Os comandantes militares do Departamento da Defesa dos Estados Unidos apresentaram um plano à Casa Branca para manter 10 mil soldados no Afeganistão depois do fim das missões de combate da força internacional que interveio no país em 2001, mas defendem uma retirada total até o fim do governo Barack Obama, em janeiro de 2017.
Para os generais americanos, serão necessários entre 8 e 12 mil soldados para apoiar o governo afegão e impedir a retomada do poder pela milícia fundamentalista dos Talebã, que governou o país de 1996 até outubro de 2001, quando foi afastada por uma invasão dos EUA para punir os responsáveis pelos atentados terroristas de 11 de setembro daquele ano. A rede terrorista Al Caeda tinha bases no Afeganistão.
"A proposta é 10 mil ou nada", ou seja, uma retirada total, comentou um oficial citado pelo jornal The New York Times. Tem o apoio do Departamento de Estado e das agências de informações, mas enfrenta resistências no Conselho de Segurança Nacional e especialmente do vice-presidente Joe Biden. Ele questiona "por que 10 mil ou nada?"
No momento, há 37,5 mil soldados americanos no Afeganistão, duas vezes mais do que outros militares da força internacional. A guerra já é a mais longa da história dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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