No Discurso sobre o Estado da União, que pronuncia neste momento, no Congresso dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama pediu salários iguais para as mulheres e anunciou um aumento do salário mínimo dos funcionários federais para US$ 10,10, que depende de aprovação do Poder Legislativo.
Obama citou os avanços recentes na recuperação da economia, a reforma na saúde pública, os esforços para a paz no Oriente Médio e as negociações para desarmar o programa nuclear do Irã como sucessos de sua administração. Ameaçou vetar qualquer proposta de impor novas sanções capazes de atrapalhar as negociações com a república islâmica.
Mas é um discurso chocho, sem grandes anúncios nem grandes propostas, uma prestação de contas de presidente em segundo mandato, que não pode ser candidato a mais nada e tem a aprovação de pouco menos da metade da população americana. Os únicos aplausos efusivos e de pé foram para os militares e para Israel.
Os discursos de Obama continuam brilhantes, mas já não empolgam como antes. É um presidente cansado. Como observou um comentarista conservador na rede de televisão CNN, "os discursos de Obama são como sexo. Mesmo quando são ruins, são bons." O desafio é transformar palavras em realizações.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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