CAMBRIDGE-MA, EUA - A economia dos Estados Unidos cresceu mais do que estimado inicialmente no terceiro trimestre de 2014, indicou hoje a segunda estimativa do Departamento do Comércio. Em vez de 3,5% ao ano, a expansão foi de 3,9%.
Depois de um recuo anualizado de 2,1% no primeiro trimestre, os ganhos dos últimos seis meses foram os maiores desde o fim de 2003. No segundo trimestre, o crescimento foi de 4,6% ao ano. Em 12 meses, a alta foi de 2,4%. Os dados foram ajustados para descontar a inflação no período.
Em meio à desacelaração global, os EUA se firmam como a economia desenvolvida que mais cresce. A tendência deve se manter nos próximos anos.
Ao divulgar hoje sua perspectiva econômica, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um clube de países ricos, previu para os EUA crescimento de 3,1% em 2015 e de 3% em 2016. Em contraste, o Japão deve avançar só 0,4% em 2014, 0,8% em 2015 e 1% em 2016, enquanto a Zona do Euro tende a crescer 0,8% neste ano, 1,1% no próximo e 1,7% em 2016.
Neste contexto, aconselha a OCDE, "é essencial que todas as alavancas políticas macroeconômicas e estruturais sejam utilizadas para dar tanto apoio ao crescimento quanto possível".
O Japão precisa reduzir o déficit orçamentário. Os EUA devem investir em projetos de infraestrutura. E os países da Eurozona "deveriam, no quadro das regras orçamentárias europeias, reduzir o ritmo do ajuste estrutural dos orçamentos para atenuar o freio ao crescimento".
Como há tendências divergentes, "os EUA e o Reino Unido provavelmente vão reduzir os estímulos monetários, enquanto a Eurozona deve amplia-los". Na Europa continental, os maiores riscos são de deflação e recessão, que teriam impacto sobre o resto do mundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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