Com 11 votos a favor e quatro abstenções (China, Egito, Rússia e Venezuela), o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem resolução para fortalecer com uma força regional de 4 mil soldados a missão de paz no Sudão do Sul, que já conta com 12 mil homens, e prorrogou seu mandato até 15 de dezembro de 2016.
A resolução manifesta "grave preocupação e alarme" com a crise política, econômica, humanitária e de segurança.
O novo contingente vai se concentrar na proteção das instalações, tropas e trabalhadores da ONU, voluntários que trabalham com ajuda humanitária e a população civil, principalmente na capital do país, Juba, e nos arredores.
Como o governo sul-sudanês não concordou com a presença no país de uma força regional, a resolução invoca o direito de uso da força. Não proíbe o comércio de armas, mas indica que pode impor um embargo.
Para pacificar o Sudão do Sul, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana pediu a saída do recém-nomeado vice-presidente Taban Deng Gai e a devolução do cargo a Riek Machar.
Mais novo país do mundo, o Sudão do Sul foi fundado em julho de 2011. É resultado de um acordo de paz e da divisão do Sudão depois da mais longa guerra civil africana da era moderna. De dezembro de 2013 a agosto de 2015, viveu uma guerra civil em que morreram de 50 a 300 mil pessoas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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