CAMBRIDGE-MA, EUA - Nos últimos anos, o total de crianças desabrigadas nos Estados Unidos atingiu um triste recorde: uma em cada 30 não tem onde morar. De 2012 para 2013, houve um aumento de 8%, denunciou um relatório amplo do Centro Nacional sobre Famílias Desabrigadas divulgado ontem que examina a situação estado por estado, informou o jornal The Boston Globe.
O relatório intitulado Os Mais Jovens Americanos Excluídos afirma que 2,5 milhões de crianças estavam sem casa em algum momento em 2013. A situação é mais grave no estado da Califórnia, que tem um oitavo da população americana e um quinto das crianças desabrigadas, cerca de 527 mil.
Nas últimas décadas, a Califórnia, especialmente o Vale do Silício, ficou ainda mais rico com a revolução tecnológica da informática, atraindo talentos e pagando altos salários. O preço dos imóveis disparou.
A diretora nacional do centro, Carmela DeCandia, uma das autoras do relatório, observou que o governo federal faz esforços para reduzir o número de veteranos de guerra e de adultos sem teto: "O mesmo grau de atenção e recursos deve ser dedicada a famílias e crianças. Caso contrário, vamos pagar um alto preço em termos humanos e econômicos."
As consequências são arrasadoras para o desenvolvimento emocional, educacional e social das crianças e seus pais, com impacto sobre a saúde física e mental e as futuras possibilidades de emprego.
O relatório recomenda investimentos públicos em habitação popular, educação e qualificação profissional para pais sem teto, além de serviços especiais para acolher mulheres sem casa por causa da violência doméstica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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