O presidente Barack Obama pediu hoje à Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos que amplie sua autoridade sobre os provedores de Internet banda larga para estabelecer "as regras mais fortes possíveis para proteger a neutralidade da rede", o princípio pelo qual todo tráfego de dados deve ser tratado da mesma maneira, sem prioridade para quem quiser pagar mais.
"Não podemos deixar os provedores restringirem o melhor acesso ou fazer acordos com as empresas que vendem conteúdo o escolher ganhadores e perdedores no mercado online de serviços e ideias", argumentou o presidente americano.
A Associação Nacional de Cabo e Telecomunicações reagiu: "Estamos surpresos com a decisão do presidente de abandonar a política bipartidária em vigor há muito tempo de regular levemente a Internet e pedir uma regulamentação extrema", declarou seu presidente, Michael Powell.
"Uma regulamentação pesada vai desacelerar o crescimento da Internet, aumentar os preços ao consumidor e ameaça criar um excesso de intervenção governamental", advertiu. O senador Ted Cruz, da ala mais direitista do Partido Republicano, sempre pronto a defender os grandes interesses empresariais, comparou a proposta de Obama ao programa de cobertura universal de saúde do presidente.
Qualquer que seja o resultado final deste debate, a questão deve terminar na Justiça.
No Brasil, durante o debate parlamentar sobre o marco civil da Internet, o líder do PMDB, deputado federal Eduardo Cunha, candidato do baixo clero à Presidência da Câmara, lutou contra o princípio da neutralidade. Foi derrotado pela posição defendida pelo relator, deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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