sábado, 25 de janeiro de 2014

Hollande anuncia separação de Valérie Trierweiler

Quinze dias depois de ser flagrado fugindo do Palácio do Eliseu de moto na garupa de um segurança para encontrar a amante, o presidente da França, François Hollande, anunciou oficialmente hoje o fim de sua "vida em comum" com a jornalista política Valérie Trierweiler, com quem não era casado no papel.

O escândalo sexual revelado pela revista Closer quebrou uma regra não escrita da política francesa de não falar da vida íntima dos presidentes. Nos Estados Unidos, ninguém chega à Casa Branca se não tiver uma família de propaganda de margarina. Na França, a tradição era que os presidentes tivessem amantes e a imprensa não divulga.

Valérie Trierweiler, apelidada Rotweiler, nunca foi uma típica primeira-dama. Jornalista da revista Paris Match, afastou-se do trabalho com a eleição do companheiro. Hollande foi eleito presidente da França em maio de 2012, prometendo ser o Senhor Normal, em contraste com seu pirotécnico antecessor, Nicolas Sarkozy, que se casou com a modelo e cantora Carla Bruni, ex-namorada de Mick Jagger.

Um mês depois, durante a campanha para as eleições legislativas, Valérie apoiou no Twitter o candidato dissidente socialista Olivier Farloni no distrito de Charente-Maritime contra Ségolène Royal, ex-mulher e mãe dos quatro filhos do presidente. Para um deles, Thomas Hollande, naquele momento, Trierweiler destruiu a imagem de Senhor Normal.

O próprio Hollande contribuiu decisivamente para isso com as escapadas de moto para se encontrar com a atriz Julie Gayet, de 41 anos, num apartamento próximo ao palácio.

Ao saber da fofoca, Valérie teria quebrado a louça, no caso, porcelana de Sèvres do Palácio do Eliseu. No mesmo dia, internou-se num hospital de Paris com "profunda depressão". Hollande levou dias para visitá-la. A imprensa francesa antecipava que o presidente trocaria a mulher pela amante. Os detalhes finais da separação foram acertados num jantar na última quinta-feira à noite, revelou o Journal du Dimanche.

"Toda minha gratidão vai para o extraordinário pessoal do Eliseu", escreveu Trierweiler no Twitter. "Eu não esquecerei jamais sua devoção nem a emoção na hora da partida."

A ex-primeira-dama viaja amanhã para a Índia a convite da organização não governamental Ação contra a Fome. Será o último ato de função que nunca lhe agradou.

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