Num desafio a uma nova lei que proíbe manifestações não autorizadas, cerca de 200 mil pessoas protestaram hoje contra o governo da Ucrânia, presidido por Viktor Yanukovitch. Para superar a crise, o líder oposicionista Vitali Klitschko advertiu que o país corre risco de guerra civil e pediu a antecipação da eleição presidencial.
Uma onda de manifestações atinge a ex-república soviética da Ucrânia desde novembro, quando, sob pressão do presidente russo, Vladimir Putin, Yanukovitch abandonou negociações para associar o país à União Europeia, optando por um acordo comercial com a Rússia.
Putin sonha em restaurar o poder imperial da União Soviética. Quer criar a União Eurasiana, um bloco comercial reunindo as antigas repúblicas soviéticas. Tem o apoio da Bielorrússia e do Casaquistão. A Ucrânia não poderia ficar de fora.
Sem condições de competir economicamente com a UE, a Rússia usou a dependência histórica da Ucrânia forjada na era soviética para se impor. Se cortar o fornecimento de gás, a Ucrânia fica sem energia.
Mas a oposição liberal pró-Ocidente, que se concentra no Oeste do país e na principalmente na capital, Kiev, está convencida de que seu futuro está na Europa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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