Os Estados Unidos realizam hoje eleições intermediárias para toda a Câmara dos Representantes, de 435 cadeiras, 33 das 100 cadeiras no Senado, governadores de 38 estados e territórios, e 46 assembleias legislativas estaduais. A oposição republicana deve ampliar a maioria na Câmara e é favorita para tomar do Partido Democrata o controle sobre o Senado.
Nas últimas pesquisas, 46% manifestaram a intenção de votar nos republicanos e 45% nos democratas, que chegaram a esconder o presidente Barack Obama durante a campanha dada sua impopularidade. Hoje, há 53 senadores democratas, 45 republicanos e dois independentes.
Para obter a maioria, os republicanos precisam sair desta eleição com seis senadores a mais do que têm hoje. Se tiver 50 senadores, o Partido Democrata fica em maioria porque, em caso de empate, o vice-presidente vota, na condição de presidente do Senado.
Sob Obama, os EUA venceram sua pior crise desde a Grande Depressão (1929-39). Têm hoje o ritmo de crescimento mais forte entre os países ricos, de 3,5% ao ano no terceiro trimestre de 2014. O desemprego caiu de 10% para 5,9%. Mas aparentemente o eleitorado não credita a recuperação da economia ao presidente.
Como em dois estados pode haver segundo turno para o Senado, talvez a futura composição e a divisão de poder no Congresso dos EUA só sejam conhecidas em janeiro de 2015.
Cerca de 69% esperam uma vitória do Partido Republicano. Isso pode ser o fim na prática do governo Obama. Se a divisão no Congresso e o radicalismo da direita conservadora bloquearam a agenda legislativa nos últimos quatro anos, se a oposição tiver maioria na Câmara e no Senado, Obama será o chamado pato manco, um político em fim de mandato, impopular e que não vai mais disputar eleições.
Também vai haver eleições para prefeito em algumas cidades e uma série de referendos, pelo menos cinco sobre a legalização ou descriminalização do uso recreativo da maconha, nos estados do Alasca, do Maine, do Oregon e da Califórnia, e no Distrito de Colúmbia, e dois sobre o uso medicinal da droga, no estado da Flórida e no território de Guam. Dois estados americanos, Colorado e Washington, já legalizaram o consumo de maconha.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Republicanos podem tomar controle do Senado dos EUA
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