de operações especiais da Marinha em 31 de outubro de 2014, o comandante B. L. Losey, advertiu que um aspecto crítico da profissão é "não fazer propaganda nem buscar reconhecimento pelas ações. Não concordamos com o desrespeito egoísta e voluntarioso a nossos valores fundamentais em troca de notoriedade pública ou ganhos financeiros."
Foi em encontros privados com parentes de vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, alegou O'Neill, que ele decidiu revelar como Ben Laden foi morto. "As famílias me disseram que aquilo dava uma sensação de encerramento".
Em fevereiro de 2013, a revista Esquire publicou uma entrevista do repórter Phil Bronstein identificando O'Neill apenas como o Atirador.
Quando cinco soldados da tropa de elite Seals chegaram ao terceiro andar da principal casa do complexo, na cidade de Abotabade, no Paquistão, O'Neill era o segundo na fila. Quando Ben Laden apareceu na porta entrearberta, disse o soldado, o homem que estava na linha de frente disparou um tiro e errou.
"Passei por ele e entrei na sala", lembrou O'Neill. "Ali estava Ben Laden, de pé." Com seu equipamento de visão noturna, o soldado pode ver suas feições. "Naquele segundo, atirei duas vezes na testa dele. Ele caiu no chão diante da cama e eu o atingi de novo."
Como o crânio do terrorista foi rachado ao meio, O'Neill não teve dúvida: Ben Laden estava morto.
O'Neill, do estado de Montana, pretendia revelar sua identidade numa entrevista exclusiva à televisão americana Fox News. Ele serviu durante 15 anos no comando de elite Seals. Em 2009, participou da operação de resgate de um navio mercante capturado por piratas da Somália, episódio que virou o filme Capitão Phillips.
Naquela noite, O'Neill era o segundo na coluna de soldados que invadiu o esconderijo de Ben Laden. Em entrevista ao jornal The Washington Post, ele reafirmou ter desferido o tiro fatal na cabeça do líder da rede Al Caeda, mesmo admitindo que dois outros soldados atiraram, inclusive Mark Bissonnette, que contou sua versão do ataque no livro No Easy Day (Um dia que não foi fácil).
A quebra de sigilo gerou insatisfação nas Forças Armadas dos EUA. Em carta aos soldados das forças de operações especiais da Marinha em 31 de outubro de 2014, o comandante B. L. Losey, advertiu que um aspecto crítico da profissão é "não fazer propaganda nem buscar reconhecimento pelas ações. Não concordamos com o desrespeito egoísta e voluntarioso a nossos valores fundamentais em troca de notoriedade pública ou ganhos financeiros."
Foi em encontros privados com parentes de vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, alegou O'Neill, que ele decidiu revelar como Ben Laden foi morto. "As famílias me disseram que aquilo dava uma sensação de encerramento".
Em fevereiro de 2013, a revista Esquire publicou uma entrevista do repórter Phil Bronstein identificando O'Neill apenas como o Atirador.
Quando cinco soldados da tropa de elite Seals chegaram ao terceiro andar da principal casa do complexo, na cidade de Abotabade, no Paquistão, O'Neill era o segundo na fila. Quando Ben Laden apareceu na porta entrearberta, disse o soldado, o homem que estava na linha de frente disparou um tiro e errou.
"Passei por ele e entrei na sala", lembrou O'Neill. "Ali estava Ben Laden, de pé." Com seu equipamento de visão noturna, o soldado pode ver suas feições. "Naquele segundo, atirei duas vezes na testa dele. Ele caiu no chão diante da cama e eu o atingi de novo."
Como o crânio do terrorista foi rachado ao meio, O'Neill não teve dúvida: Ben Laden estava morto.
EUA ampliam ataques a mais dois grupos na Síria
A coalizão liderada pelos Estados Unidos ampliou seus bombardeios aéreos na Síria, incluindo mais duas milícias extremistas muçulmanas entre os alvos: Ahrar al-Cham e Jabhat al-Nusra (Frente da Vitória), noticiou hoje a Agência France Presse (AFP).
Os ataques aéreos foram uma resposta a avanços da frente na luta contra os rebeldes da Coalizão Nacional Síria, apoiados pelos EUA e a União Europeia. Vários combatentes e pelo menos duas crianças foram mortas, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental oposicionista com sede em Londres.
Ao admitir que foram atacadas, as milícias disseram na Internet que a maioria dos mortos era civil. O comando militar americano declarou que os objetivos foram atingindos e que um especialista em fabricar bombas foi morto.
O regime do presidente Bachar Assad se beneficia discretamente dos bombardeios americanos contra seus inimigos extremistas.
Os ataques aéreos foram uma resposta a avanços da frente na luta contra os rebeldes da Coalizão Nacional Síria, apoiados pelos EUA e a União Europeia. Vários combatentes e pelo menos duas crianças foram mortas, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental oposicionista com sede em Londres.
Ao admitir que foram atacadas, as milícias disseram na Internet que a maioria dos mortos era civil. O comando militar americano declarou que os objetivos foram atingindos e que um especialista em fabricar bombas foi morto.
O regime do presidente Bachar Assad se beneficia discretamente dos bombardeios americanos contra seus inimigos extremistas.
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Entrevista aO Globo: não somos bolivarianos
Hoje fui citado na coluna de Eliane Oliveira, nO Globo, que discutia se o Brasil está se orientando no rumo da "revolução bolivarista", que eu prefiro chamar de chavista. Entendo que não corremos esse risco de deterioração da democracia para o velho caudilhismo latino-americano. Uma democracia forte depende de instituições e não de déspotas iluminados.
Primeiro, é preciso definir o que é boliviariano. Quando fiz, no Jornal do Brasil, minha primeira matéria sobre boliviarismo, publicada 5 de fevereiro de 1992, no dia seguinte ao frustrado golpe liderado por Hugo Chávez contra o presidente Carlos Andrés Pérez, em 1992, um leitor intelectualizado (e o JB tinha muitos) foi até a redação conversar comigo e me convencer de que bolivariano não é construção da língua portuguesa. O correto seria bolivarismo.
Karl Marx criticou Bolívar duramente como autoritário e bonapartista: "Tendo se proclamado ditador e libertador das províncias orientais da Venezuela, ele criou 'a ordem do libertador', criou um grupo militar de elite sob o comando de seu guarda-costas e cercou-se do aparato de uma corte."
Primeiro, é preciso definir o que é boliviariano. Quando fiz, no Jornal do Brasil, minha primeira matéria sobre boliviarismo, publicada 5 de fevereiro de 1992, no dia seguinte ao frustrado golpe liderado por Hugo Chávez contra o presidente Carlos Andrés Pérez, em 1992, um leitor intelectualizado (e o JB tinha muitos) foi até a redação conversar comigo e me convencer de que bolivariano não é construção da língua portuguesa. O correto seria bolivarismo.
Simón
Bolívar, o mais famoso dos libertadores da América, foi um caudilho
nacionalista, um general brilhante e um ditator. Nunca foi socialista nem antiamericano, as duas
características do bolivarismo chavista. Admirava os EUA e era a favor
da integração regional, da criação da uma espécie da Estados Unidos da
América do Sul para contrabalançar o peso do Grande Irmão do Norte.
Bolívar foi um pioneiro do pan-americanismo e da integração
regional. Isso se reflete na ideologia chavista.
Karl Marx criticou Bolívar duramente como autoritário e bonapartista: "Tendo se proclamado ditador e libertador das províncias orientais da Venezuela, ele criou 'a ordem do libertador', criou um grupo militar de elite sob o comando de seu guarda-costas e cercou-se do aparato de uma corte."
O
manifestado do Movimento Nacionalista Bolivariano divulgado por Chávez
em 1992 era um nacionalismo militarista e anti-imperialista na linha do general e caudilho argentino Juan Domingo Perón, sem o "socialismo do século 21", que aparece depois, sendo
fortalecido pelo golpe de 2002 contra Chávez, apoiado pelo governo
de George W. Bush nos EUA. O documento citava explicitamente questões de fronteira com a
Colômbia e a Guiana, inquietando os vizinhos, que viam Chávez como um Rambo de esquerda.
Assim,
o bolivarismo, que prefiro chamar de chavismo, já que Bolívar nunca
foi socialista, transformou-se numa ideologia revolucionária, mais
pan-americana do que nacionalista, anti-imperialista, antiamericana,
antiliberal e anticapitalista. Na prática, o modelo chavista propõe
mobilizar as massas para reformar revolucionariamente os países
refundando os Estados Nacionais através de Assembleias Nacionais
Constituintes eleitas pelo voto popular.
De
acordo com Ernesto Laclau, guru do kirchnerismo, a versão argentina do chavismo, recentemente falecido,
as Constituições em vigor representam e cristalizam a dominação das
oligarquias. A única maneira de romper esta ordem conservadora é
reescrevendo as Constituições a partir de zero.
Isso remete ao discurso
lulista de Ano Zero ("Nunca antes na história deste país..."), como se o
país tivesse sido refundado desde a vitória do ex-presidente Lula, em 2002, mas o Brasil tem feito reformas sob a Constituição de 1988. Uma das principais críticas ao chavismo é nunca ter dado tempo de uma Constituição ser aplicada antes de apresentar uma série de emendas.
Na
realidade, esse poder constituinte personalizado na figura do caudilho
desinstitucionalizou os países onde foi adotado, Venezuela, Bolívia e
Equador, colocando mais uma vez na História da América Latina o líder
acima das instituições, um grande risco para a democracia. Isso se deve fundamentalmente ao fato de que as
instituições eram frágeis e de que os países estavam em profundas
crises.
Chávez
foi eleito em 1998, quando, sob o efeito da Crise da Ásia, o preço
do petróleo caíra para cerca de US$ 10. A esse preço, só o petróleo do
Oriente Médio seria viável economicamente. Na Bolívia e no Equador, ninguém
conseguia terminar o mandato.
O
Brasil tem instituições fortes e consolidadas - e não enfrenta nenhuma
crise séria. Assim, não vejo como possa se tornar bolivariano. No
Mensalão, o governo Lula foi acusado de comprar o Congresso,
especialmente sua maioria conservadora e fisiológica. Um amigo petista
comentou na época: "Compraram deputados de direita para aprovar projetos
de direita",
entre eles parte da reforma da Previdência.
Não
existe a menor perspectiva de qualquer partido, de direita ou de
esquerda, de obter uma maioria qualificada para mudar a Constituição.
Muita gente nas correntes mais à esquerda do PT, do PCdoB e do PSoL
talvez sonhe com a regulamentação da mídia (necessária do ponto de vista
econômico, mas usada na Argentina para dividir o grupo Clarín, que até a
greve dos ruralistas, em 2008, apoiava o casal Kirchner), com uma
Constituinte para fazer a reforma política e investimentos muito mais
expressivos em programas sociais, como fez Chávez.
O
maior problema para estas correntes de esquerda é o colapso do chavismo
na Venezuela, com inflação acima de 70% e escassez de produtos básicos
como papel higiênico, carne, arroz, farinha etc. num país que se orgulha
de ter as maiores reservas mundiais de petróleo.
O
bolivarianismo está em colapso por causa da desinstitucionalização
promovida por Chávez. Desde 1999, a Venezuela vendeu cerca de US$ 1
trilhão em petróleo e não tem dinheiro para nada, o que ameaça os
subsídios que dá a Cuba, Nicarágua e outros países do Caribe na
Petrocaribe. Além de mediar o diálogo com a oposição, o Brasil deveria
propor reformas econômicas a Maduro. Com a militarização do regime, a
Venezuela marcha para a tragédia. É um exemplo a evitar.
Onde
o chavismo está dando certo é na Bolívia e no Equador, que não tem
riquezas abundantes como o petróleo venezuelano. O segredo dos presidentes boliviano, Evo Morales, e equatoriano, Rafael Correa, é uma administração rigorosa das contas públicas para poder
financiar os programas sociais de combate à pobreza.
Então,
na Bolívia e no Equador, há censura à imprensa, pressões sobre o
Judiciário e outras características
renitentes do autoritarismo latino-americano, mas o desenvolvimento
social e a estabilidade são ganhos concretos em relação a um passado
recente em que presidentes não conseguiam completar seus mandatos nos
dois países. Ambos têm grandes populações indígenas antes excluídas.
Correa e Morales trabalham para elas, o que os coloca em conflito com a
elite branca.
Não há paralelo entre esses países pequenos e o Brasil.
Em economia, seguir o modelo chavista seria suicídio. De resto, o país
tem instituições fortes e consolidadas. Não vejo no Brasil risco de que
alguém consiga maioria absoluta para refundar o país via Constituinte ou
reforma constitucional. Pelo contrário, o Congresso fragmentado é um
bastião do conservadorismo.
Outra questão é o Supremo Tribunal Federal. O PT terá o direito
de nomear mais alguns ministros nos próximos anos. É o que acontece em
qualquer democracia grande um partido fica muito tempo no poder. Desde
o governo Ronald Reagan (1981-89), a Suprema Corte dos EUA passou de liberal a conservadora.
Existe no ar uma suspeita genérica de que os últimos ministros do Supremo Tribunal Federal foram escolhidos sob
medida para absolver os mensaleiros de formação de quadrilha, mas o
prestígio do STF aumentou com o julgamento do Mensalão. A Justiça
brasileira tem muitos problemas, a começar pelo altíssimo índice de
homicídios, mas a independência do Judiciário é garantida pela Constituição, cabendo aos ministros do Supremo honrá-la.
O
debate sob controle ou regulamentação da mídia é uma proposta muito
mais do partido do que do governo. Com 70 deputados num total de 513,
não vejo como possa prosperar. A censura é inaceitável na sociedade
brasileira.
A regulamentação na era da Internet se dá por aqui numa
queda de braço entre TV e telefônicas que exige a supervisão do Estado em defesa da liberdade de expressão e dos direitos dos usuários. De resto, o conteúdo está pulverizado na rede mundial de computadores. Ao contrário de países como a China, a Rússia e o Irã, ninguém vai censurar Internet no Brasil
Como
observou o professor Alan Knight, especialista em América Latina na Universidade de Oxford, numa conferência sobre os 500 anos
do Brasil, em 2000, "no Brasil, ninguém se assume como liberal, mas o país é uma
democracia liberal e tem uma economia liberal". Isso não vai mudar.
Sob
o PT, na minha opinião, o país avança no sentido de ampliar e
universalizar direitos, ou seja, de ampliar os benefícios desta
democracia liberal para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. É
esse projeto de reformas graduais e moderadas que vem da redemocratização e da
Constituição de 1988 que tem apoio popular e ganha
eleições.
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