No Japão, 40% dos cânceres de pulmão são diagnosticados na fase inicial da doença, aumentando significativamente as chances de cura. Nos Estados Unidos, cerca de 20%. Já no México, são apenas 1,2%. Por isso, o Instituto Nacional de Cancerologia (INCan) e o Instituto Nacional de Doenças Respiratórias (INDR) aproveitaram o mês de luta contra o câncer para treinar clínicos gerais e especialistas para detectar o mal precocemente.
O melhor exame preventivo é a tomografia computadoriza de tórax.
"No México, há oito mil mortes por ano", observou o dr. Óscar Arrieta Rodríguez, diretor da Clínica de Câncer do Pulmão do INCan. "Talvez haja subnotificação porque muitos pacientes cancerosos morrem de outras causas, como pneumonia e tuberculose. O problema do diagnóstico tardio é que o médico do primeiro contato pode não estar familiarizado com o câncer e deixa passar um tempo valioso. Às vezes, o paciente só chega ao especialista cinco ou seis meses depois da primeira consulta."
Enquanto na Europa e nos Estados Unidos, 85% a 90% dos casos são associados ao tabagismo, no México, são 65% e cerca de 67% das mulheres contraem a doença sem fumar. Isso indica que há outros fatores, como predisposição genética, alterações hormonais, contaminação ambiental com asbestos ou gases do subsolo vindos de rochas vulcânicas, fumo passivo e exposição à fumaça, especialmente de lenha.
A nível mundial, 25% dos pacientes de câncer de pulmão pegam a doença sem fumar, acrescenta a chefe do Serviço Clínico de Pneumologia Oncológica do INDR, drª Renata Báez Saldaña; no México, são 30%.
"Muitas vezes chegam aqui depois de passar por três ou quatro médicos, quando o problema já está em estado adiantado", comentou a médica. "De acordo com modelos matemáticos da Organização Mundial da Saúde, a incidência de câncer de pulmão deve aumentar 70% nas próximas duas décadas."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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