sábado, 18 de janeiro de 2014

Constituição do Egito foi aprovada com 61% de abstenção

A nova Constituição do Egito foi aprovada por 98,1% dos eleitores que foram às urnas na terça e na quarta-feira, mas a abstenção foi de 61,4%, anunciou hoje oficialmente a Comissão Nacional Eleitoral.

O referendo constitucional foi a primeira votação popular desde o golpe contra o presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho de 2013. Seu movimento político, a Irmandade Muçulmana, colocada na ilegalidade sob acusação de terrorismo, defendeu o boicote, mas a participação foi maior do que no referendo de 2012 sobre a Constituição proposta pelos islamitas, quando não votaram 67% dos eleitores inscritos.

Com a vitória do regime golpista, aumenta a possibilidade de que o comandante supremo das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sissi, seja candidato na eleição presidencial a ser convocada em breve.

Diante do autoritarismo de Mursi e das manobras da Irmandade para impor um modelo político baseado no direito islâmico, liberais e esquerdistas que derrubaram o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, apoiaram a intervenção das Forças Armadas em julho passado. O risco é de volta da ditadura militar.

Desde a queda de Mursi, mais de mil pessoas foram mortas em conflitos com as forças de segurança e milhares foram presas.

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