O eleitorado branco evangélico foi responsável pela vitória do Partido Republicano nas eleições de ontem para renovar a Câmara dos Representantes, eleger um terço do Senado dos Estados Unidos e 36 governadores estaduais, concluiu o jornal digital The Huffington Post. A oposição domina agora as duas casas do Congresso e vai complicar os dois últimos anos de governo do presidente Barack Obama.
De acordo as pesquisas de boca de urna, mais da metade do eleitorado que votou em 4 de novembro de 2014 era de cristãos não católicos. Destes, 60% votaram em candidatos republicanos. Entre os eleitores que se identificaram como brancos e evangélicos, cerca de 26% do total, 78% votaram na oposição conservadora.
Em estados do Sul decisivos para mudar a composição do Senado, como Arkansas, Carolina do Norte, Geórgia e Kentucky, a participação dos evangélicos foi muito superior à do eleitorado como um todo. Em Arkansas, 52% dos eleitores eram cristãos não católicos. Cerca de 73% votaram no republicano Tom Cotton, que venceu Mark Pryor, senador há 12 anos.
A direita religiosa foi o maior segmento do eleitorado nessas eleições, superando os eleitorados negro e de origem latino-americana juntos. Cerca de 71% dos protestantes brancos e 59% dos católicos brancos votaram no Partido Republicano. Quem vai à missa e frequenta a igreja costuma votar na direita.
Por outro lado, 69% dos judeus preferiram o Partido Democrata. Os judeus continuam sendo uma das bases do partido.
Em seis estados com grandes populações muçulmanas - Califórnia, Flórida, Illinois, Nova York, Texas e Virgínia -, mais de 70% dos muçulmanos votaram em candidatos democratas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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