quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Oxfam demite Scarlett Johansson

Sob intensa pressão de ativistas pró-palestinos, a atriz americana Scarlett Johansson deixou hoje as funções de embaixadora da organização não governamental Oxfam (Comitê de Oxford para Alívio da Fome) por uma "diferença de opinião fundamental".

A bela Scarlett, de 29 anos, favorita do diretor Woody Allen, uma das estrelas mais famosas do cinema internacional, acaba de firmar um contrato com a companhia israelense de máquinas e garrafas para fazer refrigerantes caseiros SodaStream. A empresa tem uma fábrica na Cisjordânia ocupada onde trabalham 800 judeus e árabes israelenses e 500 palestinos.

Como a ocupação e as colônias israelenses são ilegais à luz do direito internacional, o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) defende um boicote total a atividades econômicas ligadas aos territórios árabes ocupados.

"A Oxfam acredita que empresas como a SodaStream, que operam nas colônias, aumentam a pobreza e negam os direitos das comunidades palestinas que nós apoiamos", justificou a ONG. Como a companhia é uma das maiores empregadoras israelenses de palestinos na Cisjordânia, Johansson alegou que "constrói uma ponte entre Israel e a Palestina".

Para o comitê palestino do BDS, Rafif Ziadah, "Scarlett Johansson abandonou sua reputação de celebridade progressista em troca de um cheque para se tornar a nova face do apartheid israelense. Como os poucos artistas que tocaram em Sun City durante o apartheid na África do Sul, Johansson será lembrada por ter ficado do lado errado da história."

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