CAMBRIDGE-MA, EUA - O governador Jay Nixon decretou ontem estado de emergência durante 30 dias no estado do Missouri para tentar evitar distúrbios quando sair a decisão do júri de processar ou não por homicídio o policial responsável pela morte do jovem negro Michael Brown na cidade de Ferguson, na Grande Saint Louis.
Sob protestos dos manifestantes, o governador, do Partido Democrata, mobilizou as polícias municipais e estaduais e a Guarda Nacional para manter a ordem e proteger propriedades públicas e privadas de possíveis atos violentos de protesto como os ocorridos em agosto.
A senadora estadual democrata Marie-Chapelle Nadal criticou Nixon: "Eu não sei o que o governador está pensando. Cada vez que fala incita a população."
Já o prefeito de Saint Louis, Francis Slay, apoiou o governador: "Não podemos esperar a decisão para colocar a polícia na rua."
Brown, de 18 anos, estava desarmado quando foi morto pelo policial branco Darren Wilson, em Ferguson em 9 de agosto de 2014. Foi mais um caso de uma comunidade maioritariamente negra patrulhada por uma polícia predominantemente branca que terminou em tragédia.
No fim de semana, manifestantes se deitaram no chão como se estivessem mortos numa cena de crime. As imagens do circuito interno da TV do hospital onde Wilson foi atendido não revelam os supostos ferimentos no rosto que comprovariam a agressividade do jovem assassinado.
"Está fazendo -1ºC e estamos na rua em grande número", declarou Derek Lane ao jornal The Wall St. Journal diante do tribunal da cidade de Clayton, no Missouri, onde o júri está reunido há semanas. "As pessoas estão ficando mais comprometidas e mais determinadas."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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