A produção industrial do Japão voltou a subir em dezembro de 2013, depois de uma pequena queda em novembro, com alta de 1,1% no mês e de 7,3% na comparação anual, anunciou hoje o Ministério da Economia, Indústria e Comércio, na sua primeira estimativa.
O avanço se deveu ao aumento na produção de telas de cristal líquido, robôs e transformadores de eletricidade. Com as políticas de estímulo econômico do primeiro-ministro Shinzo Abe, aumentou a confiança de empresários e consumidos. A indústria japonesa cresceu em quase todos os meses do ano passado.
Em dezembro, o consumo doméstico cresceu 0,7%, puxado pelas vendas de automóveis e eletrodomésticos. O apetite do consumidor japonês está sendo especialmente observado pelos economistas diante do aumento do imposto sobre circulação de mercadorias, que passará de 5% a 8% em abril. Isso pode acelerar as vendas até lá.
A taxa de desemprego no Japão baixou de 4% em novembro para 3,7% em dezembro de 2013. É a menor em seis anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Negociação sobre paz na Síria não avança
A primeira rodada de negociações diretas entre a ditadura de Bachar Assad e os rebeldes que lutam para derrubá-la na Síria terminou hoje sem resultados práticos. Nem a proposta de permitir a entrada de uma caravana com ajuda humanitária para a cidade de Homs, sitiada pelo governo, foi aceita.
Ontem o Crescente Vermelho (Cruz Vermelha dos países muçulmanos) da Síria, acusado de privilegiar a distribuição de ajuda em áreas favoráveis ao governo, declarou que a ajuda humanitária deve ser distribuída de maneira políticamente neutra.
O diálogo será retomado em 10 de janeiro, anunciou em Genebra, na Suíça, o mediador das Nações Unidas, o ex-ministro do Exterior de Argélia Lakhdar Brahimi.
Ontem o Crescente Vermelho (Cruz Vermelha dos países muçulmanos) da Síria, acusado de privilegiar a distribuição de ajuda em áreas favoráveis ao governo, declarou que a ajuda humanitária deve ser distribuída de maneira políticamente neutra.
O diálogo será retomado em 10 de janeiro, anunciou em Genebra, na Suíça, o mediador das Nações Unidas, o ex-ministro do Exterior de Argélia Lakhdar Brahimi.
Presidente da Ucrânia anistia quem parar de protestar
O presidente Viktor Yanikovitch sancionou uma lei dando anistia aos manifestantes que deixarem a Praça da Independência e os prédios públicos ocupados em Kiev, a capital da Ucrânia, e se afastou do cargo temporariamente alegando problemas de saúde.
A oposição exige sua renúncia e a antecipação da eleição presidencial.
A oposição exige sua renúncia e a antecipação da eleição presidencial.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Oxfam demite Scarlett Johansson
Sob intensa pressão de ativistas pró-palestinos, a atriz americana Scarlett Johansson deixou hoje as funções de embaixadora da organização não governamental Oxfam (Comitê de Oxford para Alívio da Fome) por uma "diferença de opinião fundamental".
A bela Scarlett, de 29 anos, favorita do diretor Woody Allen, uma das estrelas mais famosas do cinema internacional, acaba de firmar um contrato com a companhia israelense de máquinas e garrafas para fazer refrigerantes caseiros SodaStream. A empresa tem uma fábrica na Cisjordânia ocupada onde trabalham 800 judeus e árabes israelenses e 500 palestinos.
Como a ocupação e as colônias israelenses são ilegais à luz do direito internacional, o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) defende um boicote total a atividades econômicas ligadas aos territórios árabes ocupados.
"A Oxfam acredita que empresas como a SodaStream, que operam nas colônias, aumentam a pobreza e negam os direitos das comunidades palestinas que nós apoiamos", justificou a ONG. Como a companhia é uma das maiores empregadoras israelenses de palestinos na Cisjordânia, Johansson alegou que "constrói uma ponte entre Israel e a Palestina".
Para o comitê palestino do BDS, Rafif Ziadah, "Scarlett Johansson abandonou sua reputação de celebridade progressista em troca de um cheque para se tornar a nova face do apartheid israelense. Como os poucos artistas que tocaram em Sun City durante o apartheid na África do Sul, Johansson será lembrada por ter ficado do lado errado da história."
A bela Scarlett, de 29 anos, favorita do diretor Woody Allen, uma das estrelas mais famosas do cinema internacional, acaba de firmar um contrato com a companhia israelense de máquinas e garrafas para fazer refrigerantes caseiros SodaStream. A empresa tem uma fábrica na Cisjordânia ocupada onde trabalham 800 judeus e árabes israelenses e 500 palestinos.
Como a ocupação e as colônias israelenses são ilegais à luz do direito internacional, o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) defende um boicote total a atividades econômicas ligadas aos territórios árabes ocupados.
"A Oxfam acredita que empresas como a SodaStream, que operam nas colônias, aumentam a pobreza e negam os direitos das comunidades palestinas que nós apoiamos", justificou a ONG. Como a companhia é uma das maiores empregadoras israelenses de palestinos na Cisjordânia, Johansson alegou que "constrói uma ponte entre Israel e a Palestina".
Para o comitê palestino do BDS, Rafif Ziadah, "Scarlett Johansson abandonou sua reputação de celebridade progressista em troca de um cheque para se tornar a nova face do apartheid israelense. Como os poucos artistas que tocaram em Sun City durante o apartheid na África do Sul, Johansson será lembrada por ter ficado do lado errado da história."
EUA pedem pena de morte para terrorista de Boston
O Departamento da Justiça dos Estados Unidos vai pedir a pena de morte para Djokhar Tsarnaev, de 20 anos, acusado junto com o irmão Tamerlan de atentado terrorista que matou três pessoas e feriu outras 266 na chegada da Maratona de Boston, em 15 de abril de 2013, informa o jornal The Washington Post.
Tamerlan morreu dias depois, em confronto com a polícia, quando os dois eram perseguidos. Djokhar, hoje com 20 anos, foi denunciado por 30 crimes, inclusive uso de arma de destruição em massa. Pretextou inocência diante de todas as acusações.
"Depois de considerar os fatos relevantes, as leis aplicáveis e as possíveis alegações do conselho de defesa, decidi que os EUA devem pedir a pena de morte neste caso", anunciou em Washington o secretário da Defesa, Eric Holder. "A natureza da conduta no caso e os danos resultantes me compelem a tomar esta decisão."
Sob influência do irmão mais velho, os dois imigrantes de origem chechena, teriam fabricado duas bombas caseiras detonadas em dois pontos diferentes próximos da linha de chegada da maratona pouco mais de quatro horas depois do início da prova, quando estavam chegando os corredores amadores festejados por parentes e amigos.
Tamerlan morreu dias depois, em confronto com a polícia, quando os dois eram perseguidos. Djokhar, hoje com 20 anos, foi denunciado por 30 crimes, inclusive uso de arma de destruição em massa. Pretextou inocência diante de todas as acusações.
"Depois de considerar os fatos relevantes, as leis aplicáveis e as possíveis alegações do conselho de defesa, decidi que os EUA devem pedir a pena de morte neste caso", anunciou em Washington o secretário da Defesa, Eric Holder. "A natureza da conduta no caso e os danos resultantes me compelem a tomar esta decisão."
Sob influência do irmão mais velho, os dois imigrantes de origem chechena, teriam fabricado duas bombas caseiras detonadas em dois pontos diferentes próximos da linha de chegada da maratona pouco mais de quatro horas depois do início da prova, quando estavam chegando os corredores amadores festejados por parentes e amigos.
Hillary lidera corrida democrata à Casa Branca
A ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton tem ampla vantagem os demais possíveis candidatos do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 2016.
Numa pesquisa feita para a rede de televisão americana ABC e o jornal The Washington Post, Hillary lidera com 73% das preferências de eleitores democratas e independentes inclinados a votar num candidato democrata.
Em segundo lugar, com 12%, vem o vice-presidente Joe Biden. Famoso por suas gafes e um certo destempero verbal, Biden é considerado um concorrente fraco. Em terceiro lugar, com 8%, está a senadora Elizabeth Warren, que recuperou a vaga de Ted Kennedy no Senado nas últimas eleições.
A senadora pode incomodar Hillary. Da ala mais à esquerda do partido, Elizabeth Warren é uma crítica feroz do centro financeiro de Wall St. Antes de se eleger para o Senado, era professora da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, especializada em falências e concordatas. Se for candidata nas eleições primárias, deve empurrar Hillary mais para a esquerda.
Numa pesquisa feita para a rede de televisão americana ABC e o jornal The Washington Post, Hillary lidera com 73% das preferências de eleitores democratas e independentes inclinados a votar num candidato democrata.
Em segundo lugar, com 12%, vem o vice-presidente Joe Biden. Famoso por suas gafes e um certo destempero verbal, Biden é considerado um concorrente fraco. Em terceiro lugar, com 8%, está a senadora Elizabeth Warren, que recuperou a vaga de Ted Kennedy no Senado nas últimas eleições.
A senadora pode incomodar Hillary. Da ala mais à esquerda do partido, Elizabeth Warren é uma crítica feroz do centro financeiro de Wall St. Antes de se eleger para o Senado, era professora da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, especializada em falências e concordatas. Se for candidata nas eleições primárias, deve empurrar Hillary mais para a esquerda.
EUA cresceram 1,9% em 2013
Os Estados Unidos cresceram 1,9% em 2013, abaixo dos 2,8% do ano anterior, mas terminaram o ano passado em alta, informou hoje o Departamento do Comércio.
No último trimestre de 2013, a maior economia do mundo avançou 0,8%, o que projeta uma taxa anual de 3,2%. A expectativa é que esse ritmo se mantenha em 2014, confirmando a recuperação.
Por este motivo, o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, reduziu em mais US$ 10 bilhões a quantidade de títulos que compra mensalmente para jogar mais dinheiro em circulação e assim estimular a economia. É uma política que o Fed adotou três vezes, depois de ter praticamente zerado as taxas básicas de juros.
O banco central dos EUA estava comprando US$ 85 bilhões em títulos hipotecários e da dívida pública. No mês passado, na última reunião de 2013, reduziu esse montante em US$ 10 bilhões e ontem em mais US$ 10 bilhões, num processo gradual para evitar um choque no mercado que deve se estender até setembro ou outubro.
No momento, o maior impacto recai sobre países emergentes com balança comercial em déficit comercial. Com a menor oferta de dólares e a maior atração de investimentos pelos EUA, o dinheiro tende a sair de países como África do Sul, Brasil, Índia, Indonésia e Turquia, que sofrem com a desvalorização de suas moedas.
A alegação de que o Fed não está olhando para os países emergentes não se justifica. Quando o banco central dos EUA iniciou o programa de "alívio quantitativo", o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou em guerra cambial, como se o objetivo final fosse baratear o dólar e exportar a crise.
Ben Bernanke, que deixa amanhã a presidência do Fed depois de oito anos, é um economista especializado na Grande Depressão. Depois de zerar os juros, só lhe restava imprimir dinheiro para enfrentar a crise. O Fed jogou US$ 3 trilhões em circulação. Sem grandes opções de negócios nos países ricos em crise, parte desse dinheiro foi para países em desenvolvimento.
Agora, o fluxo de dólares se inverte. A situação dos emergentes só pesa na medida em que possa afetar o comércio ou a estabilidade internacional. O Brasil é afetado, mas sabia de tudo há muito tempo.
No último trimestre de 2013, a maior economia do mundo avançou 0,8%, o que projeta uma taxa anual de 3,2%. A expectativa é que esse ritmo se mantenha em 2014, confirmando a recuperação.
Por este motivo, o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, reduziu em mais US$ 10 bilhões a quantidade de títulos que compra mensalmente para jogar mais dinheiro em circulação e assim estimular a economia. É uma política que o Fed adotou três vezes, depois de ter praticamente zerado as taxas básicas de juros.
O banco central dos EUA estava comprando US$ 85 bilhões em títulos hipotecários e da dívida pública. No mês passado, na última reunião de 2013, reduziu esse montante em US$ 10 bilhões e ontem em mais US$ 10 bilhões, num processo gradual para evitar um choque no mercado que deve se estender até setembro ou outubro.
No momento, o maior impacto recai sobre países emergentes com balança comercial em déficit comercial. Com a menor oferta de dólares e a maior atração de investimentos pelos EUA, o dinheiro tende a sair de países como África do Sul, Brasil, Índia, Indonésia e Turquia, que sofrem com a desvalorização de suas moedas.
A alegação de que o Fed não está olhando para os países emergentes não se justifica. Quando o banco central dos EUA iniciou o programa de "alívio quantitativo", o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou em guerra cambial, como se o objetivo final fosse baratear o dólar e exportar a crise.
Ben Bernanke, que deixa amanhã a presidência do Fed depois de oito anos, é um economista especializado na Grande Depressão. Depois de zerar os juros, só lhe restava imprimir dinheiro para enfrentar a crise. O Fed jogou US$ 3 trilhões em circulação. Sem grandes opções de negócios nos países ricos em crise, parte desse dinheiro foi para países em desenvolvimento.
Agora, o fluxo de dólares se inverte. A situação dos emergentes só pesa na medida em que possa afetar o comércio ou a estabilidade internacional. O Brasil é afetado, mas sabia de tudo há muito tempo.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Fed corta programa de estímulo em mais US$ 10 bilhões
O banco central dos Estados Unidos anunciou há pouco, como esperado, que vai cortar em mais US$ 10 bilhões o total de títulos hipotecários e da dívida pública que compra mensalmente para jogar mais dólares em circulação e assim estimular a economia do país. O valor mensal cai para US$ 65 bilhões.
Foi a última reunião do Comitê da Reserva Federal (Fed) presidida por Ben Bernanke, que sai assim deixando uma impressão de que a situação volta para a normalidade em que um banco central usa a taxa de juros para aquecer ou esfriar a economia. Desde o auge da crise, a taxa básica do Fed está em praticamente zero.
Na prática, especialmente para os países em desenvolvimento, é um sinal de que a era do dólar barato acabou.
Foi a última reunião do Comitê da Reserva Federal (Fed) presidida por Ben Bernanke, que sai assim deixando uma impressão de que a situação volta para a normalidade em que um banco central usa a taxa de juros para aquecer ou esfriar a economia. Desde o auge da crise, a taxa básica do Fed está em praticamente zero.
Na prática, especialmente para os países em desenvolvimento, é um sinal de que a era do dólar barato acabou.
África do Sul aumenta taxa básica de juros para 5,5% ao ano
Depois do Brasil, da Índia e da Turquia, o Banco da Reserva da África do Sul aumentou hoje sua taxa básica de juros em meio ponto percentual para 5,5% ao ano. Apesar da medida, a moeda sul-africano, o rand, caiu para 11,37 por dólar, sua menor cotação em cinco anos.
Os países emergentes com inflação e déficit comercial sofrem com a redução do programa de estímulo monetário à economia dos Estados Unidos.
Durante a crise dos últimos cinco anos, o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, comprou títulos no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dólares em circulação. Na prática, imprimiu trilhões de dólares, desvalorizando a moeda dos EUA, com impacto no mundo inteiro porque o dólar é a principal moeda de troca e de reserva de valor.
No último dos chamados programas de alívio quantitativo, que ainda não terminou, o Fed comprava US$ 85 bilhões por mês. Reduziu para US$ 75 bilhões no mês passado. A expectativa é que o Comitê do Mercado Aberto decida anunciar hoje uma segunda redução no montante mensal, desta vez para US$ 65 bilhões.
A economia sul-africana vai mal. Cresceu menos de 2% no ano passado. A expectativa é que o aumento nos juros prejudique o crescimento.
O banco central cortou as taxas de juros pela última vez em julho de 2012 para estimular a economia. Um mês depois, a polícia fuzilou 34 mineiros de platina em greve ao atirar contra manifestantes. Desde então, uma onda de greves atinge o setor.
Na semana passada, dezenas de milhares de mineiros das três maiores mineradoras de platina do mundo entraram em greve. A África do Sul é responsável por 75% da produção mundial.
Os países emergentes com inflação e déficit comercial sofrem com a redução do programa de estímulo monetário à economia dos Estados Unidos.
Durante a crise dos últimos cinco anos, o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, comprou títulos no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dólares em circulação. Na prática, imprimiu trilhões de dólares, desvalorizando a moeda dos EUA, com impacto no mundo inteiro porque o dólar é a principal moeda de troca e de reserva de valor.
No último dos chamados programas de alívio quantitativo, que ainda não terminou, o Fed comprava US$ 85 bilhões por mês. Reduziu para US$ 75 bilhões no mês passado. A expectativa é que o Comitê do Mercado Aberto decida anunciar hoje uma segunda redução no montante mensal, desta vez para US$ 65 bilhões.
A economia sul-africana vai mal. Cresceu menos de 2% no ano passado. A expectativa é que o aumento nos juros prejudique o crescimento.
O banco central cortou as taxas de juros pela última vez em julho de 2012 para estimular a economia. Um mês depois, a polícia fuzilou 34 mineiros de platina em greve ao atirar contra manifestantes. Desde então, uma onda de greves atinge o setor.
Na semana passada, dezenas de milhares de mineiros das três maiores mineradoras de platina do mundo entraram em greve. A África do Sul é responsável por 75% da produção mundial.
Câmara aprova Lei Agrícola dos EUA e mantém subsídios
Por 251 votos contra 166, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje uma nova Lei Agrícola que vai custar US$ 100 bilhões por ano ao governo federal americano. Os cortes de gastos, que deveriam somar US$ 2,3 bilhões por ano, foram limitados a US$ 1,65 bilhão.
Houve um corte de US$ 800 milhões na verba para cupons de alimentação, mas foram mantidos os generosos subsídios aos produtores rurais que o Brasil e outros países em desenvolvimento acusam de distorcer o comércio internacional. O projeto vai agora para o Senado. A Casa Branca antecipa que o presidente Barack Obama não vai vetá-lo nos termos atuais, noticiou o jornal The Washington Post.
A nova lei corta US$ 4,5 bilhões em subsídios dados como pagamento direto aos agricultores e fazendeiros quer eles produzam ou não. Os produtores rurais precisarão ter prejuízo e pedir indenizações. As principais colheitas - milho, soja, trigo, arroz e algodão - continuarão a ser fortemente subsidiadas, apesar do déficit orçamentário dos EUA.
Houve um corte de US$ 800 milhões na verba para cupons de alimentação, mas foram mantidos os generosos subsídios aos produtores rurais que o Brasil e outros países em desenvolvimento acusam de distorcer o comércio internacional. O projeto vai agora para o Senado. A Casa Branca antecipa que o presidente Barack Obama não vai vetá-lo nos termos atuais, noticiou o jornal The Washington Post.
A nova lei corta US$ 4,5 bilhões em subsídios dados como pagamento direto aos agricultores e fazendeiros quer eles produzam ou não. Os produtores rurais precisarão ter prejuízo e pedir indenizações. As principais colheitas - milho, soja, trigo, arroz e algodão - continuarão a ser fortemente subsidiadas, apesar do déficit orçamentário dos EUA.
Biblioteca da Sorbonne é reaberta após obras
Depois de três anos de obras de renovação, a Biblioteca da Sorbonne, a famosa universidade de Paris, foi reaberta com novos recursos de informática.
A prefeitura da capital da França contribuiu com 25,5 milhões de euros para renovar essa "joia de Paris", nas palavras do prefeito Bertrand Delanöe.
Cinco salas temáticas dão acesso direto a 39 mil documentos.
A prefeitura da capital da França contribuiu com 25,5 milhões de euros para renovar essa "joia de Paris", nas palavras do prefeito Bertrand Delanöe.
Cinco salas temáticas dão acesso direto a 39 mil documentos.
Turquia eleva juros básicos de 7,75% para 12% ao ano
Para tentar conter a queda da lira, o Banco Central da Turquia aumentou ontem de 7,75% para 12% ao ano a taxa básica de juros do país, um dos que mais sofrem com a retirada dos estímulos monetários à recuperação da economia dos Estados Unidos.
A alta de juros ocorre num momento de grande luta política antes das eleições municipais de março de 2014. Os analistas econômicos acreditam que a elevação dos juros pode estabilizar a moeda turca em curto prazo. Em longo prazo, vai depender da crise política.
Mais cedo, o Banco da Reserva da Índia anunciara uma alta de 0,25 ponto percentual na sua taxa básica de juros, que passou para 8% ao ano.
A alta de juros ocorre num momento de grande luta política antes das eleições municipais de março de 2014. Os analistas econômicos acreditam que a elevação dos juros pode estabilizar a moeda turca em curto prazo. Em longo prazo, vai depender da crise política.
Mais cedo, o Banco da Reserva da Índia anunciara uma alta de 0,25 ponto percentual na sua taxa básica de juros, que passou para 8% ao ano.
Scarlett Johansson é alvo de boicote
Uma das musas do momento em Hollywood e uma das atrizes favoritas do diretor Woody Allen, Scarlett Johansson é hoje uma das maiores estrelas do cinema internacional. Mas, ao fazer propaganda do refrigerante israelense SodaStream, acaba de atrair a ira de ativistas internacionais.
Scarlett Johansson gravou um comercial para a SodaStream a ser apresentado no domingo, 2 de fevereiro de 2014, no intervalo do SuperBowl, a final do campeonato de futebol americano. São os intervalos comerciais mais caros da história da televisão. Cada propaganda de 30 segundos custa milhões de dólares para ir ao ar e outros tantos para produzir, incluído o polpudo cachê da estrela.
A organização não governamental Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) protestou. As garrafas da SodaStream são produzidas numa antiga fábrica de munições no distrito industrial de Michor Adumin, nos arredores de Jerusalém, numa colônia instalada na Cisjordânia ocupada, o que é ilegal à luz do direito internacional.
Essa ONG está pressionando o Comitê de Oxford para Alívio da Fome (Oxfam) para que destitua Johansson do cargo da embaixadora. Na verdade, defende um boicote comercial para forçar Israel a deixar os territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Scarlett Johansson gravou um comercial para a SodaStream a ser apresentado no domingo, 2 de fevereiro de 2014, no intervalo do SuperBowl, a final do campeonato de futebol americano. São os intervalos comerciais mais caros da história da televisão. Cada propaganda de 30 segundos custa milhões de dólares para ir ao ar e outros tantos para produzir, incluído o polpudo cachê da estrela.
A organização não governamental Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) protestou. As garrafas da SodaStream são produzidas numa antiga fábrica de munições no distrito industrial de Michor Adumin, nos arredores de Jerusalém, numa colônia instalada na Cisjordânia ocupada, o que é ilegal à luz do direito internacional.
Essa ONG está pressionando o Comitê de Oxford para Alívio da Fome (Oxfam) para que destitua Johansson do cargo da embaixadora. Na verdade, defende um boicote comercial para forçar Israel a deixar os territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Obama propõe salário mínimo de US$ 10,10 por hora
No Discurso sobre o Estado da União, que pronuncia neste momento, no Congresso dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama pediu salários iguais para as mulheres e anunciou um aumento do salário mínimo dos funcionários federais para US$ 10,10, que depende de aprovação do Poder Legislativo.
Obama citou os avanços recentes na recuperação da economia, a reforma na saúde pública, os esforços para a paz no Oriente Médio e as negociações para desarmar o programa nuclear do Irã como sucessos de sua administração. Ameaçou vetar qualquer proposta de impor novas sanções capazes de atrapalhar as negociações com a república islâmica.
Mas é um discurso chocho, sem grandes anúncios nem grandes propostas, uma prestação de contas de presidente em segundo mandato, que não pode ser candidato a mais nada e tem a aprovação de pouco menos da metade da população americana. Os únicos aplausos efusivos e de pé foram para os militares e para Israel.
Os discursos de Obama continuam brilhantes, mas já não empolgam como antes. É um presidente cansado. Como observou um comentarista conservador na rede de televisão CNN, "os discursos de Obama são como sexo. Mesmo quando são ruins, são bons." O desafio é transformar palavras em realizações.
Obama citou os avanços recentes na recuperação da economia, a reforma na saúde pública, os esforços para a paz no Oriente Médio e as negociações para desarmar o programa nuclear do Irã como sucessos de sua administração. Ameaçou vetar qualquer proposta de impor novas sanções capazes de atrapalhar as negociações com a república islâmica.
Mas é um discurso chocho, sem grandes anúncios nem grandes propostas, uma prestação de contas de presidente em segundo mandato, que não pode ser candidato a mais nada e tem a aprovação de pouco menos da metade da população americana. Os únicos aplausos efusivos e de pé foram para os militares e para Israel.
Os discursos de Obama continuam brilhantes, mas já não empolgam como antes. É um presidente cansado. Como observou um comentarista conservador na rede de televisão CNN, "os discursos de Obama são como sexo. Mesmo quando são ruins, são bons." O desafio é transformar palavras em realizações.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Reino Unido cresceu 1,9% em 2013
Apesar da desaceleração de 0,8% para 0,7%, no último trimestre, o Reino Unido cresceu 1,9% em 2013, tornando-se uma surpresa positiva dentro da União Europeia, abalada pela dos países da periferia da Zona do Euro.
Foi o melhor resultado desde 2007, quando a economia britânica avançou 3,4%, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas.
Foi o melhor resultado desde 2007, quando a economia britânica avançou 3,4%, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas.
Crise derruba primeiro-ministro da Ucrânia
Sob pressão das ruas, o presidente Viktor Yanukovitch tinha oferecido o cargo à oposição, que não aceitou. Hoje o primeiro-ministro Mikola Azarov pediu demissão com todo o ministério. Horas antes, o Parlamento revogara leis que proibiam manifestações de protesto não autorizadas.
A oposição exige a saída de Yanukovitch, a antecipação da eleição presidencial e a introdução de um regime parlamentarista.
A oposição exige a saída de Yanukovitch, a antecipação da eleição presidencial e a introdução de um regime parlamentarista.
Novo remédio cura hepatite C em 12 semanas
Um novo tratamento contra o vírus da hepatite C com base num medicamento chamado sofosbuvir promete eliminar totalmente a doença em 12 semanas. O problema é o preço.
Depois de anos sem novos remédios de grande alcance, a indústria farmacêutica vê no combate à hepatite C, uma doença que atinge 170 milhões de pessoas no mundo inteiro, uma oportunidade de ganhar bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, o laboratório Gilead, da Califórnia, vende o tratamento a US$ 84 mil, mais de R$ 200 mil.
"Novos medicamentos orais que estarão disponíveis daqui a poucos meses vão revolucionar o tratamento da hepatite C", declarou a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras antes de um debate na Organização Mundial da Saúde (OMS). "No entanto, para que os programas governamentais possam ser ampliados e atacar a epidemia em sua dimensão real, os preços têm de ser pagáveis."
Depois de anos sem novos remédios de grande alcance, a indústria farmacêutica vê no combate à hepatite C, uma doença que atinge 170 milhões de pessoas no mundo inteiro, uma oportunidade de ganhar bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, o laboratório Gilead, da Califórnia, vende o tratamento a US$ 84 mil, mais de R$ 200 mil.
"Novos medicamentos orais que estarão disponíveis daqui a poucos meses vão revolucionar o tratamento da hepatite C", declarou a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras antes de um debate na Organização Mundial da Saúde (OMS). "No entanto, para que os programas governamentais possam ser ampliados e atacar a epidemia em sua dimensão real, os preços têm de ser pagáveis."
Argentina limita compra de dólares
Diante de uma nova crise cambial, com inflação em alta, a Argentina anunciou na sexta-feira que a partir de segunda-feira seria permitida a compra de dólares para poupança, depois de dois anos de restrições. Quando a medida entrou em vigor, ontem, foram impostos limites.
Cada argentino pode comprar um máximo de US$ 2 mil, através do sistema bancário, se tiver uma renda bruta mensal de no mínimo US$ 900 ou 7,2 mil pesos argentinos. Quem quiser sacar os dólares imediatamente, tem de pagar 20% de imposto. Se deixar o dinheiro depositado por um ano, não pagará imposto.
Num país como a Argentina, onde o governo já converteu as poupanças em dólares em pesos e estatizou a Previdência Social, ficando com o dinheiro dos fundos de pensão, muita gente prefere guardar sua poupança em dólares debaixo do colchão.
Sob pressão por causa do sigilo bancário, o governo Cristina Kirchner desistiu de divulgar listas de compradores de dólares. A alíquota do imposto sobre uso de cartões de crédito e débito no exterior, que seria reduzida para 20%, foi mantida em 35%.
No primeiro dia, houve 242 operações, num total de US$ 114 mil dólares. Ao todo, foram aceitos 121 mil pedidos, no total de US$ 59 milhões. Cerca de 42 mil foram rejeitados. A principal causa foi renda insuficiente, noticiou o jornal argentino Clarín.
No câmbio oficial, o dólar chegou a 8,50 pesos argentinos. Com intervenção do banco central, recuou para 7,72 pesos para grande negócios. No mercado paralelo, o dólar foi vendido a 12,50 pesos, depois de chegar a 13 pesos na semana passada.
Cada argentino pode comprar um máximo de US$ 2 mil, através do sistema bancário, se tiver uma renda bruta mensal de no mínimo US$ 900 ou 7,2 mil pesos argentinos. Quem quiser sacar os dólares imediatamente, tem de pagar 20% de imposto. Se deixar o dinheiro depositado por um ano, não pagará imposto.
Num país como a Argentina, onde o governo já converteu as poupanças em dólares em pesos e estatizou a Previdência Social, ficando com o dinheiro dos fundos de pensão, muita gente prefere guardar sua poupança em dólares debaixo do colchão.
Sob pressão por causa do sigilo bancário, o governo Cristina Kirchner desistiu de divulgar listas de compradores de dólares. A alíquota do imposto sobre uso de cartões de crédito e débito no exterior, que seria reduzida para 20%, foi mantida em 35%.
No primeiro dia, houve 242 operações, num total de US$ 114 mil dólares. Ao todo, foram aceitos 121 mil pedidos, no total de US$ 59 milhões. Cerca de 42 mil foram rejeitados. A principal causa foi renda insuficiente, noticiou o jornal argentino Clarín.
No câmbio oficial, o dólar chegou a 8,50 pesos argentinos. Com intervenção do banco central, recuou para 7,72 pesos para grande negócios. No mercado paralelo, o dólar foi vendido a 12,50 pesos, depois de chegar a 13 pesos na semana passada.
Presidente da Ucrânia revoga lei antimanifestações
Sob intensa pressão das ruas, o presidente Viktor Yanukovitch revogou hoje a lei que proibia manifestações não autorizadas na Ucrânia e impunha pesadas multas a quem a violasse, mas ameaça decretar estado de emergência.
No sábado, Yanukovitch ofereceu à oposição os cargos de primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro. Foram rejeitados. A oposição exige a antecipação da eleição presidencial, com a saída imediata de Yanukovitch.
A revolta atingiu no fim de semana o Leste da Ucrânia, região da maior influência da Rússia, tornando a situação cada vez pior o presidente. Os protestos começaram em novembro, quando Yanukovitch abandonou negociações para fechar um acordo comercial com a União Europeia, sob pressão do presidente russo, Vladimir Putin.
O homem-forte da Rússia sonha em restaurar o poder imperial soviético através da União Eurasiana. A Ucrânia é uma pedra fundamental neste projeto.
No sábado, Yanukovitch ofereceu à oposição os cargos de primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro. Foram rejeitados. A oposição exige a antecipação da eleição presidencial, com a saída imediata de Yanukovitch.
A revolta atingiu no fim de semana o Leste da Ucrânia, região da maior influência da Rússia, tornando a situação cada vez pior o presidente. Os protestos começaram em novembro, quando Yanukovitch abandonou negociações para fechar um acordo comercial com a União Europeia, sob pressão do presidente russo, Vladimir Putin.
O homem-forte da Rússia sonha em restaurar o poder imperial soviético através da União Eurasiana. A Ucrânia é uma pedra fundamental neste projeto.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Déficit comercial do Japão bate recorde
O Japão, terceira maior economia do mundo, teve um déficit comercial recorde de US$ 112 bilhões ou 82 bilhões de euros em 2013, 65% maior do que o do ano anterior, anunciou hoje o Ministério das Finanças.
As importações japonesas cresceram 15%, chegando ao recorde de US$ 793 bilhões, enquanto as exportações aumentaram 10%, atingindo US$ 681 bilhões por causa da desvalorização do iene, mas não foram suficientes para neutralizar o peso das compras externas.
Na década de ouro do Super-Japão, nos anos 1980s, o país tinha saldos comerciais mensais de quase US$ 100 bilhões. Sonhava em superar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo. Com a explosão da bolha especulativa imobiliária e financeira, em 1991, o Japão entrou num longo período de deflação e estagnação que o atual primeiro-ministro, Shinzo Abe, luta para superar.
Com taxas de crescimento pífias, o Japão foi atropelado pela China, que avançou a taxas de 10% ao ano por três décadas, superando o inimigo histórico e se aproximando dos EUA. Esta é uma das preocupações centrais de Abe, um nacionalista que teme a erosão do poder do país.
Militares aprovaram candidatura de marechal no Egito
As Forças Armadas do Egito aprovaram hoje a candidatura a presidente de seu comandante supremo, general Abdel Fattah al-Sissi, principal responsável pelo golpe de Estado de 3 de julho de 2013, que foi promovido a marechal-de-campo.
Ontem, o presidente interino indicado pelos militares, Adli Mansour, anunciou que a eleição presidencial vai preceder as eleições parlamentares, o que é visto como uma manobra para facilitar a eleição de Al-Sissi.
Mais de mil pessoas morreram desde o golpe que derrubou o presidente Mohamed Mursi e afastou do poder a Irmandade Muçulmana, declarada terrorista e banida. Há dois dias, no aniversário do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, pelo menos 64 pessoas morreram, outras 334 foram feridas e mais de 1,1 mil presas.
O total de mortos depois do golpe já supera os da revolução que derrubou Mubarak.
Ontem, o presidente interino indicado pelos militares, Adli Mansour, anunciou que a eleição presidencial vai preceder as eleições parlamentares, o que é visto como uma manobra para facilitar a eleição de Al-Sissi.
Mais de mil pessoas morreram desde o golpe que derrubou o presidente Mohamed Mursi e afastou do poder a Irmandade Muçulmana, declarada terrorista e banida. Há dois dias, no aniversário do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, pelo menos 64 pessoas morreram, outras 334 foram feridas e mais de 1,1 mil presas.
O total de mortos depois do golpe já supera os da revolução que derrubou Mubarak.
domingo, 26 de janeiro de 2014
Assembleia Constituinte aprova Constituição da Tunísia
Três anos depois da revolução que derrubou o ditador Zine ben Ali, deflagrando a chamada Primavera Árabe, uma Assembleia Constituinte aprovou hoje uma nova Constituição para a Tunísia por uma maioria esmagadora de 200 dos 216 votos possíveis, informa a televisão pública britânica BBC.
O primeiro-ministro Mehdi Jomaa anunciou a formação de um novo governo provisório formado principalmente por tecnocratas e independentes para tirar o país da crise e preparar a realização de novas eleições com base na nova carta.
A Constituição foi aprovada depois que o governante partido Nahda, considerado islamita moderado, retirou a exigência de referências ao direito islâmico. O Nahda ganhou as eleições realizadas depois da queda de Ben Ali, em 14 de janeiro de 2011, mas é acusado de extremismo por partidos secularistas.
No ano passado, o assassinato de dois importantes políticos de oposição aos partidos islâmicos provocou uma crise na revolução tunisiana.
O primeiro-ministro Mehdi Jomaa anunciou a formação de um novo governo provisório formado principalmente por tecnocratas e independentes para tirar o país da crise e preparar a realização de novas eleições com base na nova carta.
A Constituição foi aprovada depois que o governante partido Nahda, considerado islamita moderado, retirou a exigência de referências ao direito islâmico. O Nahda ganhou as eleições realizadas depois da queda de Ben Ali, em 14 de janeiro de 2011, mas é acusado de extremismo por partidos secularistas.
No ano passado, o assassinato de dois importantes políticos de oposição aos partidos islâmicos provocou uma crise na revolução tunisiana.
Síria aceita retirada de mulheres e crianças de Homs
No primeiro resultado prático das negociações de paz, para acabar com a guerra civil na Síria a ditadura de Bachar Assad concordou hoje em permitir a retirada de mulheres e criança de Homs, a terceira maior cidade do país, que está cercada por forças governamentais.
A retirada é consequência dos esforços do ex-ministro do Exterior da Argélia Lakhdar Brahimi, o mediador indicado pelas Nações Unidas. Ele acrescentou que "outros civis poderão sair, mas o governo quer uma lista de nomes para ter a certeza de que são realmente civis".
Na quarta-feira passada, os Estados Unidos e a Rússia promoveram a conferência de paz chamada de Genebra II para lançar as negociações. No sábado, pela primeira vez, as duas partes negociaram diretamente, através do enviado especial da ONU.
Diante da falta da menor disposição dos dois lados de fazer qualquer concessão, as conversas se voltaram para a ajuda humanitária e a libertação de presos, numa tentativa de estabelecer as bases mínimas para a confiança mútua.
A Rússia propôs que o regime de Assad se alie a grupos de oposição moderados para combater os extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda, como a Frente al-Nusra e o Estados Islâmico do Iraque e do Levante.
A retirada é consequência dos esforços do ex-ministro do Exterior da Argélia Lakhdar Brahimi, o mediador indicado pelas Nações Unidas. Ele acrescentou que "outros civis poderão sair, mas o governo quer uma lista de nomes para ter a certeza de que são realmente civis".
Na quarta-feira passada, os Estados Unidos e a Rússia promoveram a conferência de paz chamada de Genebra II para lançar as negociações. No sábado, pela primeira vez, as duas partes negociaram diretamente, através do enviado especial da ONU.
Diante da falta da menor disposição dos dois lados de fazer qualquer concessão, as conversas se voltaram para a ajuda humanitária e a libertação de presos, numa tentativa de estabelecer as bases mínimas para a confiança mútua.
A Rússia propôs que o regime de Assad se alie a grupos de oposição moderados para combater os extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda, como a Frente al-Nusra e o Estados Islâmico do Iraque e do Levante.
China condena ativista social a quatro anos de prisão
O regime comunista da China condenou a quatro anos de prisão o ativista Xu Zhiyong por "reunir uma multidão para perturbar a ordem pública". Xu criou o Movimento Novos Cidadãos para expressar a insatisfação com a corrupção governamental e a insatisfação social.
Para o jornal americano The New York Times, o caso é visto como um exemplo sobre como o governo de Xi Jinping, líder do Partido Comunista desde 15 de novembro de 2012 e presidente da China desde 14 de março de 2013, vai tratar os dissidentes.
Logo após a sentença, quando era levado pela polícia, Xu protestou, gritando: "Este tribunal destruiu completamente hoje o que restava de respeito à lei na China", contou o advogado Zhang Qingfang.
O julgamento não atendeu aos mínimos requisitos necessários para fazer justiça, negando o amplo direito de defesa garantido ao réu em países democráticos. A defesa não teve o direito de interrogar as testemunhas de acusação, que prestaram depoimento por escrito, sem comparecer ao tribunal, nem de convocar testemunhas.
Na sentença, o juiz alegou que Xu Zhiyong "explorou questões sociais de interesse público" para promover manifestações sem tomar as precauções necessárias para evitar tumultos, mesmo que isso nunca tenha ocorrido.
Para o jornal americano The New York Times, o caso é visto como um exemplo sobre como o governo de Xi Jinping, líder do Partido Comunista desde 15 de novembro de 2012 e presidente da China desde 14 de março de 2013, vai tratar os dissidentes.
Logo após a sentença, quando era levado pela polícia, Xu protestou, gritando: "Este tribunal destruiu completamente hoje o que restava de respeito à lei na China", contou o advogado Zhang Qingfang.
O julgamento não atendeu aos mínimos requisitos necessários para fazer justiça, negando o amplo direito de defesa garantido ao réu em países democráticos. A defesa não teve o direito de interrogar as testemunhas de acusação, que prestaram depoimento por escrito, sem comparecer ao tribunal, nem de convocar testemunhas.
Na sentença, o juiz alegou que Xu Zhiyong "explorou questões sociais de interesse público" para promover manifestações sem tomar as precauções necessárias para evitar tumultos, mesmo que isso nunca tenha ocorrido.
sábado, 25 de janeiro de 2014
Aniversário da revolução tem 29 mortos no Egito
Pelo menos 29 pessoas morreram hoje em confrontos no segundo aniversário da Revolução de 25 de Fevereiro, que derrubaria o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, informa a televisão pública britânica BBC.
No Cairo, houve manifestações rivais da Irmandade Muçulmana e de partidários do governo militar liderado pelo general Abdel Fattah al-Sissi, que derrubou o presidente Mohamed Mursi em 3 de julho de 2013. Desde então, mais de mil pessoas foram mortas. A Irmandade foi declarada um grupo terrorista e banida.
No Cairo, houve manifestações rivais da Irmandade Muçulmana e de partidários do governo militar liderado pelo general Abdel Fattah al-Sissi, que derrubou o presidente Mohamed Mursi em 3 de julho de 2013. Desde então, mais de mil pessoas foram mortas. A Irmandade foi declarada um grupo terrorista e banida.
Oposição rejeita convite para governar a Ucrânia
Em meio a uma batalha nas ruas de Kiev e outras cidades da ex-república soviética da Ucrânia, a oposição rejeitou o convite feito hoje pelo presidente Viktor Yanukovitch para Arseni Iatseniuk ser primeiro-ministro e Vitali Klitschko ser vice-primeiro-ministro, e exigiu a convocação imediata de uma eleição presidencial antecipada.
Iatseniuk, a político mais popular do país, é do partido da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, presa por corrupção e abuso de poder.
As manifestações começaram há dois meses, quando, sob pressão da Rússia, Yanukovitch abandonou negociações para fazer um acordo comercial com a União Europeia, subordinando ainda mais o país a Moscou.
Iatseniuk, a político mais popular do país, é do partido da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, presa por corrupção e abuso de poder.
As manifestações começaram há dois meses, quando, sob pressão da Rússia, Yanukovitch abandonou negociações para fazer um acordo comercial com a União Europeia, subordinando ainda mais o país a Moscou.
Hollande anuncia separação de Valérie Trierweiler
Quinze dias depois de ser flagrado fugindo do Palácio do Eliseu de moto na garupa de um segurança para encontrar a amante, o presidente da França, François Hollande, anunciou oficialmente hoje o fim de sua "vida em comum" com a jornalista política Valérie Trierweiler, com quem não era casado no papel.
O escândalo sexual revelado pela revista Closer quebrou uma regra não escrita da política francesa de não falar da vida íntima dos presidentes. Nos Estados Unidos, ninguém chega à Casa Branca se não tiver uma família de propaganda de margarina. Na França, a tradição era que os presidentes tivessem amantes e a imprensa não divulga.
Valérie Trierweiler, apelidada Rotweiler, nunca foi uma típica primeira-dama. Jornalista da revista Paris Match, afastou-se do trabalho com a eleição do companheiro. Hollande foi eleito presidente da França em maio de 2012, prometendo ser o Senhor Normal, em contraste com seu pirotécnico antecessor, Nicolas Sarkozy, que se casou com a modelo e cantora Carla Bruni, ex-namorada de Mick Jagger.
Um mês depois, durante a campanha para as eleições legislativas, Valérie apoiou no Twitter o candidato dissidente socialista Olivier Farloni no distrito de Charente-Maritime contra Ségolène Royal, ex-mulher e mãe dos quatro filhos do presidente. Para um deles, Thomas Hollande, naquele momento, Trierweiler destruiu a imagem de Senhor Normal.
O próprio Hollande contribuiu decisivamente para isso com as escapadas de moto para se encontrar com a atriz Julie Gayet, de 41 anos, num apartamento próximo ao palácio.
Ao saber da fofoca, Valérie teria quebrado a louça, no caso, porcelana de Sèvres do Palácio do Eliseu. No mesmo dia, internou-se num hospital de Paris com "profunda depressão". Hollande levou dias para visitá-la. A imprensa francesa antecipava que o presidente trocaria a mulher pela amante. Os detalhes finais da separação foram acertados num jantar na última quinta-feira à noite, revelou o Journal du Dimanche.
"Toda minha gratidão vai para o extraordinário pessoal do Eliseu", escreveu Trierweiler no Twitter. "Eu não esquecerei jamais sua devoção nem a emoção na hora da partida."
A ex-primeira-dama viaja amanhã para a Índia a convite da organização não governamental Ação contra a Fome. Será o último ato de função que nunca lhe agradou.
O escândalo sexual revelado pela revista Closer quebrou uma regra não escrita da política francesa de não falar da vida íntima dos presidentes. Nos Estados Unidos, ninguém chega à Casa Branca se não tiver uma família de propaganda de margarina. Na França, a tradição era que os presidentes tivessem amantes e a imprensa não divulga.
Valérie Trierweiler, apelidada Rotweiler, nunca foi uma típica primeira-dama. Jornalista da revista Paris Match, afastou-se do trabalho com a eleição do companheiro. Hollande foi eleito presidente da França em maio de 2012, prometendo ser o Senhor Normal, em contraste com seu pirotécnico antecessor, Nicolas Sarkozy, que se casou com a modelo e cantora Carla Bruni, ex-namorada de Mick Jagger.
Um mês depois, durante a campanha para as eleições legislativas, Valérie apoiou no Twitter o candidato dissidente socialista Olivier Farloni no distrito de Charente-Maritime contra Ségolène Royal, ex-mulher e mãe dos quatro filhos do presidente. Para um deles, Thomas Hollande, naquele momento, Trierweiler destruiu a imagem de Senhor Normal.
O próprio Hollande contribuiu decisivamente para isso com as escapadas de moto para se encontrar com a atriz Julie Gayet, de 41 anos, num apartamento próximo ao palácio.
Ao saber da fofoca, Valérie teria quebrado a louça, no caso, porcelana de Sèvres do Palácio do Eliseu. No mesmo dia, internou-se num hospital de Paris com "profunda depressão". Hollande levou dias para visitá-la. A imprensa francesa antecipava que o presidente trocaria a mulher pela amante. Os detalhes finais da separação foram acertados num jantar na última quinta-feira à noite, revelou o Journal du Dimanche.
"Toda minha gratidão vai para o extraordinário pessoal do Eliseu", escreveu Trierweiler no Twitter. "Eu não esquecerei jamais sua devoção nem a emoção na hora da partida."
A ex-primeira-dama viaja amanhã para a Índia a convite da organização não governamental Ação contra a Fome. Será o último ato de função que nunca lhe agradou.
Argentina libera compra de dólares
A partir de segunda-feira, os argentinos poderão voltar a comprar dólares para fazer poupança, anunciou ontem o governo Cristina Kirchner, em meio a uma grave crise cambial que derrubou a cotação do peso em 14% em dois dias, a maior desde o colapso da dolarização, em dezembro de 2001. Para isso, terão de pagar 20% de imposto.
O governo também reduziu o imposto cobrado sobre o uso de cartões de crédito e débito no exterior de 35% para 20%, informa o jornal Clarín.
O governo também reduziu o imposto cobrado sobre o uso de cartões de crédito e débito no exterior de 35% para 20%, informa o jornal Clarín.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Governo Obama muda política para maconha
Embora a maconha ainda seja proibida pela lei federal dos Estados Unidos, os departamentos do Tesouro e da Justiça devem regulamentar o acesso a serviços financeiros das empresas criadas para comercializar a droga nos dois estados onde o uso recreativo foi aprovado em plebiscito, numa grande mudança da política antidrogas do governo Barack Obama.
Até agora, bancos e financeiras temiam ser enquadrados por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Com o sucesso das vendas, as lojas já ganharam muito dinheiro e podem ser alvo de roubos.
"Não queremos grandes quantidade de dinheiro nesses lugares", justificou o secretário da Justiça, Eric Holder, em declaração na Universidade da Virgínia reproduzida no jornal digital The Huffington Post. "Eles querem usar o sistema bancário. Então, vamos criar uma nova regulamentação em breve para lidar com isso."
Além dos dois estados que aprovaram o uso recreativo, 21 estados americanos permitem o uso da droga por razões medicinais.
Até agora, bancos e financeiras temiam ser enquadrados por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Com o sucesso das vendas, as lojas já ganharam muito dinheiro e podem ser alvo de roubos.
"Não queremos grandes quantidade de dinheiro nesses lugares", justificou o secretário da Justiça, Eric Holder, em declaração na Universidade da Virgínia reproduzida no jornal digital The Huffington Post. "Eles querem usar o sistema bancário. Então, vamos criar uma nova regulamentação em breve para lidar com isso."
Além dos dois estados que aprovaram o uso recreativo, 21 estados americanos permitem o uso da droga por razões medicinais.
Obras da Copa no Catar mataram 185 nepaleses em 2013
As péssimas condições de trabalho nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2022 e o desrespeito aos trabalhadores migrantes no Catar causaram a morte de pelo menos 185 nepaleses, afirma hoje o jornal inglês The Guardian. Até a bola rolar, o total de mortos pode superar 4 mil, prevê a Confederação Internacional de Sindicatos.
Como o Nepal é apenas um dos países que forneceu mão de obra barata para o emirado riquíssimo em petróleo, o jornal acredita que o total de mortes seja muito maior. Os nepaleses são cerca de um sexto do milhão de trabalhadores migrantes do Catar. Uma organização nepalesa organiza a repatriação dos corpos e tenta cobrar indenizações.
O Guardian fez a primeira denúncia em setembro de 2013, revelando que 44 trabalhadores haviam morrido entre 4 de junho e 12 de agosto, num regime de trabalho escravo. Mais da metade morreu de ataques cardíacos ao trabalhar no calor escaldante do verão no Oriente Médio. Outros morreram de acidentes de trabalho, acidentes de trânsito e suicídio.
A Copa levou a um ritmo frenético de construções no Catar, num total estimado em mais de meio trilhão de reais.
Como o Nepal é apenas um dos países que forneceu mão de obra barata para o emirado riquíssimo em petróleo, o jornal acredita que o total de mortes seja muito maior. Os nepaleses são cerca de um sexto do milhão de trabalhadores migrantes do Catar. Uma organização nepalesa organiza a repatriação dos corpos e tenta cobrar indenizações.
O Guardian fez a primeira denúncia em setembro de 2013, revelando que 44 trabalhadores haviam morrido entre 4 de junho e 12 de agosto, num regime de trabalho escravo. Mais da metade morreu de ataques cardíacos ao trabalhar no calor escaldante do verão no Oriente Médio. Outros morreram de acidentes de trabalho, acidentes de trânsito e suicídio.
A Copa levou a um ritmo frenético de construções no Catar, num total estimado em mais de meio trilhão de reais.
Peso argentino perde 14% do valor em dois dias
Sob pressão da inflação e da escassez de divisas, depois de dez anos de intervenção no câmbio, a Argentina adotou uma nova política monetária e deixou o peso se desvalorizar 14% em dois dias. Foi a maior queda desde o colapso da dolarização na crise de 2001-2.
No câmbio oficial, o dólar rompeu a barreira psicológica dos sete pesos, chegou a 8,34, mas recuou no fechamento para oito pesos; no mercado paralelo, foi a 13 pesos.
Em apenas três semanas de 2014, a moeda argentina perdeu 18,6% do valor, em contraste com 24% em todo o ano passado. A inflação oficial de 2013 ficou em 10,9%, enquanto institutos de pesquisas privados calculam que foi de 28% e os sindicatos pedem reajustes salariais correspondentes. O fantasma da inflação elevada, que atormentou o país nos últimos 40 anos, com a exceção do período de polarização (1991-2001), está de volta.
Desde 2011, as reservas cambiais argentinas em moedas fortes caíram de US$ 52 bilhões para US$ 29 bilhões. Só para comparar, o Brasil acumulava anteontem US$ 376 bilhões em reservas internacionais, uma sólida garantia para enfrentar crises.
Até hoje, a Argentina não saldou todas as suas dívidas do calote de 2001, de US$ 100 bilhões. Por isso, não consegue financiamento no mercado internacional.
Nos últimos meses, o governo começou a controlar o câmbio, impedindo os argentinos de comprar dólares como fazem historicamente em momentos de crise. A Secretaria de Comércio Exterior faz um microgerenciamento das importações. À espera da desvalorização, nas últimas semanas, os exportadores atrasaram a venda de soja na expectativa de obter uma cotação melhor pelo dólar.
No câmbio oficial, o dólar rompeu a barreira psicológica dos sete pesos, chegou a 8,34, mas recuou no fechamento para oito pesos; no mercado paralelo, foi a 13 pesos.
Em apenas três semanas de 2014, a moeda argentina perdeu 18,6% do valor, em contraste com 24% em todo o ano passado. A inflação oficial de 2013 ficou em 10,9%, enquanto institutos de pesquisas privados calculam que foi de 28% e os sindicatos pedem reajustes salariais correspondentes. O fantasma da inflação elevada, que atormentou o país nos últimos 40 anos, com a exceção do período de polarização (1991-2001), está de volta.
Desde 2011, as reservas cambiais argentinas em moedas fortes caíram de US$ 52 bilhões para US$ 29 bilhões. Só para comparar, o Brasil acumulava anteontem US$ 376 bilhões em reservas internacionais, uma sólida garantia para enfrentar crises.
Até hoje, a Argentina não saldou todas as suas dívidas do calote de 2001, de US$ 100 bilhões. Por isso, não consegue financiamento no mercado internacional.
Nos últimos meses, o governo começou a controlar o câmbio, impedindo os argentinos de comprar dólares como fazem historicamente em momentos de crise. A Secretaria de Comércio Exterior faz um microgerenciamento das importações. À espera da desvalorização, nas últimas semanas, os exportadores atrasaram a venda de soja na expectativa de obter uma cotação melhor pelo dólar.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Mineiros de platina fazem greve na África do Sul
O sindicato dos mineiros da África do Sul concordou em participar de negociações mediadas pelo governo para pôr fim a uma greve iniciada hoje nas três maiores minas de platina do país.
Pelo menos 80 mil mineiros cruzaram os braços hoje para exigir melhores salários, na maior greve no setor desde a polícia atirou contra uma manifestação de trabalhadores, matando 34 pessoas, em 2010.
A África do Sul é a maior produtora mundial de platina, com 80% do total.
Pelo menos 80 mil mineiros cruzaram os braços hoje para exigir melhores salários, na maior greve no setor desde a polícia atirou contra uma manifestação de trabalhadores, matando 34 pessoas, em 2010.
A África do Sul é a maior produtora mundial de platina, com 80% do total.
Governo e rebeldes acertam cessar-fogo no Sudão do Sul
Depois de mais de mil mortes, o governo e os rebeldes do Sudão do Sul assinaram hoje em Adis Abeba, na Etiópia, um acordo para cessar fogo na guerra civil que ameaça o país mais novo do mundo.
Cerca de 2 mil pessoas foram mortas e centenas de milhares fugiram de casa para escapar do conflito entre o presidente Salva Kiir e os rebeldes, liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar.
Cerca de 2 mil pessoas foram mortas e centenas de milhares fugiram de casa para escapar do conflito entre o presidente Salva Kiir e os rebeldes, liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar.
Coreia do Sul cresceu 2,8% em 2013
A economia da Coreia do Sul, a quarta maior da Ásia, se desacelerou no último trimestre de 2013, crescendo 0,9% em relação ao trimestre anterior. No ano como um todo, o país cresceu 2,8%, informou hoje o Banco da Coreia.
Toyota mantém liderança na indústria automobilística
Com 9,98 milhões de veículos novos vendidos em 2013, 2% a mais do que em 2012, a companhia japonesa Toyota manteve a liderança no mercado mundial de automóveis, um pouco à frente da americana General Motors (9,7 milhões) e da alemã Volkswagen. A meta para este ano é superar os 10 milhões.
As vendas da Toyota cresceram 9% na China e 7% nos EUA, dois maiores mercados mundiais de automóveis.
Durante a Grande Recessão, em 2008, a Toyota se tornou a maior fabricante mundial de automóveis, superando a GM, que ocupava a liderança há mais de 70 anos. Em 2011, perdeu a posição por causa do terremoto e do maremoto no Nordeste do Japão.
As vendas da Toyota cresceram 9% na China e 7% nos EUA, dois maiores mercados mundiais de automóveis.
Durante a Grande Recessão, em 2008, a Toyota se tornou a maior fabricante mundial de automóveis, superando a GM, que ocupava a liderança há mais de 70 anos. Em 2011, perdeu a posição por causa do terremoto e do maremoto no Nordeste do Japão.
Exposição de fotos lembra Primeira Guerra Mundial
Dentro das rememorações dos cem anos do início da Primeira Guerra Mundial, o Centro de Imagem Lorraine, em Nancy, na França, colocou na Internet mais de 15 mil fotos da época, na exposição virtual Imagens 1914-18.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Corrupção custa US$ 500 bilhões por ano
A corrupção promovida por agentes privados custa meio trilhão de dólares por ano aos países em desenvolvimento, mais de três vezes o total de ajuda internacional em 2012, estima o Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington, os Estados Unidos.
Os cálculos se baseiam numa pesquisa feita pelo Banco Mundial em 105 países em desenvolvimento. Revelam a grande escala em que os interesses privados dos grandes corporações corrompem os governos.
Além do desvio de recursos públicos, a corrupção distorce os incentivos à produção e gera ineficiências que não podem ser medidas diretamente, mas minam a autoridade e a credibilidade dos governos, prejudicando o desenvolvimento, afirma o relatório Custo da Corrupção: estratégias para acabar com um imposto sobre o crescimento impulsionado pelo setor privado.
Em 2005, um estudo chefiado por Daniel Kaufmann para o Banco Mundial estimou que toda a corrupção pública e privada, inclusive do indivíduo que suborna o guarda de trânsito, custe anualmente algo entre US$ 600 bilhões e US$ 1,5 trilhão, aprofundando a miséria em países com recursos escassos diante da gravidade dos problemas sociais.
Os cálculos se baseiam numa pesquisa feita pelo Banco Mundial em 105 países em desenvolvimento. Revelam a grande escala em que os interesses privados dos grandes corporações corrompem os governos.
Além do desvio de recursos públicos, a corrupção distorce os incentivos à produção e gera ineficiências que não podem ser medidas diretamente, mas minam a autoridade e a credibilidade dos governos, prejudicando o desenvolvimento, afirma o relatório Custo da Corrupção: estratégias para acabar com um imposto sobre o crescimento impulsionado pelo setor privado.
Em 2005, um estudo chefiado por Daniel Kaufmann para o Banco Mundial estimou que toda a corrupção pública e privada, inclusive do indivíduo que suborna o guarda de trânsito, custe anualmente algo entre US$ 600 bilhões e US$ 1,5 trilhão, aprofundando a miséria em países com recursos escassos diante da gravidade dos problemas sociais.
Negociação de paz sobre Síria começa sem esperança
O governo e os rebeldes da Síria devem se reunir a partir de sexta-feira em Genebra, na Suíça, para discutir a paz na violenta guerra civil que, em dois anos e dez meses, matou mais de 100 mil pessoas de acordo com as Nações Unidas, 130 mil pelos cálculos do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, anunciou o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, no fim do primeiro dia de uma conferência de paz realizada em Montreux, também na Suíça.
"Depois de quase três dolorosos anos de conflito e sofrimento na Síria, hoje é um dia de esperança frágil, mas real", declarou Ban Ki Moon na abertura do encontro. "Pela primeira vez, o governo, a oposição, os países da região e uma ampla representação da comunidade internacional estão reunidos para buscar uma solução política para a morte e a destruição que são hoje a realidade terrível da vida na Síria."
Mais de 2,3 milhões de sírios fugiram do país. Outros 6,5 milhões e meio de sírios fugiram de casa, mas estão no país. Mais de 9,3 milhões precisam de ajuda humanitária.
Ban propôs que as negociações retomam as bases da primeira proposta de paz, formulada pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan: cessar-fogo, diálogo nacional, libertação de todos os presos políticos, eleições e formação de um governo de transição. O mediador agora é o ex-ministro do Exterior da Argélia Lakhdar Brahimi.
Na mesa de negociações, os dois lados só trocaram ataques. O ministro do Exterior sírio, Walid Muallem, limitou-se a pedir ajuda para "combater o terrorismo", termo que a ditadura de Bachar Assad usa para se referir a toda e qualquer oposição, questionando o propósito da conferência.
O secretário de Estado americano, John Kerry, lamentou há pouco que "todas as partes menos uma" presentes à conferência de paz endossaram os termos da proposta anterior, chamada de Genebra I. Os EUA, a União Europeia e a rebelde Coalizão Nacional Síria exigem a saída de Assad como precondição para um acordo de paz. Por discordar, o Irã foi desconvidado na última hora, diante da ameaça dos rebeldes de não comparecerem.
Kerry revelou que os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin, da Rússia, conversaram ontem por telefone e instruíram seus chanceleres a insistir nas negociações de paz. "Negociações tomam tempo", resignou-se o secretário de Estado. "O fardo sobre a Jordânia e o Líbano está aumentando. Esta crise está piorando, não melhorando."
"Depois de quase três dolorosos anos de conflito e sofrimento na Síria, hoje é um dia de esperança frágil, mas real", declarou Ban Ki Moon na abertura do encontro. "Pela primeira vez, o governo, a oposição, os países da região e uma ampla representação da comunidade internacional estão reunidos para buscar uma solução política para a morte e a destruição que são hoje a realidade terrível da vida na Síria."
Mais de 2,3 milhões de sírios fugiram do país. Outros 6,5 milhões e meio de sírios fugiram de casa, mas estão no país. Mais de 9,3 milhões precisam de ajuda humanitária.
Ban propôs que as negociações retomam as bases da primeira proposta de paz, formulada pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan: cessar-fogo, diálogo nacional, libertação de todos os presos políticos, eleições e formação de um governo de transição. O mediador agora é o ex-ministro do Exterior da Argélia Lakhdar Brahimi.
Na mesa de negociações, os dois lados só trocaram ataques. O ministro do Exterior sírio, Walid Muallem, limitou-se a pedir ajuda para "combater o terrorismo", termo que a ditadura de Bachar Assad usa para se referir a toda e qualquer oposição, questionando o propósito da conferência.
O secretário de Estado americano, John Kerry, lamentou há pouco que "todas as partes menos uma" presentes à conferência de paz endossaram os termos da proposta anterior, chamada de Genebra I. Os EUA, a União Europeia e a rebelde Coalizão Nacional Síria exigem a saída de Assad como precondição para um acordo de paz. Por discordar, o Irã foi desconvidado na última hora, diante da ameaça dos rebeldes de não comparecerem.
Kerry revelou que os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin, da Rússia, conversaram ontem por telefone e instruíram seus chanceleres a insistir nas negociações de paz. "Negociações tomam tempo", resignou-se o secretário de Estado. "O fardo sobre a Jordânia e o Líbano está aumentando. Esta crise está piorando, não melhorando."
Militares dos EUA querem retirada total do Afeganistão
Os comandantes militares do Departamento da Defesa dos Estados Unidos apresentaram um plano à Casa Branca para manter 10 mil soldados no Afeganistão depois do fim das missões de combate da força internacional que interveio no país em 2001, mas defendem uma retirada total até o fim do governo Barack Obama, em janeiro de 2017.
Para os generais americanos, serão necessários entre 8 e 12 mil soldados para apoiar o governo afegão e impedir a retomada do poder pela milícia fundamentalista dos Talebã, que governou o país de 1996 até outubro de 2001, quando foi afastada por uma invasão dos EUA para punir os responsáveis pelos atentados terroristas de 11 de setembro daquele ano. A rede terrorista Al Caeda tinha bases no Afeganistão.
"A proposta é 10 mil ou nada", ou seja, uma retirada total, comentou um oficial citado pelo jornal The New York Times. Tem o apoio do Departamento de Estado e das agências de informações, mas enfrenta resistências no Conselho de Segurança Nacional e especialmente do vice-presidente Joe Biden. Ele questiona "por que 10 mil ou nada?"
No momento, há 37,5 mil soldados americanos no Afeganistão, duas vezes mais do que outros militares da força internacional. A guerra já é a mais longa da história dos EUA.
Para os generais americanos, serão necessários entre 8 e 12 mil soldados para apoiar o governo afegão e impedir a retomada do poder pela milícia fundamentalista dos Talebã, que governou o país de 1996 até outubro de 2001, quando foi afastada por uma invasão dos EUA para punir os responsáveis pelos atentados terroristas de 11 de setembro daquele ano. A rede terrorista Al Caeda tinha bases no Afeganistão.
"A proposta é 10 mil ou nada", ou seja, uma retirada total, comentou um oficial citado pelo jornal The New York Times. Tem o apoio do Departamento de Estado e das agências de informações, mas enfrenta resistências no Conselho de Segurança Nacional e especialmente do vice-presidente Joe Biden. Ele questiona "por que 10 mil ou nada?"
No momento, há 37,5 mil soldados americanos no Afeganistão, duas vezes mais do que outros militares da força internacional. A guerra já é a mais longa da história dos EUA.
Cinco pessoas morrem em protestos na Ucrânia
Pelo menos cinco pessoas morreram no quarto dia seguido de protestos na Ucrânia contra uma nova lei que proíbe manifestações públicas. Quatro homens foram mortos a tiros pela polícia e outro ao cair de um lugar alto.
O presidente Viktor Yanukovitch recebeu um grupo de oposicionistas, mas não há perspectiva de solução rápida da crise. O primeiro-ministro Mikola Azarov acusou a oposição de levar "terroristas" para as manifestações e de "ações criminosas" ao convocar os protestos.
A oposição exige a dissolução do Parlamento e a antecipação da eleição presidencial. O movimento de protesto começou há dois meses, quando o governo ucraniano abandonou negociações de livre comércio com a União Europeia, sob pressão da Rússia. Como depende economicamente, entre outras coisas, do gás russo, a Ucrânia cedeu, mas parte da população ficou inconformada.
Entre a oposição liberal pró-europeia, a sensação é que a Europa poderia ter feito mais política economicamente para atrair a Ucrânia. Como houve apenas críticas diplomáticas, sem a adoção de sanções ou outras medidas práticas de retaliação, só restou à oposição ucraniana ocupar a Praça da Independência, em Kiev. A alternativa é voltar para casa e esperar a eleição presidencial de 2015.
Depois de dois meses, havia uma certa fadiga de manifestações quando o governo aprovou, na semana passada, uma lei proibindo protestos não autorizados, sob pena de multa equivalente a R$ 670. Foi suficiente para a multidão voltar às ruas.
O presidente Viktor Yanukovitch recebeu um grupo de oposicionistas, mas não há perspectiva de solução rápida da crise. O primeiro-ministro Mikola Azarov acusou a oposição de levar "terroristas" para as manifestações e de "ações criminosas" ao convocar os protestos.
A oposição exige a dissolução do Parlamento e a antecipação da eleição presidencial. O movimento de protesto começou há dois meses, quando o governo ucraniano abandonou negociações de livre comércio com a União Europeia, sob pressão da Rússia. Como depende economicamente, entre outras coisas, do gás russo, a Ucrânia cedeu, mas parte da população ficou inconformada.
Entre a oposição liberal pró-europeia, a sensação é que a Europa poderia ter feito mais política economicamente para atrair a Ucrânia. Como houve apenas críticas diplomáticas, sem a adoção de sanções ou outras medidas práticas de retaliação, só restou à oposição ucraniana ocupar a Praça da Independência, em Kiev. A alternativa é voltar para casa e esperar a eleição presidencial de 2015.
Depois de dois meses, havia uma certa fadiga de manifestações quando o governo aprovou, na semana passada, uma lei proibindo protestos não autorizados, sob pena de multa equivalente a R$ 670. Foi suficiente para a multidão voltar às ruas.
Elite chinesa desvia dinheiro para Ilhas Virgens Britânicas
Parentes de membros da alta cúpula do regime comunista da China, inclusive do presidente Xi Jinping e do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao, usam empresas de fachada com sede nas Ilhas Virgens Britânicas (IVB), um paraíso fiscal, para depositar fortunas no exterior, revelam documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos publicados pelo jornal inglês The Guardian.
Há suspeitas de que entre US$ 1 trilhão e US$ 4 trilhões tenham saído da China sem deixar rastro desde 2000.
Durante dois anos, os repórteres examinaram mais de 200 gigabytes de documentos vazados de duas grandes companhias das Ilhas Virgens Britânicas, identificando mais de 21 mil clientes da China e de Hong Kong com negócios suspeitos.
A investigação mostra a atuação decisiva de bancos e empresas ocidentais como PricewaterhouseCoopers, Credit Suisse e UBS para abrir as empresas no paraíso fiscal.
O extraordinário crescimento chinês nos últimos 35 anos, o mais espetacular da história, elevou o produto interno bruto do país a segundo maior do mundo, com estimativa de US$ 9,3 trilhões em 2013, mas produziu enorme desigualdade social. Enquanto 100 homens mais ricos da China têm junto mais de US$ 300 bilhões, 300 milhões de pessoas sobrevivem com US$ 2 por dia.
Uma empresa de Lily Chang, filha do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao, recebeu US$ 1,8 milhão do banco americano J P Morgan Chase, noticiou em novembro o jornal The New York Times. Esse pagamento chamou a atenção das autoridades dos EUA para a prática do banco de contratar parentes de altos funcionários chineses.
O marido de Lily, Liu Chunhang, ex-funcionário do banco americano Morgan Stanley, hoje atua na regulamentação bancária na China. Ambos têm conta nas IVB, assim como Wen Yunsong, filho de Wen Jiabao, um investidor e atual presidente de uma estatal de serviços de satélite.
Em 27 de dezembro de 2013, Wen Jiabao enviou mensagem a um jornalista de Hong Kong negando envolvimento em negócios ilícitos e "abuso de poder para ganho pessoal".
Deng Jiagui, casado com a irmã mais velha do presidente Xi Jinping, investidor e empresário do ramo imobiliário, é dono de uma empresa nas IVB em sociedade com dois outros magnatas do setor de imóveis que no ano passado ganharam uma concorrência de US$ 2 bilhões.
Outros principezinhos, termo usado para falar da vida aristocrática dos filhos da elite comunistas chinesas, com empresas para lavar dinheiro incluem Li Xiaolin, filha do ex-primeiro-ministro linha-dura Li Peng, executiva de uma companhia estatal de energia; Hu Yishi, primo do ex-presidente Hu Jintao; e Wu Jianchang, genro do grande líder reformista Deng Xiaoping.
A elite econômica da nova China capitalista também recorre ao paraíso fiscal. Pelo menos 16 dos homens mais ricos do país, com uma fortuna conjunta superior a US$ 45 bilhões, apareceram na investigação.
Há suspeitas de que entre US$ 1 trilhão e US$ 4 trilhões tenham saído da China sem deixar rastro desde 2000.
Durante dois anos, os repórteres examinaram mais de 200 gigabytes de documentos vazados de duas grandes companhias das Ilhas Virgens Britânicas, identificando mais de 21 mil clientes da China e de Hong Kong com negócios suspeitos.
A investigação mostra a atuação decisiva de bancos e empresas ocidentais como PricewaterhouseCoopers, Credit Suisse e UBS para abrir as empresas no paraíso fiscal.
O extraordinário crescimento chinês nos últimos 35 anos, o mais espetacular da história, elevou o produto interno bruto do país a segundo maior do mundo, com estimativa de US$ 9,3 trilhões em 2013, mas produziu enorme desigualdade social. Enquanto 100 homens mais ricos da China têm junto mais de US$ 300 bilhões, 300 milhões de pessoas sobrevivem com US$ 2 por dia.
Uma empresa de Lily Chang, filha do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao, recebeu US$ 1,8 milhão do banco americano J P Morgan Chase, noticiou em novembro o jornal The New York Times. Esse pagamento chamou a atenção das autoridades dos EUA para a prática do banco de contratar parentes de altos funcionários chineses.
O marido de Lily, Liu Chunhang, ex-funcionário do banco americano Morgan Stanley, hoje atua na regulamentação bancária na China. Ambos têm conta nas IVB, assim como Wen Yunsong, filho de Wen Jiabao, um investidor e atual presidente de uma estatal de serviços de satélite.
Em 27 de dezembro de 2013, Wen Jiabao enviou mensagem a um jornalista de Hong Kong negando envolvimento em negócios ilícitos e "abuso de poder para ganho pessoal".
Deng Jiagui, casado com a irmã mais velha do presidente Xi Jinping, investidor e empresário do ramo imobiliário, é dono de uma empresa nas IVB em sociedade com dois outros magnatas do setor de imóveis que no ano passado ganharam uma concorrência de US$ 2 bilhões.
Outros principezinhos, termo usado para falar da vida aristocrática dos filhos da elite comunistas chinesas, com empresas para lavar dinheiro incluem Li Xiaolin, filha do ex-primeiro-ministro linha-dura Li Peng, executiva de uma companhia estatal de energia; Hu Yishi, primo do ex-presidente Hu Jintao; e Wu Jianchang, genro do grande líder reformista Deng Xiaoping.
A elite econômica da nova China capitalista também recorre ao paraíso fiscal. Pelo menos 16 dos homens mais ricos do país, com uma fortuna conjunta superior a US$ 45 bilhões, apareceram na investigação.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Tailândia decreta estado de emergência em Bangkok
Depois de semanas de protestos da oposição, que exige a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, e de pelo menos nove mortes, o governo da Tailândia decretou hoje toque de recolher na capital, Bangkok, e arredores por um período de 60 dias.
O estado de emergência dá poderes ao governo impor toque de recolher, prender suspeitos sem acusação formal e censurar a imprensa.
A Tailândia vive um impasse político. A oposição acusa a primeira-ministra de ser fantoche do irmão, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, exilado no exterior depois de ser derrubado por um golpe, em 2006, em meio a acusações de corrupção, e de manobras para anistiá-lo.
Para tentar romper o impasse, o governo convocou eleições parlamentares antecipadas para 2 de fevereiro. Sob estado de emergência, a campanha promete ser violenta.
O estado de emergência dá poderes ao governo impor toque de recolher, prender suspeitos sem acusação formal e censurar a imprensa.
A Tailândia vive um impasse político. A oposição acusa a primeira-ministra de ser fantoche do irmão, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, exilado no exterior depois de ser derrubado por um golpe, em 2006, em meio a acusações de corrupção, e de manobras para anistiá-lo.
Para tentar romper o impasse, o governo convocou eleições parlamentares antecipadas para 2 de fevereiro. Sob estado de emergência, a campanha promete ser violenta.
General Al-Sissi deixa comando para ser candidato
O general Abdel Fattah al-Sissi, líder do golpe de Estado que depôs o presidente islamita Mohamed Mursi em 3 de julho de 2013, deve deixar o comando supremo das Forças Armadas nos próximos dias para se candidatar à Presidência do Egito, revelou hoje o jornal árabe editado em Londres Al Hayat (A Vida). A eleição, ainda não convocada, deve ser realizada em março acrescentou o jornal.
A decisão teria sido tomada "à luz da grande demanda popular, além dos sinais de aprovação no mundo árabe, especialmente no Golfo Pérsico" e de pesar as "reações ocidentais, sobretudo dos Estados Unidos", declarou uma fonte não identificada.
No Norte do Egito, a polícia prendeu nove suspeitos de terrorismo numa grande operação para impedir atentados a partir de 25 de janeiro, aniversário do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011) em 11 de fevereiro de 2011.
Na prática, a eleição de um general representa a volta do regime militar que governou o Egito desde que a Revolução dos Coronéis derrubou a monarquia, em 1952.
A decisão teria sido tomada "à luz da grande demanda popular, além dos sinais de aprovação no mundo árabe, especialmente no Golfo Pérsico" e de pesar as "reações ocidentais, sobretudo dos Estados Unidos", declarou uma fonte não identificada.
No Norte do Egito, a polícia prendeu nove suspeitos de terrorismo numa grande operação para impedir atentados a partir de 25 de janeiro, aniversário do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011) em 11 de fevereiro de 2011.
Na prática, a eleição de um general representa a volta do regime militar que governou o Egito desde que a Revolução dos Coronéis derrubou a monarquia, em 1952.
Conselho Nacional Sírio abandona conferência de paz
Em mais um golpe contra a conferência de paz convocada pelos Estados Unidos e a Rússia, o Conselho Nacional Sírio, o maior grupo de oposição do país no exterior, anunciou hoje que está deixando a Coalizão Nacional Síria em protesto contra a negociação prevista para começar amanhã, em Montreux, na Suíça.
Recuperação mundial não se reflete no emprego
A recuperação da economia mundial depois da Grande Recessão de 2008-9 não se refletiu ainda no mercado de trabalho. O desemprego atingiu quase 202 milhões de pessoas em 2013, a situação é especialmente preocupante para os jovens e 23 milhões de trabalhadores deixaram de procurar emprego, adverte o relatório Tendências Mundiais do Emprego em 2014, divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Com a crise, foram fechados 62 milhões de postos de trabalho e aumentou a concentração da riqueza: 85 bilionários têm renda equivalente a metade da população mundial, enquanto 375 milhões ganham menos de US$ 1,25 por dia e 839 milhões entre US$ 1,25 e US$ 2. Cerca de 13% dos jovens - 74,5 milhões de pessoas - não têm emprego.
Com a crise, foram fechados 62 milhões de postos de trabalho e aumentou a concentração da riqueza: 85 bilionários têm renda equivalente a metade da população mundial, enquanto 375 milhões ganham menos de US$ 1,25 por dia e 839 milhões entre US$ 1,25 e US$ 2. Cerca de 13% dos jovens - 74,5 milhões de pessoas - não têm emprego.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
ONU retira convite ao Irã para conferência sobre Síria
Sob pressão dos Estados Unidos e da Coalizão Nacional Síria, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, retirou o convite para que o Irã participe da conferência sobre a paz na Síria que começa nesta quarta-feira em Genebra, na Suíça.
Os EUA e seus aliados na oposição síria querem que a conferência crie condições para uma "transição" na Síria. Isso exige a saída do ditador Bachar Assad. O Irã, aliado de Assad, se recusou a aceitar precondições.
Em entrevista divulgada no domingo, Assad manifestou a intenção de concorrer à reeleição. Não tem a menor intenção de deixar o poder.
Os EUA e seus aliados na oposição síria querem que a conferência crie condições para uma "transição" na Síria. Isso exige a saída do ditador Bachar Assad. O Irã, aliado de Assad, se recusou a aceitar precondições.
Em entrevista divulgada no domingo, Assad manifestou a intenção de concorrer à reeleição. Não tem a menor intenção de deixar o poder.
Assad é acusado de torturar e matar presos em massa
Diante de provas de tortura e assassinatos sistemáticos de pelo menos 11 mil presos durante a guerra civil da Síria, o governo de Bachar Assad está sendo acusado de crimes contra a humanidade por três ex-procuradores dos tribunais especiais das Nações Unidas para a Iugoslávia e Serra Leoa.
Os três juristas de renome internacional examinaram milhares de fotos e dossiês sobre a morte de presos pelas forças de segurança do início da guerra civil, em 15 de março de 2011, até agosto de 2013, e produziram um relatório a que tiveram acesso o jornal inglês The Guardian e a televisão americana CNN.
Os três juristas de renome internacional examinaram milhares de fotos e dossiês sobre a morte de presos pelas forças de segurança do início da guerra civil, em 15 de março de 2011, até agosto de 2013, e produziram um relatório a que tiveram acesso o jornal inglês The Guardian e a televisão americana CNN.
Irã suspende enriquecimento de urânio a 20%
A Organização de Energia Atômica do Irã declarou hoje ter parado de enriquecer urânio ao teor de 20%, usado em reatores de pesquisas médicas. É um ponto essencial do acordo afirmado com as grandes potências mundiais para paralisar parcialmente o programa nuclear iraniano durante seis meses, enquanto é negociado um acordo definitivo para que o país não desenvolva armas atômicas.
Em troca, pelo acordo provisório, as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha vão suspender parcialmente as sanções à república islâmica, liberando US$ 4 bilhões iranianos congelados no exterior.
O regime fundamentalista do Irã é suspeito de desenvolver armas nucleares. Afirma que seu programa nuclear é totalmente pacífico, destinado à produção de energia. Nos reatores nucleares, usa-se urânio enriquecido a baixos teores, de menos de 10%.
Para fazer a bomba atômica de urânio, é necessário enriquecer urânio a 90%. Os 20% são um teor intermediário. Ao desligar as centrífugas de central nuclear de Natanz, o Irã parou o enriquecimento a 20%. Seu governo também se comprometeu a converter todo seu urânio enriquecido a 20% a um teor de 5% para uso em usinas nucleares.
Uma equipe de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU, chegou a Teerã há dois dias para fiscalizar o acordo.
Em troca, pelo acordo provisório, as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha vão suspender parcialmente as sanções à república islâmica, liberando US$ 4 bilhões iranianos congelados no exterior.
O regime fundamentalista do Irã é suspeito de desenvolver armas nucleares. Afirma que seu programa nuclear é totalmente pacífico, destinado à produção de energia. Nos reatores nucleares, usa-se urânio enriquecido a baixos teores, de menos de 10%.
Para fazer a bomba atômica de urânio, é necessário enriquecer urânio a 90%. Os 20% são um teor intermediário. Ao desligar as centrífugas de central nuclear de Natanz, o Irã parou o enriquecimento a 20%. Seu governo também se comprometeu a converter todo seu urânio enriquecido a 20% a um teor de 5% para uso em usinas nucleares.
Uma equipe de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU, chegou a Teerã há dois dias para fiscalizar o acordo.
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UE aprova envio de forças à República Centro-Africana
O Conselho de Ministros do Exterior da União Europeia aprovou hoje o início de uma operação militar na República Centro-Africana.
Cerca de 500 soldados europeus vão apoiar as forças da França e da União Africana que tentam manter a paz no país, abalado por uma rebelião que levou à queda dos ditadores François Bozizé, em 15 de março de 2013, e Michel Djotodia, em 10 de janeiro de 2014.
Hoje a prefeita da capital, Bangui, Catherine Samba-Panza, foi eleita presidente interina.
Cerca de 500 soldados europeus vão apoiar as forças da França e da União Africana que tentam manter a paz no país, abalado por uma rebelião que levou à queda dos ditadores François Bozizé, em 15 de março de 2013, e Michel Djotodia, em 10 de janeiro de 2014.
Hoje a prefeita da capital, Bangui, Catherine Samba-Panza, foi eleita presidente interina.
EUA mandam desconvidar Irã para conferência de paz
Os Estados Unidos estão pressionando as Nações Unidas a retirar o convite para que o Irã participe da conferência sobre a paz na Síria chamada de Genebra II, que começa nesta quarta-feira na cidade suíça. A alegação americana é que a república islâmica não concordou com um dos princípios básicos da conferência, que é criar um governo de transição na Síria.
Ao fazer o convite ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, reafirmou que esta é uma das prioridades da conferência de paz. Uma visita do ministro do Exterior iraniano ao ditador sírio, Bachar Assad, foi vista como uma confirmação do apoio do regime fundamentalista do Irã.
Em conserva com Ban, o secretário de Estado americano, John Kerry, insistiu que o Irã só deve participar se aceitar publicamente as bases da conferência. A dois dias do início da conferência, a exigência dos EUA a da oposicionista Coalizão Nacional Síria ameaça a própria realização do encontro.
"Não é possível nenhuma solução enquanto Assad não deixar o poder", insistiu Kerry. Em entrevista concedida ontem, o ditador sírio repetiu sua proposta de que a conferência deve se concentrar no "combate ao terrorismo". Na sua opinião, "nenhum processo político é possível enquanto continuar o terrorismo", palavra que ele usa para desqualificar toda e qualquer oposição.
O ultimato dado pela oposição síria aceitável pelo Ocidente se esgota as 17h de hoje, pelo horário de Brasília. Portanto, o Irã tem menos de uma hora para se decidir. A Coalizão Nacional Síria deve anunciar em seguida se participa ou não de Genebra II.
Ao fazer o convite ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, reafirmou que esta é uma das prioridades da conferência de paz. Uma visita do ministro do Exterior iraniano ao ditador sírio, Bachar Assad, foi vista como uma confirmação do apoio do regime fundamentalista do Irã.
Em conserva com Ban, o secretário de Estado americano, John Kerry, insistiu que o Irã só deve participar se aceitar publicamente as bases da conferência. A dois dias do início da conferência, a exigência dos EUA a da oposicionista Coalizão Nacional Síria ameaça a própria realização do encontro.
"Não é possível nenhuma solução enquanto Assad não deixar o poder", insistiu Kerry. Em entrevista concedida ontem, o ditador sírio repetiu sua proposta de que a conferência deve se concentrar no "combate ao terrorismo". Na sua opinião, "nenhum processo político é possível enquanto continuar o terrorismo", palavra que ele usa para desqualificar toda e qualquer oposição.
O ultimato dado pela oposição síria aceitável pelo Ocidente se esgota as 17h de hoje, pelo horário de Brasília. Portanto, o Irã tem menos de uma hora para se decidir. A Coalizão Nacional Síria deve anunciar em seguida se participa ou não de Genebra II.
China cresce em ritmo de 7,7% ao ano
A economia da China, segunda maior do mundo, sofreu uma leve desaceleração no último trimestre de 2013. Fecha o ano com avanço de 7,7%, o menor em 14 anos, um pouco acima da meta oficial de 7,5% para 2013. O produto interno bruto chinês em 2013 foi de US$ 9,3 trilhões.
O índice de crescimento caiu de 7,8% no terceiro trimestre para 7,7% ao ano ou 1,8% de trimestre a trimestre, anunciou há pouco o Birô Nacional de Estatísticas.
Para 2014, a expectativa é de uma desaceleração ainda maior com as reformas propostas pelo governo chinês para reorientar uma economia movida pelo investimento e o comércio exterior para o mercado interno e o setor de serviços.
A boa notícia foi o crescimento de 13,6% nas vendas no varejo em dezembro na comparação anual, sinal de que a transição está em marcha, informa o jornal The New York Times. O consumo pessoal passou de US$ 1,2 trilhão em 2007, antes do agravamento da crise mundial, para cerca de US$ 3,3 trilhões no ano passado.
O maior problema da China é o endividamento do setor financeiro, que teria chegado a 200% do produto interno bruto.
O índice de crescimento caiu de 7,8% no terceiro trimestre para 7,7% ao ano ou 1,8% de trimestre a trimestre, anunciou há pouco o Birô Nacional de Estatísticas.
Para 2014, a expectativa é de uma desaceleração ainda maior com as reformas propostas pelo governo chinês para reorientar uma economia movida pelo investimento e o comércio exterior para o mercado interno e o setor de serviços.
A boa notícia foi o crescimento de 13,6% nas vendas no varejo em dezembro na comparação anual, sinal de que a transição está em marcha, informa o jornal The New York Times. O consumo pessoal passou de US$ 1,2 trilhão em 2007, antes do agravamento da crise mundial, para cerca de US$ 3,3 trilhões no ano passado.
O maior problema da China é o endividamento do setor financeiro, que teria chegado a 200% do produto interno bruto.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Exército do Iraque ataca jihadistas em Ramadi
Com o apoio de tribos locais sunitas, o Exército do Iraque iniciou hoje uma grande operação para expulsar da cidade de Ramadi os rebeldes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, um grupo ligado à rede terrorista Al Caeda, anunciou um porta-voz militar citado pela televisão árabe Al Jazira, especializada em jornalismo.
A cidade está sob toque de recolher. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante luta no momento em duas frentes, na guerra civil da Síria e na província de Ambar, no Iraque. Não tem poder de fogo para enfrentar tantos inimigos e impor um califado islâmico unindo a Síria e o Iraque, com ambições sobre o Líbano.
A cidade está sob toque de recolher. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante luta no momento em duas frentes, na guerra civil da Síria e na província de Ambar, no Iraque. Não tem poder de fogo para enfrentar tantos inimigos e impor um califado islâmico unindo a Síria e o Iraque, com ambições sobre o Líbano.
Centenas de milhares protestam na Ucrânia
Num desafio a uma nova lei que proíbe manifestações não autorizadas, cerca de 200 mil pessoas protestaram hoje contra o governo da Ucrânia, presidido por Viktor Yanukovitch. Para superar a crise, o líder oposicionista Vitali Klitschko advertiu que o país corre risco de guerra civil e pediu a antecipação da eleição presidencial.
Uma onda de manifestações atinge a ex-república soviética da Ucrânia desde novembro, quando, sob pressão do presidente russo, Vladimir Putin, Yanukovitch abandonou negociações para associar o país à União Europeia, optando por um acordo comercial com a Rússia.
Putin sonha em restaurar o poder imperial da União Soviética. Quer criar a União Eurasiana, um bloco comercial reunindo as antigas repúblicas soviéticas. Tem o apoio da Bielorrússia e do Casaquistão. A Ucrânia não poderia ficar de fora.
Sem condições de competir economicamente com a UE, a Rússia usou a dependência histórica da Ucrânia forjada na era soviética para se impor. Se cortar o fornecimento de gás, a Ucrânia fica sem energia.
Mas a oposição liberal pró-Ocidente, que se concentra no Oeste do país e na principalmente na capital, Kiev, está convencida de que seu futuro está na Europa.
Uma onda de manifestações atinge a ex-república soviética da Ucrânia desde novembro, quando, sob pressão do presidente russo, Vladimir Putin, Yanukovitch abandonou negociações para associar o país à União Europeia, optando por um acordo comercial com a Rússia.
Putin sonha em restaurar o poder imperial da União Soviética. Quer criar a União Eurasiana, um bloco comercial reunindo as antigas repúblicas soviéticas. Tem o apoio da Bielorrússia e do Casaquistão. A Ucrânia não poderia ficar de fora.
Sem condições de competir economicamente com a UE, a Rússia usou a dependência histórica da Ucrânia forjada na era soviética para se impor. Se cortar o fornecimento de gás, a Ucrânia fica sem energia.
Mas a oposição liberal pró-Ocidente, que se concentra no Oeste do país e na principalmente na capital, Kiev, está convencida de que seu futuro está na Europa.
sábado, 18 de janeiro de 2014
Oposição síria vai à conferência de paz em Genebra
A Coalizão Nacional Síria, o grupo de oposição apoiado pelos Estados Unidos e a União Europeia, decidiu hoje em Istambul, na Turquia, que vai participar da conferência de paz convocada pelos EUA e a Rússia para negociar o fim da guerra civil que matou mais de 130 mil pessoas desde 15 de março de 2011.
Diante do conflito de grupos rebeldes com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à rede Al Caeda, a ditadura de Bachar Assad chegou a propor que a conferência, batizada de Genebra II, se concentre no "combate ao terrorismo", argumento que usa para atacar qualquer oposição desde o início da guerra civil, há dois anos e dez meses.
Os oposicionistas se recusavam a participar da conferência porque não aceitam, como os EUA e da Europa, que Assad continue no poder. Mas, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, fala numa "transição" na Síria, o que implica a saída do ditador, a Rússia vende armas para fortalecer o aliado.
Na visão das potências ocidentais, depois de tantas atrocidades, a permanência de Assad é inaceitável. O regime negociaria o acordo possível com os rebeldes, mas o ditador cairia. É improvável que Assad e a Rússia aceitem.
Diante do conflito de grupos rebeldes com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à rede Al Caeda, a ditadura de Bachar Assad chegou a propor que a conferência, batizada de Genebra II, se concentre no "combate ao terrorismo", argumento que usa para atacar qualquer oposição desde o início da guerra civil, há dois anos e dez meses.
Os oposicionistas se recusavam a participar da conferência porque não aceitam, como os EUA e da Europa, que Assad continue no poder. Mas, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, fala numa "transição" na Síria, o que implica a saída do ditador, a Rússia vende armas para fortalecer o aliado.
Na visão das potências ocidentais, depois de tantas atrocidades, a permanência de Assad é inaceitável. O regime negociaria o acordo possível com os rebeldes, mas o ditador cairia. É improvável que Assad e a Rússia aceitem.
Constituição do Egito foi aprovada com 61% de abstenção
A nova Constituição do Egito foi aprovada por 98,1% dos eleitores que foram às urnas na terça e na quarta-feira, mas a abstenção foi de 61,4%, anunciou hoje oficialmente a Comissão Nacional Eleitoral.
O referendo constitucional foi a primeira votação popular desde o golpe contra o presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho de 2013. Seu movimento político, a Irmandade Muçulmana, colocada na ilegalidade sob acusação de terrorismo, defendeu o boicote, mas a participação foi maior do que no referendo de 2012 sobre a Constituição proposta pelos islamitas, quando não votaram 67% dos eleitores inscritos.
Com a vitória do regime golpista, aumenta a possibilidade de que o comandante supremo das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sissi, seja candidato na eleição presidencial a ser convocada em breve.
Diante do autoritarismo de Mursi e das manobras da Irmandade para impor um modelo político baseado no direito islâmico, liberais e esquerdistas que derrubaram o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, apoiaram a intervenção das Forças Armadas em julho passado. O risco é de volta da ditadura militar.
Desde a queda de Mursi, mais de mil pessoas foram mortas em conflitos com as forças de segurança e milhares foram presas.
O referendo constitucional foi a primeira votação popular desde o golpe contra o presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho de 2013. Seu movimento político, a Irmandade Muçulmana, colocada na ilegalidade sob acusação de terrorismo, defendeu o boicote, mas a participação foi maior do que no referendo de 2012 sobre a Constituição proposta pelos islamitas, quando não votaram 67% dos eleitores inscritos.
Com a vitória do regime golpista, aumenta a possibilidade de que o comandante supremo das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sissi, seja candidato na eleição presidencial a ser convocada em breve.
Diante do autoritarismo de Mursi e das manobras da Irmandade para impor um modelo político baseado no direito islâmico, liberais e esquerdistas que derrubaram o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, apoiaram a intervenção das Forças Armadas em julho passado. O risco é de volta da ditadura militar.
Desde a queda de Mursi, mais de mil pessoas foram mortas em conflitos com as forças de segurança e milhares foram presas.
Inspetores da AIEA chegam ao Irã
Uma equipe de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) chegou hoje a Teerã. A partir de segunda-feira, vai fiscalizar o acordo provisório entre as cinco potências do Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) a Alemanha e o Irã para suspender parcialmente o programa nuclear iraniano e remover algumas sanções internacionais ao país enquanto negocia-se um acordo definitivo para impedir que a república islâmica faça armas atômicas.
Os inspetores da agência das Nações Unidas se encontram amanhã com a Organização de Energia Atômica do Irã.
Por trás das negociações, há uma reaproximação entre os Estados Unidos e o Irã. O ex-presidente americano Jimmy Carter, que estava no poder na época da revolução islâmica e da invasão da embaixada americana em Teerã, chegou a dizer que a aprovação de novas sanções contra o Irã no Congresso dos EUA "prejudicaria o acordo de paz".
Os inspetores da agência das Nações Unidas se encontram amanhã com a Organização de Energia Atômica do Irã.
Por trás das negociações, há uma reaproximação entre os Estados Unidos e o Irã. O ex-presidente americano Jimmy Carter, que estava no poder na época da revolução islâmica e da invasão da embaixada americana em Teerã, chegou a dizer que a aprovação de novas sanções contra o Irã no Congresso dos EUA "prejudicaria o acordo de paz".
Atentado contra estrangeiros mata 21 no Afeganistão
O representante do Fundo Monetário Internacional no Afeganistão, quatro funcionários das Nações Unidas e dois americanos estão entre os 21 mortos numa ação de comandos terroristas contra um restaurantes libanês de Cabul frequentado por estrangeiros. A milícia fundamentalista dos Talebã reivindicou a autoria do atentado, noticia a TV americana CNN.
Um terrorista suicida detonou os explosivos que trazia junto ao corpo na porta do restaurante. Em seguida, dois pistoleiros que o acompanhavam invadiram o estabelecimento e atiraram em funcionários e clientes. Eles foram mortos pelas forças de segurança afegãs.
A milícia dos Talebã declarou que o ataque foi uma retaliação a um bombardeio aéreo que matou civis em Paruã. Os Talebã reafirmaram nessa semana a intenção de retomar o poder assim que as forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos deixarem o Afeganistão, no fim deste ano.
Um terrorista suicida detonou os explosivos que trazia junto ao corpo na porta do restaurante. Em seguida, dois pistoleiros que o acompanhavam invadiram o estabelecimento e atiraram em funcionários e clientes. Eles foram mortos pelas forças de segurança afegãs.
A milícia dos Talebã declarou que o ataque foi uma retaliação a um bombardeio aéreo que matou civis em Paruã. Os Talebã reafirmaram nessa semana a intenção de retomar o poder assim que as forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos deixarem o Afeganistão, no fim deste ano.
Putin insinua ligação entre gays e pedofilia
Em mais uma de suas tiradas fascistoides, ao afirmar que os homossexuais que forem à Olimpíada de Inverno em Sóchi, na Rússia, em fevereiro de 2014, o presidente Vladimir Putin declarou que os gays não serão discriminados e não terão problemas "desde que deixem os menores em paz".
É uma sugestão sórdida. Os grupos fascistas que perseguem, agridem e matam homossexuais na Rússia se apresentam como movimentos de luta contra a pedofilia.
Diante da uma onda de protestos da sociedade civil e do crescente movimento pela defesa dos direitos dos gays e lésbicas, o Parlamento russo aprovou em 7 de janeiro de 2013 uma lei criminalizando a "propaganda do homossexualismo" sob o pretexto de proteger as crianças. Desde então, quaisquer grupos de defesa dos direitos dos homossexuais pode ser processado criminalmente.
É uma sugestão sórdida. Os grupos fascistas que perseguem, agridem e matam homossexuais na Rússia se apresentam como movimentos de luta contra a pedofilia.
Diante da uma onda de protestos da sociedade civil e do crescente movimento pela defesa dos direitos dos gays e lésbicas, o Parlamento russo aprovou em 7 de janeiro de 2013 uma lei criminalizando a "propaganda do homossexualismo" sob o pretexto de proteger as crianças. Desde então, quaisquer grupos de defesa dos direitos dos homossexuais pode ser processado criminalmente.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
EUA prometem não espionar líderes de países aliados
Em pronunciamento concluído há pouco no Departamento da Justiça, em Washington, o presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos vão parar de espionar chefes de Estado e de governo de países aliados. A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França, François Hollande, e a presidente Dilma Rousseff tiveram ligações telefônicas grampeadas pelos serviços secretos dos EUA, como revelou o ex-agente Edward Snowden seis meses atrás.
Obama também prometeu estender aos cidadãos comuns estrangeiros algumas das proteções à privacidade garantidas nos EUA. Um decreto presidencial dará nova orientação aos serviços secretos "para preservar aliados, relações comerciais, a privacidade e os direitos". O presidente rejeitou a recomendação do painel de que agentes federais precisem de autorização judicial para examinar transações financeiras e comunicações de empresas.
Com base no decreto presidencial, anunciou Obama, a partir de 28 de março de 2014, os chefes das agências de inteligência terão de obter uma autorização de um tribunal secreto para a segurança nacional para examinar os dados de ligações telefônicas. Até lá, o secretário da Justiça, Eric Holder, e oficiais de inteligência vão coordenar um plano de transição sobre o que fazer com a grande massa de dados armazenada pelo governo americano.
As atividades da Agência de Segurança Nacional (NSA) serão revisadas anualmente, e um painel de defensores públicos indicados pelo Congresso Nacional vai fiscalizar os pedidos de acesso a dados. Para o jornal The New York Times, a promessa de limitar a coleta de dados pode ter o mesmo destino do compromisso de fechar a prisão instalada na base naval de Guantânamo, em Cuba, reafirmada no primeira dia de governo, em janeiro de 2009, e jamais cumprida.
O presidente começou defendendo a espionagem como essencial à segurança do país mesmo antes da independência, em 1776. Citou um grupo chamado Filhos da Liberdade, ao qual pertencia Paul Revere, um heróis da luta pela independência. Os Filhos da Liberdade tinham a missão de descobrir que ações militares os britânicos estavam planejando.
A inteligência militar aliada foi decisiva na Segunda Guerra Mundial, ao decifrar os códigos usados nas mensagens da Alemanha e mais ainda durante a Guerra Fria "para penetrar na cortina de ferro" e coletar informações no Bloco Soviético, acrescentou Obama, para justificar as ações de espionagem de seu governo.
Mais complexo ainda, alegou, tornou-se o serviço de inteligência dos EUA depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001: "Agora, precisam identificar alvos e possíveis agressores em qualquer canto do mundo. Na década passada, demos grandes passos. Hoje a NSA consegue rastrear contatos e movimentos de terroristas. O relacionamento com agências estrangeiras mudou. Evitamos múltiplos ataques e salvamos vidas nos EUA e no exterior."
O risco de que o governo vá além dos limites também é maior, reconheceu Obama: "Depois do 11 de setembro, o governou passou a usar técnicas mais duras em interrogatórios", disse o presidente dos EUA, sem usar a palavra tortura.
"Vários aspectos complicam a tarefa de defender a nação protegendo as liberdades civis", argumentou. "Enquanto pegamos um terrorismo no Iêmen ou no Sahel, temos acesso a uma quantidade enorme de dados".
Os supercomputadores modernos e a Internet ampliaram o poder de espionagem de forma sem precedentes. "No mundo globalizado, várias agências coletam informações além de suas fronteiras, mas a capacidade dos EUA é única", admitiu Obama.
Ao mesmo tempo em que "necessitamos de mais informações sobre o mundo", raciocinou o presidente americano, "as agências de inteligência precisam fazer seu trabalho em segrego. O perigo de cometer excessos é mais agudo. Por todas estas razões, mantive minhas suspeitas em relação ao programa desde que cheguei à Casa Branca. Tentamos manter o Congresso a par. O que eu não fiz foi suspender esses programas porque nossa revisão inicial indicou que as agências de inteligência não estavam violando a lei."
Sempre defendendo a espionagem, Obama alegou que, "se houver outro atentado como os de 11 de setembro ou um ataque cibernético, os funcionários das agências serão cobrados por não ter ligado os pontinhos". Ele se negou a discutir "os atos e motivações de Snowden. Ninguém pode decidir por conta própria quando revelar segredos sem prejudicar nossa capacidade de proteger a população".
Os EUA querem "manter a liderança mundial preservando os direitos individuais, mas os atentados terroristas e os ataques cibernéticos não vão parar", justificou o presidente. "Ninguém espera que a China faça um debate aberto sobre seus programas de vigilância nem que a Rússia leve em consideração as preocupações de seus cidadãos com privacidade", acrescentou, alfinetando os países que acolheram Snowden.
Obama também prometeu estender aos cidadãos comuns estrangeiros algumas das proteções à privacidade garantidas nos EUA. Um decreto presidencial dará nova orientação aos serviços secretos "para preservar aliados, relações comerciais, a privacidade e os direitos". O presidente rejeitou a recomendação do painel de que agentes federais precisem de autorização judicial para examinar transações financeiras e comunicações de empresas.
Com base no decreto presidencial, anunciou Obama, a partir de 28 de março de 2014, os chefes das agências de inteligência terão de obter uma autorização de um tribunal secreto para a segurança nacional para examinar os dados de ligações telefônicas. Até lá, o secretário da Justiça, Eric Holder, e oficiais de inteligência vão coordenar um plano de transição sobre o que fazer com a grande massa de dados armazenada pelo governo americano.
As atividades da Agência de Segurança Nacional (NSA) serão revisadas anualmente, e um painel de defensores públicos indicados pelo Congresso Nacional vai fiscalizar os pedidos de acesso a dados. Para o jornal The New York Times, a promessa de limitar a coleta de dados pode ter o mesmo destino do compromisso de fechar a prisão instalada na base naval de Guantânamo, em Cuba, reafirmada no primeira dia de governo, em janeiro de 2009, e jamais cumprida.
O presidente começou defendendo a espionagem como essencial à segurança do país mesmo antes da independência, em 1776. Citou um grupo chamado Filhos da Liberdade, ao qual pertencia Paul Revere, um heróis da luta pela independência. Os Filhos da Liberdade tinham a missão de descobrir que ações militares os britânicos estavam planejando.
A inteligência militar aliada foi decisiva na Segunda Guerra Mundial, ao decifrar os códigos usados nas mensagens da Alemanha e mais ainda durante a Guerra Fria "para penetrar na cortina de ferro" e coletar informações no Bloco Soviético, acrescentou Obama, para justificar as ações de espionagem de seu governo.
Mais complexo ainda, alegou, tornou-se o serviço de inteligência dos EUA depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001: "Agora, precisam identificar alvos e possíveis agressores em qualquer canto do mundo. Na década passada, demos grandes passos. Hoje a NSA consegue rastrear contatos e movimentos de terroristas. O relacionamento com agências estrangeiras mudou. Evitamos múltiplos ataques e salvamos vidas nos EUA e no exterior."
O risco de que o governo vá além dos limites também é maior, reconheceu Obama: "Depois do 11 de setembro, o governou passou a usar técnicas mais duras em interrogatórios", disse o presidente dos EUA, sem usar a palavra tortura.
"Vários aspectos complicam a tarefa de defender a nação protegendo as liberdades civis", argumentou. "Enquanto pegamos um terrorismo no Iêmen ou no Sahel, temos acesso a uma quantidade enorme de dados".
Os supercomputadores modernos e a Internet ampliaram o poder de espionagem de forma sem precedentes. "No mundo globalizado, várias agências coletam informações além de suas fronteiras, mas a capacidade dos EUA é única", admitiu Obama.
Ao mesmo tempo em que "necessitamos de mais informações sobre o mundo", raciocinou o presidente americano, "as agências de inteligência precisam fazer seu trabalho em segrego. O perigo de cometer excessos é mais agudo. Por todas estas razões, mantive minhas suspeitas em relação ao programa desde que cheguei à Casa Branca. Tentamos manter o Congresso a par. O que eu não fiz foi suspender esses programas porque nossa revisão inicial indicou que as agências de inteligência não estavam violando a lei."
Sempre defendendo a espionagem, Obama alegou que, "se houver outro atentado como os de 11 de setembro ou um ataque cibernético, os funcionários das agências serão cobrados por não ter ligado os pontinhos". Ele se negou a discutir "os atos e motivações de Snowden. Ninguém pode decidir por conta própria quando revelar segredos sem prejudicar nossa capacidade de proteger a população".
Os EUA querem "manter a liderança mundial preservando os direitos individuais, mas os atentados terroristas e os ataques cibernéticos não vão parar", justificou o presidente. "Ninguém espera que a China faça um debate aberto sobre seus programas de vigilância nem que a Rússia leve em consideração as preocupações de seus cidadãos com privacidade", acrescentou, alfinetando os países que acolheram Snowden.
Obama anuncia mudanças cosméticas na espionagem
Como parte de uma reforma do programa de megaespionagem dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama vai anunciar daqui a pouco em pronunciamento no Departamento da Justiça que a Agência de Segurança Nacional (NSA, do inglês) vai parar de armazenar dados sobre ligações telefônicas e passar a ter acesso a eles sob supervisão judicial.
O objetivo de Obama é restaurar a confiança, mas as medidas estão muito aquém do exigem os grupos de defesa dos direitos humanos, a suspensão total da espionagem, a não ser nos casos autorizados expressamente por juízes.
O escândalo estourou meses atrás, quando o ex-funcionário terceirizado da NSA Edward Snowden revelou um programa de espionagem em massa via Internet através das grandes empresas americanas do setor e a armazenagem de dados sobre todas as ligações telefônicas realizadas nos EUA e muitas no exterior.
Entre os alvos da espionagem americana, havia aliados como a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, além da presidente Dilma Rousseff, que cancelou uma visita de Estado aos EUA.
O objetivo de Obama é restaurar a confiança, mas as medidas estão muito aquém do exigem os grupos de defesa dos direitos humanos, a suspensão total da espionagem, a não ser nos casos autorizados expressamente por juízes.
O escândalo estourou meses atrás, quando o ex-funcionário terceirizado da NSA Edward Snowden revelou um programa de espionagem em massa via Internet através das grandes empresas americanas do setor e a armazenagem de dados sobre todas as ligações telefônicas realizadas nos EUA e muitas no exterior.
Entre os alvos da espionagem americana, havia aliados como a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, além da presidente Dilma Rousseff, que cancelou uma visita de Estado aos EUA.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Tribunal da ONU julga assassinato de Rafik Hariri
O Tribunal Especial das Nações Unidas para o Líbano, reunido em Haia, na Holanda, começou a julgar hoje os acusados pelo assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri. Os quatro réus, Salim Jamil Ayash, Mustafá Amine Bradredine, Hussein Hassan Oneissi e Assad Hassan Sabra, são ligados à milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), hoje mais poderosa do que o Exército libanês.
Rafik Hariri era o homem mais rico do Líbano. Teve papel de destaque na reconstrução do país depois da guerra civil de 1975-90. Grande crítico da influência síria e do Hesbolá na política libanesa, foi morto pela explosão de um carro-bomba em Beirute, em 14 de fevereiro de 2005. Outras 21 pessoas morreram e 226 saíram feridas do atentado.
A revolta popular contra o assassinato de Hariri levou à expulsão das forças sírias do Líbano, mas a guerra civil na Síria realimenta o conflito interno. O Exército do Líbano acaba de receber uma ajuda de US$ 5 bilhões da Arábia Saudita, que apoia os rebeldes sírios, para se tornar mais forte do que o Hesbolá, que luta ao lado do ditador sírio, Bachar Assad.
Neste clima de grande tensão no Líbano, Saad Hariri, filho e herdeiro político de Rafik Hariri, declarou: "Queremos justiça e não vingança." O Hesbolá não reconhece a legitimidade do tribunal.
Rafik Hariri era o homem mais rico do Líbano. Teve papel de destaque na reconstrução do país depois da guerra civil de 1975-90. Grande crítico da influência síria e do Hesbolá na política libanesa, foi morto pela explosão de um carro-bomba em Beirute, em 14 de fevereiro de 2005. Outras 21 pessoas morreram e 226 saíram feridas do atentado.
A revolta popular contra o assassinato de Hariri levou à expulsão das forças sírias do Líbano, mas a guerra civil na Síria realimenta o conflito interno. O Exército do Líbano acaba de receber uma ajuda de US$ 5 bilhões da Arábia Saudita, que apoia os rebeldes sírios, para se tornar mais forte do que o Hesbolá, que luta ao lado do ditador sírio, Bachar Assad.
Neste clima de grande tensão no Líbano, Saad Hariri, filho e herdeiro político de Rafik Hariri, declarou: "Queremos justiça e não vingança." O Hesbolá não reconhece a legitimidade do tribunal.
Luta entre rebeldes mata mais de mil na Síria
O conflito entre grupos rebeldes e extremistas ligados à rede terrorista Al Caeda já matou mais de mil pessoas na guerra civil da Síria, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental ligada à oposição, com sede em Londres.
Desde o início do ano, o Exército da Síria Livre e até mesmo a Frente al-Nusra, muçulmana radical, lançaram uma "segunda revolução" contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, um braço da rede terrorista Al Caeda, depois de abusos, punições arbitrárias e execuções sumárias.
Desde o início do ano, o Exército da Síria Livre e até mesmo a Frente al-Nusra, muçulmana radical, lançaram uma "segunda revolução" contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, um braço da rede terrorista Al Caeda, depois de abusos, punições arbitrárias e execuções sumárias.
Mais de 90% aprovam nova Constituição do Egito
Mais de 90% dos eleitores que foram às urnas ontem e anteontem aprovaram a nova Constituição do Egito proposta pelo regime militar que derrubou, em 3 de julho de 2013, Mohamed Mursi, o primeiro presidente eleito democraticamente da história do país, depois de uma onda de protestos contra medidas autoritárias. O resultado foi anunciado na madrugada de hoje.
A Irmandade Muçulmana, movimento político de Mursi, boicotou o referendo. O Ministério do Interior revelou que 444 pessoas foram presas nos dois dias de referendo. Há notícias de pelo menos 19 mortes.
Com a intensa pressão do governo para garantir que mais da metade dos eleitores participassem, a primeira votação popular desde a queda de Mursi ficou longe de ser democrática. Repórteres de agências de notícias ocidentais tiveram dificuldade para encontrar eleitores que declarassem voto no não.
A votação foi considerada um plebiscito sobre o regime liderado pelo comandante supremo das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sissi, que pode ser candidato à Presidência do Egito. Nos próximos dias, um decreto deve convocar eleições parlamentares e presidencial.
Além dos islamitas, o regime militar também prendeu vários manifestantes do movimento secularista que derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011) em 11 de fevereiro de 2011. Mais de mil pessoas foram mortas em conflitos políticos desde a queda de Mursi, superando as 852 mortes da revolução contra Mubarak.
A Irmandade Muçulmana, movimento político de Mursi, boicotou o referendo. O Ministério do Interior revelou que 444 pessoas foram presas nos dois dias de referendo. Há notícias de pelo menos 19 mortes.
Com a intensa pressão do governo para garantir que mais da metade dos eleitores participassem, a primeira votação popular desde a queda de Mursi ficou longe de ser democrática. Repórteres de agências de notícias ocidentais tiveram dificuldade para encontrar eleitores que declarassem voto no não.
A votação foi considerada um plebiscito sobre o regime liderado pelo comandante supremo das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sissi, que pode ser candidato à Presidência do Egito. Nos próximos dias, um decreto deve convocar eleições parlamentares e presidencial.
Além dos islamitas, o regime militar também prendeu vários manifestantes do movimento secularista que derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011) em 11 de fevereiro de 2011. Mais de mil pessoas foram mortas em conflitos políticos desde a queda de Mursi, superando as 852 mortes da revolução contra Mubarak.
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EUA tiveram sete grandes desastres climáticos em 2013
Entre tornados, secas e enchentes, os Estados Unidos enfrentaram em 2013 sete grandes desastres causados pelo clima. Cada um deixou prejuízos superiores a US$ 1 bilhão, informou ontem a Administração Nacional de Oceanos e da Atmosfera (NOAA).
As tragédias meteorológicas mataram pelo menos 109 pessoas no país no ano passado, diz o relatório anual do Centro Nacional de Dados Climáticos.
As tragédias meteorológicas mataram pelo menos 109 pessoas no país no ano passado, diz o relatório anual do Centro Nacional de Dados Climáticos.
Venda de carros novos caiu 1,7% em 2013 na UE
Com a venda de 11,8 milhões de veículos, o mercado de automóveis novos na União Europeia (UE) encolheu 1,7% em 2013, anunciou hoje a Associação Europeia dos Fabricantes de Veículos.
A companhia japonesa Mazda teve a maior alta nas vendas, de 16,1%, seguida pela britânica Jaguar Land Rover (9,7%), a francesa Renault (4,4%), a alemã Daimler-Benz (4,4%) e a japonesa Mitsubishi (4,3%).
O maior recuo foi da empresa francesa Peugeot Citroën (-8,4%), seguida pela italiana Fiat (-7,1%) e as americanas GM (-4,3%) e Ford (-3,2%).
Entre os países, o maior crescimento de vendas foi no Reino Unido (10,8%), seguido pela Espanha (3,3%), onde o governo estimulou a troca de carro. As maiores quedas foram na Itália (-7,1%), na França (-5,7%) e na Alemanha (-4,2%).
Para 2014, a expectativa é de uma pequena recuperação.
A companhia japonesa Mazda teve a maior alta nas vendas, de 16,1%, seguida pela britânica Jaguar Land Rover (9,7%), a francesa Renault (4,4%), a alemã Daimler-Benz (4,4%) e a japonesa Mitsubishi (4,3%).
O maior recuo foi da empresa francesa Peugeot Citroën (-8,4%), seguida pela italiana Fiat (-7,1%) e as americanas GM (-4,3%) e Ford (-3,2%).
Entre os países, o maior crescimento de vendas foi no Reino Unido (10,8%), seguido pela Espanha (3,3%), onde o governo estimulou a troca de carro. As maiores quedas foram na Itália (-7,1%), na França (-5,7%) e na Alemanha (-4,2%).
Para 2014, a expectativa é de uma pequena recuperação.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Banco Mundial vê 2014 como ano da virada
Ao revisar suas previsões de crescimento para cima pela primeira vez em três anos, o Banco Mundial fala numa "virada" para a economia mundial em 2014, com a consolidação da retomada nos países ricos. Mas adverte que "os países em desenvolvimento precisam de planos de ação robustos para manter o crescimento", nos seus Prospectos para a Economia Global.
"Cinco anos depois do início da crise financeira internacional, a economia mundial mostra sinais de recuperação neste ano, impulsionada pela melhoria nas economias de renda elevada", afirma o documento divulgado hoje.
Em 2014, a economia mundial deve avançar 3,2%, 0,8 ponto percentual a mais do que em 2013, prevê o Banco Mundial, que em junho do ano passado esperava 3% para este ano. O crescimento nos países ricos deve passar de 1,3% em 2013 para 2,2% em 2014 e se estabilizar em 2,5% em 2015 e 2016.
Nos países em desenvolvimento, que cresciam em média 7,5% antes da crise, a alta passa de 4,8% em 2013 para 5,3% em 2014. A expectativa do mercado para o Brasil em 2014 está em torno de 2%, abaixo da previsão do Banco Mundial, de 2,4% em 2014, 2,7% em 2015 e 3,7% em 2016 .
"O fortalecimento da recuperação nos países de alta renda é muito bom, mas é acompanhado pelo risco de perturbações à medida que a política monetária endurecer", alerta Andrew Burns, diretor do banco e principal autor do relatório. "Até agora, a retirada progressiva das medidas de alívio quantitativo se desenrola suavamente, mas, se as taxas de juros subirem rapidamente, o fluxo de capitais para os países em desenvolvimento pode cair em até 50% ou mais, jogando os países mais vulneráveis na crise."
Alemanha cresceu apenas 0,4% em 2013
A maior economia da Europa e quarta do mundo teve um desempenho aquém do esperado em 2013, avançando apenas 0,4%, abaixo do 0,7% de 2012, anunciou hoje o órgão oficial de estatísticas da Alemanha, Destatis, em sua primeira estimativa.
Para 2014, a expectativa tanto do governo quanto do setor privado é de um crescimento de 1,7%. Jörg Kraemer, economista sênior do Commerzbank aponta a recuperação econômica dos Estados Unidos e do resto da Zona do Euro como positivas porque são mercados importantes para as exportações alemãs.
Sob o impacto da crise, a economia alemã encolheu 5,9% em 2009, teve uma forte recuperação de 4% em 2010 e 3,3% em 2011, sofrendo a partir de então por causa da crise das dívidas públicas na periferia da Eurozona, que a Alemanha ajudou a prolongar ao impor políticas rígidas de austeridade econômica aos países envididados.
Para 2014, a expectativa tanto do governo quanto do setor privado é de um crescimento de 1,7%. Jörg Kraemer, economista sênior do Commerzbank aponta a recuperação econômica dos Estados Unidos e do resto da Zona do Euro como positivas porque são mercados importantes para as exportações alemãs.
Sob o impacto da crise, a economia alemã encolheu 5,9% em 2009, teve uma forte recuperação de 4% em 2010 e 3,3% em 2011, sofrendo a partir de então por causa da crise das dívidas públicas na periferia da Eurozona, que a Alemanha ajudou a prolongar ao impor políticas rígidas de austeridade econômica aos países envididados.
Ataques a feiras e funeral matam 75 no Iraque
Uma série de atentados terroristas matou pelo menos 75 pessoas e feriu outras 160 hoje no Iraque , onde a violência política aumentou exponencialmente desde o ano passado por causa da guerra civil na Síria. 2013 foi o ano com maior número de mortes no país desde 2008.
O principal alvo foi o enterro em Buriz, a 60 quilômetros de Bagdá, de um miliciano sunita que lutava contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à rede terrorista Al Caeda. Pelo menos 26 pessoas foram mortas e outras 36 feridas na explosão.
Na capital iraquiana, houve nove explosões, sendo sete de carros-bomba, mataram ao menos mais dezenas de pessoas, principalmente em feiras livres e mercado públicos.
Mais uma vez, o Iraque está à beira de uma guerra civil, desta vez provocada pela rede terrorista fundada por Ossama ben Laden, que não atuava no país antes da invasão dos Estados Unidos, em 2003, para derrubar o ditador Saddam Hussein.
Uma das razões que evita uma guerra civil generalizada entre sunitas e xiitas é a revolta de parte da comunidade sunita, especialmente dos líderes tribais tradicionais, contra Al Caeda. O ex-primeiro-ministro Ayad Allawi responsabiliza o atual chefe de governo, o xiita Nuri al-Maliki, de ser responsável pela situação atual por marginalizar os sunitas.
O principal alvo foi o enterro em Buriz, a 60 quilômetros de Bagdá, de um miliciano sunita que lutava contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à rede terrorista Al Caeda. Pelo menos 26 pessoas foram mortas e outras 36 feridas na explosão.
Na capital iraquiana, houve nove explosões, sendo sete de carros-bomba, mataram ao menos mais dezenas de pessoas, principalmente em feiras livres e mercado públicos.
Mais uma vez, o Iraque está à beira de uma guerra civil, desta vez provocada pela rede terrorista fundada por Ossama ben Laden, que não atuava no país antes da invasão dos Estados Unidos, em 2003, para derrubar o ditador Saddam Hussein.
Uma das razões que evita uma guerra civil generalizada entre sunitas e xiitas é a revolta de parte da comunidade sunita, especialmente dos líderes tribais tradicionais, contra Al Caeda. O ex-primeiro-ministro Ayad Allawi responsabiliza o atual chefe de governo, o xiita Nuri al-Maliki, de ser responsável pela situação atual por marginalizar os sunitas.
Preços no atacado têm maior alta em 6 meses nos EUA
O índice de preços ao produtor registrou em dezembro de 2013 a maior alta em seis meses nos Estados Unidos, principalmente devido ao aumento da gasolina, mas a inflação ainda é baixa. Ficou em 0,4% em dezembro, maior nível desde junho, depois de cair 0,1% em novembro.
Em 12 meses, a inflação anual no atacado foi de 1,2%, bem acima do 0,7% de novembro do ano passado. As autoridades monetárias americanas perseguem uma meta informal de inflação no varejo entre 1% e 2% ao ano, então está dentro da faixa.
A alta de preços nas fazendas, fábricas e refinarias em dezembro, depois de dois meses de baixa, está de acordo com a expectativa dos economistas. Excluídos os preços mais voláteis de alimentos e energia, o índice mensal ficou em 0,3%. O item que mais subiu foi tabaco, 3,6%
Os analistas atribuem a inflação baixa neste momento de retomada do crescimento aos salários achatados pelo desemprego elevado. Mas a maioria acredita que o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, deve cortar suas compras de títulos no mercado financeiro em US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões na reunião do Comitê do Mercado Aberto de 28 e 29 de janeiro, reduzindo seu programa de alívio quantitativo para estimular a economia.
Outro relatório revelou que a atividade industrial do estado de Nova York chegou em janeiro ao maior nível em um ano e dez meses, informa a agência de notícias Reuters.
Em 12 meses, a inflação anual no atacado foi de 1,2%, bem acima do 0,7% de novembro do ano passado. As autoridades monetárias americanas perseguem uma meta informal de inflação no varejo entre 1% e 2% ao ano, então está dentro da faixa.
A alta de preços nas fazendas, fábricas e refinarias em dezembro, depois de dois meses de baixa, está de acordo com a expectativa dos economistas. Excluídos os preços mais voláteis de alimentos e energia, o índice mensal ficou em 0,3%. O item que mais subiu foi tabaco, 3,6%
Os analistas atribuem a inflação baixa neste momento de retomada do crescimento aos salários achatados pelo desemprego elevado. Mas a maioria acredita que o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, deve cortar suas compras de títulos no mercado financeiro em US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões na reunião do Comitê do Mercado Aberto de 28 e 29 de janeiro, reduzindo seu programa de alívio quantitativo para estimular a economia.
Outro relatório revelou que a atividade industrial do estado de Nova York chegou em janeiro ao maior nível em um ano e dez meses, informa a agência de notícias Reuters.
Carro-bomba mata 19 pessoas na Nigéria
Um carro-bomba explodiu ontem diante de um posto militar em Maiduguri, uma cidade do Nordeste da Nigéria conhecida como berço do grupo terrorista muçulmano Boko Haram (Não à educação ocidental). Pelo menos 17 pessoas morreram.
A polícia suspeita que o terrorista suicida pertencesse ao grupo extremista muçulmano ligado à rede terrorista Al Caeda, que luta pela imposição da lei islâmica em toda a Nigéria. Sua rebelião provocou mais de 2 mil mortes desde 2009, mas não é considerada uma ameaça ao governo federal do país.
A polícia suspeita que o terrorista suicida pertencesse ao grupo extremista muçulmano ligado à rede terrorista Al Caeda, que luta pela imposição da lei islâmica em toda a Nigéria. Sua rebelião provocou mais de 2 mil mortes desde 2009, mas não é considerada uma ameaça ao governo federal do país.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Beatles vão tocar no Grammy 2014
Os dois beatles sobreviventes, Paul McCartney e Ringo Starr, foram contratados para tocar juntos na festa de entrega dos 56ºs Prêmios Grammy em 26 de janeiro de 2014, em Los Angeles, nos Estados Unidos, informa a revista americana Rolling Stone.
Outras atrações serão Carole King, Stevie Wonder, Metallica, Katy Perry e Lorde.
Outras atrações serão Carole King, Stevie Wonder, Metallica, Katy Perry e Lorde.
França corta gastos em 65 bilhões de euros
No pronunciamento inicial da entrevista coletiva concedida hoje, o presidente socialista François Hollande prometeu cortes de gastos públicos de 15 bilhões de euros em 2014 e mais 50 bilhões no triênio 2015-17 para equilibrar as contas do governo da França.
A retomada de um crescimento forte e o desemprego são os maiores desafios do país. Hollande defendeu um "pacto de responsabilidade" com uma série de concessões para o setor privado, inclusive reduções de impostos no valor de 30 bilhões de euros.
"Tenho uma convicção: se a França quiser manter sua influência no mundo, ter peso no destino da Europa, deve imperativamente reencontrar sua força econômica", afirmou o presidente. "Não se trata de mudar de caminho, mas de andar mais depressa, acelerar, aprofundar. A questão não é apenas que a França retome o crescimento, mas que seja o mais vigoroso possível."
Para estimular o investimento privado, Hollande propôs um "pacto de responsabilidade": o governo se propõe a reduzir os encargos sociais das empresas para diminuir o custo do trabalho, aumentar visibilidade das companhias francesas e desregulamentar a economia, "reduzir o número de normas. É preciso reduzir os procedimentos custos e inúteis. Este é um elemento-chave para restaurar a confiança".
Em troca, o presidente da França vai criar um "observatório de contrapartidas", na expectativa de que as empresas façam sua parte para acelerar a quinta maior economia do mundo e segunda da Europa, que nos últimos anos se distanciou da líder Alemanha.
Com o objetivo de manter o equilíbrio entre as duas maiores economias da União Europeia, Hollande defendeu uma "harmonização" dos impostos sobre empresas e regras ambientais na França e na Alemanha, associando-as na "transição energética".
Diante de tantas medidas favoráveis ao setor privado, o presidente francês foi questionado sobre suas convicções socialistas. "Continuo socialista", declarou, admitindo ser social-democrata. "Não fui conquistado pelo liberalismo, muito pelo contrário, porque é o Estado que toma a iniciativa."
A retomada de um crescimento forte e o desemprego são os maiores desafios do país. Hollande defendeu um "pacto de responsabilidade" com uma série de concessões para o setor privado, inclusive reduções de impostos no valor de 30 bilhões de euros.
"Tenho uma convicção: se a França quiser manter sua influência no mundo, ter peso no destino da Europa, deve imperativamente reencontrar sua força econômica", afirmou o presidente. "Não se trata de mudar de caminho, mas de andar mais depressa, acelerar, aprofundar. A questão não é apenas que a França retome o crescimento, mas que seja o mais vigoroso possível."
Para estimular o investimento privado, Hollande propôs um "pacto de responsabilidade": o governo se propõe a reduzir os encargos sociais das empresas para diminuir o custo do trabalho, aumentar visibilidade das companhias francesas e desregulamentar a economia, "reduzir o número de normas. É preciso reduzir os procedimentos custos e inúteis. Este é um elemento-chave para restaurar a confiança".
Em troca, o presidente da França vai criar um "observatório de contrapartidas", na expectativa de que as empresas façam sua parte para acelerar a quinta maior economia do mundo e segunda da Europa, que nos últimos anos se distanciou da líder Alemanha.
Com o objetivo de manter o equilíbrio entre as duas maiores economias da União Europeia, Hollande defendeu uma "harmonização" dos impostos sobre empresas e regras ambientais na França e na Alemanha, associando-as na "transição energética".
Diante de tantas medidas favoráveis ao setor privado, o presidente francês foi questionado sobre suas convicções socialistas. "Continuo socialista", declarou, admitindo ser social-democrata. "Não fui conquistado pelo liberalismo, muito pelo contrário, porque é o Estado que toma a iniciativa."
Hollande se nega a falar sobre caso com atriz
Na sua terceira entrevista coletiva desde que foi eleito presidente da França, em 2012, François Hollande se negou há pouco a comentar a revelação da revista Closer de que tem um caso amoroso com Julie Gayet, uma atriz de 41 anos. Sua companheira, Valérie Trierweiler, foi hospitalizada na sexta-feira com "depressão profunda" depois de saber da notícia.
"Os assuntos privados se tratam em privado, numa intimidade respeitosa. Em consideração a todas as pessoas envolvidas, este não é o lugar nem o momento de fazê-lo", afirmou o presidente francês, acrescentando que, se respondesse a qualquer pergunta sobre este tema, só iria alimentar a fofoca e a invasão de sua privacidade.
Hollande prometeu esclarecer a situação entre ele e a atual primeira-dama antes de viajar para os Estados Unidos, em 11 de fevereiro.
"Os assuntos privados se tratam em privado, numa intimidade respeitosa. Em consideração a todas as pessoas envolvidas, este não é o lugar nem o momento de fazê-lo", afirmou o presidente francês, acrescentando que, se respondesse a qualquer pergunta sobre este tema, só iria alimentar a fofoca e a invasão de sua privacidade.
Hollande prometeu esclarecer a situação entre ele e a atual primeira-dama antes de viajar para os Estados Unidos, em 11 de fevereiro.
Naufrágio mata 200 refugiados no Sudão do Sul
Cerca de 200 pessoas que fugiam da guerra civil no Sudão do Sul morreram no naufrágio do barco em que tentavam atravessar o Rio Nilo. A maioria era de mulheres e crianças, anunciou hoje o coronel Philip Aguer, porta-voz militar do país.
Os mortos tentavam escapar dos combates na cidade de Bor, dominada pelos rebeldes. A linha de frente está a apenas 70 quilômetros da capital, Juba.
Na Etiópia, onde estão sendo realizadas negociações de paz, o porta-voz rebelde, o ex-general Lul Ruai Kong acusou aviões e helicópteros de Uganda de bombardear posições dos rebeldes. Outro líder rebelde denunciou o uso de bombas incendiárias, possivelmente de fósforo.
Os mortos tentavam escapar dos combates na cidade de Bor, dominada pelos rebeldes. A linha de frente está a apenas 70 quilômetros da capital, Juba.
Na Etiópia, onde estão sendo realizadas negociações de paz, o porta-voz rebelde, o ex-general Lul Ruai Kong acusou aviões e helicópteros de Uganda de bombardear posições dos rebeldes. Outro líder rebelde denunciou o uso de bombas incendiárias, possivelmente de fósforo.
Egito vota em referendo sobre nova Constituição
Cerca de 53 egípcios foram convocados a votar hoje num referendo para aprovar uma nova Constituição proposta pelo governo militar que tomou o poder num golpe de Estado em 3 de julho de 2013 contra a Irmandade Muçulmana e Mohamed Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente da história do país. A expectativa é de uma ampla vitória do sim.
A votação é vista como um plebiscito sobre o comandante das Forças Armadas, general Abdel Fatah al-Sissi, que já manifestou a intenção de concorrer à Presidência do Egito sob a nova lei. O novo governo é acusado de restaurar na prática a ditadura de Hosni Mubarak, derrubado em 11 de fevereiro de 2011 na chamada Primavera Árabe.
Durante a campanha, partidários do não foram presos. A Irmandade Muçulmana, declarada terrorista pelo governo interino no mês passado, defendeu um boicote.
Mais de 360 mil soldados e policiais patrulham o Egito foram mobilizados. Algumas ruas próximas a locais de votação foram bloqueadas ao tráfico para evitar atentados terroristas com carros-bomba. Mesmo assim, uma bomba explodiu diante de um tribunal no bairro de Imbaba, no Cairo. Um militante islamita morreu em confronto com a polícia em Bani Suef.
A votação é vista como um plebiscito sobre o comandante das Forças Armadas, general Abdel Fatah al-Sissi, que já manifestou a intenção de concorrer à Presidência do Egito sob a nova lei. O novo governo é acusado de restaurar na prática a ditadura de Hosni Mubarak, derrubado em 11 de fevereiro de 2011 na chamada Primavera Árabe.
Durante a campanha, partidários do não foram presos. A Irmandade Muçulmana, declarada terrorista pelo governo interino no mês passado, defendeu um boicote.
Mais de 360 mil soldados e policiais patrulham o Egito foram mobilizados. Algumas ruas próximas a locais de votação foram bloqueadas ao tráfico para evitar atentados terroristas com carros-bomba. Mesmo assim, uma bomba explodiu diante de um tribunal no bairro de Imbaba, no Cairo. Um militante islamita morreu em confronto com a polícia em Bani Suef.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Encomenda de máquinas à indústria alemã aumenta
Por causa da forte demanda externa, a encomenda de máquinas industriais às fábricas da Alemanha registrou alta anual de 7% em novembro de 2013. As ordens do exterior cresceram 12% em relação a novembro de 2012, enquanto as encomendas internas caíram 1%.
Na comparação mensal, as encomendas totais à indústria alemã subiram 2,1% em novembro, compensando a queda de 2,1% em outubro.
Na comparação mensal, as encomendas totais à indústria alemã subiram 2,1% em novembro, compensando a queda de 2,1% em outubro.
domingo, 12 de janeiro de 2014
Acordo entre Irã e grandes potências entra em vigor dia 20
O acordo nuclear provisório entre o Irã e as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha entra em vigor no dia 20 de janeiro de 2014, anunciaram hoje a União Europeia e o Ministério do Exterior iraniano.
A partir desta data, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vai reforçar a fiscalização do programa nuclear iraniano para garantir o cumprimento do acordo provisório. O Irã terá de limitar o teor de enriquecimento de urânio a 5%, reprocessar o urânio enriquecido a 20%, congelar as atividades nas instalações nucleares de Fordo e Natanz, e suspender a instalação de novas centrífugas - já tem 18 mil.
Em contrapartida, as grandes potências devem suspender as sanções aos setores aeronáutico e automobilístico, e desbloquear US$ 4,2 bilhões de ativos financeiros iranianos congelados no exterior.
Um acordo definitivo para evitar que o Irã faça a bomba atômica deve ser negociado dentro de um ano. A reaproximação entre Irã e EUA viabilizou as negociações. As negociações serão retomadas em fevereiro.
"Não tenho ilusões sobre a dificuldade de atingir este objetivo, mas, em nome da segurança nacional, da paz e da segurança internacional, é hora de dar uma chance à diplomacia", declarou o presidente Barack Obama.
A partir desta data, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vai reforçar a fiscalização do programa nuclear iraniano para garantir o cumprimento do acordo provisório. O Irã terá de limitar o teor de enriquecimento de urânio a 5%, reprocessar o urânio enriquecido a 20%, congelar as atividades nas instalações nucleares de Fordo e Natanz, e suspender a instalação de novas centrífugas - já tem 18 mil.
Em contrapartida, as grandes potências devem suspender as sanções aos setores aeronáutico e automobilístico, e desbloquear US$ 4,2 bilhões de ativos financeiros iranianos congelados no exterior.
Um acordo definitivo para evitar que o Irã faça a bomba atômica deve ser negociado dentro de um ano. A reaproximação entre Irã e EUA viabilizou as negociações. As negociações serão retomadas em fevereiro.
"Não tenho ilusões sobre a dificuldade de atingir este objetivo, mas, em nome da segurança nacional, da paz e da segurança internacional, é hora de dar uma chance à diplomacia", declarou o presidente Barack Obama.
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Guatemala anula condenação de ditador genocida
A anulação do processo contra o general Efraín Ríos Montt foi confirmada na sexta-feira por um tribunal de recursos da Guatemala que considerou "inaceitáveis" os recursos impetrados pela procuradoria e por uma associação de vítimas da ditadura militar, informa hoje o jornal francês Le Monde.
Ríos Montt foi condenado em 10 de maio de 2013 a 24 anos de prisão por genocídio pela morte de 1.771 índios da tribo ixil, do grupo maia, em 1982 e 1983, durante o período mais violento da guerra civil guatemalteca (1960-96), que deixou mais de 200 mil mortos. Foi o pior conflito da Guerra Fria na América Latina.
No momento da condenação, a alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navy Pillai, declarou que "a Guatemala faz história ao se tornar o primeiro país do mundo onde um antigo chefe de Estado é condenado por genocídio por um tribunal nacional". Não por muito tempo.
O processo foi anulado dez dias depois por supostos erros na fase de instrução, decisão reafirmada agora por um tribunal superior.
Enquanto Moises Galindo, advogado do general, quer agora estender a anulação a todos os processos contra o genocida, Edgar Pérez, da Associação pela Justiça e Reconciliação, que representa as vítimas da ditadura, vai recorrer ao supremo tribunal guatemalteco.
Um relatório feito pela ONU em 1999 listou 626 durante a guerra civil na Guatemala. Mais de 90% das piores atrocidades ocorreram entre 1978 e 1984. O general Ríos Montt adotou uma política de "terra arrasada" contra os povos indígenas, que acusava de serem aliados da guerrilha esquerdista.
"Na Guatemala, não houve um genocídio, mas qualquer coisa pior do que isso", escreveu o sociólogo guatemalteco Edelberto Torres Rivas, lembrando a perseguição sistemáticas de esquerdistas, amigos, parentes, simpatizantes e indígenas.
Ríos Montt foi condenado em 10 de maio de 2013 a 24 anos de prisão por genocídio pela morte de 1.771 índios da tribo ixil, do grupo maia, em 1982 e 1983, durante o período mais violento da guerra civil guatemalteca (1960-96), que deixou mais de 200 mil mortos. Foi o pior conflito da Guerra Fria na América Latina.
No momento da condenação, a alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navy Pillai, declarou que "a Guatemala faz história ao se tornar o primeiro país do mundo onde um antigo chefe de Estado é condenado por genocídio por um tribunal nacional". Não por muito tempo.
O processo foi anulado dez dias depois por supostos erros na fase de instrução, decisão reafirmada agora por um tribunal superior.
Enquanto Moises Galindo, advogado do general, quer agora estender a anulação a todos os processos contra o genocida, Edgar Pérez, da Associação pela Justiça e Reconciliação, que representa as vítimas da ditadura, vai recorrer ao supremo tribunal guatemalteco.
Um relatório feito pela ONU em 1999 listou 626 durante a guerra civil na Guatemala. Mais de 90% das piores atrocidades ocorreram entre 1978 e 1984. O general Ríos Montt adotou uma política de "terra arrasada" contra os povos indígenas, que acusava de serem aliados da guerrilha esquerdista.
"Na Guatemala, não houve um genocídio, mas qualquer coisa pior do que isso", escreveu o sociólogo guatemalteco Edelberto Torres Rivas, lembrando a perseguição sistemáticas de esquerdistas, amigos, parentes, simpatizantes e indígenas.
Primeira-dama da França é hospitalizada após traição
A primeira-dama da França, Valérie Trierweiler, está internada num hospital de Paris desde o início da tarde de sexta-feira, confirmou hoje o Palácio do Eliseu.
A companheira do presidente François Hollande estaria sofrendo de "depressão profunda" desde que a revista Closer revelou que o chefe de Estado tem um caso com a atriz Julie Gayet, de 41 anos.
A companheira do presidente François Hollande estaria sofrendo de "depressão profunda" desde que a revista Closer revelou que o chefe de Estado tem um caso com a atriz Julie Gayet, de 41 anos.
sábado, 11 de janeiro de 2014
Morre Ariel Sharon, criminoso de guerra convertido à paz
Depois de oito anos em coma, o ex-primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon morreu hoje aos 85 anos. Acusado de vários crimes de guerra, no fim da vida, Sharon convenceu-se de que a segurança do país só estaria consolidada por um acordo de paz definitivo com os palestinos e a criação de uma Palestina independente.
Pouco antes do acidente vascular cerebral de 4 de janeiro de 2006, que o deixou em coma até hoje, Sharon deixou o partido direitista Likud e fundou o centrista Kadima (Avante) com o objetivo específico de formar um governo com apoio político para negociar a paz.
Com a doença, Sharon foi substituído pelo ex-prefeito de Jerusalém Ehud Olmert. Envolvido em escândalos de corrupção, Olmert foi incapaz de ganhar a eleição. O poder voltou para Benjamin Netanyahu, do Likud, que sempre relutou em fazer as concessões necessárias à paz e só voltou a negociar sob intensa pressão dos Estados Unidos.
Para os israelenses, Sharon foi um dos grandes defensores da nação, com bravatas, bravura e ousadia, o Rei de Israel e o Leão de Deus. Já os palestinos o consideravam um criminoso de guerra envolvido nos piores massacres, um dos maiores símbolos da dor e do sofrimento.
"Um dos maiores generais da História de Israel", na visão do primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, Sharon tinha 20 anos e comandava um batalhão na guerra da independência do país quando foi baleado e salvo um soldado heróico de 16 anos. Sua estratégia de combate sempre foi usar uma força esmagadora para aterrorizar e submeter o inimigo.
A lista de atrocidades atribuídas a Sharon é longa. Em 14 de outubro de 1953, suas tropas atacaram a cidade de Quíbia, na Cisjordânia, matando pelo menos 69 palestinos; dois terços eram mulheres e crianças. Uma escola, uma mesquita e 45 casas foram destruídas em retaliação a ataques lançados da Jordânia contra o Estado de Israel, criado em 1948.
Na época, havia uma negociação secreta em andamento com o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, que era o principal líder do mundo árabe. Indignado, Nasser abandonou as negociações. Os EUA cortaram a ajuda a Israel.
Durante a Guerra dos Seis Dias, de 5-10 de junho de 1967, Sharon foi decisivo na conquista da Península do Sinai. Seu momento de maior glória viria na Guerra do Yom Kippur, de 6-25 de outubro de 1973, quando o Egito tentou retomar o Sinai. Contrariando ordens, Sharon cercou o III Exército do Egito e estava prestes a aniquilá-lo quando a União Soviética entrou em alerta nuclear e ameaçou entrar na guerra.
Como ministro da Defesa, em 1982, Ariel Sharon comandou a invasão israelense ao Líbano para expulsar do país os líderes palestinos. Depois de tomar Beirute, em 18 de setembro do mesmo ano, o Exército de Israel acobertou a ação de milícias cristãs libanesas que realizaram um massacre nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, matando pelo menos 1,2 mil palestinos.
Testemunhas contam que helicópteros israelenses iluminaram os campos para auxiliar o massacre.
A milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) nasceu como reação à invasão israelense ao Líbano. Com atentados terroristas suicidas, conseguiu expulsar do país as forças dos EUA, da França e de Israel.
Depois de deixar o Exército, Sharon entrou para o partido Likud. Serviu a vários governos direitistas israelenses antes de se tornar líder do partido, em 2000. Como ministro da Habitação, comandou a expansão das colônias israelenses nos territórios ocupados, ocupando pontos estratégicos para tornar a colonização um fato consumado, uma política da direita que foi seguida mesmo em governos mais à esquerda.
Em 2000, contrário à tentativa do presidente americano Bill Clinton em mediar negociações de paz entre o então primeiro-ministro Ehud Barak e o líder palestino Yasser Arafat, Sharon foi até o Monte do Templo, onde fica a Esplanada das Mesquitas, aparentemente apoiando os judeus que defendem a reconstrução do Templo de Jerusalém onde hoje estão as mesquitas.
Sua visita ao Monte do Templo, em 28 de setembro de 2000, deflagrou a Segunda Intifada, uma revolta palestina contra a ocupação israelense, enterrando definitivamente a iniciativa de paz de Clinton.
Em 2001, prometendo segurança, Sharon obteve uma vitória eleitoral esmagadora e se tornou chefe de governo de Israel até o derrame cerebral. No seu governo, foi construída a barreira de 700 quilômetros anexando na prática 8,5% da Cisjordânia ocupada ao território israelense.
Certo de que a segurança de Israel depende de um acordo de paz com os vizinhos e de fronteiras definitivas, em maio de 2003, Sharon aceitou o "roteiro para a paz" proposto pelos EUA, a Rússia e a União Europeia.
Em consequência, contrariando ministros da linha dura, decidiu fazer uma retirada unilateral das forças de Israel da Faixa de Gaza, concluída em 11 de setembro de 2005. Sob pressão de seus antigos aliados direitistas, Sharon deixou o Likud e fundou o Kadima (Avante) em 21 de novembro de 2005. A doença não o deixou levar adiante seu projeto de paz.
Pouco antes do acidente vascular cerebral de 4 de janeiro de 2006, que o deixou em coma até hoje, Sharon deixou o partido direitista Likud e fundou o centrista Kadima (Avante) com o objetivo específico de formar um governo com apoio político para negociar a paz.
Com a doença, Sharon foi substituído pelo ex-prefeito de Jerusalém Ehud Olmert. Envolvido em escândalos de corrupção, Olmert foi incapaz de ganhar a eleição. O poder voltou para Benjamin Netanyahu, do Likud, que sempre relutou em fazer as concessões necessárias à paz e só voltou a negociar sob intensa pressão dos Estados Unidos.
Para os israelenses, Sharon foi um dos grandes defensores da nação, com bravatas, bravura e ousadia, o Rei de Israel e o Leão de Deus. Já os palestinos o consideravam um criminoso de guerra envolvido nos piores massacres, um dos maiores símbolos da dor e do sofrimento.
"Um dos maiores generais da História de Israel", na visão do primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, Sharon tinha 20 anos e comandava um batalhão na guerra da independência do país quando foi baleado e salvo um soldado heróico de 16 anos. Sua estratégia de combate sempre foi usar uma força esmagadora para aterrorizar e submeter o inimigo.
A lista de atrocidades atribuídas a Sharon é longa. Em 14 de outubro de 1953, suas tropas atacaram a cidade de Quíbia, na Cisjordânia, matando pelo menos 69 palestinos; dois terços eram mulheres e crianças. Uma escola, uma mesquita e 45 casas foram destruídas em retaliação a ataques lançados da Jordânia contra o Estado de Israel, criado em 1948.
Na época, havia uma negociação secreta em andamento com o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, que era o principal líder do mundo árabe. Indignado, Nasser abandonou as negociações. Os EUA cortaram a ajuda a Israel.
Durante a Guerra dos Seis Dias, de 5-10 de junho de 1967, Sharon foi decisivo na conquista da Península do Sinai. Seu momento de maior glória viria na Guerra do Yom Kippur, de 6-25 de outubro de 1973, quando o Egito tentou retomar o Sinai. Contrariando ordens, Sharon cercou o III Exército do Egito e estava prestes a aniquilá-lo quando a União Soviética entrou em alerta nuclear e ameaçou entrar na guerra.
Como ministro da Defesa, em 1982, Ariel Sharon comandou a invasão israelense ao Líbano para expulsar do país os líderes palestinos. Depois de tomar Beirute, em 18 de setembro do mesmo ano, o Exército de Israel acobertou a ação de milícias cristãs libanesas que realizaram um massacre nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, matando pelo menos 1,2 mil palestinos.
Testemunhas contam que helicópteros israelenses iluminaram os campos para auxiliar o massacre.
A milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) nasceu como reação à invasão israelense ao Líbano. Com atentados terroristas suicidas, conseguiu expulsar do país as forças dos EUA, da França e de Israel.
Depois de deixar o Exército, Sharon entrou para o partido Likud. Serviu a vários governos direitistas israelenses antes de se tornar líder do partido, em 2000. Como ministro da Habitação, comandou a expansão das colônias israelenses nos territórios ocupados, ocupando pontos estratégicos para tornar a colonização um fato consumado, uma política da direita que foi seguida mesmo em governos mais à esquerda.
Em 2000, contrário à tentativa do presidente americano Bill Clinton em mediar negociações de paz entre o então primeiro-ministro Ehud Barak e o líder palestino Yasser Arafat, Sharon foi até o Monte do Templo, onde fica a Esplanada das Mesquitas, aparentemente apoiando os judeus que defendem a reconstrução do Templo de Jerusalém onde hoje estão as mesquitas.
Sua visita ao Monte do Templo, em 28 de setembro de 2000, deflagrou a Segunda Intifada, uma revolta palestina contra a ocupação israelense, enterrando definitivamente a iniciativa de paz de Clinton.
Em 2001, prometendo segurança, Sharon obteve uma vitória eleitoral esmagadora e se tornou chefe de governo de Israel até o derrame cerebral. No seu governo, foi construída a barreira de 700 quilômetros anexando na prática 8,5% da Cisjordânia ocupada ao território israelense.
Certo de que a segurança de Israel depende de um acordo de paz com os vizinhos e de fronteiras definitivas, em maio de 2003, Sharon aceitou o "roteiro para a paz" proposto pelos EUA, a Rússia e a União Europeia.
Em consequência, contrariando ministros da linha dura, decidiu fazer uma retirada unilateral das forças de Israel da Faixa de Gaza, concluída em 11 de setembro de 2005. Sob pressão de seus antigos aliados direitistas, Sharon deixou o Likud e fundou o Kadima (Avante) em 21 de novembro de 2005. A doença não o deixou levar adiante seu projeto de paz.
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Líderes golpistas da República Centro-Africana renunciam
O presidente da República Centro-Africana, Michel Djotodia, e o primeiro-ministro Nicolas Tiangaye renunciaram e deixaram o país ontem em meio a uma crise política, com temor de massacres de muçulmanos por cristãos depois de vários dias de confrontos de milícias.
Djotodia estava no poder desde 24 de março de 2013, quando o então presidente François Bozizé foi deposto pelo avanço da milícia muçulmana Séléka. Depois de semanas de conflito, fugiu para Cotonou, capital do Benin, que fica na região do Golfo da Guiné, na costa da África no Oceano Atlântico.
Há o temor agora de que grupos cristãos queiram se vingar de massacres cometidos nos últimos meses.
Djotodia estava no poder desde 24 de março de 2013, quando o então presidente François Bozizé foi deposto pelo avanço da milícia muçulmana Séléka. Depois de semanas de conflito, fugiu para Cotonou, capital do Benin, que fica na região do Golfo da Guiné, na costa da África no Oceano Atlântico.
Há o temor agora de que grupos cristãos queiram se vingar de massacres cometidos nos últimos meses.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Geração de empregos tem forte queda nos EUA
Ao contrário do que previu a estimativa da consultoria privada ADP, a economia dos Estados Unidos registrou um saldo de apenas 74 mil empregos novos em dezembro de 2013, bem abaixo dos mais de 200 mil de outubro e novembro, informou hoje o relatório oficial de emprego do Departamento do Trabalho.
Em outra pesquisa, o índice de desemprego caiu de 7% para 6,7%, mas isso se deve à redução do número de trabalhadores em busca de emprego.
Os dois dados sugerem uma forte desaceleração no mercado de trabalho. Isso deve levar o Comitê da Reserva Federal (Fed), a diretoria do banco central dos EUA, a reexaminar a redução do terceiro programa de alívio quantitativo, a compra de títulos das dívidas pública e hipotecária para jogar mais dinheiro em circulação.
Em outra pesquisa, o índice de desemprego caiu de 7% para 6,7%, mas isso se deve à redução do número de trabalhadores em busca de emprego.
Os dois dados sugerem uma forte desaceleração no mercado de trabalho. Isso deve levar o Comitê da Reserva Federal (Fed), a diretoria do banco central dos EUA, a reexaminar a redução do terceiro programa de alívio quantitativo, a compra de títulos das dívidas pública e hipotecária para jogar mais dinheiro em circulação.
China lidera comércio mundial de bens
Com um comércio exterior de bens de US$ 4,16 trilhões em 2013, a China se tornou líder mundial em exportações e importações de produtos industrializados, superando os Estados Unidos pela primeira vez, anunciou hoje o jornal britânico Financial Times.
Nos EUA, as exportações e importações de bens somaram US$ 3,57 trilhões nos primeiros 11 meses de 2013, tornando praticamente certo que não vão superar as chinesas no ano passado.
"É um marco no desenvolvimento do comércio exterior da nação", festejou o diretor de estatísticas da Administração de Aduanas da China, Zheng Yuesheng.
De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2012, o comércio exterior de bens da China chegou a US$ 3,86 trilhões, apenas US$ 15 bilhões a menos do que os EUA ou o equivalente a um dia e meio de comércio internacional chinês.
Nos EUA, as exportações e importações de bens somaram US$ 3,57 trilhões nos primeiros 11 meses de 2013, tornando praticamente certo que não vão superar as chinesas no ano passado.
"É um marco no desenvolvimento do comércio exterior da nação", festejou o diretor de estatísticas da Administração de Aduanas da China, Zheng Yuesheng.
De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2012, o comércio exterior de bens da China chegou a US$ 3,86 trilhões, apenas US$ 15 bilhões a menos do que os EUA ou o equivalente a um dia e meio de comércio internacional chinês.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Exército da Nigéria mata 38 jihadistas do Boko Haram
Soldados da Nigéria resistiram a um ataque do grupo extremista muçulmano Boko Haram (Não à educação ocidental) contra um quartel da cidade de Damboa, no Nordeste do país. Pelo menos 38 militantes e um soldado foram mortos.
O grupo Boko Haram lidera uma revolta para instalar o direito corânico na Nigéria em que mais de 2 mil pessoas foram mortas desde 2009.
O grupo Boko Haram lidera uma revolta para instalar o direito corânico na Nigéria em que mais de 2 mil pessoas foram mortas desde 2009.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Bundesbank adverte para o risco das bitcoins
O Bundesbank, o poderoso banco central da Alemanha, advertiu hoje para o risco de moedas virtuais como as bitcoins, que são altamente especulativas e não têm a menor garantia.
Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, Carl-Ludwig Thiele, diretor do Bundesbank, lembrou que "não há qualquer garantia estatal. Os investidores podem perder todo o seu dinheiro. O banco está advertindo enfaticamente sobre estes riscos".
Os comentários de Thiele seguem na linha do alerta feito pelo Banco Central Europeu a respeito dos enormes riscos especulativos das bitcoins. No mês passado, a China proibiu as casas de câmbio virtuais de aceitar dinheiro novo para a compra de bitcoins.
Sua crescente popularidade atraiu até grandes investidores interessados em novos negócios. Em novembro de 2013, quando a cotação disparou, o presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, admitiu os riscos mas falou que "também há áreas em que podem ser uma promessa de longo prazo".
Já em 2012 o BCE se preocupava com as moedas virtuais. Naquele ano, um estudo concluiu que elas não criariam um risco inflacionário se não houvesse uma grande emissão de moeda.
Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, Carl-Ludwig Thiele, diretor do Bundesbank, lembrou que "não há qualquer garantia estatal. Os investidores podem perder todo o seu dinheiro. O banco está advertindo enfaticamente sobre estes riscos".
Os comentários de Thiele seguem na linha do alerta feito pelo Banco Central Europeu a respeito dos enormes riscos especulativos das bitcoins. No mês passado, a China proibiu as casas de câmbio virtuais de aceitar dinheiro novo para a compra de bitcoins.
Sua crescente popularidade atraiu até grandes investidores interessados em novos negócios. Em novembro de 2013, quando a cotação disparou, o presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, admitiu os riscos mas falou que "também há áreas em que podem ser uma promessa de longo prazo".
Já em 2012 o BCE se preocupava com as moedas virtuais. Naquele ano, um estudo concluiu que elas não criariam um risco inflacionário se não houvesse uma grande emissão de moeda.
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