Em proposta orçamentária apresentada hoje ao Parlamento, o primeiro-ministro Shinzo Abe pediu um aumento nos gastos militares pelo quinto ano consecutivo, desta vez de 2,3%, para um total de 5,17 trilhões de ienes (US$ 50,2 bilhões ou R$ 172 bilhões), por causa do crescente poderio militar da China.
O pedido inclui projetos de desenvolvimento de novos mísseis antibalísticos baseados em terra e em submarinos, e a modernização de uma variada gama de sistemas de defesa antimísseis baseados em terra, numa expansão significativa da capacidade de defesa do Japão.
Também há planos para comprar novos submarinos e aviões de caça e colocar mais 1,3 mil soldados nas ilhas de Kagoshima e Okinawa, situadas ao sul das quatro grandes ilhas do arquipélago japonês. Ambas ficam perto das ilhas Senkaku, disputadas com a China, que as chama de Diaoyu.
Diante do crescente poderio militar chinês e das provocações cada vez maiores da Coreia do Norte, nos últimos cinco anos, o Japão não começou só a aumentar o orçamento de defesa.
O primeiro-ministro Abe quer revisar a cláusula pacifista da Constituição imposta pelos EUA em 1947, depois da Segunda Guerra Mundial, pela qual o Japão "renuncia à guerra para sempre", a não ser em defesa própria. Isso proibia o país de enviar soldados ao exterior, a não ser em missões de paz das Nações Unidas.
Em setembro de 2015, o Parlamento aprovou legislação autorizando o envio de forças ao exterior, mas a maioria da população é contra revogar a cláusula pacifista.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Trump vai ao México mas insiste na construção do muro
Horas depois de visitar o México para tentar conquistar parte do eleitorado de origem latino-americana, o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump voltou a insistir, num discurso sobre imigração que faz neste momento, na construção de um muro e em mandar a conta para os mexicanos, informa a televisão americana CNN. Ele reafirmou que não vai haver anistia para imigrantes ilegais.
Ao lado de Trump, o presidente Enrique Peña Nieto citou várias acusações feitas aos mexicanos durante a campanha eleitoral americana sem citar o candidato. Em tom humilde, Trump disse ter ido discutir aspectos do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) que considera prejudiciais aos EUA.
Nenhum dos dois tem muito a ganhar com este encontro inesperado. Ao lançar sua pré-candidatura à Casa Branca em junho de 2015, o bilionário acusou os mexicanos de serem imigrantes ilegais, traficantes, ladrões, assassinos e estupradores. Peña Nieto, por sua vez, o comparou aos ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini.
De volta aos EUA, Trump retomou o estilo agressivo e rasteiro. No discurso sobre imigração pronunciado hoje à noite em Phoenix, no Arizona, insistiu na construção de um muro na fronteira com o México, a ser pago pelos mexicanos com o saldo comercial que têm com os EUA.
"Vamos construir uma grande muralha na fronteira sul e os mexicanos vão pagar 100% do valor", afirmou o candidato republicano.
A julgar pelo pronunciamento, Trump pretende resolver os problemas dos EUA a partir de segurança na imigração. Sem imigrantes ilegais, entende o magnata imobiliário, a violência na periferia vai diminuir, haveria empregos e os EUA serão grandes de novo.
"Acreditem em mim", disse Trump, repetindo um discurso vago e impreciso, sem detalhes sobre como vai realizar suas promessas, como se a culpa de tudo fosse da imigração ilegal.
Ao lado de Trump, o presidente Enrique Peña Nieto citou várias acusações feitas aos mexicanos durante a campanha eleitoral americana sem citar o candidato. Em tom humilde, Trump disse ter ido discutir aspectos do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) que considera prejudiciais aos EUA.
Nenhum dos dois tem muito a ganhar com este encontro inesperado. Ao lançar sua pré-candidatura à Casa Branca em junho de 2015, o bilionário acusou os mexicanos de serem imigrantes ilegais, traficantes, ladrões, assassinos e estupradores. Peña Nieto, por sua vez, o comparou aos ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini.
De volta aos EUA, Trump retomou o estilo agressivo e rasteiro. No discurso sobre imigração pronunciado hoje à noite em Phoenix, no Arizona, insistiu na construção de um muro na fronteira com o México, a ser pago pelos mexicanos com o saldo comercial que têm com os EUA.
"Vamos construir uma grande muralha na fronteira sul e os mexicanos vão pagar 100% do valor", afirmou o candidato republicano.
A julgar pelo pronunciamento, Trump pretende resolver os problemas dos EUA a partir de segurança na imigração. Sem imigrantes ilegais, entende o magnata imobiliário, a violência na periferia vai diminuir, haveria empregos e os EUA serão grandes de novo.
"Acreditem em mim", disse Trump, repetindo um discurso vago e impreciso, sem detalhes sobre como vai realizar suas promessas, como se a culpa de tudo fosse da imigração ilegal.
Hillary tem 10 pontos de vantagem entre brancos com curso superior
A ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton, do Partido Democrata, lidera a corrida à Casa Branca com 10 pontos de vantagem sobre o magnata imobiliário Donald Trump entre os brancos com formação universitária, indica uma pesquisa do instituto YouGov para a revista The Economist.
É um segmento do eleitorado em que o candidato do Partido Republicano precisa ganhar para sonhar com a vitória na eleição presidencial de 8 de novembro de 2016 nos Estados Unidos.
Se isso acontecer, será um realinhamento importante do eleitorado com base no nível de educação. Trump será o primeiro candidato republicano a perder entre os eleitores brancos com diploma universitário.
É um segmento do eleitorado em que o candidato do Partido Republicano precisa ganhar para sonhar com a vitória na eleição presidencial de 8 de novembro de 2016 nos Estados Unidos.
Se isso acontecer, será um realinhamento importante do eleitorado com base no nível de educação. Trump será o primeiro candidato republicano a perder entre os eleitores brancos com diploma universitário.
Manifestantes tocam fogo na Assembleia Nacional do Gabão
O anúncio da reeleição do presidente Ali Bongo tocou fogo hoje no Gabão. O candidato derrotado na eleição do último domingo, Jean Ping, contestou o resultado. Seus partidários saíram às ruas, enfrentaram a polícia e tentaram incendiar a Assembleia Nacional.
Houve confrontos violentos em Libreville, a capital do país. Em mensagem no Twitter, Ping acusou Bongo de mandar a guarda presidencial "atirar contra a população".
O resultado provisório dá a vitória ao presidente por 49,8% a 48,23%, com uma vantagem de 6 mil votos. Na província de Alto Ogoué, berço da família Bongo, no poder desde 1967, o comparecimento às urnas foi de 99,93% e 95% dos votos foram para o atual chefe de Estado, que sucedeu o pai em 2009.
A França, potência colonial que dominava o Gabão até 1960, a União Europeia e os Estados Unidos pediram uma recontagem dos votos urna a urna.
Rico em petróleo, este país do litoral atlântico da região Central da África tem a terceira maior renda média por habitante da África subsaariana pelo critério de paridade do poder de compra, depois da Guiné Equatorial e de Botsuana, equivalente a US$ 22,4 mil em 2014 pelos cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Houve confrontos violentos em Libreville, a capital do país. Em mensagem no Twitter, Ping acusou Bongo de mandar a guarda presidencial "atirar contra a população".
O resultado provisório dá a vitória ao presidente por 49,8% a 48,23%, com uma vantagem de 6 mil votos. Na província de Alto Ogoué, berço da família Bongo, no poder desde 1967, o comparecimento às urnas foi de 99,93% e 95% dos votos foram para o atual chefe de Estado, que sucedeu o pai em 2009.
A França, potência colonial que dominava o Gabão até 1960, a União Europeia e os Estados Unidos pediram uma recontagem dos votos urna a urna.
Rico em petróleo, este país do litoral atlântico da região Central da África tem a terceira maior renda média por habitante da África subsaariana pelo critério de paridade do poder de compra, depois da Guiné Equatorial e de Botsuana, equivalente a US$ 22,4 mil em 2014 pelos cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Rússia reivindica autoria de ataque ao subcomandante do Estado Islâmico
O Ministério da Defesa da Rússia declarou hoje ter sido responsável pelo bombardeio aéreo que matou na Síria o subcomandante da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Abu Muhammed al-Adnani, uma espécie de ministro das Comunicações, considerado o segundo na hierarquia do grupo e um de seus principais estrategistas.
A morte de Al-Adnani foi revelada ontem pela Amaq, a agência de propaganda do Estado Islâmico. Hoje a Rússia afirmou ter sido em ataque à vila de Umm Hawch. Antes, os Estados Unidos declararam que ele foi alvejado na cidade de Al-Babe, mas o Pentágono ainda estava avaliando as consequências do bombardeio.
Foi uma enorme perda para o Estado Islâmico, cada vez mais acuado nos campos de batalha do Oriente Médio. O sírio Al-Adnani era o responsável pela estratégia de propaganda da milícia e por suas operações no exterior, inclusive de atentados terroristas como os de 13 de novembro de 2015 em Paris. São uma maneira de mostrar força para manter o recrutamento de voluntários do martírio em meio à derrota.
Há dois anos, Al-Adnani havia convocado os seguidores do Estado Islâmico no mundo inteiro para atacar alvos ocidentais e dos outros países que o combatem de todas as formas possíveis. Durante o sagrado mês do Ramadã, em junho e no início de julho, renovou o apelo a células terroristas e lobos solitários.
A morte de Al-Adnani foi revelada ontem pela Amaq, a agência de propaganda do Estado Islâmico. Hoje a Rússia afirmou ter sido em ataque à vila de Umm Hawch. Antes, os Estados Unidos declararam que ele foi alvejado na cidade de Al-Babe, mas o Pentágono ainda estava avaliando as consequências do bombardeio.
Foi uma enorme perda para o Estado Islâmico, cada vez mais acuado nos campos de batalha do Oriente Médio. O sírio Al-Adnani era o responsável pela estratégia de propaganda da milícia e por suas operações no exterior, inclusive de atentados terroristas como os de 13 de novembro de 2015 em Paris. São uma maneira de mostrar força para manter o recrutamento de voluntários do martírio em meio à derrota.
Há dois anos, Al-Adnani havia convocado os seguidores do Estado Islâmico no mundo inteiro para atacar alvos ocidentais e dos outros países que o combatem de todas as formas possíveis. Durante o sagrado mês do Ramadã, em junho e no início de julho, renovou o apelo a células terroristas e lobos solitários.
Parlamento da Espanha rejeita novo governo Mariano Rajoy
Por 180 a 170 votos, os deputados do Parlamento da Espanha rejeitaram a tentativa do primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy de formar um governo sem maioria. Daqui a dois dias, haverá uma segunda votação. Se Rajoy perder, o país terá de realizar eleições gerais pela terceira vez em menos de um ano.
O impasse político é reflexo da crise econômica iniciada em 2011, que chegou a deixar mais de 25% dos espanhóis e mais da metade dos jovens sem emprego. Isso abalou a credibilidade dos partidos que se alternavam no poder desde 1982, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de centro-esquerda, e o Partido Popular (PP), de direita.
Da crise nasceram dois novos partidos, o esquerdista Podemos, antiliberal, anticapitalista e antiglobalização, e os Cidadãos, liberal, de centro-direta, dividindo o eleitorado ao galvanizar os indignados com a crise da periferia da Zona do Euro.
O impasse político é reflexo da crise econômica iniciada em 2011, que chegou a deixar mais de 25% dos espanhóis e mais da metade dos jovens sem emprego. Isso abalou a credibilidade dos partidos que se alternavam no poder desde 1982, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de centro-esquerda, e o Partido Popular (PP), de direita.
Da crise nasceram dois novos partidos, o esquerdista Podemos, antiliberal, anticapitalista e antiglobalização, e os Cidadãos, liberal, de centro-direta, dividindo o eleitorado ao galvanizar os indignados com a crise da periferia da Zona do Euro.
Trump vai ao México na luta para salvar candidatura
Com sua candidatura à Casa Branca derretendo, o bilionário Donald Trump vai hoje ao México se encontrar com o presidente Enrique Peña Nieto horas antes de fazer um discurso sobre imigração em Phoenix, no Arizona.
O governo mexicano convidou os dois candidatos dos grandes partidos, Trump e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Peña Nieto, que comparou o magnata imobiliário aos ditadores nazista Adolf Hitler e fascista Benito Mussolini, declarou "acreditar no diálogo para promover os interesses do México e proteger os mexicanos onde estiverem".
Trump e Peña Nieto devem se encontrar no início da tarde na residência oficial de Los Pinos e emitir uma declaração conjunta. Não vai haver entrevista coletiva.
É difícil imaginar o que o magnata imobiliário poderá tirar de positivo do encontro depois de acusar os mexicanos de serem traficantes, ladrões e estupradores no início da campanha - e de prometer expulsar todos os 11 milhões de imigrantes ilegais, erguer um muro na fronteira e obrigar o México a pagar. Na época, o ex-presidente Vicente Fox respondeu com um sonoro palavrão.
Trump também quer renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e ameaça reter o dinheiro enviado por mexicanos residentes nos EUA a suas famílias no México.
O presidente mexicano tem sido duramente criticado por aceitar o encontro. "Isto é um apaziguamento da pior espécie, Peña Nieto é como [o primeiro-ministro britânico Neville] Chamberlain para Hitler", disparou o ex-oficial de inteligência Alejandro Hope, referindo-se à decisão de entregar a Tcheco-Eslováquia aos nazistas antes da Segunda Guerra Mundial.
"Para Trump, faz sentido. Dá um polimento na sua imagem", protestou Hope. "O que Peña vai ganhar com isso? Metade do preço pelo muro?"
O pesquisador Shannon O'Neill, do Conselho de Relações Exteriores, com sede em Nova York, não entende "por que Peña está fazendo isso, especialmente neste momento. Não o ajuda em casa e coloca o México e ele mesmo no processo eleitoral americano pelo menos por um dia, um lugar carregado para um presidente estrangeiro."
Atrás nas pesquisas e enorme desvantagem no eleitorado de origem latino-americana, Trump tenta agora cortejar o voto latino. Qualquer recuo nas suas políticas anti-imigrantes será visto como fraqueza e quebra de compromisso com o eleitorado branco, adulto e masculino sem curso superior, a maioria de seus partidários.
O governo mexicano convidou os dois candidatos dos grandes partidos, Trump e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Peña Nieto, que comparou o magnata imobiliário aos ditadores nazista Adolf Hitler e fascista Benito Mussolini, declarou "acreditar no diálogo para promover os interesses do México e proteger os mexicanos onde estiverem".
Trump e Peña Nieto devem se encontrar no início da tarde na residência oficial de Los Pinos e emitir uma declaração conjunta. Não vai haver entrevista coletiva.
É difícil imaginar o que o magnata imobiliário poderá tirar de positivo do encontro depois de acusar os mexicanos de serem traficantes, ladrões e estupradores no início da campanha - e de prometer expulsar todos os 11 milhões de imigrantes ilegais, erguer um muro na fronteira e obrigar o México a pagar. Na época, o ex-presidente Vicente Fox respondeu com um sonoro palavrão.
Trump também quer renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e ameaça reter o dinheiro enviado por mexicanos residentes nos EUA a suas famílias no México.
O presidente mexicano tem sido duramente criticado por aceitar o encontro. "Isto é um apaziguamento da pior espécie, Peña Nieto é como [o primeiro-ministro britânico Neville] Chamberlain para Hitler", disparou o ex-oficial de inteligência Alejandro Hope, referindo-se à decisão de entregar a Tcheco-Eslováquia aos nazistas antes da Segunda Guerra Mundial.
"Para Trump, faz sentido. Dá um polimento na sua imagem", protestou Hope. "O que Peña vai ganhar com isso? Metade do preço pelo muro?"
O pesquisador Shannon O'Neill, do Conselho de Relações Exteriores, com sede em Nova York, não entende "por que Peña está fazendo isso, especialmente neste momento. Não o ajuda em casa e coloca o México e ele mesmo no processo eleitoral americano pelo menos por um dia, um lugar carregado para um presidente estrangeiro."
Atrás nas pesquisas e enorme desvantagem no eleitorado de origem latino-americana, Trump tenta agora cortejar o voto latino. Qualquer recuo nas suas políticas anti-imigrantes será visto como fraqueza e quebra de compromisso com o eleitorado branco, adulto e masculino sem curso superior, a maioria de seus partidários.
terça-feira, 30 de agosto de 2016
UE multa Apple em 13 bilhões de euros por impostos não pagos
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, está cobrando 13 bilhões de euros (US$ 14,5 bilhões ou R$ 47 bilhões) da Apple em impostos não pagos por ter recebido durante 25 anos benefícios fiscais indevidos do governo da Irlanda, onde a companhia americana tem sua sede na Europa.
A comissária europeia antimonopólio, Margrethe Vestager, acusou a maior empresa do mundo em valor de mercado de evasão fiscal por canalizar a maior parte de suas vendas e seus lucros fora dos Estados Unidos através da empresas de fachada que não pagam impostos em lugar algum.
Os arranjos feitos entre a Apple e o governo irlandês de 1991 a 2007 levaram a empresa a pagar impostos a taxas de 0,005% a 1% sobre seus lucros até 2014. Só uma pequena parte do lucro era taxada na Irlanda.
"A comissão concluiu que a Irlanda deu incentivos fiscais ilegais à Apple, o que permitiu à empresa pagar substancialmente menos impostos do que outras empresas por muitos anos", acusou Vestager.
Tanto a empresa quanto os governos dos EUA e da Irlanda protestaram. Pode ser o início da mais uma batalha em torno da taxação das empresas transnacionais americanas e da luta interna de países europeus com carga fiscal mais pesada, como Alemanha e França, para neutralizar a competitividade dos baixos impostos empresariais da Irlanda.
O ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan, manifestou profundo descontentamento e a decisão de apelar "para defender a integridade do nosso sistema de impostos".
Sob o impacto da saída da União Europeia do Reino Unido, com que tem fortes laços econômicos, a Irlanda aposta na relação com os EUA e suas empresas de alta tecnologia para voltar a ser o tigre europeu num continente marcado pela burocracia e altas cargas fiscais.
Em carta aberta aos consumidores de produtos Apple, o diretor-presidente da empresa, Tim Cook, chamou a decisão de "golpe devastador" na segurança jurídica das empresas dentro da UE.
"Nunca pedimos nem recebemos quaisquer favores especiais", alegou Cook. "Agora nos encontramos na posição incomum de ser obrigados a pagar retroativamente impostos adicionais a um governo que diz que não devemos mais nada além do que já pagamos."
A decisão provocou indignação, protestos e uma rara unidade nos EUA entre Casa Branca, Congresso e os dois grandes partidos politicos.
O presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, o mais alto funcionário público do Partido Republicano, repudiou a decisão como "o tipo de taxação imprevisível e pesada que mata empregos e oportunidades". Ele aproveitou para propor uma revisão imediata dos impostos pagos por empresas para estimular investimentos nos EUA.
Vestager insiste em que o lucro gerado na Europa deve ser taxado no continente. Em 2011, a filial da Irlanda, matriz das operações na Europa, registrou um lucro de 16 bilhões de euros, mas só 50 milhões de euros foram taxados. Assim, pelos cálculos da UE, pagou efetivamente 0,05% de imposto.
Com centenas de bilhões de dólares em caixa, a Apple tem dinheiro de sobra para pagar a dívida, mas vai resistir a uma conta tão salgada e tentar ao menos alongar o prazo de pagamento.
A comissária europeia antimonopólio, Margrethe Vestager, acusou a maior empresa do mundo em valor de mercado de evasão fiscal por canalizar a maior parte de suas vendas e seus lucros fora dos Estados Unidos através da empresas de fachada que não pagam impostos em lugar algum.
Os arranjos feitos entre a Apple e o governo irlandês de 1991 a 2007 levaram a empresa a pagar impostos a taxas de 0,005% a 1% sobre seus lucros até 2014. Só uma pequena parte do lucro era taxada na Irlanda.
"A comissão concluiu que a Irlanda deu incentivos fiscais ilegais à Apple, o que permitiu à empresa pagar substancialmente menos impostos do que outras empresas por muitos anos", acusou Vestager.
Tanto a empresa quanto os governos dos EUA e da Irlanda protestaram. Pode ser o início da mais uma batalha em torno da taxação das empresas transnacionais americanas e da luta interna de países europeus com carga fiscal mais pesada, como Alemanha e França, para neutralizar a competitividade dos baixos impostos empresariais da Irlanda.
O ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan, manifestou profundo descontentamento e a decisão de apelar "para defender a integridade do nosso sistema de impostos".
Sob o impacto da saída da União Europeia do Reino Unido, com que tem fortes laços econômicos, a Irlanda aposta na relação com os EUA e suas empresas de alta tecnologia para voltar a ser o tigre europeu num continente marcado pela burocracia e altas cargas fiscais.
Em carta aberta aos consumidores de produtos Apple, o diretor-presidente da empresa, Tim Cook, chamou a decisão de "golpe devastador" na segurança jurídica das empresas dentro da UE.
"Nunca pedimos nem recebemos quaisquer favores especiais", alegou Cook. "Agora nos encontramos na posição incomum de ser obrigados a pagar retroativamente impostos adicionais a um governo que diz que não devemos mais nada além do que já pagamos."
A decisão provocou indignação, protestos e uma rara unidade nos EUA entre Casa Branca, Congresso e os dois grandes partidos politicos.
O presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, o mais alto funcionário público do Partido Republicano, repudiou a decisão como "o tipo de taxação imprevisível e pesada que mata empregos e oportunidades". Ele aproveitou para propor uma revisão imediata dos impostos pagos por empresas para estimular investimentos nos EUA.
Vestager insiste em que o lucro gerado na Europa deve ser taxado no continente. Em 2011, a filial da Irlanda, matriz das operações na Europa, registrou um lucro de 16 bilhões de euros, mas só 50 milhões de euros foram taxados. Assim, pelos cálculos da UE, pagou efetivamente 0,05% de imposto.
Com centenas de bilhões de dólares em caixa, a Apple tem dinheiro de sobra para pagar a dívida, mas vai resistir a uma conta tão salgada e tentar ao menos alongar o prazo de pagamento.
Donald Trump não tem nenhum apoio entre os negros nos EUA
Sob acusações de racismo, o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, fez na semana um apelo pelo voto dos negros prometendo acabar com a violência nos bairros da periferia das grandes cidades e gerar empregos. Mas uma nova pesquisa indica que ele não tem apoio nenhum no eleitorado afro-americano.
Na pesquisa do instituto Public Policy Polling revelada ontem no programa de Rachel Maddow no canal liberal de televisão por assinatura MSNBC, nenhum entrevistado declarou ter uma imagem favorável de Trump.
Ninguém. Zero. Cerca de 97% dos negros ouvidos disseram ter uma impressão negativa do candidato e 3% estão indecisos.
Nas pesquisas de intenção de voto, 91% dos negros apoiam a candidata Hillary Clinton, do Partido Democrata, e 1% declaram voto em Trump.
Na pesquisa do instituto Public Policy Polling revelada ontem no programa de Rachel Maddow no canal liberal de televisão por assinatura MSNBC, nenhum entrevistado declarou ter uma imagem favorável de Trump.
Ninguém. Zero. Cerca de 97% dos negros ouvidos disseram ter uma impressão negativa do candidato e 3% estão indecisos.
Nas pesquisas de intenção de voto, 91% dos negros apoiam a candidata Hillary Clinton, do Partido Democrata, e 1% declaram voto em Trump.
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Guarda costeira da Itália salva 6,5 mil migrantes no Mediterrâneo
Num dos dias mais agitados dos últimos, mais de 6,5 mil migrantes foram resgatados ontem perto da costa da Líbia, revelou a Guarda Costeira da Itália, citada pela AFP (Agência France Presse).
Foram 40 missões de resgate realizadas a cerca de 20 quilômetros do porto de Sabrata, na Líbia. No domingo, 1,1 mil náufragos haviam sido salvos.
A maioria dos migrantes vinha da África Ocidental e da região do Chifre da África, no Nordeste do continente, de países como a Nigéria, a Etiópia (os dois mais populosos da África) e Somália. Um bebê de cinco dias foi entregue aos cuidados da organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MsF).
Com o acordo entre a União Europeia e a Turquia para barrar o fluxo de migrantes das guerras no Oriente Médio, a onda de refugiados é maior hoje na Itália do que na Grécia.
Eles saem da Líbia, que vive em estado de anarquia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, e tentam atravessar o Mar Mediterrâneo em embarcações precaríssimas. Os traficantes de seres humanos costumam avisar a Guarda Costeira e fugir.
Foram 40 missões de resgate realizadas a cerca de 20 quilômetros do porto de Sabrata, na Líbia. No domingo, 1,1 mil náufragos haviam sido salvos.
A maioria dos migrantes vinha da África Ocidental e da região do Chifre da África, no Nordeste do continente, de países como a Nigéria, a Etiópia (os dois mais populosos da África) e Somália. Um bebê de cinco dias foi entregue aos cuidados da organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MsF).
Com o acordo entre a União Europeia e a Turquia para barrar o fluxo de migrantes das guerras no Oriente Médio, a onda de refugiados é maior hoje na Itália do que na Grécia.
Eles saem da Líbia, que vive em estado de anarquia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, e tentam atravessar o Mar Mediterrâneo em embarcações precaríssimas. Os traficantes de seres humanos costumam avisar a Guarda Costeira e fugir.
Bolívia vai retirar embaixador do Brasil se Dilma for impedida
Em nota no Twitter, o presidente Evo Morales escreveu hoje que, "se prospera o golpe parlamentar contra o governo democrático de Dilma Rousseff, a Bolívia convocará seu embaixador. Defendamos a democracia e a paz", informou o jornal boliviano La Razón.
A retirada do embaixador José Kinn Franco seria um gesto usado com frequência para manifestar descontentamento nas relações diplomáticas. Morales também pode pedir explicações ao embaixador brasileiro em La Paz.
Uma resposta mais dura seria rebaixar as relações bilaterais, retirando o embaixador permanentemente, um passo antes do rompimento de relações diplomáticas.
Morales já havia se manifestado ontem contra o processo de impeachment: "O único juiz que pode sancionar sua conduta política é o povo, os outros cumprem o vergonhoso encargo do Império. Força, Dilma!"
Morales faz parte da ala mais radical do chavismo, que vê todos os problemas da América Latina como conspirações do imperialismo americano. Como o Partido dos Trabalhadores, está preso na armadilha ideológica da Guerra Fria.
Nas relações com o Brasil, além de ocupar militarmente a estatizar instalações da Petrobrás na Bolívia, Morales negou salvo-conduto ao senador boliviano Roger Pinto Molina, refugiado na embaixada brasileira em La Paz. Um diplomata brasileiro retirou pessoalmente o senador do país e o trouxe para o Brasil, gerando uma crise entre os dois países.
A retirada do embaixador José Kinn Franco seria um gesto usado com frequência para manifestar descontentamento nas relações diplomáticas. Morales também pode pedir explicações ao embaixador brasileiro em La Paz.
Uma resposta mais dura seria rebaixar as relações bilaterais, retirando o embaixador permanentemente, um passo antes do rompimento de relações diplomáticas.
Morales já havia se manifestado ontem contra o processo de impeachment: "O único juiz que pode sancionar sua conduta política é o povo, os outros cumprem o vergonhoso encargo do Império. Força, Dilma!"
Morales faz parte da ala mais radical do chavismo, que vê todos os problemas da América Latina como conspirações do imperialismo americano. Como o Partido dos Trabalhadores, está preso na armadilha ideológica da Guerra Fria.
Nas relações com o Brasil, além de ocupar militarmente a estatizar instalações da Petrobrás na Bolívia, Morales negou salvo-conduto ao senador boliviano Roger Pinto Molina, refugiado na embaixada brasileira em La Paz. Um diplomata brasileiro retirou pessoalmente o senador do país e o trouxe para o Brasil, gerando uma crise entre os dois países.
Subcomandante do Estado Islâmico é morto em Alepo
O ministro das Comunicações do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Abu Muhammed al-Adnani, considerado subcomandante geral do grupo, foi morto quando inspecionava tropas na província de Alepo, na Síria, anunciou hoje a agência de notícias Amaq, da própria organização terrorista, sem fornecer detalhes.
Porta-voz histórico da milícia jihadista, foi Al-Adnani que fez um apelo aos seguidores do Estado Islâmico a atacar de todas as formas possíveis durante o sagrado mês do Ramadã. Também era acusado pelos atentados de novembro de 2015 em Paris e de março de 2016 em Bruxelas.
Porta-voz histórico da milícia jihadista, foi Al-Adnani que fez um apelo aos seguidores do Estado Islâmico a atacar de todas as formas possíveis durante o sagrado mês do Ramadã. Também era acusado pelos atentados de novembro de 2015 em Paris e de março de 2016 em Bruxelas.
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Ministro liberal deixa governo socialista de olho na Presidência da França
Sob a alegação de se "dedicar inteiramente" a seu movimento político Em Marcha, o ministro da Economia, Emmanuel Macron, pediu demissão hoje ao presidente François Hollande de olho numa candidatura à Presidência da França em 2017. Será substituído por Michel Sapin, que vai acumular o cargo com o de ministro das Finanças.
Desde que lançou o movimento a favor da liberalização da economia, Macron era visto com suspeita, sobretudo pela ala mais à esquerda do Partido Socialista. Ele é considerado a "direita da esquerda", mas tem problemas para conseguir apoio eleitoral à esquerda.
Com aprovação popular de apenas 12%, o presidente Hollande é candidato à reeleição, mas corre sério risco de não chegar ao segundo turno, como aconteceu com o PS em 2002, por causa do avanço da Frente Nacional, de extrema direita, e da maior popularidade do partido de centro-direita Os Republicanos.
Nas pesquisas de opinião, Macron era o terceiro ministro mais popular do governo, depois dos ministros da Defesa, Jean-Yves Le Drian, e do Interior, Bernard Cazeneuve.
A Lei Macron ou Lei do Crescimento, da Atividade e da Igualdade de Oportunidades causou grande divisão interna no PS e foi aprovada por decreto no ano passado, sem votação na Assembleia Nacional. Entre outras medidas, ela facilitou o trabalho noturno e aos domingos, acabou com o monopólio da rede ferroviária estatal e autorizou privatizações parciais no valor de 10 bilhões de euros.
Um dos políticos mais populares da França, Macron dificilmente obteria a candidatura socialista. Se o presidente Hollande desistir por causa da impopularidade, o candidato natural será o primeiro-ministro Manuel Valls. Há uma eleição prévia talhada sob medida para validar a candidatura Hollande.
Desde que lançou o movimento a favor da liberalização da economia, Macron era visto com suspeita, sobretudo pela ala mais à esquerda do Partido Socialista. Ele é considerado a "direita da esquerda", mas tem problemas para conseguir apoio eleitoral à esquerda.
Com aprovação popular de apenas 12%, o presidente Hollande é candidato à reeleição, mas corre sério risco de não chegar ao segundo turno, como aconteceu com o PS em 2002, por causa do avanço da Frente Nacional, de extrema direita, e da maior popularidade do partido de centro-direita Os Republicanos.
Nas pesquisas de opinião, Macron era o terceiro ministro mais popular do governo, depois dos ministros da Defesa, Jean-Yves Le Drian, e do Interior, Bernard Cazeneuve.
A Lei Macron ou Lei do Crescimento, da Atividade e da Igualdade de Oportunidades causou grande divisão interna no PS e foi aprovada por decreto no ano passado, sem votação na Assembleia Nacional. Entre outras medidas, ela facilitou o trabalho noturno e aos domingos, acabou com o monopólio da rede ferroviária estatal e autorizou privatizações parciais no valor de 10 bilhões de euros.
Um dos políticos mais populares da França, Macron dificilmente obteria a candidatura socialista. Se o presidente Hollande desistir por causa da impopularidade, o candidato natural será o primeiro-ministro Manuel Valls. Há uma eleição prévia talhada sob medida para validar a candidatura Hollande.
Maior consumo aumenta chance de alta de juros nos EUA
Com o aumento da compra de automóveis, o consumo pessoal cresceu em julho pelo quarto mês consecutivo num sinal de aquecimento da economia que aumenta a possibilidade de uma alta nas taxas básicas de juros neste ano nos Estados Unidos, informou a agência Reuters.
O consumo, ajustado pela inflação, teve alta de 0,3% em julho depois de avançar 0,4% em junho em relação a maio e 4,4% na comparação anual, revelou ontem um relatório do Departamento do Comércio.
É mais um sinal de recuperação da economia americana depois de um segundo trimestre com crescimento fraco de apenas 1,1% ao ano. A renda pessoal aumentou 0,4% em julho, depois de crescer 0,3% em junho. Os salários subiram 0,5% e a poupança passou de US$ 776,2 bilhões para US$ 794,7 bilhões.
Na semana passada, a presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central do país, Janet Yellen, observou que o argumento para aumentar juros se fortaleceu nos últimos meses.
Ao mesmo tempo, o núcleo da inflação, excluídos os preços mais voláteis de energia e alimentos, avançou 0,1% em junho e 0,1% em junho.
Como a inflação anual está em 1,6%, abaixo da meta informal perseguida pelo Fed de 2% ao ano, a maioria dos analistas acredita que o Fed deve esperar até dezembro. Antes, o comitê de política monetária se reúne em setembro e novembro.
O Fed aumentou suas taxas básicas de juros em dezembro do ano passado para uma faixa de 0,25%-0,5% ao ano depois de manter a taxa praticamente zerada, em 0-0,25%, desde dezembro de 2008 para enfrentar a Grande Recessão.
O consumo, ajustado pela inflação, teve alta de 0,3% em julho depois de avançar 0,4% em junho em relação a maio e 4,4% na comparação anual, revelou ontem um relatório do Departamento do Comércio.
É mais um sinal de recuperação da economia americana depois de um segundo trimestre com crescimento fraco de apenas 1,1% ao ano. A renda pessoal aumentou 0,4% em julho, depois de crescer 0,3% em junho. Os salários subiram 0,5% e a poupança passou de US$ 776,2 bilhões para US$ 794,7 bilhões.
Na semana passada, a presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central do país, Janet Yellen, observou que o argumento para aumentar juros se fortaleceu nos últimos meses.
Ao mesmo tempo, o núcleo da inflação, excluídos os preços mais voláteis de energia e alimentos, avançou 0,1% em junho e 0,1% em junho.
Como a inflação anual está em 1,6%, abaixo da meta informal perseguida pelo Fed de 2% ao ano, a maioria dos analistas acredita que o Fed deve esperar até dezembro. Antes, o comitê de política monetária se reúne em setembro e novembro.
O Fed aumentou suas taxas básicas de juros em dezembro do ano passado para uma faixa de 0,25%-0,5% ao ano depois de manter a taxa praticamente zerada, em 0-0,25%, desde dezembro de 2008 para enfrentar a Grande Recessão.
Irã instala mísseis antiaéreos russos perto de instalação nuclear
O Irã decidiu proteger o centro subterrâneo de enriquecimento de urânio de Fordow com sistemas avançados de mísseis de defesa antiaérea S-300 comprados da Rússia, noticiou ontem a agência Reuters citando meios de comunicação locais.
Um comandante da Força Aérea da Guarda Revolucionária do Irã, o braço armado do regime dos aiatolás, deixou claro que o único objetivo é proteger a instalação nuclear.
Em julho do ano passado, o Irã fechou um acordo com as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar seu programa nuclear em troca do fim de sanções econômicas, políticas e militares internacionais.
Com a implementação do acordo, o enriquecimento de urânio em Fordow, que fica a 100 quilômetros ao sul de Teerã, deve ter sido suspenso. Todas as instalações nucleares do país estão sujeitas a inspeções de surpresa da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Em 2010, sob o governo de Dimitri Medvedev, a Rússia suspendeu a venda de mísseis S-300 por causa das sanções impostas pela ONU com o voto russo. Antecipando-se ao fim das sanções, o presidente Vladimir Putin cancelou a suspensão em abril de 2015.
O Irã vive sob a ameaça de um bombardeio de Israel, que teme a bomba atômica iraniana, a suas instalações nucleares. Com os sistemas de defesa S-300, teria mais condições de neutralizar um ataque.
Um comandante da Força Aérea da Guarda Revolucionária do Irã, o braço armado do regime dos aiatolás, deixou claro que o único objetivo é proteger a instalação nuclear.
Em julho do ano passado, o Irã fechou um acordo com as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar seu programa nuclear em troca do fim de sanções econômicas, políticas e militares internacionais.
Com a implementação do acordo, o enriquecimento de urânio em Fordow, que fica a 100 quilômetros ao sul de Teerã, deve ter sido suspenso. Todas as instalações nucleares do país estão sujeitas a inspeções de surpresa da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Em 2010, sob o governo de Dimitri Medvedev, a Rússia suspendeu a venda de mísseis S-300 por causa das sanções impostas pela ONU com o voto russo. Antecipando-se ao fim das sanções, o presidente Vladimir Putin cancelou a suspensão em abril de 2015.
O Irã vive sob a ameaça de um bombardeio de Israel, que teme a bomba atômica iraniana, a suas instalações nucleares. Com os sistemas de defesa S-300, teria mais condições de neutralizar um ataque.
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Derrame do ditador abre luta pela sucessão no Usbequistão
O ditador do Usbequistão, Islam Karimov, presidente desde 1990, sofreu uma hemorragia cerebral há dois dias e está hospitalizado em estado grave, deixando uma situação de incerteza nesta ex-república soviética da Ásia Central. Há boatos de que o presidente morreu.
Sob seu comando, o país de 30 milhões de habitantes se tornou independente da União Soviética, em 1991, mas continuou refém do autoritarismo. Karimov, nomeado primeiro-secretário do Partido Comunista no Usbequistão em 1989, manteve a censura aos meios de comunicação e a repressão brutal às oposições políticas. Sua polícia política foi acusada de matar dissidente mergulhando-os em água fervendo.
O primeiro-ministro Chavkat Mirziyoyev é um forte candidato. Ele lidera o chamado clã de Samarcanda, uma das cidades históricas do país, que fica na Rota da Seda.
É provável que o clã de Tachkent, a capital do país, tente emplacar seu candidato. Seu líder é o chefe dos serviços secretos usbeques, Rustam Inoyatov, sempre um cargo fundamental na ex-URSS. Era considerado o homem mais poderoso do país depois do presidente.
"Todo o mundo tem medo dele, mas ele não quer ser presidente", declarou o analista Alexei Malachenko, do Centro Carnagie de Moscou.
Gulnara Karimova, a filha mais velha de Karimov, ex-diplomata e agora estrela pop, já foi vista como forte candidata à sucessão do pai, mas o enriquecimento em negócios suspeitos a queimou politicamente.
A disputa de poder abre espaço para um terceiro candidato, que pode ser o vice-primeiro-ministro Rustam Azimov, ou para uma divisão de poder entre as duas principais facções. Também é uma grande oportunidade para a Rússia tentar reafirmar sua influência.
Em política externa, Karimov mantinha uma política de neutralidade em relação a China, Rússia e Estados Unidos, resistindo às pressões do Kremlin para fazer alianças que atrelem o Usbequistão à esfera de influência russa. Também queria apresentar o país como um baluarte na luta contra o extremismo muçulmano.
A Rússia quer manter sua esfera de influência nas ex-repúblicas soviéticas. A China está interessada em revitalizar o Caminho da Seda para fortalecer seu comércio internacional. E os EUA querem apoio na guerra contra o terrorismo no Afeganistão e no Paquistão.
Mirziyoyev é considerado o candidato em potencial mais próximo de Moscou. Haverá pressões para manter a neutralidade. Uma possível disputa sucessória fragiliza o Usbequistão em meio à instabilidade geopolítica na região.
Sob seu comando, o país de 30 milhões de habitantes se tornou independente da União Soviética, em 1991, mas continuou refém do autoritarismo. Karimov, nomeado primeiro-secretário do Partido Comunista no Usbequistão em 1989, manteve a censura aos meios de comunicação e a repressão brutal às oposições políticas. Sua polícia política foi acusada de matar dissidente mergulhando-os em água fervendo.
O primeiro-ministro Chavkat Mirziyoyev é um forte candidato. Ele lidera o chamado clã de Samarcanda, uma das cidades históricas do país, que fica na Rota da Seda.
É provável que o clã de Tachkent, a capital do país, tente emplacar seu candidato. Seu líder é o chefe dos serviços secretos usbeques, Rustam Inoyatov, sempre um cargo fundamental na ex-URSS. Era considerado o homem mais poderoso do país depois do presidente.
"Todo o mundo tem medo dele, mas ele não quer ser presidente", declarou o analista Alexei Malachenko, do Centro Carnagie de Moscou.
Gulnara Karimova, a filha mais velha de Karimov, ex-diplomata e agora estrela pop, já foi vista como forte candidata à sucessão do pai, mas o enriquecimento em negócios suspeitos a queimou politicamente.
A disputa de poder abre espaço para um terceiro candidato, que pode ser o vice-primeiro-ministro Rustam Azimov, ou para uma divisão de poder entre as duas principais facções. Também é uma grande oportunidade para a Rússia tentar reafirmar sua influência.
Em política externa, Karimov mantinha uma política de neutralidade em relação a China, Rússia e Estados Unidos, resistindo às pressões do Kremlin para fazer alianças que atrelem o Usbequistão à esfera de influência russa. Também queria apresentar o país como um baluarte na luta contra o extremismo muçulmano.
A Rússia quer manter sua esfera de influência nas ex-repúblicas soviéticas. A China está interessada em revitalizar o Caminho da Seda para fortalecer seu comércio internacional. E os EUA querem apoio na guerra contra o terrorismo no Afeganistão e no Paquistão.
Mirziyoyev é considerado o candidato em potencial mais próximo de Moscou. Haverá pressões para manter a neutralidade. Uma possível disputa sucessória fragiliza o Usbequistão em meio à instabilidade geopolítica na região.
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Estado Islâmico reivindica autoria de atentado com 71 mortes no Iêmen
Pelo menos 71 pessoas foram mortas hoje num atentado terrorista suicida no quartel-general de uma milícia leal ao presidente deposto do Iêmen, Abed Rabbo Mansur Hadi, na cidade de Áden. A organização terrorista Estado Islâmico do Estado e do Levante assumiu a responsabilidade pelo ataque.
O suicida dirigiu um veículo carregado de explosivos até o setor de treinamento dos recrutas dos Comitês Populares, apoiados pela Arábia Saudita e as monarquias petroleiras do Golfo Pérsico, e os detonou.
Hadi foi derrubado pelos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, que tomaram a capital, Saná, em setembro de 2014, e fugiu para a Arábia Saudita em fevereiro de 2015. Desde 25 de março daquele ano, os sauditas e aliados intervêm militarmente no Iêmen sem conseguir acabar com a guerra civil.
As milícias jihadistas se aproveitam da situação caótica para fazer ataques terroristas.
O suicida dirigiu um veículo carregado de explosivos até o setor de treinamento dos recrutas dos Comitês Populares, apoiados pela Arábia Saudita e as monarquias petroleiras do Golfo Pérsico, e os detonou.
Hadi foi derrubado pelos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, que tomaram a capital, Saná, em setembro de 2014, e fugiu para a Arábia Saudita em fevereiro de 2015. Desde 25 de março daquele ano, os sauditas e aliados intervêm militarmente no Iêmen sem conseguir acabar com a guerra civil.
As milícias jihadistas se aproveitam da situação caótica para fazer ataques terroristas.
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ELN rejeita acordo de paz das FARC
O líder do segundo maior grupo guerrilheiro colombiano, o Exército de Libertação Nacional (ELN), rejeitou os termos do acordo de paz anunciado entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Nicolás Rodríguez Bautista, mais conhecido pelo nome de guerra Gabino, não deu maiores detalhes. O acordo com as FARC enfraquece a posição do ELN, que reluta em iniciar negociações de paz para abandonar a luta armada e se integrar à vida civil.
O governo tem interesse em iniciar logo as negociações para evitar que guerrilheiros das FARC simplesmente entrem para o ELN, que estaria se preparando para ocupar algumas regiões hoje em poder das FARC.
É um dos poucos instrumentos de barganha da cúpula do ELN. O governo colombiano teme que o comando não seja capaz de impor suas decisões à base e pode passar a tratar o grupo como uma organização criminosa comum, negando legitimidade a suas ambições políticas.
Nicolás Rodríguez Bautista, mais conhecido pelo nome de guerra Gabino, não deu maiores detalhes. O acordo com as FARC enfraquece a posição do ELN, que reluta em iniciar negociações de paz para abandonar a luta armada e se integrar à vida civil.
O governo tem interesse em iniciar logo as negociações para evitar que guerrilheiros das FARC simplesmente entrem para o ELN, que estaria se preparando para ocupar algumas regiões hoje em poder das FARC.
É um dos poucos instrumentos de barganha da cúpula do ELN. O governo colombiano teme que o comando não seja capaz de impor suas decisões à base e pode passar a tratar o grupo como uma organização criminosa comum, negando legitimidade a suas ambições políticas.
Comandante das FARC ordena cessar-fogo definitivo a partir de hoje
Daqui a uma hora e meia, à meia-noite deste domingo pelo horário colombiano, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) iniciam um cessar-fogo definitivo ordenado por seu comandante supremo, Rodrigo Londoño Echeverri, mais conhecido pelos nomes de guerra Timoleón Jiménez ou Timochenko.
"Ordeno a todos os nossos comandos, a todas as unidades, a todos e a cada um de nossos e nossas combatentes a cessar fogo e as hostilidades de maneira definitiva contra o Estado colombiano a partir das 24 horas da noite de hoje", declarou Timochenko a jornalistas em Havana.
Depois de quatro anos de negociações em Cuba, um acordo foi anunciado na semana passada para pôr fim a 52 anos de luta armada para tentar impor um regime comunista. O acordo de paz deve ser assinado dentro de um mês na Colômbia por Timochenko e o presidente Juan Manuel Santos.
Em 2 de outubro, o acordo com as FARC será submetido a um referendo para obter a aprovação popular. Cerca de 60% dos colombianos são a favor do acordo, mas o resultado pode ser apertado porque o ex-presidente Álvaro Uribe, de quem Santos era ministro da Defesa, é contra a anistia parcial aos guerrilheiros.
O pai de Uribe foi sequestrado e morto. Durante o governo Uribe, as Forças Armadas da Colômbia obtiveram grandes vitórias na guerra contra as FARC, levando o grupo a negociar com Santos numa posição de clara inferioridade no campo de batalha depois de tentativas fracassadas nos governos Ernesto Samper e Andrés Pastrana.
Com as centenas de milhões de dólares que ganhavam com o tráfico de drogas, os guerrilheiros não viam razão para abandonar as armas e se integrar à sociedade. Ainda havia o precedente da União Patriótica, fundada em 1985 por ex-guerrilheiros, que teve mais de mil candidatos assassinados, inclusive à Presidência da Colômbia.
A paz com as FARC praticamente encerra uma guerra civil iniciada com o assassinato, em 9 de abril de 1948, do candidato liberal à Presidência da Colômbia, Jorge Eliécer Gaitán, que deflagrou uma explosão de violência, o Bogotaço. Mais de 2 mil pessoas foram mortas em 24 horas.
Era o início de um período de uma década na história da Colômbia conhecido como La Violencia, em que 200 a 300 mil. Naquela época, as oposições liberal e de esquerda foram para a clandestinidade. Nesta clima de violência política histórica, sem espaço para uma oposição de esquerda, as FARC nasceram em 1964 como braço armado do Partido Comunista Colombiano, de orientação soviética.
Com o declínio do comunismo como ideologia do financiamento da União Soviética, extinta em 1991, as FARC se reinventaram como um grupo narcoguerrilheiro, passando a traficar drogas para se financiar como historicamente faziam os grupos paramilitares de direita que combatiam os guerrilheiros de esquerda nas zonas rurais.
Mais 220 mil pessoas foram mortas e outras 90 mil desapareceram na guerra civil deflagrada pelas FARC. Cerca de 6,9 milhões fugiram de casa. Ao todo, desde 1948, o total de mortos na guerra civil colombiana é estimado entre 500 e 600 mil pessoas.
Resta ainda o Exército de Libertação Nacional (ELN), um grupo guerrilheiro marxista cristão, que resiste, mas não tem alternativa. Ao anunciar seu acordo de paz, as FARC aconselharam o ELN a fazer o mesmo. O governo teme que o grupo tente recrutar guerrilheiros e ocupar áreas que estavam em poder das FARC.
"Ordeno a todos os nossos comandos, a todas as unidades, a todos e a cada um de nossos e nossas combatentes a cessar fogo e as hostilidades de maneira definitiva contra o Estado colombiano a partir das 24 horas da noite de hoje", declarou Timochenko a jornalistas em Havana.
Depois de quatro anos de negociações em Cuba, um acordo foi anunciado na semana passada para pôr fim a 52 anos de luta armada para tentar impor um regime comunista. O acordo de paz deve ser assinado dentro de um mês na Colômbia por Timochenko e o presidente Juan Manuel Santos.
Em 2 de outubro, o acordo com as FARC será submetido a um referendo para obter a aprovação popular. Cerca de 60% dos colombianos são a favor do acordo, mas o resultado pode ser apertado porque o ex-presidente Álvaro Uribe, de quem Santos era ministro da Defesa, é contra a anistia parcial aos guerrilheiros.
O pai de Uribe foi sequestrado e morto. Durante o governo Uribe, as Forças Armadas da Colômbia obtiveram grandes vitórias na guerra contra as FARC, levando o grupo a negociar com Santos numa posição de clara inferioridade no campo de batalha depois de tentativas fracassadas nos governos Ernesto Samper e Andrés Pastrana.
Com as centenas de milhões de dólares que ganhavam com o tráfico de drogas, os guerrilheiros não viam razão para abandonar as armas e se integrar à sociedade. Ainda havia o precedente da União Patriótica, fundada em 1985 por ex-guerrilheiros, que teve mais de mil candidatos assassinados, inclusive à Presidência da Colômbia.
A paz com as FARC praticamente encerra uma guerra civil iniciada com o assassinato, em 9 de abril de 1948, do candidato liberal à Presidência da Colômbia, Jorge Eliécer Gaitán, que deflagrou uma explosão de violência, o Bogotaço. Mais de 2 mil pessoas foram mortas em 24 horas.
Era o início de um período de uma década na história da Colômbia conhecido como La Violencia, em que 200 a 300 mil. Naquela época, as oposições liberal e de esquerda foram para a clandestinidade. Nesta clima de violência política histórica, sem espaço para uma oposição de esquerda, as FARC nasceram em 1964 como braço armado do Partido Comunista Colombiano, de orientação soviética.
Com o declínio do comunismo como ideologia do financiamento da União Soviética, extinta em 1991, as FARC se reinventaram como um grupo narcoguerrilheiro, passando a traficar drogas para se financiar como historicamente faziam os grupos paramilitares de direita que combatiam os guerrilheiros de esquerda nas zonas rurais.
Mais 220 mil pessoas foram mortas e outras 90 mil desapareceram na guerra civil deflagrada pelas FARC. Cerca de 6,9 milhões fugiram de casa. Ao todo, desde 1948, o total de mortos na guerra civil colombiana é estimado entre 500 e 600 mil pessoas.
Resta ainda o Exército de Libertação Nacional (ELN), um grupo guerrilheiro marxista cristão, que resiste, mas não tem alternativa. Ao anunciar seu acordo de paz, as FARC aconselharam o ELN a fazer o mesmo. O governo teme que o grupo tente recrutar guerrilheiros e ocupar áreas que estavam em poder das FARC.
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domingo, 28 de agosto de 2016
Morales acusa mineiros de conspiração para derrubar o governo
O presidente Evo Morales afirmou que as greves e manifestações de protesto que causaram a morte de três mineiros e do vice-ministro do Interior da Bolívia, Rodolfo Illanes, eram parte da última conspiração de seus inimigos políticos para derrubar o governo, noticiou o jornal Latin American Herald Tribune.
"Mais uma vez, o governo nacional esmagou uma tentativa de golpe. Estou convencido disso", declarou ontem Morales em entrevista na cidade de Cochabamba. Ele acusou os mineiros de planejarem se entrincheirar ao longo das estradas que bloquearam e disse haver documentos confiscados nas cooperativas que falam abertamente em "derrubar o governo".
Pelo menos dez líderes mineiros foram presos na investigação sobre o assassinato de Illanes, inclusive o presidente da Federação Nacional das Confederações de Mineiros (Fencomin), Carlos Mamani. Os mineiros mortos no confronto com a polícia na rodovia La Paz-Oruro eram Fermín Mamani, Rubén Aparaya Pilco e Severino Ichota.
Morales denuncia o movimento dos mineiros como uma jogada política, rejeitando a alegação da Fencomin de que é um protesto contra uma nova lei que permite a criação de sindicatos dentro das cooperativas.
Na sexta-feita, Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS), descreveu o vice-ministro sequestrado e torturado até a morte por mineiros como "um herói da defesa dos recursos naturais" da Bolívia e acusou o movimento dos mineiros de ser uma pressão no governo para permitir que as cooperativas negociem diretamente contratos com empresas privadas nacionais e estrangeiras.
"Mais uma vez, o governo nacional esmagou uma tentativa de golpe. Estou convencido disso", declarou ontem Morales em entrevista na cidade de Cochabamba. Ele acusou os mineiros de planejarem se entrincheirar ao longo das estradas que bloquearam e disse haver documentos confiscados nas cooperativas que falam abertamente em "derrubar o governo".
Pelo menos dez líderes mineiros foram presos na investigação sobre o assassinato de Illanes, inclusive o presidente da Federação Nacional das Confederações de Mineiros (Fencomin), Carlos Mamani. Os mineiros mortos no confronto com a polícia na rodovia La Paz-Oruro eram Fermín Mamani, Rubén Aparaya Pilco e Severino Ichota.
Morales denuncia o movimento dos mineiros como uma jogada política, rejeitando a alegação da Fencomin de que é um protesto contra uma nova lei que permite a criação de sindicatos dentro das cooperativas.
Na sexta-feita, Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS), descreveu o vice-ministro sequestrado e torturado até a morte por mineiros como "um herói da defesa dos recursos naturais" da Bolívia e acusou o movimento dos mineiros de ser uma pressão no governo para permitir que as cooperativas negociem diretamente contratos com empresas privadas nacionais e estrangeiras.
Partido Comunista da China indica novo governador para o Tibete
O regime comunista da China nomeou hoje um novo chefe do partido para governar a região supostamente autônoma do Tibete, onde Beijim enfrenta uma reação nacionalista liderada pelo budismo tibetano, informou a agência Reuters.
Losang Gyaltsen, tibetano, de 55 anos, foi prefeito de Lhassa, a capital tibetana, e professor de teoria marxista. Na hierarquia do PC no Tibete, só fica atrás do primeiro-secretário, Chen Quanguo, chinês da etnia hã amplamente majoritária na China.
O novo governador prometeu um "combate resoluto" ao movimento pela autonomia do Tibete liderado pelo Dalai Lama, líder político e espiritual do nacionalismo tibetano.
O PC chinês também indicou novos dirigentes regionais para as províncias de Hunã e Yunã. Esta última faz fronteira com o Laos, Mianmar e o Vietnã.
Uma das regiões mais sensíveis politicamente da China, o Tibete é alvo de uma política de assimilação cultural pelo regime comunista e a minoria étnica, hã, que representa 93% da população chinesa.
Desde a expansão mongol sob Gêngis Khan, no século 13, o Tibete era uma província do Império Chinês. Com a queda de monarquia em 1911, o Tibete se tornou independente. Quando os comunistas tomaram o poder, em 1949, decidiram reconquistar as regiões que historicamente foram parte do Império Chinês.
Em 1951, os comunistas tomaram o poder no Tibete. Uma revolução frustrada em 1959 levou a um aumento da repressão. Sua Santidade e Sua Majestade, o 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, fugiu para o exílio na Índia.
A integridade territorial é uma das obsessões do regime comunista chinês, que ameaça invadir Taiwan se a ilha rebelde declarar a independência e usa cada vez mais a força para impor suas ambições no Mar do Sul da China.
A região autônoma do Tibete tem 1,228 milhão de quilômetros quadrados. Já o chamado Grande Tibete, a área de influência étnica e cultural do budismo tibetano inclui também as províncias, Chinghai, Gansu, Sichuã e Yunã. Tem 2,5 milhões de km2, 26% do território chinês, de 9,6 milhões km2.
Losang Gyaltsen, tibetano, de 55 anos, foi prefeito de Lhassa, a capital tibetana, e professor de teoria marxista. Na hierarquia do PC no Tibete, só fica atrás do primeiro-secretário, Chen Quanguo, chinês da etnia hã amplamente majoritária na China.
O novo governador prometeu um "combate resoluto" ao movimento pela autonomia do Tibete liderado pelo Dalai Lama, líder político e espiritual do nacionalismo tibetano.
O PC chinês também indicou novos dirigentes regionais para as províncias de Hunã e Yunã. Esta última faz fronteira com o Laos, Mianmar e o Vietnã.
Uma das regiões mais sensíveis politicamente da China, o Tibete é alvo de uma política de assimilação cultural pelo regime comunista e a minoria étnica, hã, que representa 93% da população chinesa.
Desde a expansão mongol sob Gêngis Khan, no século 13, o Tibete era uma província do Império Chinês. Com a queda de monarquia em 1911, o Tibete se tornou independente. Quando os comunistas tomaram o poder, em 1949, decidiram reconquistar as regiões que historicamente foram parte do Império Chinês.
Em 1951, os comunistas tomaram o poder no Tibete. Uma revolução frustrada em 1959 levou a um aumento da repressão. Sua Santidade e Sua Majestade, o 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, fugiu para o exílio na Índia.
A integridade territorial é uma das obsessões do regime comunista chinês, que ameaça invadir Taiwan se a ilha rebelde declarar a independência e usa cada vez mais a força para impor suas ambições no Mar do Sul da China.
A região autônoma do Tibete tem 1,228 milhão de quilômetros quadrados. Já o chamado Grande Tibete, a área de influência étnica e cultural do budismo tibetano inclui também as províncias, Chinghai, Gansu, Sichuã e Yunã. Tem 2,5 milhões de km2, 26% do território chinês, de 9,6 milhões km2.
Rússia volta a autorizar voos fretados para a Turquia
A Rússia suspendeu hoje a proibição de voos fretados para a Turquia, em vigor desde que um avião de caça turco derrubou um bombardeiro russo acusado de invadir seu espaço aérea, em 24 de novembro de 2016.
É mais um sinal da reaproximação entre os dois países por iniciativa do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em busca de fortalecer suas alianças internacionais.
A Turquia fez as concessões necessárias à Rússia para poder lançar sua ofensiva no Norte da Síria contra guerrilheiros curdos e a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante com a cobertura aérea dos Estados Unidos e de sua própria Força Aérea, que poderia de ser alvo de retaliações da Rússia. Moscou instalou suas sistemas de defesa antiaérea mais avançados na Síria.
Para os russos, as praias da Turquia são uma boa alternativa para as férias de verão no Mar Mediterrâneo. A ameaça terrorista é real, mas não é considerada tão grande como no Egito, onde um voo da companhia aérea russa Metrojet foi derrubado no Deserto do Sinai em 31 de outubro de 2015 e todas as 224 pessoas a bordo morreram.
É mais um sinal da reaproximação entre os dois países por iniciativa do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em busca de fortalecer suas alianças internacionais.
A Turquia fez as concessões necessárias à Rússia para poder lançar sua ofensiva no Norte da Síria contra guerrilheiros curdos e a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante com a cobertura aérea dos Estados Unidos e de sua própria Força Aérea, que poderia de ser alvo de retaliações da Rússia. Moscou instalou suas sistemas de defesa antiaérea mais avançados na Síria.
Para os russos, as praias da Turquia são uma boa alternativa para as férias de verão no Mar Mediterrâneo. A ameaça terrorista é real, mas não é considerada tão grande como no Egito, onde um voo da companhia aérea russa Metrojet foi derrubado no Deserto do Sinai em 31 de outubro de 2015 e todas as 224 pessoas a bordo morreram.
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sábado, 27 de agosto de 2016
Vice-ministro da Bolívia foi torturado durante sete horas
O cadáver do vice-ministro do Interior da Bolívia, Rodolfo Illanes, apresenta vários sinais de maus tratos depois de ser torturado durante sete horas até a morte, revelou hoje o procurador-geral do Estado, Ramiro Guerrero, citado pelo jornal boliviano La Razón. Cinco líderes mineiros devem ser denunciados pelo crime.
Illanes foi sequestrado, torturado e morto na quinta-feira na localidade de Panduro, quando foi até uma manifestação de mineiros em greve que bloqueavam a rodovia La Paz-Oruro para tentar restabelecer o diálogo depois de um confronto com a polícia em que dois grevistas morreram.
"Ao que parece, a morte foi entre 17h30 e 18h. Levando em conta a hora em que foi detido, podemos afirmar que foi torturado durante seis a sete horas", declarou o procurador-geral.
O corpo tem feridas nos joelhos e nas pernas, golpes nas costas, omoplata fora de lugar, costelas quebras e golpes nos órgãos genitais. "Ao que parece, o golpe que acabou com sua vida foi no crânio", acrescentou Guerrero.
O principal dirigente da Federação Nacional das Cooperativas de Mineiros (Fencomin), Carlos Mamani, maior articulador dos protestos, e outros nove líderes sindicais foram presos. Os grevistas repudiam uma nova lei que permite a criação de sindicatos dentro das cooperativas.
Illanes foi sequestrado, torturado e morto na quinta-feira na localidade de Panduro, quando foi até uma manifestação de mineiros em greve que bloqueavam a rodovia La Paz-Oruro para tentar restabelecer o diálogo depois de um confronto com a polícia em que dois grevistas morreram.
"Ao que parece, a morte foi entre 17h30 e 18h. Levando em conta a hora em que foi detido, podemos afirmar que foi torturado durante seis a sete horas", declarou o procurador-geral.
O corpo tem feridas nos joelhos e nas pernas, golpes nas costas, omoplata fora de lugar, costelas quebras e golpes nos órgãos genitais. "Ao que parece, o golpe que acabou com sua vida foi no crânio", acrescentou Guerrero.
O principal dirigente da Federação Nacional das Cooperativas de Mineiros (Fencomin), Carlos Mamani, maior articulador dos protestos, e outros nove líderes sindicais foram presos. Os grevistas repudiam uma nova lei que permite a criação de sindicatos dentro das cooperativas.
Coreia do Norte ameaça apagar a luz de vila da zona desmilitarizada
Em sua campanha permanente de intimidação, o regime comunista da Coreia do Norte ameaçou ontem destruir a iluminação instalada pela Coreia do Sul numa vila da zona desmilitarizada entre os dois países, noticiou a agência Associated Press (AP).
O governo stalinista de Pionguiangue acusa o Sul de deliberadamente voltar as luzes para Panmunjon num gesto hostil.
Hoje, as Nações Unidas condenaram os testes de mísseis lançados de submarinos feitos pelo regime norte-coreano em julho e agosto. O último, realizado em 23 de agosto, foi considerado uma reação ao início, em 22 de agosto, de manobras militares conjuntas realizadas todos os anos pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul.
O desenvolvimento de mísseis baseados em submarinos é uma parte essencial do dispositivo de dissuasão nuclear usado pela Coreia do Norte para garantir sua sobrevivência. Eles permitem lançar um contra-ataque mesmo se todas as instalações nucleares em terra forem destruídas.
Desde o fim de sua patrocinada, a União Soviética, em 1991, o regime norte-coreano faz uma chantagem atômica dirigida especialmente contra seus inimigos históricos, os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.
O governo stalinista de Pionguiangue acusa o Sul de deliberadamente voltar as luzes para Panmunjon num gesto hostil.
Hoje, as Nações Unidas condenaram os testes de mísseis lançados de submarinos feitos pelo regime norte-coreano em julho e agosto. O último, realizado em 23 de agosto, foi considerado uma reação ao início, em 22 de agosto, de manobras militares conjuntas realizadas todos os anos pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul.
O desenvolvimento de mísseis baseados em submarinos é uma parte essencial do dispositivo de dissuasão nuclear usado pela Coreia do Norte para garantir sua sobrevivência. Eles permitem lançar um contra-ataque mesmo se todas as instalações nucleares em terra forem destruídas.
Desde o fim de sua patrocinada, a União Soviética, em 1991, o regime norte-coreano faz uma chantagem atômica dirigida especialmente contra seus inimigos históricos, os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.
Japão promete ajuda de US$ 30 bilhões à África
Durante a Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento da África, realizada em Nairóbi, no Quênia, o primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou hoje uma ajuda de US$ 30 bilhões do Japão ao continente, noticiou a agência Reuters.
Nos próximos três anos, essa quantia será investida em educação, saúde e infraestrutura. A nova ajuda se soma a US$ 32 bilhões prometidos pelo governo japonês em 2013, 67% dos quais já foram desembolsados.
O Japão concorre com a China, que nos últimos anos destinou muito mais dinheiro à África entre investimentos, empréstimos e ajuda direta.
Nos próximos três anos, essa quantia será investida em educação, saúde e infraestrutura. A nova ajuda se soma a US$ 32 bilhões prometidos pelo governo japonês em 2013, 67% dos quais já foram desembolsados.
O Japão concorre com a China, que nos últimos anos destinou muito mais dinheiro à África entre investimentos, empréstimos e ajuda direta.
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sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Bolívia prende líderes mineiros por morte de vice-ministro
A polícia da Bolívia prendeu hoje 10 líderes mineiros, inclusive o principal dirigente da Federação Nacional das Cooperativas Mineiras da Bolívia (Fencomin), Carlos Mamani, na investigação sobre a morte do vice-ministro do Interior, Rodolfo Illanes, sequestrado, torturado e morto ontem por mineiros em greve, informou a edição digital do jornal boliviano La Razón.
A morte do vice-ministro foi confirmada à meia-noite de quinta-feira pelo ministro do Governo, equivalente a chefe da Casa Civil, Carlos Romero, que hoje à tarde revelou a prisão dos sindicalistas. Várias sedes de sindicatos foram alvo de operações de busca e apreensão.
Illanes tentou dialogar com mineiros em greve que bloqueavam a rodovia La Paz-Ururo. Acabou sendo sequestrado, torturado e morto. Seu cadáver foi encontrado à margem da estrada.
O ministro da Defesa, Reymi Ferreira, declarou que o governo já "identificou plenamente" os responsáveis pelo assassinato. Além de Mamani, líder das manifestações de protesto, estão sendo procurados entre outros os líderes mineiros Albino García e Cecilio Alanes Cruz.
A morte do vice-ministro foi confirmada à meia-noite de quinta-feira pelo ministro do Governo, equivalente a chefe da Casa Civil, Carlos Romero, que hoje à tarde revelou a prisão dos sindicalistas. Várias sedes de sindicatos foram alvo de operações de busca e apreensão.
Illanes tentou dialogar com mineiros em greve que bloqueavam a rodovia La Paz-Ururo. Acabou sendo sequestrado, torturado e morto. Seu cadáver foi encontrado à margem da estrada.
O ministro da Defesa, Reymi Ferreira, declarou que o governo já "identificou plenamente" os responsáveis pelo assassinato. Além de Mamani, líder das manifestações de protesto, estão sendo procurados entre outros os líderes mineiros Albino García e Cecilio Alanes Cruz.
França ficou estagnada no segundo trimestre de 2016
A economia da França, a segunda maior da Zona do Euro, ficou estagnada no segundo trimestre deste ano, com crescimento zero, confirmou hoje a segunda estimativa do Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos).
Depois de uma expansão de 0,7% no primeiro trimestre, a expectativa era de uma alta de 0,3% no produto interno bruto francês. Além da estagnação do consumo doméstico, o mau desempenho se explica pela baixa nos investimentos, atribuída à mobilização das centrais sindicais contra a reforma na lei trabalhista.
O investimento avançou apenas 0,2%, depois de registrar alta de 1,3% no primeiro trimestre. O consumo doméstico ficou em zero. E o setor de construção civil recuou 0,5%.
Com crescimento zero no consumo, a produção de bens cresceu apenas 0,1%, em contraste com 1,5% no primeiro trimestre, e o setor de serviços recuou 0,1% depois de uma alta de 0,7% no início do ano.
A estagnação atrapalha os planos de ajuste fiscal do governo socialista, que previu no orçamento uma expansão de 1,5% neste ano. Ontem, o primeiro-ministro Manuel Valls havia reafirmado a previsão oficial de crescimento.
Na sua última análise conjuntural, em junho, o Insee previu crescimento de 0,3% no terceiro trimestre e de 0,4% no quarto. O Banco da França espera um avanço de 0,3% no terceiro trimestre e de 1,4% no ano.
Depois de uma expansão de 0,7% no primeiro trimestre, a expectativa era de uma alta de 0,3% no produto interno bruto francês. Além da estagnação do consumo doméstico, o mau desempenho se explica pela baixa nos investimentos, atribuída à mobilização das centrais sindicais contra a reforma na lei trabalhista.
O investimento avançou apenas 0,2%, depois de registrar alta de 1,3% no primeiro trimestre. O consumo doméstico ficou em zero. E o setor de construção civil recuou 0,5%.
Com crescimento zero no consumo, a produção de bens cresceu apenas 0,1%, em contraste com 1,5% no primeiro trimestre, e o setor de serviços recuou 0,1% depois de uma alta de 0,7% no início do ano.
A estagnação atrapalha os planos de ajuste fiscal do governo socialista, que previu no orçamento uma expansão de 1,5% neste ano. Ontem, o primeiro-ministro Manuel Valls havia reafirmado a previsão oficial de crescimento.
Na sua última análise conjuntural, em junho, o Insee previu crescimento de 0,3% no terceiro trimestre e de 0,4% no quarto. O Banco da França espera um avanço de 0,3% no terceiro trimestre e de 1,4% no ano.
Carro-bomba mata 11 e fere 78 policiais na Turquia
Um carro-bomba explodiu hoje num posto de controle próximo a uma delegacia de polícia no Sudeste da Turquia. Pelo menos 11 policiais foram mortos e 78 saíram feridos, noticiou a agência turca Anadolu.
A explosão ocorreu a cerca de 50 metros de uma delegacia de polícia, perto da cidade de Cizre, na província de Sirnak, dois dias depois que o Exército da Turquia invadiu a Síria para apoiar rebeldes que tomaram a cidade de Jarablus da milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Mesmo assim, o primeiro-ministro Binali Yildirim afirmou não ter dúvidas sobre a responsabilidade dos guerrilheiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que há mais de 30 anos luta pela independência da nação curda, descartando a possibilidade de atentado do Estado Islâmico.
Um cessar-fogo e negociações de paz com o PKK entraram em colapso em julho de 2015, quando o presidente Recep Tayyip Erdogan decidiu reiniciar a guerra por razões de política interna, para reconquistar a maioria na Assembleia Nacional.
Além da guerrilha curda e do Estado Islâmico, a Turquia enfrenta a ameaça de grupos de extrema esquerda e dos que tentaram dar um golpe de Estado em 15 de julho.
A explosão ocorreu a cerca de 50 metros de uma delegacia de polícia, perto da cidade de Cizre, na província de Sirnak, dois dias depois que o Exército da Turquia invadiu a Síria para apoiar rebeldes que tomaram a cidade de Jarablus da milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Mesmo assim, o primeiro-ministro Binali Yildirim afirmou não ter dúvidas sobre a responsabilidade dos guerrilheiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que há mais de 30 anos luta pela independência da nação curda, descartando a possibilidade de atentado do Estado Islâmico.
Um cessar-fogo e negociações de paz com o PKK entraram em colapso em julho de 2015, quando o presidente Recep Tayyip Erdogan decidiu reiniciar a guerra por razões de política interna, para reconquistar a maioria na Assembleia Nacional.
Além da guerrilha curda e do Estado Islâmico, a Turquia enfrenta a ameaça de grupos de extrema esquerda e dos que tentaram dar um golpe de Estado em 15 de julho.
Conselho de Estado da França libera o burquíni nas praias
A pedido da Liga dos Direitos do Homem e do Comitê contra a Islamofobia na França, o Conselho de Estado, o supremo tribunal administrativo do país, liberou hoje o uso do burquíni, o traje de banho que cobre todo o corpo das mulheres muçulmanas.
Depois do atentado terrorista que matou 84 pessoas em Nice em 14 de julho, algumas cidades do Sul da França proibiram o uso do burquíni alegando que poderia estimular conflitos. Algumas mulheres foram presas ou obrigadas a tirar o traje.
Em 22 de agosto, um tribunal regional de Nice aprovou a medida. A decisão foi revogada pelo Conselho de Estado, que entendeu que se trata de "um atentado grave e manifestamente ilegal a liberdades fundamentais como o direito de ir e vir, a liberdade de consciência e a liberdade individual."
As egípcias que disputaram o torneio de vôlei de praia da Olimpíada do Rio usaram burquines, em vez dos biquínis ousados das atletas de outros países.
Depois do atentado terrorista que matou 84 pessoas em Nice em 14 de julho, algumas cidades do Sul da França proibiram o uso do burquíni alegando que poderia estimular conflitos. Algumas mulheres foram presas ou obrigadas a tirar o traje.
Em 22 de agosto, um tribunal regional de Nice aprovou a medida. A decisão foi revogada pelo Conselho de Estado, que entendeu que se trata de "um atentado grave e manifestamente ilegal a liberdades fundamentais como o direito de ir e vir, a liberdade de consciência e a liberdade individual."
As egípcias que disputaram o torneio de vôlei de praia da Olimpíada do Rio usaram burquines, em vez dos biquínis ousados das atletas de outros países.
Presidente do Fed indica aumento próximo na taxa básica de juros
Apesar da desaceleração da maior economia do mundo no primeiro semestre, a presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, indicou hoje que um aumento nas taxas básicas de juros está próximo e pode vir na reunião de setembro do Comitê de Mercado Aberto.
"À luz da performance sólida e contínua do mercado de trabalho e de nossa perspectiva para a atividade econômica e a inflação, acredito que o caso pelo aumento na taxa dos fundos federais se fortaleceu nos últimos meses", declarou Yellen durante um encontro de dirigentes de bancos centrais realizado em Jackson Hole, no estado de Wyoming. "É claro que nossas decisões sempre dependem do grau em que os dados continuem a confirmar a perspectiva do comitê."
Yellen reconheceu que, "embora o crescimento econômico não tenha sido rápido, foi suficiente para gerar nova melhora no mercado de trabalho". Analistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova York, veem uma chance de 24% de aumento dos juros em setembro e de 57% em dezembro.
"O Fed espera um crescimento moderado do produto interno bruto, um fortalecimento adicional do mercado de trabalho e um aumento da inflação para 2% ao ano nos próxmos anos", acrescentou a presidente do Fed. "Com base nesta perspectiva econômica, o Fed considera que aumentos graduais na taxa dos fundos federais serão apropriados com o tempo."
O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, confirmou que a fala de Yellen aponta uma forte probabilidade de aumento dos juros na reunião de 20 e 21 de setembro, dependendo do relatório sobre emprego no mês de agosto, a ser divulgado em 2 de setembro. Nos últimos três meses, o ganho médio de vagas no mercado de trabalho foi de 190 mil por mês.
Se não houver aumento no mês que vem, o comitê de política monetária do Fed terá ainda mais duas reuniões neste ano, em novembro e dezembro, para reavaliar as taxas de juros e a recuperação americana.
Numa medida sem precedentes, o Fed baixou suas taxas de juros para uma faixa de 0-0,25% ao ano em dezembro de 2008 para combater a recessão agravada pela falência do banco Lehman Brothers em setembro daquele ano. Em dezembro do ano passado, fez a primeira alta de juros desde 2006. A taxa básica passou para uma faixa de 0,25%-0,5% ao ano.
Logo depois do discurso de Yellen, a Bolsa de Valores de Nova York subiu, num sinal de que os investidores acreditam que o Fed tenha informações positivas sobre a economia americana. No momento, o Índice Dow Jones registra uma pequena queda.
"À luz da performance sólida e contínua do mercado de trabalho e de nossa perspectiva para a atividade econômica e a inflação, acredito que o caso pelo aumento na taxa dos fundos federais se fortaleceu nos últimos meses", declarou Yellen durante um encontro de dirigentes de bancos centrais realizado em Jackson Hole, no estado de Wyoming. "É claro que nossas decisões sempre dependem do grau em que os dados continuem a confirmar a perspectiva do comitê."
Yellen reconheceu que, "embora o crescimento econômico não tenha sido rápido, foi suficiente para gerar nova melhora no mercado de trabalho". Analistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova York, veem uma chance de 24% de aumento dos juros em setembro e de 57% em dezembro.
"O Fed espera um crescimento moderado do produto interno bruto, um fortalecimento adicional do mercado de trabalho e um aumento da inflação para 2% ao ano nos próxmos anos", acrescentou a presidente do Fed. "Com base nesta perspectiva econômica, o Fed considera que aumentos graduais na taxa dos fundos federais serão apropriados com o tempo."
O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, confirmou que a fala de Yellen aponta uma forte probabilidade de aumento dos juros na reunião de 20 e 21 de setembro, dependendo do relatório sobre emprego no mês de agosto, a ser divulgado em 2 de setembro. Nos últimos três meses, o ganho médio de vagas no mercado de trabalho foi de 190 mil por mês.
Se não houver aumento no mês que vem, o comitê de política monetária do Fed terá ainda mais duas reuniões neste ano, em novembro e dezembro, para reavaliar as taxas de juros e a recuperação americana.
Numa medida sem precedentes, o Fed baixou suas taxas de juros para uma faixa de 0-0,25% ao ano em dezembro de 2008 para combater a recessão agravada pela falência do banco Lehman Brothers em setembro daquele ano. Em dezembro do ano passado, fez a primeira alta de juros desde 2006. A taxa básica passou para uma faixa de 0,25%-0,5% ao ano.
Logo depois do discurso de Yellen, a Bolsa de Valores de Nova York subiu, num sinal de que os investidores acreditam que o Fed tenha informações positivas sobre a economia americana. No momento, o Índice Dow Jones registra uma pequena queda.
EUA tiveram crescimento fraco no primeiro semestre de 2016
A revisão do cálculo do produto interno bruto dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano reduziu a alta de 1,2% para 1,1% ao ano, anunciou hoje o Departamento do Comércio. Nos primeiros três meses do ano, o ritmo fora de 0,8% ao ano.
O consumo doméstico, responsável por dois terços do PIB americano aumentou de 1,6% no primeiro trimestre para 4,4% no segundo, mas foi neutralizado pelo baixo investimento das empresas, causado em parte pelos baixos preços do petróleo.
Outra boa notícia foi o aumento de 4,9% nos lucros das empresas, que somaram US$ 1,627 trilhão de abril a junho de 2016.
Apesar do ritmo de estagnação no primeiro semestre, os economistas veem sinais de recuperação no terceiro trimestre. Pelos cálculos da delegacia regional da Reserve Federal (Fed), o banco central dos EUA, em Atlanta, na Geórgia, o crescimento se acelerou para uma expansão de 3,4% ao ano. A empresa Macroeconomic Advisers prevê 3,2%.
O consumo doméstico, responsável por dois terços do PIB americano aumentou de 1,6% no primeiro trimestre para 4,4% no segundo, mas foi neutralizado pelo baixo investimento das empresas, causado em parte pelos baixos preços do petróleo.
Outra boa notícia foi o aumento de 4,9% nos lucros das empresas, que somaram US$ 1,627 trilhão de abril a junho de 2016.
Apesar do ritmo de estagnação no primeiro semestre, os economistas veem sinais de recuperação no terceiro trimestre. Pelos cálculos da delegacia regional da Reserve Federal (Fed), o banco central dos EUA, em Atlanta, na Geórgia, o crescimento se acelerou para uma expansão de 3,4% ao ano. A empresa Macroeconomic Advisers prevê 3,2%.
Filipinas prorrogam acordo de cessar-fogo com guerrilha comunista
O governo das Filipinas e os rebeldes comunistas chegaram a um acordo para prorrogar uma trégua e assim facilitar as negociações de paz em andamento na Noruega, onde os guerrilheiros são representados pela Frente Democrática Nacional.
Um cessar-fogo anterior foi violado por rebeldes, aparentemente contra a vontade da cúpula da guerrilha, em julho.
Cerca de 30 mil pessoas foram mortas desde o início do conflito, em 1968. No início da semana, o novo governo filipino manifestou a esperança de negociar um acordo de paz definitivo até o fim do ano, mas comandantes locais podem realizar pequenas ações para sabotar o diálogo.
Um cessar-fogo anterior foi violado por rebeldes, aparentemente contra a vontade da cúpula da guerrilha, em julho.
Cerca de 30 mil pessoas foram mortas desde o início do conflito, em 1968. No início da semana, o novo governo filipino manifestou a esperança de negociar um acordo de paz definitivo até o fim do ano, mas comandantes locais podem realizar pequenas ações para sabotar o diálogo.
Mineiros em greve matam vice-ministro na Bolívia
Mineiros em greve sequestraram e mataram ontem o vice-ministro do Interior da Bolívia, Rodolfo Illanes em Panduro, a cerca de 160 quilômetros da capital, La Paz, noticiou a agência Reuters citando como fonte o jornalista local Moisés Flores, que viu o corpo.
"Illanes foi golpeado até a morte e não deixam recuperar seu corpo", declarou o ministro da Defesa, Reymi Ferreira, citado pelo jornal boliviano La Razón.
O vice-ministro foi na manhã de ontem à zona de conflito na expectativa de negociar com os grevistas. Logo, foi sequestrado. Antes, os mineiros haviam bloqueado uma estrada. Eles acusam a polícia de atirar nos manifestantes e matar dois grevistas.
Horas depois, o corpo foi encontrado na estrada La Paz-Oruro com marcas de tortura.
"Illanes foi golpeado até a morte e não deixam recuperar seu corpo", declarou o ministro da Defesa, Reymi Ferreira, citado pelo jornal boliviano La Razón.
O vice-ministro foi na manhã de ontem à zona de conflito na expectativa de negociar com os grevistas. Logo, foi sequestrado. Antes, os mineiros haviam bloqueado uma estrada. Eles acusam a polícia de atirar nos manifestantes e matar dois grevistas.
Horas depois, o corpo foi encontrado na estrada La Paz-Oruro com marcas de tortura.
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Turquia invade a Síria para combater curdos e o Estado Islâmico
O Exército da Turquia, a Força Aérea dos Estados Unidos e rebeldes se uniram numa grande operação através da fronteira com a Síria para tomar a cidade de Jarabulus, último reduto da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na região da fronteira.
Com bombardeios aéreos e terrestres, a Operação Escudo no Eufrates atacou 100 alvos do Estado Islâmico, abrindo caminho para os rebeldes invadirem Jarabulus. Depois de horas de combate com armas leves, os rebeldes venceram.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o objetivo é impedir ataques terroristas articulados na Síria e cometidos na Turquia, mas o momento do ataque coincidiu tanto com a visita do vice-presidente americano, Joe Biden, a primeira de um líder estrangeiro depois do fracassado golpe de 15 de julho, quando com a queda de Manbij para as Forças Democráticas Sírias.
As FDS, apoiadas pelos EUA, reúnem árabes sunitas, cristãos sírios e guerrilheiros curdos. Há muito, Washington pressiona Ancara para que o Exército da Turquia seja a principal força terrestre na guerra contra o Estado Islâmico. Até agora, Erdogan resistia.
Sem alternativa, os EUA passaram a apoiar guerrilheiros ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), de ideologia marxista-leninista, que tanto EUA quanto Turquia consideram um grupo terrorista.
A maior preocupação de Erdogan é a possibilidade de união de vários redutos curdos do outro lado da fronteira. Os curdos são o maior povo do mundo sem um Estado Nacional e a maior parte vive na Turquia.
Depois do golpe fracassado, Erdogan acusou o clérigo muçulmano Fethullah Gulen, autoexilado nos EUA e o próprio governo americano pela conspiração, ameaçando vetar o uso da base aérea de Incirlik, essencial para a campanha aérea contra o Estado Islâmico.
Diante da reação negativa da Europa e dos EUA ao amplo expurgo promovido por Erdogan aproveitando-se do golpe para se livrar de adversários políticos nas Forças Armadas, no Poder Judiciário, no setor público e na academia, Erdogan se reaproximou da Rússia. Superou a crise provocada pelo abate de um bombardeiro russo por um caça turco em 24 de novembro de 2015.
Para os EUA, a Turquia, sócia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), é uma aliada estratégica fundamental no Oriente Médio. Por um momento, os interesses se alinharam. Uma das exigências de Erdogan é reagrupar os guerrilheiros curdos a leste do Rio Eufrates. Biden ameaçou retirar o apoio dos EUA se eles não fizerem isso.
Coreia do Norte testa míssil lança de submarino
A Coreia do Norte testou na terça-feira, 23 de agosto de 2016, um míssil balístico lançado de um submarino próximo de sua costa leste, noticiou a agência Reuters citando como fonte o Ministério da Defesa.
O míssil viajou 600 quilômetros até cair no mar em água territoriais do Japão. O teste foi uma reação às manobras militares conjuntas realizadas todos os anos pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul, que estão em andamento. Hoje, o governo norte-coreano elevou a prontidão de suas Forças Armadas para o nível máximo.
O teste é mais uma da série de experiências que o regime comunista de Pionguiangue faz com mísseis balísticos e bombas atômicas para criar uma força de dissuasão nuclear capaz de garantir sua sobrevivência.
Desde o fim de sua patrocinadora, a União Soviética, em 1991, o regime norte-coreano faz uma chantagem nuclear para barganhar ajuda internacional em energia e alimentos, especialmente com seus inimigos históricos, os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.
Sua maior aliada hoje, a China, está insatisfeita com a decisão dos EUA e da Coreia do Sul de instalar um sistema de defesa antimísseis na Península Coreana para neutralizar um possível ataque de mísseis da Coreia do Norte. O regime comunista chinês teme que o escudo antimísseis dê uma vantagem estratégica aos EUA numa possível guerra entre as duas superpotências.
Os mísseis baseados em submarinos são peças fundamentais de um sistema de dissuasão nuclear por permitir lançar um contra-ataque mesmo se as instalações atômicas forem arrasadas pelo inimigo.
O míssil viajou 600 quilômetros até cair no mar em água territoriais do Japão. O teste foi uma reação às manobras militares conjuntas realizadas todos os anos pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul, que estão em andamento. Hoje, o governo norte-coreano elevou a prontidão de suas Forças Armadas para o nível máximo.
O teste é mais uma da série de experiências que o regime comunista de Pionguiangue faz com mísseis balísticos e bombas atômicas para criar uma força de dissuasão nuclear capaz de garantir sua sobrevivência.
Desde o fim de sua patrocinadora, a União Soviética, em 1991, o regime norte-coreano faz uma chantagem nuclear para barganhar ajuda internacional em energia e alimentos, especialmente com seus inimigos históricos, os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.
Sua maior aliada hoje, a China, está insatisfeita com a decisão dos EUA e da Coreia do Sul de instalar um sistema de defesa antimísseis na Península Coreana para neutralizar um possível ataque de mísseis da Coreia do Norte. O regime comunista chinês teme que o escudo antimísseis dê uma vantagem estratégica aos EUA numa possível guerra entre as duas superpotências.
Os mísseis baseados em submarinos são peças fundamentais de um sistema de dissuasão nuclear por permitir lançar um contra-ataque mesmo se as instalações atômicas forem arrasadas pelo inimigo.
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Espanha cresceu 0,8% no segundo trimestre
Apesar do impasse político na formação de um novo governo, a economia da Espanha, quarta maior da Zona do Euro, avançou 0,8% no segundo trimestre de 2016 em relação ao trimestre anterior e 3,2% na comparação anual, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ritmo de crescimento anual ficou um pouco abaixo dos 3,4% registrados nos primeiros três meses do ano por causa de "uma contribuição menor da demanda interna".
A Zona do Euro cresceu 0,3% no segundo trimestre e a União Europeia como um todo, 0,4%.
A Espanha está sem governo desde que as eleições de dezembro do ano passado formaram um Parlamento dividido pela ascensão de novos partidos surgidos em consequência da crise econômica.
O ritmo de crescimento anual ficou um pouco abaixo dos 3,4% registrados nos primeiros três meses do ano por causa de "uma contribuição menor da demanda interna".
A Zona do Euro cresceu 0,3% no segundo trimestre e a União Europeia como um todo, 0,4%.
A Espanha está sem governo desde que as eleições de dezembro do ano passado formaram um Parlamento dividido pela ascensão de novos partidos surgidos em consequência da crise econômica.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
ONU acusa regime sírio e Estado Islâmico por ataques químicos
A ditadura de Bachar Assad e a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante usaram armas químicas na guerra civil da Síria, concluiu um inquérito das Nações Unidas e da Organização Internacional para Proscrição de Armas Químicas (OPAQ) a que a Agência France Presse (AFP) e a Reuters tiveram acesso hoje.
Helicópteros do Exército da Síria realizaram dois ataques com armas químicas na província de Idlibe, em Talmenes em 21 de abril de 2014 e em Sarmina em 16 de março de 2015. A milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante usou gás mostarda de enxofre em Marea, na província de Alepo, em 21 de agosto de 2015.
O inquérito examinou nove ataques químicos cometidos em sete regiões da Síria. Em seis casos, os investigadores não conseguiram atribuir responsabilidades. Suas conclusões permitiriam a imposição de sanções internacionais pelo Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia, aliada do regime sírio, tem poder de veto.
Para a embaixadora adjunta dos Estados Unidos na ONU, Michele Sison, "quem utilizou armas químicas na Síria deve prestar contas à Justiça". A declaração teve o apoio da França e do Reino Unido. Esses três países também são membros permanentes com direito de veto no Conselho de Segurança.
Desde o início da guerra civil na Síria, há cinco anos e meio, a Rússia e a China protegem a ditadura de Assad no Conselho de Segurança, vetando resoluções que o condenem sob o pretexto de não dar margem a uma intervenção militar como a que derrubou Muamar Kadafi na Líbia em 2011.
Enquanto a Rússia nega haver provas formais contra o governo Assad, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Ned Price, afirma que "agora é impossível negar que o regime sírio usou de maneira repetida o gás cloro como arma contra seu próprio povo".
O Conselho de Segurança da ONU debate as conclusões do relatório em 30 de agosto.
Helicópteros do Exército da Síria realizaram dois ataques com armas químicas na província de Idlibe, em Talmenes em 21 de abril de 2014 e em Sarmina em 16 de março de 2015. A milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante usou gás mostarda de enxofre em Marea, na província de Alepo, em 21 de agosto de 2015.
O inquérito examinou nove ataques químicos cometidos em sete regiões da Síria. Em seis casos, os investigadores não conseguiram atribuir responsabilidades. Suas conclusões permitiriam a imposição de sanções internacionais pelo Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia, aliada do regime sírio, tem poder de veto.
Para a embaixadora adjunta dos Estados Unidos na ONU, Michele Sison, "quem utilizou armas químicas na Síria deve prestar contas à Justiça". A declaração teve o apoio da França e do Reino Unido. Esses três países também são membros permanentes com direito de veto no Conselho de Segurança.
Desde o início da guerra civil na Síria, há cinco anos e meio, a Rússia e a China protegem a ditadura de Assad no Conselho de Segurança, vetando resoluções que o condenem sob o pretexto de não dar margem a uma intervenção militar como a que derrubou Muamar Kadafi na Líbia em 2011.
Enquanto a Rússia nega haver provas formais contra o governo Assad, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Ned Price, afirma que "agora é impossível negar que o regime sírio usou de maneira repetida o gás cloro como arma contra seu próprio povo".
O Conselho de Segurança da ONU debate as conclusões do relatório em 30 de agosto.
Terroristas atacam Universidade Americana do Afeganistão em Cabul
O campus da Universidade Americana do Afeganistão em Cabul está sob ataque terrorista. A polícia e forças especiais cercaram a área, declarou o reitor, citado pela agência Associated Press. Não há informações detalhadas sobre vítimas. Vários feridos foram hospitalizados.
Em meio a tiros e explosões, alunos e professores procuraram se esconder em banheiros e salas de aula. Um chefe de polícia de Cabul descreveu a situação como um "ataque complexo".
A Universidade Americana do Afeganistão foi fundada em 2006 como a primeira universidade privada do país, com o apoio das Nações Unidas e dos Estados Unidos.
Quinze anos depois da invasão americana para punir a rede terrorista Al Caeda pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e o regime fundamentalista da milícia dos Talibã, a guerra continua, agora agravada pela infiltração do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Diante da ocupação de parte do Iraque e da Síria pelo Estado Islâmico, o presidente Barack Obama recuou da intenção original de retirar as forças dos EUA do Afeganistão. Já é a guerra mais longa da história dos EUA.
Em meio a tiros e explosões, alunos e professores procuraram se esconder em banheiros e salas de aula. Um chefe de polícia de Cabul descreveu a situação como um "ataque complexo".
A Universidade Americana do Afeganistão foi fundada em 2006 como a primeira universidade privada do país, com o apoio das Nações Unidas e dos Estados Unidos.
Quinze anos depois da invasão americana para punir a rede terrorista Al Caeda pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e o regime fundamentalista da milícia dos Talibã, a guerra continua, agora agravada pela infiltração do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Diante da ocupação de parte do Iraque e da Síria pelo Estado Islâmico, o presidente Barack Obama recuou da intenção original de retirar as forças dos EUA do Afeganistão. Já é a guerra mais longa da história dos EUA.
Colômbia a FARC chegam a acordo de paz em Havana
Depois de 52 anos de guerra civil e quatro de negociações de paz, o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) chegaram hoje a um acordo de paz em Havana, a capital de Cuba, para acabar com o mais longo conflito interno da história recente da América Latina, noticiou o jornal colombiano El Tiempo.
O acordo de paz definitivo deve ser assinado dentro de um mês e ainda depende de aprovação em referendo a ser realizado em 2 de outubro. Mais de 60% dos colombianos apoiam as negociações de paz. A tendência é de aprovação.
Assim que o acordo for referendado, as FARC começam o processo de desmobilização e entrega das armas para se integrar à vida civil como um partido político, informou o jornal colombiano El Espectador. Os guerrilheiros serão concentrados em 23 zonas e oito acampamentos.
O novo partido será reconhecido quando terminar o desarmamento. Terá pelo menos cinco deputados e cinco senadores por dois mandatos. De resto, será obrigado cumprir as normas da legislação colombiana, com a exceção da exigência de obter 3% dos votos em eleições nacionais para a Câmara ou o Senado.
A Colômbia vive em guerra civil desde o assassinato do candidato liberal à Presidência República Jorge Eliécer Gaitán, em 9 de abril de 1948. Sua morte provocou uma explosão de violência na capital colombiana, o Bogotaço, com mais de 2 mil mortes em 24 horas e o início de uma era trágica conhecida como La Violencia, em que mais de 200 mil pessoas foram mortas.
Naquele período, as oposições liberais e de esquerda foram para a clandestinidade. Parte aderiu à luta armada. As FARC nasceram em 1964 como braço armado do proscrito Partido Comunista Colombiano, de orientação soviética. Chegaram a controlar 15% a 20% do território colombiano.
Pelo menos 220 mil pessoas foram e 90 mil desapareceram na guerra civil deflagrada pelas FARC. Cerca de 6,9 milhões de colombianos fugiram de suas casas.
O governo tenta agora iniciar negociações formais com o segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia, o Exército de Libertação Nacional. Ao anunciar o acordo, os representantes das FARC fizeram um apelo ao ELN para que siga o exemplo.
O acordo de paz definitivo deve ser assinado dentro de um mês e ainda depende de aprovação em referendo a ser realizado em 2 de outubro. Mais de 60% dos colombianos apoiam as negociações de paz. A tendência é de aprovação.
Assim que o acordo for referendado, as FARC começam o processo de desmobilização e entrega das armas para se integrar à vida civil como um partido político, informou o jornal colombiano El Espectador. Os guerrilheiros serão concentrados em 23 zonas e oito acampamentos.
O novo partido será reconhecido quando terminar o desarmamento. Terá pelo menos cinco deputados e cinco senadores por dois mandatos. De resto, será obrigado cumprir as normas da legislação colombiana, com a exceção da exigência de obter 3% dos votos em eleições nacionais para a Câmara ou o Senado.
A Colômbia vive em guerra civil desde o assassinato do candidato liberal à Presidência República Jorge Eliécer Gaitán, em 9 de abril de 1948. Sua morte provocou uma explosão de violência na capital colombiana, o Bogotaço, com mais de 2 mil mortes em 24 horas e o início de uma era trágica conhecida como La Violencia, em que mais de 200 mil pessoas foram mortas.
Naquele período, as oposições liberais e de esquerda foram para a clandestinidade. Parte aderiu à luta armada. As FARC nasceram em 1964 como braço armado do proscrito Partido Comunista Colombiano, de orientação soviética. Chegaram a controlar 15% a 20% do território colombiano.
Pelo menos 220 mil pessoas foram e 90 mil desapareceram na guerra civil deflagrada pelas FARC. Cerca de 6,9 milhões de colombianos fugiram de suas casas.
O governo tenta agora iniciar negociações formais com o segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia, o Exército de Libertação Nacional. Ao anunciar o acordo, os representantes das FARC fizeram um apelo ao ELN para que siga o exemplo.
Terremoto deixa 267 mortos e centenas de desaparecidos na Itália
Um terremoto de 6,2 graus na escala aberta de Richter atingiu às 3h30 de hoje pela horal local (22h30 em Brasília) a região central da Itália. Pelo menos 267 pessoas morreram, 368 estão feridas, centenas estão desaparecidas e milhares desabrigadas.
O abalo sísmico teve epicentro perto da cidade de Nórcia e foi sentido em Roma, a 150 quilômetros de distância. A metade da cidade de Amatrice, próxima do epicentro do tremor, foi arrasada. Em Accumoli, há 2,5 mil desabrigados, sendo 2 mil turistas estrangeiros.
Em 2009, o terremoto de Áquila, de 6,3 graus, causou mais de 300 mortes na Itália. Desta vez, o centro do tremor foi mais perto da superfície, o que aumenta o impacto. A ajuda de emergência demorou cerca de uma hora.
Até o momento, informa o Itamaraty, não há notícias de brasileiros entre os feridos.
NOTA: o total de mortos foi atualizado em 26 de agosto de 2016.
O abalo sísmico teve epicentro perto da cidade de Nórcia e foi sentido em Roma, a 150 quilômetros de distância. A metade da cidade de Amatrice, próxima do epicentro do tremor, foi arrasada. Em Accumoli, há 2,5 mil desabrigados, sendo 2 mil turistas estrangeiros.
Em 2009, o terremoto de Áquila, de 6,3 graus, causou mais de 300 mortes na Itália. Desta vez, o centro do tremor foi mais perto da superfície, o que aumenta o impacto. A ajuda de emergência demorou cerca de uma hora.
Até o momento, informa o Itamaraty, não há notícias de brasileiros entre os feridos.
NOTA: o total de mortos foi atualizado em 26 de agosto de 2016.
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Nigéria anuncia morte de líderes do Boko Haram
A Força Aérea da Nigéria anunciou a morte de vários comandantes da milícia extremista muçulmana Boko Haram, inclusive até mesmo o líder do grupo, Abubakar Shekau, noticiou ontem a agência Reuters.
Os bombardeiros nigerianos atacaram o Boko Haram, que agora se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, em seu principal refúgio, a floresta de Sambissa, no Nordeste do país, na semana passada.
Shekau deve estar gravamente ferido, afirmou um porta-voz militar nigeriano, sem dar maiores detalhes. O governo já anunciou sua morte antes.
Desde que aderiu à luta armada, em 2009, o Boko Haram deflagrou um conflito que matou cerca de 20 mil pessoas, principalmente na Nigéria, mas também em Camarões, no Chade e no Níger, países vizinhos e muito mais pobres. Seu nome significa repúdio à educação ocidental.
A guerra ao Boko Haram é uma prioridade do presidente Muhammadu Buhari, um ex-ditador e general da reserva que chegou ao poder democraticamente em maio de 2015. Sob ataque em várias frentes, o grupo perde territórios e se refugia na floresta.
Os bombardeiros nigerianos atacaram o Boko Haram, que agora se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, em seu principal refúgio, a floresta de Sambissa, no Nordeste do país, na semana passada.
Shekau deve estar gravamente ferido, afirmou um porta-voz militar nigeriano, sem dar maiores detalhes. O governo já anunciou sua morte antes.
Desde que aderiu à luta armada, em 2009, o Boko Haram deflagrou um conflito que matou cerca de 20 mil pessoas, principalmente na Nigéria, mas também em Camarões, no Chade e no Níger, países vizinhos e muito mais pobres. Seu nome significa repúdio à educação ocidental.
A guerra ao Boko Haram é uma prioridade do presidente Muhammadu Buhari, um ex-ditador e general da reserva que chegou ao poder democraticamente em maio de 2015. Sob ataque em várias frentes, o grupo perde territórios e se refugia na floresta.
Condenação de López é fim da democracia na Venezuela, diz chefe da OEA
A confirmação de sentença condenatória ao líder da oposição Leopoldo López é o "marco" do fim da democracia e do Estado de Direito na Venezuela, afirmou ontem o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o ex-ministro do Exterior do Uruguai Luis Almagro.
Em carta aberta a López, preso desde fevereiro de 2014 sob a acusação de incitar à violência, Almagro o chama de "amigo" e descreve o regime chavista venezuelano como uma "tirania":
"Nenhum foro regional ou sub-regional pode ignorar que hoje na Venezuela não há democracia nem Estado de Direito", acusa o ex-chanceler uruguaio. "Estou convencido de que não existem razões jurídicas, políticas, morais ou éticas para não se pronunciar e não condenar um governo que desqualificou a si próprio."
Na sua visão, o governo do presidente Nicolás Maduro "tem presos políticos que são torturados", "ignora a separação de poderes", "sofre uma profunda crise humanitária e ética" e "desconhece o direito constitucional de revogar o mandato do presidente".
Sob Maduro, acrescentou Almagro, "impera a intimidação política". Ele citou como exemplos as prisões de López e do ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, a cassação do mandato da deputada María Corina Machado e a agressão ao deputado Julio Borges.
Tudo isso acontece sob a pior crise econômica da história recente da Venezuela, com queda prevista de 8% do produto interno bruto em 2016 depois de baixa de 10% no ano passado, desabastecimento de 80% dos produtos normalmente encontrados em supermercados e uma inflação que deve chegar a 720% neste ano. O país tem ainda um dos maiores índices de homicídios do mundo fora de zonas em guerra.
Desde que assumiu a Secretaria Geral da OEA, em maio do ano passado, Almagro é um dos maiores críticos do regime chavista. O ex-chanceler uruguaio no governo José Mujica denunciou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff como um golpe parlamentar, mas não pediu o afastamento do Brasil da OEA.
Em maio, o secretário-geral acusou a Venezuela de violar a cláusula democrática, que permite suspender um país temporariamente das atividades da organização regional.
Em carta aberta a López, preso desde fevereiro de 2014 sob a acusação de incitar à violência, Almagro o chama de "amigo" e descreve o regime chavista venezuelano como uma "tirania":
"Nenhum foro regional ou sub-regional pode ignorar que hoje na Venezuela não há democracia nem Estado de Direito", acusa o ex-chanceler uruguaio. "Estou convencido de que não existem razões jurídicas, políticas, morais ou éticas para não se pronunciar e não condenar um governo que desqualificou a si próprio."
Na sua visão, o governo do presidente Nicolás Maduro "tem presos políticos que são torturados", "ignora a separação de poderes", "sofre uma profunda crise humanitária e ética" e "desconhece o direito constitucional de revogar o mandato do presidente".
Sob Maduro, acrescentou Almagro, "impera a intimidação política". Ele citou como exemplos as prisões de López e do ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, a cassação do mandato da deputada María Corina Machado e a agressão ao deputado Julio Borges.
Tudo isso acontece sob a pior crise econômica da história recente da Venezuela, com queda prevista de 8% do produto interno bruto em 2016 depois de baixa de 10% no ano passado, desabastecimento de 80% dos produtos normalmente encontrados em supermercados e uma inflação que deve chegar a 720% neste ano. O país tem ainda um dos maiores índices de homicídios do mundo fora de zonas em guerra.
Desde que assumiu a Secretaria Geral da OEA, em maio do ano passado, Almagro é um dos maiores críticos do regime chavista. O ex-chanceler uruguaio no governo José Mujica denunciou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff como um golpe parlamentar, mas não pediu o afastamento do Brasil da OEA.
Em maio, o secretário-geral acusou a Venezuela de violar a cláusula democrática, que permite suspender um país temporariamente das atividades da organização regional.
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Jihadista confessa destruição do patrimônio histórico de Timbuktu
O líder de uma "brigada moralista" da rede terrorista Al Caeda acusado de destruir santuários muçulmanos centenários na cidade de Timbuktu, no Mali, tornou-se ontem o primeiro réu a confessar a culpa por crime contra o patrimônio histórico e cultural da humanidade.
Em processo no Tribunal Penal Internacional, Ahmad al-Faki al-Mahdi pode ser condenado a até 30 anos de prisão por arrasar deliberadamente nove dos 16 mausoléus islâmicos de Timbuktu e a porta entalhada de uma mesquita durante o período de dez meses, de março de 2012 a janeiro de 2013, em que a cidade foi tomada por rebeldes tuaregues e grupos aliados à rede terrorista Al Caeda no Magrebe Islâmico.
Timbuktu era um ponto de parada importante na rota das caravanas que cruzavam o Deserto do Saara entre o Golfo da Guiné e o Egito. No Tinha vários monumentos tombados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).
Quando os jihadistas tomaram o poder, atacaram as mesquitas e mausoléus com representações da seres humanos e animais, que os salafistas repudiam como idolatria. Vários manuscritos da biblioteca da cidade, uma das mais importantes do fim da Idade Média, foram removidos secretamente para serem salvos.
No processo, Al-Mahdi colaborou com o tribunal, mostrou arrependimento e fez um apelo aos extremistas muçulmanos para que não repitam seus crimes. Sua pena deve ser reduzida para 10 anos de prisão.
Em processo no Tribunal Penal Internacional, Ahmad al-Faki al-Mahdi pode ser condenado a até 30 anos de prisão por arrasar deliberadamente nove dos 16 mausoléus islâmicos de Timbuktu e a porta entalhada de uma mesquita durante o período de dez meses, de março de 2012 a janeiro de 2013, em que a cidade foi tomada por rebeldes tuaregues e grupos aliados à rede terrorista Al Caeda no Magrebe Islâmico.
Timbuktu era um ponto de parada importante na rota das caravanas que cruzavam o Deserto do Saara entre o Golfo da Guiné e o Egito. No Tinha vários monumentos tombados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).
Quando os jihadistas tomaram o poder, atacaram as mesquitas e mausoléus com representações da seres humanos e animais, que os salafistas repudiam como idolatria. Vários manuscritos da biblioteca da cidade, uma das mais importantes do fim da Idade Média, foram removidos secretamente para serem salvos.
No processo, Al-Mahdi colaborou com o tribunal, mostrou arrependimento e fez um apelo aos extremistas muçulmanos para que não repitam seus crimes. Sua pena deve ser reduzida para 10 anos de prisão.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
EUA ameaçam cortar ajuda ao Sudão do Sul
Os Estados Unidos podem cortar a ajuda ao Sudão do Sul se não acabar a guerra civil entre as forças leais ao presidente Salva Kiir Mayardit e os partidários do vice-presidente afastado Riek Machar, advertiu o secretário de Estado americano, John Kerry, citado pelo jornal The Wall Street Journal.
Ao participar de negociações de paz regionais sobre o Sudão do Sul realizadas no vizinho Quênia, Kerry deixou claro que uma ajuda adicional de US$ 138 milhões depende do fim da violência política que matou milhares de pessoas de dezembro de 2013 a agosto de 2015 e centenas nas últimas semanas.
Kerry também defendeu o reforço da missão de paz das Nações Unidas com mais 4 mil soldados dos países da região, medida que não conta com o apoio do presidente Kiir.
Desde o início da guerra civil, os EUA deram mais de US$ 1,6 bilhão ao Sudão do Sul, o país mais novo do mundo, criado em 2011 depois da mais longa guerra civil da África pós-colonial.
Ao participar de negociações de paz regionais sobre o Sudão do Sul realizadas no vizinho Quênia, Kerry deixou claro que uma ajuda adicional de US$ 138 milhões depende do fim da violência política que matou milhares de pessoas de dezembro de 2013 a agosto de 2015 e centenas nas últimas semanas.
Kerry também defendeu o reforço da missão de paz das Nações Unidas com mais 4 mil soldados dos países da região, medida que não conta com o apoio do presidente Kiir.
Desde o início da guerra civil, os EUA deram mais de US$ 1,6 bilhão ao Sudão do Sul, o país mais novo do mundo, criado em 2011 depois da mais longa guerra civil da África pós-colonial.
Sarkozy lança candidatura à Presidência da França
O ex-presidente Nicolas Sarkozy nunca aceitou a derrota para o presidente François Hollande na eleição presidencial de 2012 na França. No livro Tudo pela França, a ser lançado em 24 de agosto, oficializa sua ambição de voltar ao Palácio do Eliseu em 2017.
"Eu decidi ser candidato à eleição presidencial de 2017", escreveu Sarkozy. Quem acompanha a política francesa sabia disso há muito tempo. Um repórter da televisão France 2 confirmou hoje.
Sarkozy vai deixar a presidência do partido Os Republicanos, de centro-direita, e terá de disputar a eleição interna do partido com outros 12 aspirantes em 20 e 27 de novembro de 2016. Seu maior adversário é o ex-primeiro-ministro Alain Juppé.
Entre os desafios que Sarkozy discute no livro, estão como manter a identidade e a competitividade da França no mundo globalizado e como manter a autoridade e preservar a liberdade na luta contra o terrorismo.
Com a baixíssima popularidade do presidente Hollande, em torno de apenas 12%, o Partido Socialista corre sério risco de perder, como em 2002, a vaga no segundo turno para a neofascista Frente Nacional, desta vez sob a liderança de Marine Le Pen. Ela tem a preferência de cerca de 25% do eleitorado francês.
"Eu decidi ser candidato à eleição presidencial de 2017", escreveu Sarkozy. Quem acompanha a política francesa sabia disso há muito tempo. Um repórter da televisão France 2 confirmou hoje.
Sarkozy vai deixar a presidência do partido Os Republicanos, de centro-direita, e terá de disputar a eleição interna do partido com outros 12 aspirantes em 20 e 27 de novembro de 2016. Seu maior adversário é o ex-primeiro-ministro Alain Juppé.
Entre os desafios que Sarkozy discute no livro, estão como manter a identidade e a competitividade da França no mundo globalizado e como manter a autoridade e preservar a liberdade na luta contra o terrorismo.
Com a baixíssima popularidade do presidente Hollande, em torno de apenas 12%, o Partido Socialista corre sério risco de perder, como em 2002, a vaga no segundo turno para a neofascista Frente Nacional, desta vez sob a liderança de Marine Le Pen. Ela tem a preferência de cerca de 25% do eleitorado francês.
domingo, 21 de agosto de 2016
Iraque executa 36 condenados pelo massacre no Campo Speicher
O Iraque enforcou hoje 36 condenados pelo massacre de 1,7 mil recrutas do Exército iraquiano na antiga base americana de Campo Speicher, perto da cidade de Tikrit, em 2014, quando a região foi tomada pela milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, noticiou a televisão pública britânica BBC.
A maioria dos cadetes do Exército do Iraque era xiita. O massacre mobilizou as milícias xiitas para a luta contra o Estado Islâmico.
"As execuções dos 36 condenados pelos crime de Speicher foram realizadas nesta manhã na prisão de Nassíria", declarou um porta-voz do governo da província de Dicar, onde Nassíria é a capital.
Cerca de 400 mortos pelo Estado Islâmico eram da província. Quando a região foi reconquistada, no ano passado, foram descobertos os cemitérios clandestinos onde os recrutas mortos foram enterrados em covas rasas.
Depois de um atentado terrorista atribuído ao Estado Islâmico com mais de 300 mortes em Bagdá no início de julho de 2016, o primeiro-ministro Haider el-Abadi decidiu acelerar as execuções de terroristas condenados.
A maioria dos cadetes do Exército do Iraque era xiita. O massacre mobilizou as milícias xiitas para a luta contra o Estado Islâmico.
"As execuções dos 36 condenados pelos crime de Speicher foram realizadas nesta manhã na prisão de Nassíria", declarou um porta-voz do governo da província de Dicar, onde Nassíria é a capital.
Cerca de 400 mortos pelo Estado Islâmico eram da província. Quando a região foi reconquistada, no ano passado, foram descobertos os cemitérios clandestinos onde os recrutas mortos foram enterrados em covas rasas.
Depois de um atentado terrorista atribuído ao Estado Islâmico com mais de 300 mortes em Bagdá no início de julho de 2016, o primeiro-ministro Haider el-Abadi decidiu acelerar as execuções de terroristas condenados.
China censura fracasso de atletas chineses no Rio
O regime comunista da China ordenou à mídia oficial que não dê destaque às derrotas dos atletas chineses na Olimpíada do Rio de Janeiro, dando ênfase ao esforço para defender a pátria numa cobertura nacionalista.
A China venceu a Olimpíada de Beijim, que organizou em 2008, com 51 medalhas de ouro e 100 no total, contra 36 ouros e 110 ao todo para os Estados Unidos. Em 2012, em Londres, a China ficou em segundo com 36 ouros contra 46 dos EUA.
Agora, deve terminar em terceiro lugar com 26 ouros, 18 pratas e 26 atrás dos EUA (46, 37 e 38) e da Grã-Bretanha (27, 26 e 17), um desempenho abaixo do que a propaganda nacionalista do ditador Xi Jinping gostaria.
O departamento de propaganda do Partido Comunista determinou então à mídia oficial uma cobertura positiva do esforço e da dedicação dos atletas do país.
A China venceu a Olimpíada de Beijim, que organizou em 2008, com 51 medalhas de ouro e 100 no total, contra 36 ouros e 110 ao todo para os Estados Unidos. Em 2012, em Londres, a China ficou em segundo com 36 ouros contra 46 dos EUA.
Agora, deve terminar em terceiro lugar com 26 ouros, 18 pratas e 26 atrás dos EUA (46, 37 e 38) e da Grã-Bretanha (27, 26 e 17), um desempenho abaixo do que a propaganda nacionalista do ditador Xi Jinping gostaria.
O departamento de propaganda do Partido Comunista determinou então à mídia oficial uma cobertura positiva do esforço e da dedicação dos atletas do país.
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sábado, 20 de agosto de 2016
Atentado contra casamento deixa 54 mortos na Turquia
Pelo menos 54 pessoas morreram e cerca de 100 saíram feridas de uma explosão num casamento na cidade de Gaziantep, na Turquia. O governador da província, Ali Yerlikaya, afirma que foi um ato terrorista e um deputado governista acusou o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Em maio, um atentado terrorista matou dois policiais na mesma cidade. Gaziantep fica no Sul da Turquia, perto da fronteira com a Síria, e sofre diretamente o impacto da guerra civil na país vizinho e da onda de refugiados.
A Turquia enfrenta ameaças terroristas de três inimigos: os rebeldes separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a Frente-Partido Marxista Revolucionário de Libertação Popular e os jihadistas do Estado Islâmico.
Horas mais tarde, o presidente Recep Tayyip Erdogan voltou a culpar o Estado Islâmico pelo atentado.
Em maio, um atentado terrorista matou dois policiais na mesma cidade. Gaziantep fica no Sul da Turquia, perto da fronteira com a Síria, e sofre diretamente o impacto da guerra civil na país vizinho e da onda de refugiados.
A Turquia enfrenta ameaças terroristas de três inimigos: os rebeldes separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a Frente-Partido Marxista Revolucionário de Libertação Popular e os jihadistas do Estado Islâmico.
Horas mais tarde, o presidente Recep Tayyip Erdogan voltou a culpar o Estado Islâmico pelo atentado.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Presidente da Turquia visita Irã na próxima semana
Em mais um sinal do rearranjo político do Oriente Médio deflagrado pela guerra civil da Síria e pelo recuo estratégico dos Estados Unidos, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, vai a Teerã na próxima semana.
O foco central da viagem será fortalecer a cooperação entre Turquia, Irã e Rússia depois da visita do ministro do Exterior iraniano, Mohamed Javad Zarif, a Ancara na semana passada. Os limites desta cooperação estão na divergência de objetivos estratégicos.
A Rússia e o Irã são os principais aliados da ditadura de Bachar Assad, que Ergodan tenta derrubar indiretamente desde o início da guerra civil na Síria, há cinco anos e meio.
Desde a fracassada tentativa de golpe de Estado de 15 de julho, Erdogan exige a extradição de um clérigo muçulmano turco exilado nos EUA que responsabiliza pela rebelião e iniciou uma violenta repressão contra todos os adversários do governo, mesmo os que repudiaram o golpe.
Isso afasta Erdogan dos EUA e da União Europeia, então ele se aproxima de regimes autoritários indicando um distanciamento em relação ao Ocidente.
O foco central da viagem será fortalecer a cooperação entre Turquia, Irã e Rússia depois da visita do ministro do Exterior iraniano, Mohamed Javad Zarif, a Ancara na semana passada. Os limites desta cooperação estão na divergência de objetivos estratégicos.
A Rússia e o Irã são os principais aliados da ditadura de Bachar Assad, que Ergodan tenta derrubar indiretamente desde o início da guerra civil na Síria, há cinco anos e meio.
Desde a fracassada tentativa de golpe de Estado de 15 de julho, Erdogan exige a extradição de um clérigo muçulmano turco exilado nos EUA que responsabiliza pela rebelião e iniciou uma violenta repressão contra todos os adversários do governo, mesmo os que repudiaram o golpe.
Isso afasta Erdogan dos EUA e da União Europeia, então ele se aproxima de regimes autoritários indicando um distanciamento em relação ao Ocidente.
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Filipinas liberta líderes comunistas antes de negociação de paz
Doze rebeldes comunistas, entre eles dois líderes, foram libertados hoje para participar de negociações de paz com o governo das Filipinas a serem realizadas no Canadá.
As negociações visam a acabar com a mais longa rebelião comunista no mundo inteiro, que custou a vida de mais de 40 mil pessoas nas últimas cinco décadas.
Desde que chegou ao poder em junho de 2016, o presidente Rodrigo Duterte tomou medidas para facilitar as negociações, como um cessar-fogo unilateral e a nomeação de comunistas para o ministério. Mas o sucesso das negociações ainda é uma esperança distante.
As negociações visam a acabar com a mais longa rebelião comunista no mundo inteiro, que custou a vida de mais de 40 mil pessoas nas últimas cinco décadas.
Desde que chegou ao poder em junho de 2016, o presidente Rodrigo Duterte tomou medidas para facilitar as negociações, como um cessar-fogo unilateral e a nomeação de comunistas para o ministério. Mas o sucesso das negociações ainda é uma esperança distante.
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Desemprego na França cai 0,3 ponto percentural
A taxa de desemprego recuou 0,3 ponto percentual no segundo trimestre de 2016 para 9,6% da população economicamente ativa na França metropolitana e de 9,9% considerando-se as colônias, anunciou hoje o Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
É o menor nível desde o terceiro trimestre de 2012. Houve queda em todas as faixas de idade, especialmente entre os mais jovens. Em um ano, o índice de desemprego baixou meio ponto percentual.
Na França metropolitana, o número de desempregados caiu em 74 mil para um total de 2,8 milhões de trabalhadores. Entre os desempregados, 1,2 milhão procuram trabalho há mais de um ano. A taxa de desemprego de longo prazo ficou inalterada em 4,3%.
Na pesquisa por sexo, o índice de desemprego é de 10% para homens e 9,3% para mulheres, com 1,487 milhão de homens e 1,280 milhão de mulheres desempregadas.
É o menor nível desde o terceiro trimestre de 2012. Houve queda em todas as faixas de idade, especialmente entre os mais jovens. Em um ano, o índice de desemprego baixou meio ponto percentual.
Na França metropolitana, o número de desempregados caiu em 74 mil para um total de 2,8 milhões de trabalhadores. Entre os desempregados, 1,2 milhão procuram trabalho há mais de um ano. A taxa de desemprego de longo prazo ficou inalterada em 4,3%.
Na pesquisa por sexo, o índice de desemprego é de 10% para homens e 9,3% para mulheres, com 1,487 milhão de homens e 1,280 milhão de mulheres desempregadas.
Carro-bomba mata três e fere 50 na Turquia
Um carro-bomba explodiu hoje diante de uma delegação de polícia em Elazig, na Turquia, matando pelo menos três pessoas e ferindo outras 50, noticiou a agência Reuters.
A agência de notícias turca Dogan acusou os guerrilheiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta pela independência de um país para o povo curdo. Horas antes, outro carro-bomba matou um policial e dois civis na província oriental de Van.
O PKK é apenas uma das muitas ameaças armadas ao governo da Turquia, que incluem a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, grupos de extrema esquerda e o movimento gulenista, responsabilidade pelo governo pela tentativa de golpe de 15 de julho de 2016.
A agência de notícias turca Dogan acusou os guerrilheiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta pela independência de um país para o povo curdo. Horas antes, outro carro-bomba matou um policial e dois civis na província oriental de Van.
O PKK é apenas uma das muitas ameaças armadas ao governo da Turquia, que incluem a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, grupos de extrema esquerda e o movimento gulenista, responsabilidade pelo governo pela tentativa de golpe de 15 de julho de 2016.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Navio-tanque da Malásia é sequestrado na Indonésia
Um navio petroleiro da Malásia com 900 mil litros de óleo diesel foi sequestrado e levado para perto da ilha de Batam, na Indonésia, noticiou a televisão pública britânica BBC citando como fonte a polícia marítima malasiana.
O valor da carga a bordo do do navio-tanque Vier Harmoni foi estimado em US$ 392 mil (R$ 1,257 milhão).
Com o rápido desenvolvimento da Ásia, o Sudeste Asiático tornou-se uma das principais rotas do comércio internacional. O Estreito de Málaca é uma região muito perigosa por causa dos piratas, embora nos últimos anos as regiões mais problemas tenham sido as costas da Nigéria, no Golfo da Guiné, e da Somália, no Oceano Índico.
O valor da carga a bordo do do navio-tanque Vier Harmoni foi estimado em US$ 392 mil (R$ 1,257 milhão).
Com o rápido desenvolvimento da Ásia, o Sudeste Asiático tornou-se uma das principais rotas do comércio internacional. O Estreito de Málaca é uma região muito perigosa por causa dos piratas, embora nos últimos anos as regiões mais problemas tenham sido as costas da Nigéria, no Golfo da Guiné, e da Somália, no Oceano Índico.
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Trump lidera por apenas seis pontos no Texas
Em mais um sinal do declínio da candidatura do magnata imobiliário Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, uma nova pesquisa indica que ele tem uma vantagem de apenas seis pontos percentuais no Texas, o segundo maior estado em população e em votos no Colégio Eleitoral, tradicionalmente vencido pelo Partido Republicano.
Na pesquisa do instituto Public Policy Polling (PPP), Trump tem 44% das preferências contra 38% para Hillary Clinton, 6% para o candidato libertário Gary Johnson e 2% para a ecologista Jill Stein. Só com os dois principais candidatos na pergunta Hillary vence por 50% a 44% num estado vencido em 2012 pelo republicano Mitt Romney com 16 pontos de vantagem.
Uma vitória democrata em 2016 está fora de questão, mas aumentam as chances do partido em futuro próximo. Trump vence por causa de uma vantagem de 63% a 33% entre os eleitores de 65 anos ou mais. No eleitorado de menos de 65 anos, Hillary lidera por 49% a 45%. Entre os eleitores de menos de 45 anos, Hillary tem uma ampla vantagem de 60% a 35%.
Em pesquisas nacionais, Hillary vence por 7 a 10 pontos percentuais.
Na pesquisa do instituto Public Policy Polling (PPP), Trump tem 44% das preferências contra 38% para Hillary Clinton, 6% para o candidato libertário Gary Johnson e 2% para a ecologista Jill Stein. Só com os dois principais candidatos na pergunta Hillary vence por 50% a 44% num estado vencido em 2012 pelo republicano Mitt Romney com 16 pontos de vantagem.
Uma vitória democrata em 2016 está fora de questão, mas aumentam as chances do partido em futuro próximo. Trump vence por causa de uma vantagem de 63% a 33% entre os eleitores de 65 anos ou mais. No eleitorado de menos de 65 anos, Hillary lidera por 49% a 45%. Entre os eleitores de menos de 45 anos, Hillary tem uma ampla vantagem de 60% a 35%.
Em pesquisas nacionais, Hillary vence por 7 a 10 pontos percentuais.
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Rússia usa base do Irã para atacar na Síria
A Força Aérea da Rússia usou uma base no Irã para bombardear alvos na Síria, anunciou hoje em Moscou o Ministério da Defesa russo. Pela primeira vez, a Rússia usa outro país, num sinal claro de fortalecimento da cooperação com a República Islâmica do Irã.
Os aviões Su-34 e Tu-22M3 saíram de perto da cidade de Hamedã, provavelmente a base de Chahid Nojeh. Os alvos são o Estado Islâmico do Iraque e do Levante e a Frente de Luta do Levante, a antiga Frente al-Nusra, braço da rede terrorista Al Caeda na guerra civil síria, em Alepo, Deir el-Zur e Idlibe.
A Rússia e o Irã são os principais aliados da ditadura de Bachar Assad. Mais uma vez, a Rússia pediu autorização aos governos do Irã e do Iraque autorização para mísseis de cruzeiro disparados do Mar Cáspio atravessarem seu espaço aéreo.
Ao mesmo tempo em que anuncia negociações conjuntas para realização de ações conjuntas contra grupos terroristas na Síria, a Rússia tenta alinhar seus objetivos na Síria com o Irã e a Turquia.
Os aviões Su-34 e Tu-22M3 saíram de perto da cidade de Hamedã, provavelmente a base de Chahid Nojeh. Os alvos são o Estado Islâmico do Iraque e do Levante e a Frente de Luta do Levante, a antiga Frente al-Nusra, braço da rede terrorista Al Caeda na guerra civil síria, em Alepo, Deir el-Zur e Idlibe.
A Rússia e o Irã são os principais aliados da ditadura de Bachar Assad. Mais uma vez, a Rússia pediu autorização aos governos do Irã e do Iraque autorização para mísseis de cruzeiro disparados do Mar Cáspio atravessarem seu espaço aéreo.
Ao mesmo tempo em que anuncia negociações conjuntas para realização de ações conjuntas contra grupos terroristas na Síria, a Rússia tenta alinhar seus objetivos na Síria com o Irã e a Turquia.
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segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Nanorrobôs atacam tumores cancerosos com precisão
Um exército de nanorrobôs é capaz de atacar células cancerosas sem afetar os tecidos sadios ao redor, concluíram pesquisadores da Escola Politécnica de Montreal, da Universidade de Montreal e da Universidade McGill, do Canadá.
Os agentes nanorrobóticos desenvolvidos na pesquisa conseguem navegar na corrente sanguínea para administrar com precisão medicamentos visando especificamente as células ativas nos tumores cancerosos.
Com a nova técnica, a dose dos medicamentos contra o câncer, altamente tóxicos para o organismo humano, pode ser bem menor, reduzindo os efeitos colaterais do tratamento, afirmam os cientistas em artigo publicado na revista Nature Nanotechnology sob o título Bactéria magnetoaerotática entrega nanolipossomas com medicamentos em regiões de tumores hipóxicos.
"Este exército de agentes nanorrobóticos é de fato constituído por mais de 100 milhões de bactérias flageladas - e portanto autopropulsoras - e carregadas de medicamentos que se deslocam e fazem o caminho mais direto entre o ponto de injeção do medicamento e a parte do corpo a ser tratada", explica o professor Sylvain Martel, pesquisador catedrático em nanorrobótica médica, diretor do Laboratório de Nanorrobótica da Escola Politécnica de Montreal e chefe da pesquisa.
A eficiência é muito maior: "A força da propulsão do medicamento foi suficiente para percorrer eficazmente o trajeto e penetrar profundamente nos tumores."
Neste movimento, as bactérias combinam dois sistemas de navegação. Uma espécie de bússola criada pela síntese de uma cadeia de nanopartículas magnéticas dá a orientação, enquanto um sensor da concentração de oxigênio permite chegar às zonas ativas de um tumor e ficar lá.
Ao expor as bactérias a um campo magnético controlado por computador, os pesquisadores mostraram que as bactérias podem fazer perfeitamente o que se imagina que nanorrobôs artificiais façam no futuro.
"Esta nova utilização de nanotransportadores terá impacto não somente na criação de conceitos de engenharia e métodos de intervenção inéditos. Abre também uma grande via para a síntese de novos vetores de medicamentos, de exames de imagem e de diagnóstico", acrescentou o professor Martel.
"A quimioterapia, se é tóxica para o corpo humano, poderia utilizar esses nanorrobôs naturais para levar os medicamentos diretamente ao alvo, o que permitiria eliminar os efeitos colaterais desagradáveis aumento a eficácia do tratamento."
Os agentes nanorrobóticos desenvolvidos na pesquisa conseguem navegar na corrente sanguínea para administrar com precisão medicamentos visando especificamente as células ativas nos tumores cancerosos.
Com a nova técnica, a dose dos medicamentos contra o câncer, altamente tóxicos para o organismo humano, pode ser bem menor, reduzindo os efeitos colaterais do tratamento, afirmam os cientistas em artigo publicado na revista Nature Nanotechnology sob o título Bactéria magnetoaerotática entrega nanolipossomas com medicamentos em regiões de tumores hipóxicos.
"Este exército de agentes nanorrobóticos é de fato constituído por mais de 100 milhões de bactérias flageladas - e portanto autopropulsoras - e carregadas de medicamentos que se deslocam e fazem o caminho mais direto entre o ponto de injeção do medicamento e a parte do corpo a ser tratada", explica o professor Sylvain Martel, pesquisador catedrático em nanorrobótica médica, diretor do Laboratório de Nanorrobótica da Escola Politécnica de Montreal e chefe da pesquisa.
A eficiência é muito maior: "A força da propulsão do medicamento foi suficiente para percorrer eficazmente o trajeto e penetrar profundamente nos tumores."
Neste movimento, as bactérias combinam dois sistemas de navegação. Uma espécie de bússola criada pela síntese de uma cadeia de nanopartículas magnéticas dá a orientação, enquanto um sensor da concentração de oxigênio permite chegar às zonas ativas de um tumor e ficar lá.
Ao expor as bactérias a um campo magnético controlado por computador, os pesquisadores mostraram que as bactérias podem fazer perfeitamente o que se imagina que nanorrobôs artificiais façam no futuro.
"Esta nova utilização de nanotransportadores terá impacto não somente na criação de conceitos de engenharia e métodos de intervenção inéditos. Abre também uma grande via para a síntese de novos vetores de medicamentos, de exames de imagem e de diagnóstico", acrescentou o professor Martel.
"A quimioterapia, se é tóxica para o corpo humano, poderia utilizar esses nanorrobôs naturais para levar os medicamentos diretamente ao alvo, o que permitiria eliminar os efeitos colaterais desagradáveis aumento a eficácia do tratamento."
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EUA e Rússia negociam ação conjunta na guerra civil da Síria
Os Estados Unidos e a Rússia estão negociando a realização de operações militares conjuntas contra a Jabhat Fatah al-Cham (Frente de Combate do Levante), revelou hoje em Moscou o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, noticiou a agência Reuters.
Os dois países vão trocar informações sobre alvos e lançar ações conjuntas contra a antiga Frente al-Nusra, que anunciou um rompimento com a rede terrorista Al Caeda para ter direito a participar de futuras negociações de paz.
Em troca, a Rússia deve suspender os bombardeios aos rebeldes moderados apoiados pelos EUA. Se houver acordo, será uma das maiores mudanças estratégicas desde o início da guerra civil na Síria há cinco anos e meio, observou a empresa de consultoria e análise estratégica Stratfor.
Os dois países vão trocar informações sobre alvos e lançar ações conjuntas contra a antiga Frente al-Nusra, que anunciou um rompimento com a rede terrorista Al Caeda para ter direito a participar de futuras negociações de paz.
Em troca, a Rússia deve suspender os bombardeios aos rebeldes moderados apoiados pelos EUA. Se houver acordo, será uma das maiores mudanças estratégicas desde o início da guerra civil na Síria há cinco anos e meio, observou a empresa de consultoria e análise estratégica Stratfor.
domingo, 14 de agosto de 2016
Forças da Líbia avançam na luta contra o Estado Islâmico
Milícias leais ao governo reconhecido internacionalmente da Líbia avançaram neste domingo na luta contra o principal reduto no país da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, na cidade de Sirte, informou a agência Reuters.
As forças governistas são lideradas por milícias da cidade de Missurata. Desde 1º agosto, contam com o apoio de bombardeios da Força Aérea dos Estados Unidos. Assim, conseguiram cercar os milicianos do Estado Islâmico no centro residencial de Sirte.
As brigadas de Missurata anunciaram ter assumido o controle de uma emissora de rádio usada pelo Estado Islâmico, que se instalou em Sirte no ano passado. A ofensiva para reconquistar a cidade, terra natal do falecido ditador Muamar Kadafi, começou em maio, quando o Estado Islâmico avançava rumo a Missurata.
Sob intensa pressão nos campos de batalha do Oriente Médio, perdendo territórios na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico aprovou a anarquia em que vive a Líbia desde a queda de Kadafi, há cinco anos, para se estabelecer no país.
Rebeldes da Síria intensificam ataques a redutos do governo em Alepo
Os rebeldes que lutam contra a ditadura de Bachar Assad na guerra civil da Síria atacaram hoje redutos leais ao governo nas zonas sul e noroeste de Alepo, a segunda cidade mais importante do país, noticiou a agência Reuters.
A Batalha de Alepo é no momento a mais importante da guerra. A cidade está dividida, com o leste sob controle rebelde e o oeste dominado por legalistas.
Com carros-bomba, os rebeldes abriram caminho para avançar no distrito de Jamiat al-Zahra. Em seguida, atacaram posições do Exército numa fábrica de cimento no sudoeste de Alepo próxima da entrada de um corredor aberto na semana passada para romper o cerco das forças governistas e dar acesso à região dominada pelos rebeldes.
As forças leais a Assad tem o apoio da Força Aérea da Rússia, do Irã e da milícia extremista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus). O Exército da Síria tomou parte de um conjunto habitacional no sudoeste da cidade.
Os maiores avanços foram do grupo rebelde Jabhat Fatah al-Cham (Frente para Conquista do Levante), a antiga Frente al-Nusra, que era o braço armado da rede Al Caeda na guerra civil síria e agora tenta se apresentar como um grupo independente para ter algum papel numa negociação de paz.
A Batalha de Alepo é no momento a mais importante da guerra. A cidade está dividida, com o leste sob controle rebelde e o oeste dominado por legalistas.
Com carros-bomba, os rebeldes abriram caminho para avançar no distrito de Jamiat al-Zahra. Em seguida, atacaram posições do Exército numa fábrica de cimento no sudoeste de Alepo próxima da entrada de um corredor aberto na semana passada para romper o cerco das forças governistas e dar acesso à região dominada pelos rebeldes.
As forças leais a Assad tem o apoio da Força Aérea da Rússia, do Irã e da milícia extremista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus). O Exército da Síria tomou parte de um conjunto habitacional no sudoeste da cidade.
Os maiores avanços foram do grupo rebelde Jabhat Fatah al-Cham (Frente para Conquista do Levante), a antiga Frente al-Nusra, que era o braço armado da rede Al Caeda na guerra civil síria e agora tenta se apresentar como um grupo independente para ter algum papel numa negociação de paz.
sábado, 13 de agosto de 2016
Pentágono confirma morte do líder do Estado Islâmico no Afeganistão
O líder da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante no Afeganistão e no Paquistão, Hafiz Saïd Khan, foi morto por um ataque de drones dos Estados Unidos no distrito de Kot, da província afegã de Nangharhar, confirmou hoje o Departamento da Defesa dos Estados Unidos, citado pela agência Reuters.
A morte de Khan havia sido anunciada anteriormente. Desta vez, o embaixador do Afeganistão em Washington, Omar Zakhilwal, declarou ter confirmado a morte com os serviços de inteligência.
Ex-comandante da milícia do Movimento dos Talibã do Paquistão, Khan foi nomeado líder da Província Khorasan do Estado Islâmico em janeiro de 2015, responsável pelas atividades da milícia no Afeganistão e no Paquistão.
Em 21 de maio de 2016, outro ataque de aeronaves não tripuladas dos EUA matou o líder da Milícia dos Talibã do Afeganistão, mulá Akhtar Mansur, em território paquistanês.
A morte de Khan havia sido anunciada anteriormente. Desta vez, o embaixador do Afeganistão em Washington, Omar Zakhilwal, declarou ter confirmado a morte com os serviços de inteligência.
Ex-comandante da milícia do Movimento dos Talibã do Paquistão, Khan foi nomeado líder da Província Khorasan do Estado Islâmico em janeiro de 2015, responsável pelas atividades da milícia no Afeganistão e no Paquistão.
Em 21 de maio de 2016, outro ataque de aeronaves não tripuladas dos EUA matou o líder da Milícia dos Talibã do Afeganistão, mulá Akhtar Mansur, em território paquistanês.
Mais de 2 mil reféns do Estado Islâmico são libertados na Síria
Ao retomar a cidade de Manbij, as Forças Democráticas da Síria libertaram hoje mais de 2 mil civis sequestrados pela milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante para serem usados como escudos humanos.
Nas ruas de Manbij, o clima é de festa. Os homens cortam as barbas e algumas mulheres queimam os véus que foram obrigados a usar nos últimos dois anos pelos extremistas muçulmanos, mostrou a televisão pública britânica BBC.
"A cidade está agora totalmente sob nosso controle, mas ainda estamos fazendo operações de varredura", declarou Charfan Darwish, do comando militar das FDS.
Manbij tem grande importância estratégica. Sua queda corta a principal rota de suprimento entre as áreas controladas pelo Estado Islâmico no Norte da Síria e a Turquia.
Para reconquistar a cidade, as FDS, formadas por guerrilheiros curdos, árabes sunitas e assírios cristãos, contaram com o apoio da coalizão das forças aéreas de mais de 60 países liderada pelos Estados Unidos.
Nas ruas de Manbij, o clima é de festa. Os homens cortam as barbas e algumas mulheres queimam os véus que foram obrigados a usar nos últimos dois anos pelos extremistas muçulmanos, mostrou a televisão pública britânica BBC.
"A cidade está agora totalmente sob nosso controle, mas ainda estamos fazendo operações de varredura", declarou Charfan Darwish, do comando militar das FDS.
Manbij tem grande importância estratégica. Sua queda corta a principal rota de suprimento entre as áreas controladas pelo Estado Islâmico no Norte da Síria e a Turquia.
Para reconquistar a cidade, as FDS, formadas por guerrilheiros curdos, árabes sunitas e assírios cristãos, contaram com o apoio da coalizão das forças aéreas de mais de 60 países liderada pelos Estados Unidos.
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Alemanha cresceu 0,4% no segundo trimestre
A economia alemã, a maior da Europa e quarta do mundo, cresceu 0,4% de abril a junho de 2016, um ritmo mais fraco do que no primeiro trimestre, quando a alta foi de 0,7%, anunciou ontem o Destatis, escritório oficial da estatísticas da República Federal da Alemanha.
O comércio exterior foi o principal motor do crescimento no segundo trimestre, com aumento das exportações e queda das importações. A queda no investimento para formação de capital bruto causou a desaceleração.
Nos últimos 12 meses, o produto interno bruto da Alemanha avançou 1,8%, um pouco abaixo do 1,9% registrado no primeiro trimestre, chegando a 4,78 trilhões de euros.
O comércio exterior foi o principal motor do crescimento no segundo trimestre, com aumento das exportações e queda das importações. A queda no investimento para formação de capital bruto causou a desaceleração.
Nos últimos 12 meses, o produto interno bruto da Alemanha avançou 1,8%, um pouco abaixo do 1,9% registrado no primeiro trimestre, chegando a 4,78 trilhões de euros.
Hillary amplia vantagem sobre Trump em estados decisivos
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 8 de novembro, ampliou sua vantagem sobre o magnata imobiliário Donald Trump, seu adversário do Partido Republicano, em três estados decisivos, indica uma nova pesquisa do instituto Marist para o jornal The Wall Street Journal e a rede de televisão NBC.
No Colorado, Hillary lidera por 46% a 32%, uma vantagem seis pontos maior do que na pesquisas anterior, realizada em julho.
A candidata democrata também avançou em dois estados do Sul em que a oposição ao presidente Barack Obama esperava uma disputa apertada. Hillary lidera por 46% a 33% na Virgínia e por 48% a 39% na Carolina do Norte.
Na Flórida, o maior estado em que os dois têm chance em novembro, Hillary tem 44% das preferências contra 39% para Trump. Há um mês, a democrata tinha apenas dois pontos percentuais de vantagem.
Pela lei americana, o presidente é eleito por um Colégio Eleitoral de 538 delegados que representam os estados e o Distrito de Colúmbia. Quem ganha num estado pelo voto popular leva todos os delegados daquele estado, com raras exceções. Será eleito presidente quem obtiver pelo menos 270 votos eleitorais.
No estado mais populoso, a Califórnia, os 55 votos eleitorais irão com certeza para a candidata democrata. No segundo, o Texas, os 34 votos eleitorais serão do Partido Republicano. Em Nova York, o terceiro, a vitória de Hillary é certa. Desta forma, o maior "campo de batalha" é a Flórida.
Atualmente as pesquisas apontam uma vitória de Hillary no Colégio Eleitoral por 347 a 191. Desde março, este quadro não se alterou. Diante das sucessivas crises da candidatura Trump, a ex-secretária deve intensificar a campanha em estados republicanos capazes de virar de lado.
Se ela ganhar nos estados que deram a vitória aos democratas nas oito últimas eleições e na Flórida, será a primeira mulher a presidir os EUA.
No Colorado, Hillary lidera por 46% a 32%, uma vantagem seis pontos maior do que na pesquisas anterior, realizada em julho.
A candidata democrata também avançou em dois estados do Sul em que a oposição ao presidente Barack Obama esperava uma disputa apertada. Hillary lidera por 46% a 33% na Virgínia e por 48% a 39% na Carolina do Norte.
Na Flórida, o maior estado em que os dois têm chance em novembro, Hillary tem 44% das preferências contra 39% para Trump. Há um mês, a democrata tinha apenas dois pontos percentuais de vantagem.
Pela lei americana, o presidente é eleito por um Colégio Eleitoral de 538 delegados que representam os estados e o Distrito de Colúmbia. Quem ganha num estado pelo voto popular leva todos os delegados daquele estado, com raras exceções. Será eleito presidente quem obtiver pelo menos 270 votos eleitorais.
No estado mais populoso, a Califórnia, os 55 votos eleitorais irão com certeza para a candidata democrata. No segundo, o Texas, os 34 votos eleitorais serão do Partido Republicano. Em Nova York, o terceiro, a vitória de Hillary é certa. Desta forma, o maior "campo de batalha" é a Flórida.
Atualmente as pesquisas apontam uma vitória de Hillary no Colégio Eleitoral por 347 a 191. Desde março, este quadro não se alterou. Diante das sucessivas crises da candidatura Trump, a ex-secretária deve intensificar a campanha em estados republicanos capazes de virar de lado.
Se ela ganhar nos estados que deram a vitória aos democratas nas oito últimas eleições e na Flórida, será a primeira mulher a presidir os EUA.
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Conselho de Segurança da ONU reforça missão no Sudão do Sul
Com 11 votos a favor e quatro abstenções (China, Egito, Rússia e Venezuela), o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem resolução para fortalecer com uma força regional de 4 mil soldados a missão de paz no Sudão do Sul, que já conta com 12 mil homens, e prorrogou seu mandato até 15 de dezembro de 2016.
A resolução manifesta "grave preocupação e alarme" com a crise política, econômica, humanitária e de segurança.
O novo contingente vai se concentrar na proteção das instalações, tropas e trabalhadores da ONU, voluntários que trabalham com ajuda humanitária e a população civil, principalmente na capital do país, Juba, e nos arredores.
Como o governo sul-sudanês não concordou com a presença no país de uma força regional, a resolução invoca o direito de uso da força. Não proíbe o comércio de armas, mas indica que pode impor um embargo.
Para pacificar o Sudão do Sul, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana pediu a saída do recém-nomeado vice-presidente Taban Deng Gai e a devolução do cargo a Riek Machar.
Mais novo país do mundo, o Sudão do Sul foi fundado em julho de 2011. É resultado de um acordo de paz e da divisão do Sudão depois da mais longa guerra civil africana da era moderna. De dezembro de 2013 a agosto de 2015, viveu uma guerra civil em que morreram de 50 a 300 mil pessoas.
A resolução manifesta "grave preocupação e alarme" com a crise política, econômica, humanitária e de segurança.
O novo contingente vai se concentrar na proteção das instalações, tropas e trabalhadores da ONU, voluntários que trabalham com ajuda humanitária e a população civil, principalmente na capital do país, Juba, e nos arredores.
Como o governo sul-sudanês não concordou com a presença no país de uma força regional, a resolução invoca o direito de uso da força. Não proíbe o comércio de armas, mas indica que pode impor um embargo.
Para pacificar o Sudão do Sul, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana pediu a saída do recém-nomeado vice-presidente Taban Deng Gai e a devolução do cargo a Riek Machar.
Mais novo país do mundo, o Sudão do Sul foi fundado em julho de 2011. É resultado de um acordo de paz e da divisão do Sudão depois da mais longa guerra civil africana da era moderna. De dezembro de 2013 a agosto de 2015, viveu uma guerra civil em que morreram de 50 a 300 mil pessoas.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Rússia instala mísseis antiaéreos de última geração na Crimeia
A Rússia instalou sistemas de mísseis de defesa antimísseis de última geração S-400 na península da Crimeia, uma província da Ucrânia anexada ilegalmente pelo Kremlin em março de 2014, revelou hoje o Ministério da Defesa russo.
A medida realimenta o conflito entre as duas ex-repúblicas mais importantes da extinta União Soviética. Há poucos dias, a Rússia acusou a Ucrânia de realizar operações de sabotagem na Crimeia e prometeu reagir.
Como o sistema de defesa antimísseis tenta neutralizar uma ameaça de natureza diferente, sua instalação provavelmente já estivesse planejada. Os dois países reforçaram suas posições na fronteira comum.
Moscou interveio militarmente na Ucrânia em resposta a uma revolta popular derrubou em fevereiro de 2014 o presidente Viktor Yanukovich. Três meses antes, ele havia suspendido negociações de associação à União Europeia.
O presidente russo, Vladimir Putin, considera o fim da URSS a "maior catástrofe geopolítica do século 20". Desde que chegou ao poder, em 1999, tenta resgatar pelo menos parte do poder imperial soviético. Essa estratégia implica manter as ex-repúblicas soviéticas sob o controle do Kremlin.
A anexação da Crimeia rompeu uma regra básica das Nações Unidas que havia sido respeitada na Europa desde 1945, que fronteiras internacionais não podem ser alteradas pelo uso da força.
Desde então, Putin reativou uma guerrinha fria com o Ocidente, os Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Europeia. Provoca os inimigos do tempo da Guerra Fria e tenta dividir a UE com a proposta de acordos comerciais bilaterais com países-membros como a Hungria, onde o primeiro-ministro direitista Viktor Orban flerta com Moscou.
A medida realimenta o conflito entre as duas ex-repúblicas mais importantes da extinta União Soviética. Há poucos dias, a Rússia acusou a Ucrânia de realizar operações de sabotagem na Crimeia e prometeu reagir.
Como o sistema de defesa antimísseis tenta neutralizar uma ameaça de natureza diferente, sua instalação provavelmente já estivesse planejada. Os dois países reforçaram suas posições na fronteira comum.
Moscou interveio militarmente na Ucrânia em resposta a uma revolta popular derrubou em fevereiro de 2014 o presidente Viktor Yanukovich. Três meses antes, ele havia suspendido negociações de associação à União Europeia.
O presidente russo, Vladimir Putin, considera o fim da URSS a "maior catástrofe geopolítica do século 20". Desde que chegou ao poder, em 1999, tenta resgatar pelo menos parte do poder imperial soviético. Essa estratégia implica manter as ex-repúblicas soviéticas sob o controle do Kremlin.
A anexação da Crimeia rompeu uma regra básica das Nações Unidas que havia sido respeitada na Europa desde 1945, que fronteiras internacionais não podem ser alteradas pelo uso da força.
Desde então, Putin reativou uma guerrinha fria com o Ocidente, os Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Europeia. Provoca os inimigos do tempo da Guerra Fria e tenta dividir a UE com a proposta de acordos comerciais bilaterais com países-membros como a Hungria, onde o primeiro-ministro direitista Viktor Orban flerta com Moscou.
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Estado Islâmico sequestra 2 mil civis no Norte da Síria
Durante a fuga da cidade de Manbij, no Norte da Síria, a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante sequestrou cerca de 2 mil civis, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora a guerra civil no país, citando como fonte rebeldes apoiados pelos Estados Unidos.
Com o apoio da coalizão aérea liderada pelos EUA, as Forças Democráticas da Síria, que reúnem guerrilheiros curdos, árabes sunitas e milícias assírias cristãs, lutam para retomar Manbij. A queda da cidade cortaria a linha de suprimento dos milicianos do Estado Islâmico com a Turquia.
Hoje um porta-voz anunciou a ofensiva final para retomar Manbij. Será mais uma grande perda para o Estado Islâmico, que não obtém nenhuma vitória militar importante há mais de um ano.
Com o apoio da coalizão aérea liderada pelos EUA, as Forças Democráticas da Síria, que reúnem guerrilheiros curdos, árabes sunitas e milícias assírias cristãs, lutam para retomar Manbij. A queda da cidade cortaria a linha de suprimento dos milicianos do Estado Islâmico com a Turquia.
Hoje um porta-voz anunciou a ofensiva final para retomar Manbij. Será mais uma grande perda para o Estado Islâmico, que não obtém nenhuma vitória militar importante há mais de um ano.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Phelps bate recorde de títulos individuais de Leônidas de Rodes
Ao vencer há pouco a prova de 200 metros quatro estilos na Olimpíada do Rio de Janeiro, o nadador americano Michel Phelps, maior medalhista olímpico de todos os tempos, com 26 medalhas, sendo 22 de ouro, bateu o recorde do corredor Leônidas de Rodes, dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, de títulos olímpicos individuais.
Leônidas de Rodes foi o maior corredor das olimpíadas da Grécia Antiga, um super-herói e um ídolo do seu tempo.
Na 154ª Olimpíada, realizada em 164 antes de Cristo, ganhou o triplo, a corrida no estádio, de cerca de 200 metros; a diaulos, numa distância duas vezes maior; e o hoplitodromos, uma diaulos com elmo, armadura e carregando um escudo, num total de 50 quilos.
O grande corredor repetiu as vitórias no triplo nos três Jogos seguintes, em 160, 156 e 152 AC. Como contou o historiador e geógrafo grego Pausanias, "o corredor mais famoso foi Leônidas de Rodes. Manteve sua velocidade como primeira por quatro olimpíadas, obtendo 12 vitórias em corridas".
A vitória de Phelps quebrou um recorde de 2.168 anos.
Leônidas de Rodes foi o maior corredor das olimpíadas da Grécia Antiga, um super-herói e um ídolo do seu tempo.
Na 154ª Olimpíada, realizada em 164 antes de Cristo, ganhou o triplo, a corrida no estádio, de cerca de 200 metros; a diaulos, numa distância duas vezes maior; e o hoplitodromos, uma diaulos com elmo, armadura e carregando um escudo, num total de 50 quilos.
O grande corredor repetiu as vitórias no triplo nos três Jogos seguintes, em 160, 156 e 152 AC. Como contou o historiador e geógrafo grego Pausanias, "o corredor mais famoso foi Leônidas de Rodes. Manteve sua velocidade como primeira por quatro olimpíadas, obtendo 12 vitórias em corridas".
A vitória de Phelps quebrou um recorde de 2.168 anos.
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Produção de petróleo da Venezuela cai ao menor nível em 40 anos
A produção de petróleo da Venezuela caiu mais uma vez, ficando um pouco acima de 2 milhões de barris por dia, agravando ainda mais a crise política e econômica do país.
Dona das maiores reservas de petróleo do planeta, estimadas em 297 bilhões de barris, "petróleo para os próximos 300 anos", como gabava o finado caudilho Hugo Chávez, a Venezuela extrai hoje 20% menos óleo cru do que dois anos atrás.
Em julho, a produção ficou na média de 2,095 milhões de barris por dia, revelou o Relatório Mensal do Mercado de Petróleo divulgado neste mês de agosto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). É a menor desde que o setor foi estatizado pelo presidente Carlos Andrés Pérez, em 1976.
O governo venezuelano não divulgou números oficiais sobre o mês passado. O cálculo foi feito pela própria OPEP com base em dados sobre transporte marítimo, relatórios de empresas, serviços de notícias, sindicatos, meios de comunicação e analistas de mercado.
Quando Chávez chegou ao poder, em 1999, a Venezuela produzia 3,2 milhões de barris por dia. Depois de uma greve de protesto contra a interferência do governo na empresa, de dezembro de 2002 a fevereiro de 2003, o caudilho promoveu um grande expurgo na empresa estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PdVSA). Afastou técnicos competentes, substituindo-os por apadrinhados políticos, e reduziu o investimento.
Com os preços recordes de 2004 a 2014, a PdVSA conseguiu mascarar sua incompetência e a decadência do setor na Venezuela.
"Na Venezuela, mais de 50% da arrecadação do governo deriva da produção de petróleo. Portanto, o governo é o dono de fato da riqueza do petróleo, o que resulta na dependência dos cidadãos", observa um relatório recente do Instituto Fraser, um centro de pesquisas defensor do liberalismo econômico.
Dona das maiores reservas de petróleo do planeta, estimadas em 297 bilhões de barris, "petróleo para os próximos 300 anos", como gabava o finado caudilho Hugo Chávez, a Venezuela extrai hoje 20% menos óleo cru do que dois anos atrás.
Em julho, a produção ficou na média de 2,095 milhões de barris por dia, revelou o Relatório Mensal do Mercado de Petróleo divulgado neste mês de agosto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). É a menor desde que o setor foi estatizado pelo presidente Carlos Andrés Pérez, em 1976.
O governo venezuelano não divulgou números oficiais sobre o mês passado. O cálculo foi feito pela própria OPEP com base em dados sobre transporte marítimo, relatórios de empresas, serviços de notícias, sindicatos, meios de comunicação e analistas de mercado.
Quando Chávez chegou ao poder, em 1999, a Venezuela produzia 3,2 milhões de barris por dia. Depois de uma greve de protesto contra a interferência do governo na empresa, de dezembro de 2002 a fevereiro de 2003, o caudilho promoveu um grande expurgo na empresa estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PdVSA). Afastou técnicos competentes, substituindo-os por apadrinhados políticos, e reduziu o investimento.
Com os preços recordes de 2004 a 2014, a PdVSA conseguiu mascarar sua incompetência e a decadência do setor na Venezuela.
"Na Venezuela, mais de 50% da arrecadação do governo deriva da produção de petróleo. Portanto, o governo é o dono de fato da riqueza do petróleo, o que resulta na dependência dos cidadãos", observa um relatório recente do Instituto Fraser, um centro de pesquisas defensor do liberalismo econômico.
Carros-bomba matam sete pessoas na região curda da Turquia
Dois carros-bomba mataram ontem pelo menos seis pessoas e feriram várias outras no Sudeste da Turquia, onde a maioria da população é curda, noticiou a Agência France Presse (AFP) citando como fontes as forças de segurança turcas.
Um carro-bomba explodiu na cidade de Diyarbakir, matando ao menos quatro pessoas. O outro foi detonado diante de um hospital em Kiziltepe, na província de Mardin. Nos dois casos, os alvos foram carros de polícia que passavam no momento dos ataques.
O governo turco acusa os guerrilheiros marxistas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Eles estavam negociando a paz até julho do ano passado, quando o presidente Recep Tayyip Erdogan reiniciou a guerra civil para deslegitimar o Partido Democrático Popular (HDP), um partido moderado que conseguiu superar os 10% dos votos e entrar na Assembleia Nacional.
Autoritário e prepotente, Erdogan não teve o menor escrúpulo de reiniciar a guerra civil com os curdos. Além de guerrilheiros curdos e da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, a Turquia enfrenta uma grave crise interna desde a frustrada tentativa de golpe militar de 15 de julho.
Erdogan aproveita para promover um grande expurgo e caça às bruxas visando todas as oposições, apesar dos principais partidos de oposição terem repudiado a tentativa de golpe.
Um carro-bomba explodiu na cidade de Diyarbakir, matando ao menos quatro pessoas. O outro foi detonado diante de um hospital em Kiziltepe, na província de Mardin. Nos dois casos, os alvos foram carros de polícia que passavam no momento dos ataques.
O governo turco acusa os guerrilheiros marxistas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Eles estavam negociando a paz até julho do ano passado, quando o presidente Recep Tayyip Erdogan reiniciou a guerra civil para deslegitimar o Partido Democrático Popular (HDP), um partido moderado que conseguiu superar os 10% dos votos e entrar na Assembleia Nacional.
Autoritário e prepotente, Erdogan não teve o menor escrúpulo de reiniciar a guerra civil com os curdos. Além de guerrilheiros curdos e da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, a Turquia enfrenta uma grave crise interna desde a frustrada tentativa de golpe militar de 15 de julho.
Erdogan aproveita para promover um grande expurgo e caça às bruxas visando todas as oposições, apesar dos principais partidos de oposição terem repudiado a tentativa de golpe.
Vietnã instala lançadores de foguetes em ilhas disputas com a China
O regime comunista do Vietnã fortificou as ilhas sob seu controle no Mar do Sul da China com a instalação de lançadores móveis de foguetes capazes de atacar as instalações militares e as pistas de pouso das ilhas dominadas pela China, noticiou a agência Reuters.
Nos últimos meses, o governo de Hanói colocou lança-foguetes em cinco bases das Ilhas Spratlys. Os lançadores estão escondidos da espionagem aérea e não estão carregados. Podem ser armados em dois a três dias.
A China está fazendo hangares reforçados em ilhas e ilhas artificiais que construiu no Mar do Sul da China, revelaram imagens de satélites-espiões. Assim, eles serão capazes de abrigar permanentemente aviões bombardeiros, de caça e de transporte.
Nos últimos meses, o governo de Hanói colocou lança-foguetes em cinco bases das Ilhas Spratlys. Os lançadores estão escondidos da espionagem aérea e não estão carregados. Podem ser armados em dois a três dias.
A China está fazendo hangares reforçados em ilhas e ilhas artificiais que construiu no Mar do Sul da China, revelaram imagens de satélites-espiões. Assim, eles serão capazes de abrigar permanentemente aviões bombardeiros, de caça e de transporte.
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Trump culpa mídia por ameaça a Hillary
O bufão escolhido pelo Partido Republicano para disputar a Presidência dos Estados Unidos acusou hoje os meios de comunicação pela ameaça que fez ontem contra sua adversária Hillary Clinton, sugerindo que os defensores do direito de portar armas poderiam atirar nela.
A Segunda Emenda à Constituição dos EUA, que garante o direito de ter e portar armas para defesa pessoal, estará ameaçada, se Hillary for eleita em 8 de novembro e assim conquistar o direito de nomear juízes para a Suprema Corte, advertiu o magnata imobiliário Donald Trump.
"Se ela escolher os juízes, não haverá nada que vocês possam fazer", afirmou Trump durante um comício em Wilmington, na Carolina do Norte, "embora talvez o pessoal da Segunda Emenda possam, talvez, não sei."
Como "o pessoal da Segunda Emenda" tem armas, o que poderia fazer é dar tiros. A campanha de Hillary criticou a declaração como "perigosa".
Mais uma vez, Trump mostra que está disposto a fazer qualquer coisa pelo poder, o que está destroçando o Partido Republicano.
A Segunda Emenda à Constituição dos EUA, que garante o direito de ter e portar armas para defesa pessoal, estará ameaçada, se Hillary for eleita em 8 de novembro e assim conquistar o direito de nomear juízes para a Suprema Corte, advertiu o magnata imobiliário Donald Trump.
"Se ela escolher os juízes, não haverá nada que vocês possam fazer", afirmou Trump durante um comício em Wilmington, na Carolina do Norte, "embora talvez o pessoal da Segunda Emenda possam, talvez, não sei."
Como "o pessoal da Segunda Emenda" tem armas, o que poderia fazer é dar tiros. A campanha de Hillary criticou a declaração como "perigosa".
Mais uma vez, Trump mostra que está disposto a fazer qualquer coisa pelo poder, o que está destroçando o Partido Republicano.
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Milícias aliadas aos EUA tomam quartel do Estado Islâmico na Líbia
Milícias aliadas do Ocidente anunciaram hoje ter assumido o controle do quartel-general da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na cidade de Sirte, na Líbia, noticiou há pouco a televisão pública britânica BBC.
"O centro de convenções Uagadugu está em nossas mãos", declarou um porta-voz das forças leais ao governo líbio reconhecido internacionalmente. O Estado Islâmico dominava Sirte desde fevereiro de 2015.
A Líbia vive em estado de anarquia e guerra civil desde a queda do ditador Muamar Kadafi há cinco anos, com milícias rivais disputando o poder. Sirte é a terra natal de Kadafi.
"O centro de convenções Uagadugu está em nossas mãos", declarou um porta-voz das forças leais ao governo líbio reconhecido internacionalmente. O Estado Islâmico dominava Sirte desde fevereiro de 2015.
A Líbia vive em estado de anarquia e guerra civil desde a queda do ditador Muamar Kadafi há cinco anos, com milícias rivais disputando o poder. Sirte é a terra natal de Kadafi.
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Hillary tem hoje 80% de chance de ser eleita presidente dos EUA
O salto da ex-secretária de Estado Hillary Clinton depois de ser indicada candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos se sustenta. De acordo com os modelos estatísticos do matemático Nate Silver, ela tem de 76% a 83% de chance de ganhar a eleição de 8 de novembro.
Pelo modelo que só leva em conta pesquisas de opinião, a probabilidade de Hillary bater o magnata imobiliário Donald Trump chega a impressionantes 83%. Outro modelo matemático, que combina pesquisas e um índice econômico, dá 76% de chance à candidata democrata. É a maior vantagem desde que os cálculos começaram a ser feitos, em junho.
Na média das pesquisas nacionais, Hillary tem hoje uma vantagem de sete pontos percentuais sobre Trump. Uma nova pesquisa da televisão ABC News e do jornal The Washington Post divulgada no domingo passado deu uma vantagem de oito pontos percentuais entre os eleitores inscritos para votar, quatro pontos a mais do que antes das convenções nacionais para oficializar as candidaturas.
Em pesquisas estaduais, Hillary tem 12 pontos de vantagem no estado da Virgínia e 11 pontos em Michigan, estados-chaves para a vitória no Colégio Eleitoral, onde o vencedor no voto popular ganha os votos de todos os delegados de cada estado.
Cauteloso, Silver considera importante esperar mais algumas semanas para ver se o impulso que a convenção deu a Clinton vai se manter. Pelos dados atuais, ele espera uma vitória democrata em novembro por quatro a sete pontos percentuais.
Como a candidatura de Trump não tem precedentes, o matemático observa que a história pode não ser referência.
Ontem, 50 especialistas em segurança nacional do Partido Republicano repudiaram as propostas políticas de Trump, que lançou uma plataforma econômica combinando cortes de impostos, protecionismo e renegociação de acordos internacionais.
Hoje, a senadora republicana pelo estado do Maine Susan Collins anunciou em artigo no jornal The Washington Post que não vai votar no candidato do partido: "Donald Trump não reflete os valores republicanos históricos nem a abordagem inclusiva que é crítica para sanar as divisões em nosso país."
Com o partido dividido como nunca, fica difícil a corrida de Trump rumo à Casa Branca. Mas sua base de apoio se mantém. Assim, Silver prevê que ele terá pelo menos 40% do voto popular em 8 de novembro. Isso significa que ainda tem chances de vencer, especialmente porque tudo pode mudar com uma notícia de impacto como um atentado terrorista ou uma piora da situação econômica.
Pelo modelo que só leva em conta pesquisas de opinião, a probabilidade de Hillary bater o magnata imobiliário Donald Trump chega a impressionantes 83%. Outro modelo matemático, que combina pesquisas e um índice econômico, dá 76% de chance à candidata democrata. É a maior vantagem desde que os cálculos começaram a ser feitos, em junho.
Na média das pesquisas nacionais, Hillary tem hoje uma vantagem de sete pontos percentuais sobre Trump. Uma nova pesquisa da televisão ABC News e do jornal The Washington Post divulgada no domingo passado deu uma vantagem de oito pontos percentuais entre os eleitores inscritos para votar, quatro pontos a mais do que antes das convenções nacionais para oficializar as candidaturas.
Em pesquisas estaduais, Hillary tem 12 pontos de vantagem no estado da Virgínia e 11 pontos em Michigan, estados-chaves para a vitória no Colégio Eleitoral, onde o vencedor no voto popular ganha os votos de todos os delegados de cada estado.
Cauteloso, Silver considera importante esperar mais algumas semanas para ver se o impulso que a convenção deu a Clinton vai se manter. Pelos dados atuais, ele espera uma vitória democrata em novembro por quatro a sete pontos percentuais.
Como a candidatura de Trump não tem precedentes, o matemático observa que a história pode não ser referência.
Ontem, 50 especialistas em segurança nacional do Partido Republicano repudiaram as propostas políticas de Trump, que lançou uma plataforma econômica combinando cortes de impostos, protecionismo e renegociação de acordos internacionais.
Hoje, a senadora republicana pelo estado do Maine Susan Collins anunciou em artigo no jornal The Washington Post que não vai votar no candidato do partido: "Donald Trump não reflete os valores republicanos históricos nem a abordagem inclusiva que é crítica para sanar as divisões em nosso país."
Com o partido dividido como nunca, fica difícil a corrida de Trump rumo à Casa Branca. Mas sua base de apoio se mantém. Assim, Silver prevê que ele terá pelo menos 40% do voto popular em 8 de novembro. Isso significa que ainda tem chances de vencer, especialmente porque tudo pode mudar com uma notícia de impacto como um atentado terrorista ou uma piora da situação econômica.
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