O anúncio da reeleição do presidente Ali Bongo tocou fogo hoje no Gabão. O candidato derrotado na eleição do último domingo, Jean Ping, contestou o resultado. Seus partidários saíram às ruas, enfrentaram a polícia e tentaram incendiar a Assembleia Nacional.
Houve confrontos violentos em Libreville, a capital do país. Em mensagem no Twitter, Ping acusou Bongo de mandar a guarda presidencial "atirar contra a população".
O resultado provisório dá a vitória ao presidente por 49,8% a 48,23%, com uma vantagem de 6 mil votos. Na província de Alto Ogoué, berço da família Bongo, no poder desde 1967, o comparecimento às urnas foi de 99,93% e 95% dos votos foram para o atual chefe de Estado, que sucedeu o pai em 2009.
A França, potência colonial que dominava o Gabão até 1960, a União Europeia e os Estados Unidos pediram uma recontagem dos votos urna a urna.
Rico em petróleo, este país do litoral atlântico da região Central da África tem a terceira maior renda média por habitante da África subsaariana pelo critério de paridade do poder de compra, depois da Guiné Equatorial e de Botsuana, equivalente a US$ 22,4 mil em 2014 pelos cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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