A Coalizão Nacional Síria, o grupo de oposição apoiado pelos Estados Unidos e a União Europeia, decidiu hoje em Istambul, na Turquia, que vai participar da conferência de paz convocada pelos EUA e a Rússia para negociar o fim da guerra civil que matou mais de 130 mil pessoas desde 15 de março de 2011.
Diante do conflito de grupos rebeldes com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à rede Al Caeda, a ditadura de Bachar Assad chegou a propor que a conferência, batizada de Genebra II, se concentre no "combate ao terrorismo", argumento que usa para atacar qualquer oposição desde o início da guerra civil, há dois anos e dez meses.
Os oposicionistas se recusavam a participar da conferência porque não aceitam, como os EUA e da Europa, que Assad continue no poder. Mas, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, fala numa "transição" na Síria, o que implica a saída do ditador, a Rússia vende armas para fortalecer o aliado.
Na visão das potências ocidentais, depois de tantas atrocidades, a permanência de Assad é inaceitável. O regime negociaria o acordo possível com os rebeldes, mas o ditador cairia. É improvável que Assad e a Rússia aceitem.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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