CAMBRIDGE-MA, EUA - Numa importante reviravolta política influenciada pela guerra contra o Estado Islâmico no Iraque, o presidente Barack Obama deu ontem ampla autoridade aos comandantes militares dos Estados Unidos para realizarem missões de combate para ajudar as forças de segurança do Afeganistão no combate ao terrorismo depois da retirada da maior parte das tropas americanas, no fim de 2014, informa o jornal The New York Times.
A decisão, tomada nas últimas semanas, vai permitir que aviões de caça, bombardeiros e drones participem de missões de combate, prorrogando a mais longa guerra da história dos EUA.
Obama promete retirar as Forças Armadas americanas do Iraque e do Afeganistão desde a campanha eleitoral de 2008, mas a ofensiva do Estado Islâmico o forçou a intervir de novo no Iraque e acendeu um sinal de alerta para o risco de uma volta da milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) ao poder no Afeganistão.
A partir de 2015, ficam no Afeganistão 9,8 mil soldados americanos de um total de mais de 100 mil quando o atual presidente ordenou um reforço do contingente na expectativa de derrotar as milícias terroristas. Por causa do colapso do Exército do Iraque no início da ofensiva do EIIL no Norte do Iraque, em junho de 2014, Obama mudou de posição.
Pelo plano original, o contingente americano deveria ser reduzido à metade no fim de 2015. A permanência dependia de um acordo com o governo local, adiado por causa das eleições presidenciais afegãs, cujo resultado foi contestado, levando à formação de um governo de união nacional.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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