segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Nanorrobôs atacam tumores cancerosos com precisão

Um exército de nanorrobôs é capaz de atacar células cancerosas sem afetar os tecidos sadios ao redor, concluíram pesquisadores da Escola Politécnica de Montreal, da Universidade de Montreal e da Universidade McGill, do Canadá.

Os agentes nanorrobóticos desenvolvidos na pesquisa conseguem navegar na corrente sanguínea para administrar com precisão medicamentos visando especificamente as células ativas nos tumores cancerosos.

Com a nova técnica, a dose dos medicamentos contra o câncer, altamente tóxicos para o organismo humano, pode ser bem menor, reduzindo os efeitos colaterais do tratamento, afirmam os cientistas em artigo publicado na revista Nature Nanotechnology sob o título Bactéria magnetoaerotática entrega nanolipossomas com medicamentos em regiões de tumores hipóxicos.

"Este exército de agentes nanorrobóticos é de fato constituído por mais de 100 milhões de bactérias flageladas - e portanto autopropulsoras - e carregadas de medicamentos que se deslocam e fazem o caminho mais direto entre o ponto de injeção do medicamento e a parte do corpo a ser tratada", explica o professor Sylvain Martel, pesquisador catedrático em nanorrobótica médica, diretor do Laboratório de Nanorrobótica da Escola Politécnica de Montreal e chefe da pesquisa.

A eficiência é muito maior: "A força da propulsão do medicamento foi suficiente para percorrer eficazmente o trajeto e penetrar profundamente nos tumores."

Neste movimento, as bactérias combinam dois sistemas de navegação. Uma espécie de bússola criada pela síntese de uma cadeia de nanopartículas magnéticas dá a orientação, enquanto um sensor da concentração de oxigênio permite chegar às zonas ativas de um tumor e ficar lá.

Ao expor as bactérias a um campo magnético controlado por computador, os pesquisadores mostraram que as bactérias podem fazer perfeitamente o que se imagina que nanorrobôs artificiais façam no futuro.

"Esta nova utilização de nanotransportadores terá impacto não somente na criação de conceitos de engenharia e métodos de intervenção inéditos. Abre também uma grande via para a síntese de novos vetores de medicamentos, de exames de imagem e de diagnóstico", acrescentou o professor Martel.

"A quimioterapia, se é tóxica para o corpo humano, poderia utilizar esses nanorrobôs naturais para levar os medicamentos diretamente ao alvo, o que permitiria eliminar os efeitos colaterais desagradáveis aumento a eficácia do tratamento."

Um comentário:

Anônimo disse...

Parece que estão conseguindo controlar a ação do agente patológico que combate o câncer, faz tempo desde o ultima tentativa, que era totalmente eficaz contra o câncer mas também era totalmente fatal.