sábado, 1 de novembro de 2014

Coronel se autoproclama chefe de Estado em Burkina Fasso

Em pronunciamento pelo rádio hoje à noite, o coronel Isaac Zida, subcomandante da guarda do presidente deposto, Blaisé Compaoré, se apresentou como novo dirigente máximo de Burkina Fasso durante o período de transição até a eleição de um novo presidente pelo voto popular, que os militares prometeram realizar em até 12 meses.

"Eu assumo as responsabilidades de chefe desta transição  e de chefe de Estado para assegurar a continuidade do Estado", declarou o coronel, pedindo à Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental (Ecowas, do inglês), a organização regional liderada pela Nigéria "apoio às novas autoridades".

Dois dias atrás, nota o jornal Le Monde, sentindo no ar um risco de golpe militar, foi o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, general Nabéré Honoré Traoré, que anunciou a dissolução do governo e da Assembleia Nacional depois que uma multidão enfurecida incendiou o Parlamento e casas de ministros num protesto contra a reeleição de Compaoré, no poder desde 1987, para um quinto mandato.

Houve um tiroteio de alguns minutos na área do palácio presidencial antes do pronunciamento de Zida. Ele afirmou que o ex-presidente está "num lugar seguro", com "sua integridade física e moral garantida", mas não falou em devolver o cargo a Compaoré.

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