Em mais um sinal do rearranjo político do Oriente Médio deflagrado pela guerra civil da Síria e pelo recuo estratégico dos Estados Unidos, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, vai a Teerã na próxima semana.
O foco central da viagem será fortalecer a cooperação entre Turquia, Irã e Rússia depois da visita do ministro do Exterior iraniano, Mohamed Javad Zarif, a Ancara na semana passada. Os limites desta cooperação estão na divergência de objetivos estratégicos.
A Rússia e o Irã são os principais aliados da ditadura de Bachar Assad, que Ergodan tenta derrubar indiretamente desde o início da guerra civil na Síria, há cinco anos e meio.
Desde a fracassada tentativa de golpe de Estado de 15 de julho, Erdogan exige a extradição de um clérigo muçulmano turco exilado nos EUA que responsabiliza pela rebelião e iniciou uma violenta repressão contra todos os adversários do governo, mesmo os que repudiaram o golpe.
Isso afasta Erdogan dos EUA e da União Europeia, então ele se aproxima de regimes autoritários indicando um distanciamento em relação ao Ocidente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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