O Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações da Bolsa de Valores de Nova York, fechou o ano com alta de 7,3%, enquanto o índice amplo S&P 500, que inclui 500 companhias, subiu 13,4%, e a bolsa Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, avançou 15,9%.
No último dia de negociações do ano, o Índice Dow Jones aumentou 166,03 pontos para 13.104,14, com valorização de 1,3%, na expectativa de que a Casa Branca e o Congresso se entendem nas negociações para reduzir o déficit orçamentário federal dos EUA, reporta o jornal The Wall St. Journal.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Maioria da direita israelense apoia Estado palestino
Dois terços dos israelenses apoiariam um acordo de paz que criasse um Estado palestino desmilitarizado com capital no setor árabe (oriental) de Jerusalém em troca da manutenção de algumas colônias na Cisjordânia. Até mesmo a maioria dos eleitores dos partidos direitistas Likud e Yisrael Beitenu seria a favor, indicam duas pesquisas de opinião citadas hoje pelo jornal liberal israelense Haaretz.
Pela proposta, os palestinos refugiados desde a criação do Estado de Israel, em 1948, só poderiam voltar para a Palestina. Os lugares históricos da Cidade Antiga de Jerusalém seriam administrados conjuntamente por palestinos, israelenses e as Nações Unidas.
Pela proposta, os palestinos refugiados desde a criação do Estado de Israel, em 1948, só poderiam voltar para a Palestina. Os lugares históricos da Cidade Antiga de Jerusalém seriam administrados conjuntamente por palestinos, israelenses e as Nações Unidas.
EUA fazem último esforço para evitar "abismo fiscal"
Uma negociação de última hora entre o vice-presidente Joe Biden e o líder da oposição republicana no Senado, Mitch McConnell, tenta evitar que os Estados Unidos caiam no chamado "abismo fiscal", mas restam apenas mais oito horas deste pelo horário de Washington.
A proposta em discussão aumentaria impostos para casais com renda anual superior a US$ 450 mil e indivíduos com renda acima de US$ 400 mil anuais, prorrogaria o seguro-desemprego por mais um ano e elevaria o teto da dívida pública dos EUA, hoje em US$ 16,4 trilhões, limite atingido hoje, revela o jornal The Washington Post.
Se não houver acordo até a meia-noite, na quarta-feira, entram em vigor cortes automáticos de gastos públicos no valor de US$ 110 bilhões e expiram as reduções de impostos da era George W. Bush (2001-9). Com a queda de dinheiro em circulação, os EUA podem voltar à recessão.
O presidente Barack Obama declarou estar confiante.
A proposta em discussão aumentaria impostos para casais com renda anual superior a US$ 450 mil e indivíduos com renda acima de US$ 400 mil anuais, prorrogaria o seguro-desemprego por mais um ano e elevaria o teto da dívida pública dos EUA, hoje em US$ 16,4 trilhões, limite atingido hoje, revela o jornal The Washington Post.
Se não houver acordo até a meia-noite, na quarta-feira, entram em vigor cortes automáticos de gastos públicos no valor de US$ 110 bilhões e expiram as reduções de impostos da era George W. Bush (2001-9). Com a queda de dinheiro em circulação, os EUA podem voltar à recessão.
O presidente Barack Obama declarou estar confiante.
domingo, 30 de dezembro de 2012
Supremo tribunal da França censura imposto de 75%
O governo socialista da França admitiu ontem reduzir sua alíquota máxima do imposto de renda, de 75% para quem ganha um milhão de euros ou mais por ano, depois que a medida foi criticada pelo Tribunal Constitucional, a suprema corte do país. Um novo projeto só deve ser apresentado em junho ou setembro, declarou o ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac.
A alíquota de 75% já levou empresários e ricos como o ator Gérard Depardieu a deixar a França para estabelecer domicílio em países vizinhos, especialmente na Bélgica.
Pela decisão da Justiça, o governo deve arrecadar entre 400 e 500 milhões de euros a menos em 2013. "É um efeito marginal", comentou o relator-geral do orçamento na Assembleia Nacional, o deputado socialista Christian Eckert.
O aumento de alíquota foi uma das promessas de campanha mais criticadas da campanha eleitoral do presidente François Hollande, descrita como demagógica e populista justamente por causa do seu impacto econômico limitado em comparação com a dimensão política.
Cahuzac prometeu que o novo projeto levará em conta as decisões do tribunal. A alíquota máxima pode baixar para 68% ou 70%, mas "é cedo demais para dizer", acrescentou o ministro, citado pelo jornal francês Le Monde.
A alíquota de 75% já levou empresários e ricos como o ator Gérard Depardieu a deixar a França para estabelecer domicílio em países vizinhos, especialmente na Bélgica.
Pela decisão da Justiça, o governo deve arrecadar entre 400 e 500 milhões de euros a menos em 2013. "É um efeito marginal", comentou o relator-geral do orçamento na Assembleia Nacional, o deputado socialista Christian Eckert.
O aumento de alíquota foi uma das promessas de campanha mais criticadas da campanha eleitoral do presidente François Hollande, descrita como demagógica e populista justamente por causa do seu impacto econômico limitado em comparação com a dimensão política.
Cahuzac prometeu que o novo projeto levará em conta as decisões do tribunal. A alíquota máxima pode baixar para 68% ou 70%, mas "é cedo demais para dizer", acrescentou o ministro, citado pelo jornal francês Le Monde.
China endurece normas para uso da Internet
O regime comunista da China endureceu as regras para uso da Internet no país, exigindo que todos os usuários se identifiquem e que os provedores de serviço removam conteúdos considerados inadequados pelos censores com maior rapidez, informa o jornal The New York Times.
sábado, 29 de dezembro de 2012
Vítima do estupro que revoltou a Índia morre
A Justiça da Índia denunciou os suspeitos de uma gangue que teria estuprado uma mulher de 23 anos dentro de um ônibus na capital, Nova Déli, reportou o jornal The New York Times.
Seis pessoas, inclusive o motorista e um menor de idade foram acusados pelo crime que revoltou o país, deflagrando uma onda de protestos e o início da campanhas para acabar com a violência contra a mulher.
Houve uma vigília à luz de vela pela morte da vítima. Na Índia, a mulher está sujeita à violência, desigualdade social, falta de serviços de saúde, desnutrição e negligência, observou um correspondente da BBC.
Uma menina indiana de 17 anos, também vítima de violência sexual, se suicidou depois que a polícia a pressionou a retirar a queixa e fazer um acordo financeiro ou se casar com um de seus estupradores.
Seis pessoas, inclusive o motorista e um menor de idade foram acusados pelo crime que revoltou o país, deflagrando uma onda de protestos e o início da campanhas para acabar com a violência contra a mulher.
Houve uma vigília à luz de vela pela morte da vítima. Na Índia, a mulher está sujeita à violência, desigualdade social, falta de serviços de saúde, desnutrição e negligência, observou um correspondente da BBC.
Uma menina indiana de 17 anos, também vítima de violência sexual, se suicidou depois que a polícia a pressionou a retirar a queixa e fazer um acordo financeiro ou se casar com um de seus estupradores.
Monti será candidato a primeiro-ministro da Itália
O ex-primeiro-ministro Mario Monti confirmou hoje que vai liderar uma coalizão centrista para disputar as eleições parlamentares de 24 e 25 de fevereiro de 2013 na Itália com uma plataforma reformista. Sua proposta central é retomar a competitividade da economia italiana, praticamente estagnada desde a adoção do euro, em 1999.
Ex-comissário antimonopólio da União Europeia, Monti foi a solução tecnocrática para salvar a Itália em novembro de 2011, quando o país estava sendo obrigado a pagar juros de 7,5% para rolar sua dívida pública.
Diante da falência moral e política do governo, sob pressão da Alemanha e de outros aliados europeus, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi pediu demissão. Um ano depois, a aliança direitista liderada por Berlusconi retirou o apoio a Monti, que agora tenta obter legitimidade nas urnas.
O Tesouro da Itália captou 6 bilhões de euros com a venda de bônus de dez anos pagando juros de 4,48%, um pouco acima dos 4,45% oferecidos no mês passado, e de bônus de cinco anos a juros de 3,26% em vez dos 3,23% do leilão anterior da dívida pública italiana.
Ex-comissário antimonopólio da União Europeia, Monti foi a solução tecnocrática para salvar a Itália em novembro de 2011, quando o país estava sendo obrigado a pagar juros de 7,5% para rolar sua dívida pública.
Diante da falência moral e política do governo, sob pressão da Alemanha e de outros aliados europeus, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi pediu demissão. Um ano depois, a aliança direitista liderada por Berlusconi retirou o apoio a Monti, que agora tenta obter legitimidade nas urnas.
O Tesouro da Itália captou 6 bilhões de euros com a venda de bônus de dez anos pagando juros de 4,48%, um pouco acima dos 4,45% oferecidos no mês passado, e de bônus de cinco anos a juros de 3,26% em vez dos 3,23% do leilão anterior da dívida pública italiana.
Obama pede urgência para evitar "abismo fiscal"
Ao receber quatro líderes do Congresso ontem na Casa Branca, o presidente Barack Obama declarou que "a hora da ação imediata é agora" para evitar que os Estados Unidos caiam no chamado "abismo fiscal", uma combinação de aumentos de impostos e cortes de gastos públicos capaz de tirar US$ 600 bilhões e de jogar o país de volta na recessão.
A três dias do fim do ano, Obama afirmou estar "cautelosamente otimista" de que um acordo será alcançado ainda em 2012 para atacar o trilionário déficit orçamento federal dos EUA.
Caso contrário, a esperança é que haja um acordo nos primeiros dias de 2013 para evitar danos à economia real, especialmente ao bolso do consumidor americano, receoso desde a Grande Recessão de 2008-9.
O presidente insiste em aumentar impostos para quem ganha mais de US$ 250 mil por ano, mas para a maioria republicana na Câmara não aumentar impostos é quase um dogma. A oposição exige cortes em programas sociais que considera insustentáveis.
O projeto que está sendo examinado aumentaria impostos para quem ganha mais de US$ 400 mil. O líder democrata no Senado, Harry Reid, já não acredita em acordo neste ano.
A três dias do fim do ano, Obama afirmou estar "cautelosamente otimista" de que um acordo será alcançado ainda em 2012 para atacar o trilionário déficit orçamento federal dos EUA.
Caso contrário, a esperança é que haja um acordo nos primeiros dias de 2013 para evitar danos à economia real, especialmente ao bolso do consumidor americano, receoso desde a Grande Recessão de 2008-9.
O presidente insiste em aumentar impostos para quem ganha mais de US$ 250 mil por ano, mas para a maioria republicana na Câmara não aumentar impostos é quase um dogma. A oposição exige cortes em programas sociais que considera insustentáveis.
O projeto que está sendo examinado aumentaria impostos para quem ganha mais de US$ 400 mil. O líder democrata no Senado, Harry Reid, já não acredita em acordo neste ano.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
ONU quer governo de transição na Síria
O enviado especial das Nações Unidas para a guerra civil na Síria, o ex-ministro do Exterior da Argélia Lakhdar Brahimi, propôs hoje a formação de um governo de transição no país.
Brahimi vai a Moscou ainda esta semana, onde o vice-ministro do Exterior sírio está negociando uma mediação da Rússia, um dos poucos países que ainda apoiam a ditadura de Bachar Assad.
Mais de 45 mil pessoas foram mortas em um ano, nove meses e meio de revolta popular, estimou ontem o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ligado à oposição.
Brahimi vai a Moscou ainda esta semana, onde o vice-ministro do Exterior sírio está negociando uma mediação da Rússia, um dos poucos países que ainda apoiam a ditadura de Bachar Assad.
Mais de 45 mil pessoas foram mortas em um ano, nove meses e meio de revolta popular, estimou ontem o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ligado à oposição.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Argentina enfrenta nova greve patronal no campo
Em protesto contra a desapropriação da sede da Sociedade Rural Argentina, os fazendeiros e agricultores do país fizeram hoje uma greve de 24 horas em que pararam de vender carne e grãos. Em meio ao locaute, o governo entregou uma intimação para que a entidade abandone em 30 dias o prédio onde desde 1875 se realiza a Exposição Internacional de Palermo.
A sede foi oficialmente vendida para a SRA em 1991 por US$ 30 milhões dentro das privatizações da era Carlos Menem (1989-99). O atual governo, embora hoje aliado ao menemismo, luta para reestatizar a economia argentina. Já enfrentou um longo locaute de ruralistas em 2008, num protesto contra o aumento para mais de 35% da alíquota máxima do imposto sobre exportações de grãos.
O governo Cristina Kirchner alega que a privatização foi feita a um "preço vil" porque o imóvel valeria pelo menos US$ 42 bilhões. A SRA convocou um protesto para amanhã de manhã, convidando os argentinos e cantar o hino nacional e "repudiar o avanço do Executivo sobre a Justiça".
Hoje só 1.381 reses, um terço do normal, foram leiloadas no Mercado de Liniers, o maior do país para venda de gado, informa o jornal Clarín.
O Movimento Produtivo Argentina, dirigido pelo ex-presidente Eduardo Duhalde, divulgou nota advertindo: "O governo ainda segue sem entender a estreita vinculação do produtivo com o político-institucional. Com seu notável e obsoleto revanchismo, pretende acentuar a desarticulação social que já se manifesta hoje em incontáveis atos de violência".
Outra paralisação, dos bancos, está convocada para amanhã. Apesar da pressão do Ministério do Trabalho, os bancários rejeitaram uma proposta de reajuste salarial de 15% alegando que o lucro dos bancos aumentou 41%.
A sede foi oficialmente vendida para a SRA em 1991 por US$ 30 milhões dentro das privatizações da era Carlos Menem (1989-99). O atual governo, embora hoje aliado ao menemismo, luta para reestatizar a economia argentina. Já enfrentou um longo locaute de ruralistas em 2008, num protesto contra o aumento para mais de 35% da alíquota máxima do imposto sobre exportações de grãos.
O governo Cristina Kirchner alega que a privatização foi feita a um "preço vil" porque o imóvel valeria pelo menos US$ 42 bilhões. A SRA convocou um protesto para amanhã de manhã, convidando os argentinos e cantar o hino nacional e "repudiar o avanço do Executivo sobre a Justiça".
Hoje só 1.381 reses, um terço do normal, foram leiloadas no Mercado de Liniers, o maior do país para venda de gado, informa o jornal Clarín.
O Movimento Produtivo Argentina, dirigido pelo ex-presidente Eduardo Duhalde, divulgou nota advertindo: "O governo ainda segue sem entender a estreita vinculação do produtivo com o político-institucional. Com seu notável e obsoleto revanchismo, pretende acentuar a desarticulação social que já se manifesta hoje em incontáveis atos de violência".
Outra paralisação, dos bancos, está convocada para amanhã. Apesar da pressão do Ministério do Trabalho, os bancários rejeitaram uma proposta de reajuste salarial de 15% alegando que o lucro dos bancos aumentou 41%.
Dívida dos EUA bate no teto em 31 de dezembro
Diante do impasse nas negociações para evitar que os Estados Unidos caiam no chamado "abismo fiscal", o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, advertiu os deputados e senadores que a dívida pública do país deve atingir o limite de US$ 16,4 trilhões em 31 de dezembro de 2012. Sem a autorização do Congresso, a Casa Branca não poderá tomar novos empréstimos.
O presidente Barack Obama interrompeu suas férias de fim de ano no Havaí, estado onde nasceu, e voltou a Washington para tentar um acerto antes do fim do ano.
O presidente Barack Obama interrompeu suas férias de fim de ano no Havaí, estado onde nasceu, e voltou a Washington para tentar um acerto antes do fim do ano.
Em carta aos congressistas, o secretário do Tesouro promete tomar "medidas extraordinárias" para evitar um calote. Essas medidas permitiriam levantar até US$ 200 bilhões, dando mais dois meses de prazo para Executivo e Legislativo se entenderem, reporta o jornal The Washington Post.
O "abismo fiscal" é a combinação do fim dos cortes de impostos da era George W. Bush (2001-9) com a redução automática nos gastos públicos a ser deflagrada se não houver acordo para reduzir o déficit público trilionário dos EUA. Isto pode tirar US$ 600 bilhões de circulação em curto prazo e jogar o país de volta na recessão.
O "abismo fiscal" é a combinação do fim dos cortes de impostos da era George W. Bush (2001-9) com a redução automática nos gastos públicos a ser deflagrada se não houver acordo para reduzir o déficit público trilionário dos EUA. Isto pode tirar US$ 600 bilhões de circulação em curto prazo e jogar o país de volta na recessão.
Chefe da polícia militar da Síria deserta
O general Abdul Azia Jassem al-Challal, chefe da polícia militar da Síria, é o mais alto oficial a desertar da ditadura de Bachar Assad. Ele anunciou sua saída ontem na televisão árabe Al-Arabiya. Hoje o vídeo foi considerado autêntico.
Em um pronunciamento rápido, o general afirmou ter tomado a decisão por causa da deturpação da atividade militar de "sua missão fundamental de proteger o povo sírio para se transformar em gangues de assassinos e destruidores".
Sua fuga foi planejada durante semanas com o apoio de líderes tribais que lhe deram cobertura durante uma viagem de motocicleta de quatro horas e na travessia da fronteira com a vizinha Turquia, principal base do Exército da Síria Livre, principal grupo armado de oposição, noticia o jornal The New York Times.
Mais de 40 mil pessoas foram mortas em um ano, nove meses e meio de rebelião popular e guerra civil na Síria.
Em um pronunciamento rápido, o general afirmou ter tomado a decisão por causa da deturpação da atividade militar de "sua missão fundamental de proteger o povo sírio para se transformar em gangues de assassinos e destruidores".
Sua fuga foi planejada durante semanas com o apoio de líderes tribais que lhe deram cobertura durante uma viagem de motocicleta de quatro horas e na travessia da fronteira com a vizinha Turquia, principal base do Exército da Síria Livre, principal grupo armado de oposição, noticia o jornal The New York Times.
Mais de 40 mil pessoas foram mortas em um ano, nove meses e meio de rebelião popular e guerra civil na Síria.
Linha-dura Shinzo Abe é primeiro-ministro do Japão
Num momento de acirramento das disputas territoriais com a China, a eleição de Shinzo Abe, do Partido Liberal-Democrata, para chefiar o governo do Japão deve aumentar a tensão entre os dois gigantes da Ásia. Apesar do passado de invasões do Exército Imperial japonês durante a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países do Leste e do Sudeste Asiático conta com o Japão para conter a superpoderosa China.
Com a China cada vez mais armada e agressiva, e a Coreia do Norte desenvolvendo mísseis de longo alcance, o fim do pacifismo que marca a política japonesa do pós-guerra é apenas uma questão de tempo.
É também uma dupla volta ao poder, do PLD que dominou a política do Japão desde sua fundação, em 1955, até 2003, e de Abe, que renunciou há cinco anos depois de uma breve passagem pela chefia do governo.
No plano econômico, o novo primeiro-ministro está pressionando o Banco do Japão a elevar sua meta de inflação de 1% para 2% ao ano como forma de combater a deflação crônica que causa a estagnação da agora terceira maior economia do mundo desde o início dos anos 90.
Com a China cada vez mais armada e agressiva, e a Coreia do Norte desenvolvendo mísseis de longo alcance, o fim do pacifismo que marca a política japonesa do pós-guerra é apenas uma questão de tempo.
É também uma dupla volta ao poder, do PLD que dominou a política do Japão desde sua fundação, em 1955, até 2003, e de Abe, que renunciou há cinco anos depois de uma breve passagem pela chefia do governo.
No plano econômico, o novo primeiro-ministro está pressionando o Banco do Japão a elevar sua meta de inflação de 1% para 2% ao ano como forma de combater a deflação crônica que causa a estagnação da agora terceira maior economia do mundo desde o início dos anos 90.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Egito aprova nova Constituição repudiada por liberais
A nova Constituição do Egito, formulada pelos partidos islamitas, foi aprovada com 63,8% de votos favoráveis no referendo realizado nos dias 15 e 22 de dezembro, anunciou hoje a Comissão Nacional Eleitoral.
"Esta Constituição será de todos os egípcios", declarou o primeiro-ministro Hicham Kandil, da Irmandade Muçulmana, o mais antigo movimento fundamentalista islâmico do mundo. Nem todos pensam assim
Com a abstenção foi de 67,1%, a oposição liberal deve contestar o resultado, alegando que os direitos das mulheres e das minorias não foram contemplados e que há risco de implantação de uma ditadura teocrática.
"Esta Constituição será de todos os egípcios", declarou o primeiro-ministro Hicham Kandil, da Irmandade Muçulmana, o mais antigo movimento fundamentalista islâmico do mundo. Nem todos pensam assim
Com a abstenção foi de 67,1%, a oposição liberal deve contestar o resultado, alegando que os direitos das mulheres e das minorias não foram contemplados e que há risco de implantação de uma ditadura teocrática.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Monti admite disputar eleições na Itália
O ex-primeiro-ministro Mario Monti admitiu hoje a possibilidade de disputar as próximas eleições parlamentares à frente de um grupo de forças políticas reformistas que concorde com suas propostas para fortalecer a Itália e a União Europeia.
Monti, ex-comissário europeu antimonopólio pediu demissão na semana passada de liderar por um ano e um mês um governo tecnocrático que conseguiu salvar a Itália do pior momento da crise das dívidas públicas. Nas últimas semanas, perdeu o apoio do partido Povo da Liberdade, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que ensaia um retorno à política.
Em entrevista coletiva no domingo à noite, Monti declarou estar pronto para "encorajar, aconselhar e, se me for pedido, liderar" um partido disposto a adotar sua agenda para reformar a Itália e tornar o país mais competitivo. "Temos de evitar retrocessos, mas também temos de avançar".
Suas propostas incluem uma reforma das leis trabalhistas para facilitar contratação e demissões, o combate à corrupção e o fortalecimento da posição da mulher na terceira maior economia da Zona do Euro.
O próprio Berlusconi aceitaria que Monti liderasse sua coligação de centro-direita, mas aparentemente o ex-comissário europeu prefere outras companhias.
Monti, ex-comissário europeu antimonopólio pediu demissão na semana passada de liderar por um ano e um mês um governo tecnocrático que conseguiu salvar a Itália do pior momento da crise das dívidas públicas. Nas últimas semanas, perdeu o apoio do partido Povo da Liberdade, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que ensaia um retorno à política.
Em entrevista coletiva no domingo à noite, Monti declarou estar pronto para "encorajar, aconselhar e, se me for pedido, liderar" um partido disposto a adotar sua agenda para reformar a Itália e tornar o país mais competitivo. "Temos de evitar retrocessos, mas também temos de avançar".
Suas propostas incluem uma reforma das leis trabalhistas para facilitar contratação e demissões, o combate à corrupção e o fortalecimento da posição da mulher na terceira maior economia da Zona do Euro.
O próprio Berlusconi aceitaria que Monti liderasse sua coligação de centro-direita, mas aparentemente o ex-comissário europeu prefere outras companhias.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Islamitas anunciam vitória no referendo no Egito
A Irmandade Muçulmana afirmou hoje que a nova Constituição do Egito foi aprovada pelo voto popular no referendo realizado ontem e no sábado anterior. A Frente de Salvação Nacional, que repudia a carta alegando que não garante liberdades fundamentais e os direitos das minorias, também acredita na vitória do sim. O resultado oficial pode demorar vários dias.
Apenas 30% dos egípcios aptos a votar compareceram às urnas nos dias 15 e 22 de dezembro. No primeiro dia de votação, 56% referendaram o projeto constitucional dos islamitas. A apuração do segundo dia ainda não está concluída, e a expectativa é de aprovação da carta.
A questão é se esta Constituição pode servir de base para organizar uma sociedade democrática.
Apenas 30% dos egípcios aptos a votar compareceram às urnas nos dias 15 e 22 de dezembro. No primeiro dia de votação, 56% referendaram o projeto constitucional dos islamitas. A apuração do segundo dia ainda não está concluída, e a expectativa é de aprovação da carta.
A questão é se esta Constituição pode servir de base para organizar uma sociedade democrática.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Governo acusa sindicatos por saques na Argentina
Pelo menos três pessoas morreram numa onda de saques a lojas e supermercados iniciada na região de Bariloche, na Argentina. O governo Cristina Kirchner acusa sindicatos que recentemente passaram para a oposição em protesto contra a manipulação dos índices de inflação.
Num desafio, o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Hugo Moyano, afirmou: "Se tem provas, que me metam em cana", reportou o jornal Clarín. Moyano atribuiu as acusações a "funcionários de quarta" categoria que estariam numa "competição de alcaguetes".
Desde a primeira eleição presidencial de Cristina, em 2007, o instituto nacional de estatísticas (Indec) é suspeito de manipular os índices de crescimento de preços, que oficialmente estão em torno de 10% enquanto a maioria dos economistas independentes estima algo entre 20% e 25%.
Num desafio, o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Hugo Moyano, afirmou: "Se tem provas, que me metam em cana", reportou o jornal Clarín. Moyano atribuiu as acusações a "funcionários de quarta" categoria que estariam numa "competição de alcaguetes".
Desde a primeira eleição presidencial de Cristina, em 2007, o instituto nacional de estatísticas (Indec) é suspeito de manipular os índices de crescimento de preços, que oficialmente estão em torno de 10% enquanto a maioria dos economistas independentes estima algo entre 20% e 25%.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Monti pede demissão como primeiro-ministro da Itália
O primeiro-ministro tecnocrata Mario Monti pediu demissão hoje, depois que o Congresso da Itália aprovou o orçamento para 2013. Nas últimas semanas, ele perdeu o apoio da aliança direitista liderada pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Monti, ex-comissário europeu antimonopólio, assumiu a chefia de governo da Itália num momento crítico em que as taxas de juros pagas para rolar a dívida pública do país chegavam a um limite insustentável, em novembro de 2011.
Monti, ex-comissário europeu antimonopólio, assumiu a chefia de governo da Itália num momento crítico em que as taxas de juros pagas para rolar a dívida pública do país chegavam a um limite insustentável, em novembro de 2011.
NRA quer guardas armados em todas escolas dos EUA
Depois de se declarar a favor de medidas concretas para evitar nossos massacres como o da escola primária Sandy Hook, há uma semana, a Associação Nacional do Rifle (NRA, do inglês), o lobby dos fabricantes de armas nos Estados Unidos, propôs hoje que sejam colocados guardas armados em todas as escolas do país.
"A única coisa que para um cara mau com uma arma é um cara bom com uma arma", declarou Wayne LaPierre, diretor-executivo e vice-presidente da NRA. Numa entrevista coletiva marcada pela remoção forçada de dois manifestantes com cartazes que acusavam a entidade de ter "mãos sujas de sangue", ele argumentou que escolas são alvos fáceis porque são lugares onde ninguém pode entrar armado.
"A única coisa que para um cara mau com uma arma é um cara bom com uma arma", declarou Wayne LaPierre, diretor-executivo e vice-presidente da NRA. Numa entrevista coletiva marcada pela remoção forçada de dois manifestantes com cartazes que acusavam a entidade de ter "mãos sujas de sangue", ele argumentou que escolas são alvos fáceis porque são lugares onde ninguém pode entrar armado.
John Kerry será chefe da diplomacia dos EUA
O senador John Kerry, um veterano da Guerra do Vietnã que perdeu a eleição presidencial para George W. Bush em 2004 e que preside atualmente a Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, será indicado hoje pelo presidente Barack Obama como secretário de Estado de seu segundo governo, em substituição à ex-primeira-dama Hillary Clinton.
A primeira opção de Obama era aparentemente a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Susan Rice, queimada pela oposição republicana por ter dito que o ataque terrorista contra o Consulado Americano em Bengázi, na Líbia, em 11 de setembro de 2012, tinha sido consequência de uma manifestação de protesto contra um filme ofensivo ao islamismo.
A primeira opção de Obama era aparentemente a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Susan Rice, queimada pela oposição republicana por ter dito que o ataque terrorista contra o Consulado Americano em Bengázi, na Líbia, em 11 de setembro de 2012, tinha sido consequência de uma manifestação de protesto contra um filme ofensivo ao islamismo.
Republicanos desistem de aprovar alta de impostos
Como o presidente Barack Obama ameaçou vetar, a maioria republicana na Câmara dos Representantes decidiu nem colocar em votação uma proposta do presidente da Câmara, deputado John Boehner, autorizando aumentos de impostos para quem ganha US$ 1 milhão ou mais por ano de renda bruta para reduzir o déficit orçamentário dos Estados Unidos.
Seria uma maneira de dizer ao eleitorado que os republicanos têm propostas alternativas às de Obama, que não se limitam a críticas destrutivas. Mas os dois lados recuaram.
Sob pressão da ala mais direitista do partido, Boehner retirou o projeto. Um acordo ficou mais distante. Os EUA se aproximam perigosamente do "abismo fiscal", uma combinação de aumentos de impostos com cortes de gastos públicos capaz de tirar de circulação US$ 600 bilhões.
Com a má notícia, hoje deve ser um dia de queda nas bolsas de valores do mundo inteiro.
Seria uma maneira de dizer ao eleitorado que os republicanos têm propostas alternativas às de Obama, que não se limitam a críticas destrutivas. Mas os dois lados recuaram.
Sob pressão da ala mais direitista do partido, Boehner retirou o projeto. Um acordo ficou mais distante. Os EUA se aproximam perigosamente do "abismo fiscal", uma combinação de aumentos de impostos com cortes de gastos públicos capaz de tirar de circulação US$ 600 bilhões.
Com a má notícia, hoje deve ser um dia de queda nas bolsas de valores do mundo inteiro.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
EUA cresceram em ritmo de 3,1% ao ano
O crescimento da economia dos Estados Unidos no terceiro trimestre de 2012 foi elevado em 0,4 ponto percentual em relação à estimativa anterior. A maior economia do mundo avançou num ritmo de 3,1% ao ano de julho a setembro, mas a expectativa é de queda no fim do ano com o impacto da supertempestade Sandy e o medo de que o país caia no chamado "abismo fiscal", se o governo Barack Obama e a maioria republicana na Câmara não chegarem a um acordo até o fim do ano para reduzir o déficit público federal.
As negociações estão estagnadas desde que o presidente rejeitou a proposta do presidente da Câmara, deputado John Boehner, de aumentar impostos apenas para quem ganha US$ 1 milhão ou mais por ano. Obama quer cobrar mais de quem recebe mais de US$ 250 mil por ano.
Boehner deve colocar sua proposta em votação amanhã para tentar transferir para a Casa Branca a responsabilidade por um possível fracasso nas negociações.
As negociações estão estagnadas desde que o presidente rejeitou a proposta do presidente da Câmara, deputado John Boehner, de aumentar impostos apenas para quem ganha US$ 1 milhão ou mais por ano. Obama quer cobrar mais de quem recebe mais de US$ 250 mil por ano.
Boehner deve colocar sua proposta em votação amanhã para tentar transferir para a Casa Branca a responsabilidade por um possível fracasso nas negociações.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Filha de ditador é eleita presidente da Coreia do Sul
Com o apoio do atual governo conservador, Park Geun-hye, filha do ditador Park Chung-hee, foi eleita hoje presidente da Coreia do Sul com 51,66% dos votos contra 47,91% para o candidato liberal Moon Jae-in.
Será a primeira mulher a dirigir o único país que rompeu totalmente a barreira do subdesenvolvimento no século 20 e agora enfrenta os problemas do crescimento.
"Serei presidente de um país que cumpre suas promessas", declarou Park, citado pela rede de televisão CNN.
Será a primeira mulher a dirigir o único país que rompeu totalmente a barreira do subdesenvolvimento no século 20 e agora enfrenta os problemas do crescimento.
"Serei presidente de um país que cumpre suas promessas", declarou Park, citado pela rede de televisão CNN.
ONU exige que Israel suspenda expansão de colônias
As Nações Unidas exigiram hoje que Israel renuncie "imediatamente" a seus projetos de implantação de novas colônias e expansão das já existentes na Cisjordânia, ocupada na Guerra dos Seis Dias, em 1967, reafirmando que a colonização é ilegal à luz do direito internacional e ameaça o processo de paz com os palestinos, noticiou há pouco o jornal francês Le Monde.
Se concretizados, estes projetos "darão um golpe, talvez fatal, nas chances que restam de chegar a uma solução com dois Estados", um israelense e outro palestino, declarou o secretário-geral adjunto da ONU para questões políticas, Jeffrey Feltman, em reunião do Conselho de Segurança.
Na sua política de tornar a ocupação um fato consumado, o governo linha-dura israelense acelerou a colonização depois que a Assembleia-Geral da ONU reconheceu o Estado nacional palestino com base nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Se concretizados, estes projetos "darão um golpe, talvez fatal, nas chances que restam de chegar a uma solução com dois Estados", um israelense e outro palestino, declarou o secretário-geral adjunto da ONU para questões políticas, Jeffrey Feltman, em reunião do Conselho de Segurança.
Na sua política de tornar a ocupação um fato consumado, o governo linha-dura israelense acelerou a colonização depois que a Assembleia-Geral da ONU reconheceu o Estado nacional palestino com base nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Governo argentino recorre à Corte Suprema contra Clarín
Diante de novo adiamento na aplicação da Lei de Meios de Comunicação, o governo Cristina Kirchner anunciou há poucos minutos a decisão de recorrer à Corte Suprema de Justiça para obter uma sentença definitiva sobre um recurso do Clarín.
"A procrastinação da entrada em vigor da lei contraria o sistema democrático", alegou o ministro da Justiça, Julio Alak, ao fazer o anúncio.
O maior grupo de mídia da Argentina, principal alvo do governo, contesta a constitucionalidade de dois artigos com base nos princípios do direito adquirido e do direito de propriedade.
O objetivo é saltar por cima das instâncias intermediárias para apressar o andamento do processo.
"A procrastinação da entrada em vigor da lei contraria o sistema democrático", alegou o ministro da Justiça, Julio Alak, ao fazer o anúncio.
O maior grupo de mídia da Argentina, principal alvo do governo, contesta a constitucionalidade de dois artigos com base nos princípios do direito adquirido e do direito de propriedade.
O objetivo é saltar por cima das instâncias intermediárias para apressar o andamento do processo.
Justiça argentina suspende aplicação da Lei da Mídia
Em uma derrota do governo Cristina Kirchner, o juiz Norberto Alfonso, da Câmara Civil e Comercial da Argentina, suspendeu ontem a aplicação da Lei de Meios de Comunicação até a decisão final sobre a constitucionalidade de dois artigos contestados pelo Clarín, maior grupo de mídia do país, que alega lesões a direitos adquiridos, ao direito de propriedade e à liberdade de expressão.
O governo argentino já preparava um leilão para vender as licenças de rádio e televisão que o Clarín será obrigado a se desfazer para se adequar à lei. Se a presidente Cristina Kirchner vencer o duelo, a participação do grupo no mercado argentino deve cair de 47% para 35% do mercado.
O governo argentino já preparava um leilão para vender as licenças de rádio e televisão que o Clarín será obrigado a se desfazer para se adequar à lei. Se a presidente Cristina Kirchner vencer o duelo, a participação do grupo no mercado argentino deve cair de 47% para 35% do mercado.
Departamento de Estado falhou no ataque em Bengázi
Uma serie de "falhas sistêmicas"do Departamento de Estado deixou o Consulado Americano em Bengázi, na Líbia, sem condições de se defender do ataque terrorista de 11 de setembro de 2012, em que morreram o embaixador Christopher Stevens e outros três cidadãos dos Estados Unidos, concluiu uma investigação ordenada pela secretária de Estado, Hillary Clinton. Ela aceitou todas as conclusões do inquérito.
O relatório confirma que o governo Barack Obama errou ao dizer que o ataque tinha acontecido em meio a um protesto contra um filme ofensivo ao profeta Maomé e ao islamismo de modo geral. Não houve manifestação naquele dia em Bengázi, constatou a investigação, citada no jornal The Washington Post.
É munição para a oposição republicana, que tentou tirar proveito político durante a campanha, insistindo em que Obama é um presidente frágil em questões de segurança e defesa.
Durante um debate na campanha eleitoral, o presidente não respondeu a uma pergunta sobre um pedido de reforço na segurança do consulado em Bengázi feito pela embaixada americana em Trípoli, que teria sido negado por contenção de despesas.
O relatório confirma que o governo Barack Obama errou ao dizer que o ataque tinha acontecido em meio a um protesto contra um filme ofensivo ao profeta Maomé e ao islamismo de modo geral. Não houve manifestação naquele dia em Bengázi, constatou a investigação, citada no jornal The Washington Post.
É munição para a oposição republicana, que tentou tirar proveito político durante a campanha, insistindo em que Obama é um presidente frágil em questões de segurança e defesa.
Durante um debate na campanha eleitoral, o presidente não respondeu a uma pergunta sobre um pedido de reforço na segurança do consulado em Bengázi feito pela embaixada americana em Trípoli, que teria sido negado por contenção de despesas.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Israel constrói mais 1,5 mil casas na Jerusalém árabe
Em mais uma medida de força destinada a impedir qualquer possibilidade de criação de um Estado nacional palestino viável, o governo linha-dura de Israel aprovou a construção de mais de 1,5 mil moradias no setor árabe de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o que é ilegal à luz do direito internacional. A Carta das Nações Unidas proíbe a guerra de conquista.
Como já tinha autorizado a construção de 3 mil moradias nas colônias da Cisjordânia ocupada no dia em que a Assembleia Geral da ONU reconhecer o Estado palestino, é mais um prego no caixão do processo de paz às vésperas de eleições em que o povo israelense vai manter no poder este governo avesso à paz.
Uma pesquisa citada hoje pelo jornal liberal Haaretz indica que 67% dos centristas não votariam num governo que aceitasse a divisão de Jerusalém nas eleições parlamentares de 22 de janeiro de 2013. Assim, não há processo de paz que resista. O eleitorado de Israel opta por uma guerra sem fim, ignorando as mudanças geoestratégicas do Oriente Médio depois da Primavera Árabe.
Como já tinha autorizado a construção de 3 mil moradias nas colônias da Cisjordânia ocupada no dia em que a Assembleia Geral da ONU reconhecer o Estado palestino, é mais um prego no caixão do processo de paz às vésperas de eleições em que o povo israelense vai manter no poder este governo avesso à paz.
Uma pesquisa citada hoje pelo jornal liberal Haaretz indica que 67% dos centristas não votariam num governo que aceitasse a divisão de Jerusalém nas eleições parlamentares de 22 de janeiro de 2013. Assim, não há processo de paz que resista. O eleitorado de Israel opta por uma guerra sem fim, ignorando as mudanças geoestratégicas do Oriente Médio depois da Primavera Árabe.
Presidente sul-africano mantém liderança do CNA
Com a promessa de lutar contra o desemprego, a desigualdade e a miséria, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, venceu o desafio posto por seu vice, Kgalema Motlanthe, e manteve a lideranca do Congresso Nacional Africano (CNA), o que praticamente garante sua reeleição para chefe de Estado.
Zuma usou o mesmo argumento para derrotar, em 2007, o então presidente Thabo Mbeki, assumindo a presidência do país antes de ser eleito para o cargo pelo voto popular. Isso levou um dos heróis na luta contra o regime supremacista branco do apartheid, o arcebispo Desmond Tutu, a chamar o país de "república de bananas".
No momento em que o grande herói da luta pela libertação da maioria negra, Nelson Mandela, enfrenta graves problemas de saúde aos 94 anos, a estrela do CNA também vai se apagando. Uma grande aliança dos grupos que lutavam contra o regime segregacionista branco, o CNA tem o monopólio de poder desde as eleições que levaram Mandela ao poder em 1994.
Esse monopólio já se mostra negativo para o país que sempre foi a grande esperança de redenção da África subsaariana. Diante da incapacidade da África do Sul de resolver crises regionais como a ditadura de Robert Mugabe no vizinho Zimbábue, muita gente diz que, se o outro país africano estivesse lutando hoje contra um regime racista feito o do apartheid, não teria o apoio do atual governo sul-africano.
Com seu harém e seus escândalos de corrupção, Zuma é um peso para a África do Sul, um atraso para o continente e uma liderança que não soma nos vários foruns internacionais de que o país participa ao lado do Brasil.
Zuma usou o mesmo argumento para derrotar, em 2007, o então presidente Thabo Mbeki, assumindo a presidência do país antes de ser eleito para o cargo pelo voto popular. Isso levou um dos heróis na luta contra o regime supremacista branco do apartheid, o arcebispo Desmond Tutu, a chamar o país de "república de bananas".
No momento em que o grande herói da luta pela libertação da maioria negra, Nelson Mandela, enfrenta graves problemas de saúde aos 94 anos, a estrela do CNA também vai se apagando. Uma grande aliança dos grupos que lutavam contra o regime segregacionista branco, o CNA tem o monopólio de poder desde as eleições que levaram Mandela ao poder em 1994.
Esse monopólio já se mostra negativo para o país que sempre foi a grande esperança de redenção da África subsaariana. Diante da incapacidade da África do Sul de resolver crises regionais como a ditadura de Robert Mugabe no vizinho Zimbábue, muita gente diz que, se o outro país africano estivesse lutando hoje contra um regime racista feito o do apartheid, não teria o apoio do atual governo sul-africano.
Com seu harém e seus escândalos de corrupção, Zuma é um peso para a África do Sul, um atraso para o continente e uma liderança que não soma nos vários foruns internacionais de que o país participa ao lado do Brasil.
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Obama e oposição estão perto de evitar abismo fiscal
Em encontro ontem à noite, o presidente Barack Obama e o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado John Boehner, aproximaram suas posições para chegar a um acordo e evitar que o pais caia no chamado "abismo fiscal" no início de 2013.
A proposta prevê aumentos de impostos no valor de US$ 1 trilhão, cortes de gastos públicos no mesmo montante e a elevação do teto da dívida pública dos EUA, de US$ 15 trilhões, mais de 100% de toda a riqueza que o país produz num ano. Não foram revelados todos os detalhes.
Até agora, a oposição republicana, que domina a Câmara, responsável pela aprovação do orçamento por representar o povo, se recusava a aumentar impostos para os ricos. Obama queria incluir neste grupo quem ganha mais de US$ 250 mil por ano. Boehner concordou para quem tiver renda bruta de US$ 1 milhão por ano e estaria pronto para colocar o projeto em votação, informa o jornal The Washington Post.
O "abismo fiscal" seria resultado do fim dos cortes de impostos da era George W. Bush (2001-9) e das reduções automáticas nos gastos públicos que seriam deflagradas pela falta de acordo entre a Casa Branca e o Congresso. Cerca de US$ 600 bilhões sairiam de circulação e a economia americana voltaria a cair na recessão.
A proposta prevê aumentos de impostos no valor de US$ 1 trilhão, cortes de gastos públicos no mesmo montante e a elevação do teto da dívida pública dos EUA, de US$ 15 trilhões, mais de 100% de toda a riqueza que o país produz num ano. Não foram revelados todos os detalhes.
Até agora, a oposição republicana, que domina a Câmara, responsável pela aprovação do orçamento por representar o povo, se recusava a aumentar impostos para os ricos. Obama queria incluir neste grupo quem ganha mais de US$ 250 mil por ano. Boehner concordou para quem tiver renda bruta de US$ 1 milhão por ano e estaria pronto para colocar o projeto em votação, informa o jornal The Washington Post.
O "abismo fiscal" seria resultado do fim dos cortes de impostos da era George W. Bush (2001-9) e das reduções automáticas nos gastos públicos que seriam deflagradas pela falta de acordo entre a Casa Branca e o Congresso. Cerca de US$ 600 bilhões sairiam de circulação e a economia americana voltaria a cair na recessão.
Diário de Viagem: Rodovia da Morte é de matar
Por volta de oito horas da noite de sábado, saí do Rodoanel, enchi o tanque e entrei na Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba), mais conhecida como Rodovia da Morte, onde mais de 1,7 mil pessoas morreram em acidente no ano passado. Há cinco anos, não passava por ali, onde um trecho permanece não duplicado.
Logo caiu uma tempestade que alagou parcialmente a pista e chegou a desestabilizar meu caro, que ameaçou rodopiar numa estrada cheia, com risco de acidente grave. Mas a uns 50km ao sul de São Paulo, tudo parou. Formou-se uma fila imensa de caminhões que andava lentamente e parava por períodos de até 15 minutos.
Sem ter o que fazer, os caminhoneiros e outros motoristas desligavam os motores à espera de que a fila se mexesse. Uns falavam pelo rádio; outros checavam os pneus. Era uma total resignação de quem está acostumado a uma das piores estradas do país, a mais importante ligação da capital econômica do Brasil com o Sul.
Foram três horas e meia de engarrafamento sem outro motivo aparente que o excesso de tráfego. Esta foi a explicação de um funcionário da concessionária que explora a via. Se há um acidente grave ou um ataque de criminosos como sugeriu um funcionário do pedágio, o suplício seria ainda maior
Então, me pergunto: como pode um país como o Brasil, caindo para sétima economia mundial, conviver com tanta incompetência, descaso e desamparo? Quando o governo vai atacar os gargalos de infraestrutura que estrangulam a competitividade da economia?
Sei que os motores de combustão interna estão em baixa em tempos de aquecimento global e tempestades bíblicas. Mas não havendo alternativa, não há desculpa para não duplicar a estrada mais importante do país, a BR-116, num de seus trechos mais críticos, a Serra do Cafezal.
Soube que a obra não sai por falta de autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), preocupados com preservar o que resta de verde no estado de São Paulo. Mas o órgão que não consegue preservar a Amazônia brasileira por causa das alianças governistas com os setores mais retrógrados da região e do agronegócio deveria se preocupar também em preservar vidas humanas que passam pela estrada mais importante do Brasil.
Logo caiu uma tempestade que alagou parcialmente a pista e chegou a desestabilizar meu caro, que ameaçou rodopiar numa estrada cheia, com risco de acidente grave. Mas a uns 50km ao sul de São Paulo, tudo parou. Formou-se uma fila imensa de caminhões que andava lentamente e parava por períodos de até 15 minutos.
Sem ter o que fazer, os caminhoneiros e outros motoristas desligavam os motores à espera de que a fila se mexesse. Uns falavam pelo rádio; outros checavam os pneus. Era uma total resignação de quem está acostumado a uma das piores estradas do país, a mais importante ligação da capital econômica do Brasil com o Sul.
Foram três horas e meia de engarrafamento sem outro motivo aparente que o excesso de tráfego. Esta foi a explicação de um funcionário da concessionária que explora a via. Se há um acidente grave ou um ataque de criminosos como sugeriu um funcionário do pedágio, o suplício seria ainda maior
Então, me pergunto: como pode um país como o Brasil, caindo para sétima economia mundial, conviver com tanta incompetência, descaso e desamparo? Quando o governo vai atacar os gargalos de infraestrutura que estrangulam a competitividade da economia?
Sei que os motores de combustão interna estão em baixa em tempos de aquecimento global e tempestades bíblicas. Mas não havendo alternativa, não há desculpa para não duplicar a estrada mais importante do país, a BR-116, num de seus trechos mais críticos, a Serra do Cafezal.
Soube que a obra não sai por falta de autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), preocupados com preservar o que resta de verde no estado de São Paulo. Mas o órgão que não consegue preservar a Amazônia brasileira por causa das alianças governistas com os setores mais retrógrados da região e do agronegócio deveria se preocupar também em preservar vidas humanas que passam pela estrada mais importante do Brasil.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Diário de Viagem: Inferno na Dutra
Pelo espírito dos irmãos Jack Kerouac e Eduardo Bueno, resolvi voltar à estrada e vir de carro do Rio para Porto Alegre. Saí sábado, pouco depois do meio-dia, peguei a Linha Vermelha e, ao descer para a Rodovia Presidente Dutra (Rio-SP), fui obrigado a percorrer um longo trecho pela estrada marginal na Baixada Fluminense. Foram 5 a 10km sob um sol de 40 graus, enquanto a estrada ao lado estava vazia.
Os motores fervem, os motoristas são alvos fáceis de ladrões e a Polícia Rodoviária Federal e a Nova Dutra, não estão nem aí. Havia um estreitamento de pista à frente, mas ninguém foi capaz de abrir outro acesso à estrada principal.
Por que tanto descaso e tanta incompetência?
Há um ano, no mesmo local e nas mesmas circunstâncias, o motor ficou superaquecido e estourou uma mangueira que esvaziou o radiador. Não me dei conta porque o relógio mede a temperatura da água e não havia mais água, e fundiu o motor, dando-me um prejuízo de milhares de reais.
Ao entrar na Dutra, estava iniciando a ultrapassagem de um caminhão que, para deixar de uma kombi em marcha lenta, foi simplesmente jogado para cima de mim pelo motorista, que só depois olhou pelo espelho. Tive de frear bruscamente para o carro não ser espremido entre o caminhão e o guardrail.
Nasci de novo, ou quase morri, por absoluta irresponsabilidade de um motorista de caminhão. Havia testemunhas na estrada. Fiquei pensando. Se acontece um acidente desses numa estrada deserta, o cara mata, vai embora e fica por isso mesmo.
Os motores fervem, os motoristas são alvos fáceis de ladrões e a Polícia Rodoviária Federal e a Nova Dutra, não estão nem aí. Havia um estreitamento de pista à frente, mas ninguém foi capaz de abrir outro acesso à estrada principal.
Por que tanto descaso e tanta incompetência?
Há um ano, no mesmo local e nas mesmas circunstâncias, o motor ficou superaquecido e estourou uma mangueira que esvaziou o radiador. Não me dei conta porque o relógio mede a temperatura da água e não havia mais água, e fundiu o motor, dando-me um prejuízo de milhares de reais.
Ao entrar na Dutra, estava iniciando a ultrapassagem de um caminhão que, para deixar de uma kombi em marcha lenta, foi simplesmente jogado para cima de mim pelo motorista, que só depois olhou pelo espelho. Tive de frear bruscamente para o carro não ser espremido entre o caminhão e o guardrail.
Nasci de novo, ou quase morri, por absoluta irresponsabilidade de um motorista de caminhão. Havia testemunhas na estrada. Fiquei pensando. Se acontece um acidente desses numa estrada deserta, o cara mata, vai embora e fica por isso mesmo.
Obama vai propor maior controle de armas
Sob o impacto do massacre de 20 crianças e seis adultos na escola primária Sandy Hook, na cidade de Newtown, em Connecticut, nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama vai propor leis para aumentar o controle sobre a venda de armas, anunciou hoje o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, sem fornecer maiores detalhes.
A medida deve enfrentar forte oposição da Associação Nacional do Rifle, o lobby dos fabricantes de armas. A Emenda nº2 à Constituição dos EUA garante o direito de portar armas.
Os comentaristas observam que naquela época, há mais de 200 anos, ninguém conseguiu atirar duas vezes sem recarregar a arma, o que impediria os massacres cometidos com as armas automáticas de hoje.
A medida deve enfrentar forte oposição da Associação Nacional do Rifle, o lobby dos fabricantes de armas. A Emenda nº2 à Constituição dos EUA garante o direito de portar armas.
Os comentaristas observam que naquela época, há mais de 200 anos, ninguém conseguiu atirar duas vezes sem recarregar a arma, o que impediria os massacres cometidos com as armas automáticas de hoje.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Governo perde eleições no Japão
O governo perdeu as eleições parlamentares deste domingo no Japão, vencidas pelo Partido Liberal-Democrata (PLD), que dominou a política do país na segunda metade do século 20.
O ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, líder do PLD, será o novo chefe de governo. O atual, Yoshihiko Noda, renunciou à liderança do Partido Democrático do Japão.
Junto com seu aliado Komeito, o PLD deve ter uma maioria de 302 a 345 deputados na Dieta (Câmara), de 480 cadeiras.
O ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, líder do PLD, será o novo chefe de governo. O atual, Yoshihiko Noda, renunciou à liderança do Partido Democrático do Japão.
Junto com seu aliado Komeito, o PLD deve ter uma maioria de 302 a 345 deputados na Dieta (Câmara), de 480 cadeiras.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Juiz argentino considera legal a Lei da Mídia
Em uma vitória da presidente Cristina Kirchner, o juiz Horacio Alonso considerou constitucionais os artigos 45 a 161 da Lei de Meios de Comunicação da Argentina, contestados pelo Clarín, maior grupo de mídia do país, que terá de se desfazer de mais de 200 licenças de operação de rádio e televisião.
O grupo Clarín prometeu recorrerr alegando "flagrantes violações dos direitos constitucionais de liberdade de expressão, igualdade perante a lei, propriedade e livre concorrência".
O grupo Clarín prometeu recorrerr alegando "flagrantes violações dos direitos constitucionais de liberdade de expressão, igualdade perante a lei, propriedade e livre concorrência".
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
TV Senado discute novo status da Palestina na ONU
O novo status da Palestina perante a Organização das Nações Unidas, o conflito no Oriente Médio e o papel do Brasil na mediação dessa crise secular são os destaques do programa Diplomacia, da TV Senado, que ainda recebe o aiatolá Mohsen Qumi, vice-líder supremo do Irã, responsável pela área internacional.
O Mercosul também é tema na revista de política Internacional da TV Senado, que vai ao ar neste fim de semana. Diplomacia faz um balanço do bloco neste ano de 2012 e analisa as perspectivas para o próximo ano já com a participação dos novos sócios: Venezuela e Bolívia.
Com a crise internacional, a balança comercial brasileira terá um 2012 mais acanhado, um dos setores afetados com a queda das exportações é o da floricultura. Os produtores apostam agora no mercado interno para contornar os efeitos da crise financeira internacional.
No quadro Arte & Diplomacia, os desenhos de Jean Baptiste Debret e, nas colunas culturais, as análises do documentário Checkpoint, do diretor israelita, Yoav Shamire, e do livro "Os judeus na Amazônia”, de Samuel Benchimol, e o som do jazzista Pat Metheny
Serviço:
O programa Diplomacia, a revista de Política Internacional da TV Senado, vai ao ar neste final de semana: sábado, dia 15/12, às 12h30, e às 22h30; domingo, dia 16/12, às 9h e às 17h. Com reprises nos finais de semana seguintes: sábado, dia 22/12, às 17h; domingo, dia 23/12, às 3h e sábado, dia 29/12, às 3h.
A TV Senado pode ser sintonizada em canal aberto (UHF) nas seguintes cidades:
- 16 UHF (Rio Branco – AC)
- 36 UHF (Gama-DF)
- 40 UHF (João Pessoa-PB)
- 43 UHF (Fortaleza-CE)
- 49 UHF (Rio de Janeiro-Zona Oeste)
- 51 UHF (Brasília-DF)
- 52 UHF (Natal-RN)
- 53 UHF (Salvador-BA)
- 55 UHF (Recife-PE)
- 56 UHF (Cuiabá-MT)
- 57 UHF (Manaus-AM)
Também nos canais 07 (Net Brasília), 118 (Sky), 217 (Direct TV) e 17 (TECSAT), 121 (Vivo TV), 903 (OI-TV), 231 (GVT-TV) e na Internet pelo www.senado.gov.br/tv.
Corrupção derruba ministro do Exterior de Israel
Sob a pressão de uma denúncia por fraude, corrupção e abuso de poder, o ultradireitista Avigdor Lieberman deixou hoje de ser ministro do Exterior de Israel. Saiu na sexta-feira porque amanhã é o sabá, sábado, a folga religiosa semanal dos judeus. Assim supostamente a notícia terá menor impacto sobre as eleições parlamentares de 22 de janeiro de 2013.
Lieberman lidera o partido Yisrael Beitenu, fundado por imigrantes russos, e se opõe ferozmente a qualquer concessão aos palestinos no processo de paz. Seu objetivo claro é consolidar a ocupação de partes da Cisjordânia que Israel considera importantes para sua segurança.
Por acordo entre Lieberman e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, seus partidos, Yisrael Beitenu e Likud, vão disputar as eleições em chapa única. Marcha para a direita, isolando ainda mais Israel no novo Oriente Médio que nasce da Primavera Árabe, que na Síria virou um longo e tenebroso inverno.
O governo Netanyahu, agora sem Lieberman, está mais preocupado com o programa nuclear do Irã, que considera uma ameaça existencial a Israel.
Lieberman lidera o partido Yisrael Beitenu, fundado por imigrantes russos, e se opõe ferozmente a qualquer concessão aos palestinos no processo de paz. Seu objetivo claro é consolidar a ocupação de partes da Cisjordânia que Israel considera importantes para sua segurança.
Por acordo entre Lieberman e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, seus partidos, Yisrael Beitenu e Likud, vão disputar as eleições em chapa única. Marcha para a direita, isolando ainda mais Israel no novo Oriente Médio que nasce da Primavera Árabe, que na Síria virou um longo e tenebroso inverno.
O governo Netanyahu, agora sem Lieberman, está mais preocupado com o programa nuclear do Irã, que considera uma ameaça existencial a Israel.
Atirador mata 26 pessoas em escola primária nos EUA
Um atirador solitário com quatro armas atacou uma escola do ensino fundamental na cidade de Newtown, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, matando 26 pessoas, inclusive 20 crianças de 5 a 10 anos, informa a televisão pública britânica BBC.
O atirador morreu no local. Foi identificado como Adam Lanza, de 24 anos. Ele matou a mãe, que colecionava armas, antes de sair de casa. Foi até a escola onde ela trabalhava como professora e matou 20 crianças de 5 a 7 anos com fuzis automáticos e seis adultos, a começar pela diretora, disparando mais de 100 vezes.
Um psicólogo ouvido pela BBC traçou um perfil psicológico do pistoleiro como alguém da comunidade que viveu em torno daquela escola e se considerava um fracassado. Queria se matar e resolver levar mais gente junto com ele, a começar pelos pais.
Desde 1982, houve 61 massacres com armas de fogo em 30 estados dos EUA, de Massachusetts ao Havaí. Das 139 armas usadas, três quartos foram obtidas ilegalmente. Esse arsenal incluía pistolas automáticas e fuzis de assalto.
O atirador morreu no local. Foi identificado como Adam Lanza, de 24 anos. Ele matou a mãe, que colecionava armas, antes de sair de casa. Foi até a escola onde ela trabalhava como professora e matou 20 crianças de 5 a 7 anos com fuzis automáticos e seis adultos, a começar pela diretora, disparando mais de 100 vezes.
Um psicólogo ouvido pela BBC traçou um perfil psicológico do pistoleiro como alguém da comunidade que viveu em torno daquela escola e se considerava um fracassado. Queria se matar e resolver levar mais gente junto com ele, a começar pelos pais.
Desde 1982, houve 61 massacres com armas de fogo em 30 estados dos EUA, de Massachusetts ao Havaí. Das 139 armas usadas, três quartos foram obtidas ilegalmente. Esse arsenal incluía pistolas automáticas e fuzis de assalto.
Preços caem e indústria cresce nos EUA
Com uma queda de 7,4% nos preços da gasolina, a maior num mês em quatro anos, o índice de inflação para o consumidor teve queda de 0,3% em novembro nos Estados Unidos. A produção industrial avançou 1,1%.
Sem energia e combustível, o chamado núcleo do índice de preços ao consumidor registrou alta de 0,1%. No sexto mês consecutivo de alta, a inflação de alimentos foi de 0,2%. Os economistas esperavam -0,2% para o índice pleno e 0,2% para o núcleo.
A taxa anual de inflação ficou em 1,8%, e o núcleo, em 1,9%.
Sem energia e combustível, o chamado núcleo do índice de preços ao consumidor registrou alta de 0,1%. No sexto mês consecutivo de alta, a inflação de alimentos foi de 0,2%. Os economistas esperavam -0,2% para o índice pleno e 0,2% para o núcleo.
A taxa anual de inflação ficou em 1,8%, e o núcleo, em 1,9%.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Eurozona aprova fiscalização bancária comum
Depois de 14 horas de negociações, os ministros das Finanças dos 17 países da Zona do Euro chegaram a um acordo para submeter seus bancos a um órgão regulador comum, o Banco Central Europeu (BCE), com sede em Frankfurt, na Alemanha, a partir de 2014. É o primeiro passo rumo a uma união bancária.
O Reino Unido, a Suécia e outros países que não aderiram ao euro receberam garantias de não intromissão do BCE e de que vão poder continuar influenciando as normas técnicas aplicadas a todos os bancos da União Europeia.
Para o comissário europeu responsável pela proposta, Michel Barnier, foi um "acordo histórico" que introduz um "elemento fundamental para a estabilidade financeira da Europa".
Mais cauteloso, o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, advertiu para o risco de "criarmos expectativas que não podemos cumprir, o que pode ser muito perigoso. Devemos ser modestos".
Schäuble alertou que um dos objetivos da atual reforma, permitir que os recursos comuns do mecanismo europeu de estabilização financeira, de 500 bilhões de euros, sejam injetados diretamente nos bancos em dificuldades, está fora de questão até meados de 2014.
As mudanças precisam da aprovação do Parlamento Europeu e da Câmara Federal da Alemanha, o que pode levar meses.
O Reino Unido, a Suécia e outros países que não aderiram ao euro receberam garantias de não intromissão do BCE e de que vão poder continuar influenciando as normas técnicas aplicadas a todos os bancos da União Europeia.
Para o comissário europeu responsável pela proposta, Michel Barnier, foi um "acordo histórico" que introduz um "elemento fundamental para a estabilidade financeira da Europa".
Mais cauteloso, o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, advertiu para o risco de "criarmos expectativas que não podemos cumprir, o que pode ser muito perigoso. Devemos ser modestos".
Schäuble alertou que um dos objetivos da atual reforma, permitir que os recursos comuns do mecanismo europeu de estabilização financeira, de 500 bilhões de euros, sejam injetados diretamente nos bancos em dificuldades, está fora de questão até meados de 2014.
As mudanças precisam da aprovação do Parlamento Europeu e da Câmara Federal da Alemanha, o que pode levar meses.
OTAN e Rússia veem regime sírio perto do colapso
A ditadura de Bachar Assad está à beira do colapso na Síria, é apenas uma questão de tempo para que caia, afirmou hoje o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Anders Fogh Rasmussen, ex-primeiro-ministro da Dinamarca. Ele considera urgente organizar um governo provisório para tomar o poder quando regime desabar.
Até a Rússia, maior aliada de Assad, já admite sua derrota, mas declara temer um conflito ainda pior.
Diante da escalada da violência, as organizações de ajuda humanitária pediram uma trégua para socorrer suprimidos e levar ajuda aos deslocados. No momento, isso parece altamente improvável.
Até a Rússia, maior aliada de Assad, já admite sua derrota, mas declara temer um conflito ainda pior.
Diante da escalada da violência, as organizações de ajuda humanitária pediram uma trégua para socorrer suprimidos e levar ajuda aos deslocados. No momento, isso parece altamente improvável.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Síria ataca rebeldes com mísseis Scud, acusam EUA
Forças leais à ditadura de Bachar Assad bombardearam nos últimos dias os rebeldes da Síria com pelo menos seis mísseis do tipo Scud, um projeto da antiga União Soviética, acusaram os Estados Unidos. É uma escalada na guerra em que mais de 40 mil pessoas foram mortas em um ano e nove meses.
Cada vez mais acuado, o regime sírio passou a recorrer a bombardeios aéreos e agora mísseis para tentar conter a ofensiva rebelde. A reportagem da BBC entrou em Alepo, a maior e mais rica cidade da Síria, arrasada pelos combates, mas sob controle rebelde.
A escalada não levou os EUA a mudar de posição: o governo Obama só admite intervir militarmente na Síria se a ditadura usar armas químicas, informa o jornal The New York Times.
Cada vez mais acuado, o regime sírio passou a recorrer a bombardeios aéreos e agora mísseis para tentar conter a ofensiva rebelde. A reportagem da BBC entrou em Alepo, a maior e mais rica cidade da Síria, arrasada pelos combates, mas sob controle rebelde.
A escalada não levou os EUA a mudar de posição: o governo Obama só admite intervir militarmente na Síria se a ditadura usar armas químicas, informa o jornal The New York Times.
Vice de Zuma vai disputar liderança do CNA
O vice-presidente da África do Sul, Kgalema Motlanthe, vai desafiar o presidente Jacob Zuma na luta pela liderança do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que domina a política do país desde o fim do regime segregacionista da minoria branca, com a eleição de Nelson Mandela, em 1994. O Seu líder é favoritíssimo para a eleição presidencial de 2014.
Vários rádios sul-africanas noticiaram que Motlanthe está aceitando indicação de delegados para disputar o lugar de Zuma na congresso do partido que começa neste domingo. Aliás, o atual presidente chegou ao poder tomando a liderança do CNA, em 2007, do então presidente Thabo Mbeki, sucessor de Mandela, prometendo resgatar a dívida social da era do apartheid.
Na época, a manobra foi considerada como típica de uma "república de bananas" pelo arcebispo Desmond Tutu, um dos grandes heróis na luta contra o regime supremacista da minoria branca.
Zuma sofreu várias acusações de corrupção quando era vice de Mbeki, enfrenta o desgaste da crise econômica e não conseguiu promover a revolução social necessária para incluir as vítimas do racismo. O massacre de 34 mineiros em greve em Marikana, em agosto de 2012, foi uma lembrança de que para muitos a realidade não mudou na África do Sul.
Vários rádios sul-africanas noticiaram que Motlanthe está aceitando indicação de delegados para disputar o lugar de Zuma na congresso do partido que começa neste domingo. Aliás, o atual presidente chegou ao poder tomando a liderança do CNA, em 2007, do então presidente Thabo Mbeki, sucessor de Mandela, prometendo resgatar a dívida social da era do apartheid.
Na época, a manobra foi considerada como típica de uma "república de bananas" pelo arcebispo Desmond Tutu, um dos grandes heróis na luta contra o regime supremacista da minoria branca.
Zuma sofreu várias acusações de corrupção quando era vice de Mbeki, enfrenta o desgaste da crise econômica e não conseguiu promover a revolução social necessária para incluir as vítimas do racismo. O massacre de 34 mineiros em greve em Marikana, em agosto de 2012, foi uma lembrança de que para muitos a realidade não mudou na África do Sul.
Fed vai comprar US$ 85 bilhões em títulos por mês
Para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e estimular a economia, a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, vai comprar US$ 40 bilhões por mês em títulos lastreados por hipotecas e US$ 45 bilhões em títulos públicos de longo prazo, anunciou há pouco seu presidente, Ben Bernanke.
O programa de compra de títulos já está na sua terceira etapa, diante da resistência da crise econômica e financeira mundial. É a maneira encontrada pelo Fed para baixar as taxas de juros reais ainda mais, já que as taxas nominais estão entre 0-0,25%.
Bernanke prometeu continuar estimulando a economia enquanto o desemprego, que descreveu como um "enorme desperdício de potencial", não cair para 6,5% ou que a inflação chegue a 2,5%. O Fed trabalha com uma meta informal de inflação de 2% ao ano. A taxa de desemprego está em 7,7%.
Se há um novo compromisso do Fed com a queda do desemprego, as medidas mostram que o banco central ainda tem preocupações sobre o futuro da economia americana em longo prazo, reporta o jornal The Washington Post, que considerou as medidas "sem precedentes".
O programa de compra de títulos já está na sua terceira etapa, diante da resistência da crise econômica e financeira mundial. É a maneira encontrada pelo Fed para baixar as taxas de juros reais ainda mais, já que as taxas nominais estão entre 0-0,25%.
Bernanke prometeu continuar estimulando a economia enquanto o desemprego, que descreveu como um "enorme desperdício de potencial", não cair para 6,5% ou que a inflação chegue a 2,5%. O Fed trabalha com uma meta informal de inflação de 2% ao ano. A taxa de desemprego está em 7,7%.
Se há um novo compromisso do Fed com a queda do desemprego, as medidas mostram que o banco central ainda tem preocupações sobre o futuro da economia americana em longo prazo, reporta o jornal The Washington Post, que considerou as medidas "sem precedentes".
Morre Ravi Shankar, o maior citarista do mundo
Ravi Shankar nasceu na cidade sagrada de Varanasi, no estado de Utar Pradesh, em 7 de abril de 1920. Como seu pai era violinista, ele começou por esse instrumentos quando tinha cinco anos. Dez anos depois, saiu da Índia pela primeira vez, para ir a Paris com um irmão bailarino. Ele começou a tocar cítara em 1936. Em 1945, deu seu primeiro concerto.
A partir de 1956, Shankar começou a se apresentar regularmente na Europa e nos Estados Unidos. Em 1966, conheceu Harrison, que começou a tocar cítara e usou-a em Norwegian Wood, um clássico dos Beatles.
Em 1971, quando a guerra da independência de Bangladesh revelou a miséria e a fome no novo país, Ravi Shankar participou, ao lado do organizador, George Harrison, de Bob Dylan, Eric Clapton, Leon Russell e Ringo Starr, do Concerto para Bangladesh, realizado em 1º de agosto daquele ano no Madison Square Garden, em Nova York.
Ídolo da juventude dos anos 60 e 70, Shankar não compartilhava os hábitos e ideias da geração que amava sexo, drogas e rock'n'roll. Quando via pessoas drogadas ou fumando maconha em seus shows, dizia: "Esta música é suficientemente intoxicante. Vocês não precisam mais nada. Por favor, não fumem durante o concerto".
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Coreia do Norte testa míssil de longo alcance
A Coreia do Norte disparou um míssil de longo alcance, revelou há pouco o governo sul-coreano, que detectou o lançamento, que foi bem-sucedido, depois de uma tentativa fracassada em abril de 2012.
O teste de mísseis é mais uma provocação da ditadura stalinista de Pionguiangue. Serve para reafirmar o poder do jovem Kim Hong Un, que substituiu o pai há um ano. Oficialmente, foi descrito como lançamento de um satélite de comunicações.
Até a China, a maior aliada do regime comunista da Coreia do Norte, deplorou o lançamento. Um dos possíveis alvos de um míssil norte-coreano, o Japão, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O teste de mísseis é mais uma provocação da ditadura stalinista de Pionguiangue. Serve para reafirmar o poder do jovem Kim Hong Un, que substituiu o pai há um ano. Oficialmente, foi descrito como lançamento de um satélite de comunicações.
Até a China, a maior aliada do regime comunista da Coreia do Norte, deplorou o lançamento. Um dos possíveis alvos de um míssil norte-coreano, o Japão, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
EUA reconhecem rebeldes como representantes da Síria
O presidente Barack Obama anunciou hoje que os Estados Unidos reconhecem oa Coalizão Nacional Síria (CNS) como legítimos representante do país e não mais a ditadura de Bachar Assad. A França e o Reino Unido já haviam declarado apoio a esta aliança oposicionista, que exclui os islamitas radicais como a Frente Nusra, uma extensão d'al Qaeda no Iraque que participa ativamente da guerra civil síria.
A CNS foi criada sob medida para receber o apoio dos países ocidentais. É uma tentativa de criar um embrião de um governo provisório para assumir o controle do país na era pós-Assad, evitando que a Síria caia nas mãos de extremistas muçulmanos.
A CNS foi criada sob medida para receber o apoio dos países ocidentais. É uma tentativa de criar um embrião de um governo provisório para assumir o controle do país na era pós-Assad, evitando que a Síria caia nas mãos de extremistas muçulmanos.
Oposição egípcia teme violência dos islamitas
Duas grandes manifestações estão sendo realizadas hoje no Egito, uma contra e outra a favor do referendo marcado para sábado para aprovar uma nova Constituição. Enquanto a oposição considera o texto inaceitável por não garantir a liberdade de expressão, os direitos das mulheres e das minorias, a Irmandade Muçulmana luta pela sua aprovação. Os liberais temem a violência dos islamitas.
O presidente Mohamed Mursi revogou parcialmente o decreto que lhe dava poderes ditatoriais, excluindo suas decisões da apreciação do Poder Judiciário, mas manteve o referendo e adotou a lei marcial, mandando o Exercito reprimir os manifestantes antigovernistas.
Hoje é mais um dia decisivo para o Egito. A batalha pela democracia está nas ruas.
O presidente Mohamed Mursi revogou parcialmente o decreto que lhe dava poderes ditatoriais, excluindo suas decisões da apreciação do Poder Judiciário, mas manteve o referendo e adotou a lei marcial, mandando o Exercito reprimir os manifestantes antigovernistas.
Hoje é mais um dia decisivo para o Egito. A batalha pela democracia está nas ruas.
ONU estima que refugiados sírios sejam 500 mil
Pelo menos 500 mil sírios fugiram do país desde o início da revolta popular contra a ditadura de Bachar Assad, em 15 de março de 2011, que degenerou numa guerra civil com mais de 40 mil mortos, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para refugiados, reporta a agência de notícias Reuters. O total pode chegar a 1 milhão. Com a chega do inverno no Hemisfério Norte, a ONU teme uma tragédia humanitária.
A maioria dos refugiados foi para os países vizinhos, Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque, mas também há sírios em fuga na África e na Europa.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, declarou hoje que o regime sírio parou de movimentar seu arsenal de armas químicas, o que em determinado momento foi visto como preparação para usá-las. Neste caso, o presidente Barack Obama advertiu Assad de que o país seria alvo de uma intervenção militar.
Também hoje, o Departamento de Estado declarou que a Frente Nusra é uma organização terrorista, informa o jornal The New York Times. É o braço d'al Caeda no Iraque, que estaria estendendo seus tentáculos até a Síria.
A maioria dos refugiados foi para os países vizinhos, Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque, mas também há sírios em fuga na África e na Europa.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, declarou hoje que o regime sírio parou de movimentar seu arsenal de armas químicas, o que em determinado momento foi visto como preparação para usá-las. Neste caso, o presidente Barack Obama advertiu Assad de que o país seria alvo de uma intervenção militar.
Também hoje, o Departamento de Estado declarou que a Frente Nusra é uma organização terrorista, informa o jornal The New York Times. É o braço d'al Caeda no Iraque, que estaria estendendo seus tentáculos até a Síria.
Cristina sofre nova derrota na guerra contra o Clarín
Em mais uma derrota da presidente Cristina Kirchner em sua obsessão de desmantelar o maior grupo de mídia da Argentina, a Corte Suprema rejeitou um pedido do governo para anular uma decisão da Câmara Civil e Comercial que adia a aplicação da Lei de Meios de Comunicação até uma decisão final da Justiça sobre sua constitucionalidade.
Pelo texto atual da lei, o grupo Clarín seria obrigado a se desfazer de mais de 200 licenças de exploração de rádio e televisão. Isso reduziria sua participação no mercado de 47% para 35%. A Casa Rosada queria aplicar a medida em 7 de dezembro de 2012.
O Clarín alega que dois artigos da lei violam o direito adquirido e o direito de propriedade. Luta na Justiça para derrubar esses artigos
A Lei de Meios, de 2009, proíbe, por exemplo, a mesma empresa de ter televisão aberta e fechada na mesma base territorial. Se fosse assim no Brasil, a TV Globo não poderia ter a GloboNews, a Record não poderia ter a Record News nem a TV Bandeirantes a BandNews.
Outro dispositivo, a pretexto de impedir o monopólio, proíbe uma TV de atingir mais de 35% do mercado. Na Argentina, como a maior parte da população está concentrada na capital e na provincia de Buenos Aires, isso impediria a formação de redes nacionais privadas.
O monopólio é nocivo à democracia e à liberdade de expressão, mas o objetivo do governo Cristina Kirchner é atacar os meios de comunicação que considera oposicionistas e forçar sua venda para empresários governistas. Sete dos nove canais de TV de Buenos Aires são governistas.
Além da Lei de Meios, a Casa Rosada usa a publicidade oficial para calar as oposições e construir uma mídia governista, no momento em que enfrenta forte rejeição da classe média, que fez um grande panelaço no mês passado, e até mesmo do sindicalismo, aliado histórico do peronismo.
No governo Néstor Kirchner (2003-7), o Clarín era aliado do governo. A ruptura veio no início do primeiro governo de Cristina, em 2008. Com o agravamento da crise financeira mundial, diante da escassez de dólares, o governo argentino aumentou a alíquota do imposto sobre exportações de grãos em grandes volumes para mais de 35%.
Durante mais de cem dias, os produtores rurais fizeram um locaute (greve patronal), a chamada "greve do campo", e o Clarín apoiou os ruralistas.
Reeleita em outubro de 2011 no primeiro turno com 54% num momento de expansão da economia, Cristina sofreu uma forte queda de popularidade para pouco mais de 30% com o agravamento da crise. Abandonada pela classe média e pelos sindicatos, apoia-se sobretudo na Cámpora, um movimento da ala jovem do peronismo coordenado por seus filhos.
Reeleita em outubro de 2011 no primeiro turno com 54% num momento de expansão da economia, Cristina sofreu uma forte queda de popularidade para pouco mais de 30% com o agravamento da crise. Abandonada pela classe média e pelos sindicatos, apoia-se sobretudo na Cámpora, um movimento da ala jovem do peronismo coordenado por seus filhos.
Tesouro dos EUA vende sua parte na AIG
O Tesouro dos Estados Unidos colocou à venda o restante de sua participação no American International Group (AIG), que era a maior seguradora do mundo e entrou em colapso, com dívidas de US$ 182 bilhões no seu braço financeiro.
São 234,2 milhões de ações. A participação do governo americano na AIG era de 16%. Termina assim a maior intervenção realizada pelo governos dos EUA para evitar um colapso total do sistema financeiro depois da falência do banco Lehman Brothers, informa o jornal The Washington Post.
A crise financeira mundial se agravou em 14 de setembro de 2008, quando fracassaram todas as tentativas de articular uma solução de mercado para salvar o Lehman Brothers e o governo George W. Bush deixou o banco falir.
Imediatamente o mercado financeiro começou a atacar as grandes empresas do setor em dificuldades. A AIG virou a bola da vez. Foi considerada grande demais para quebrar.
São 234,2 milhões de ações. A participação do governo americano na AIG era de 16%. Termina assim a maior intervenção realizada pelo governos dos EUA para evitar um colapso total do sistema financeiro depois da falência do banco Lehman Brothers, informa o jornal The Washington Post.
A crise financeira mundial se agravou em 14 de setembro de 2008, quando fracassaram todas as tentativas de articular uma solução de mercado para salvar o Lehman Brothers e o governo George W. Bush deixou o banco falir.
Imediatamente o mercado financeiro começou a atacar as grandes empresas do setor em dificuldades. A AIG virou a bola da vez. Foi considerada grande demais para quebrar.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Volta de Berlusconi agrava crise da Zona do Euro
A Bolsa de Valores de Milão registrou queda de 2,2% diante da incerteza criada pela volta à política do arquicorrupto ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e a decisão consequente do atual primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, de pedir demissão.
Berlusconi deixou o poder em novembro de 2011, em meio a uma onda de escândalos sexuais e de corrupção, depois de ter sido o chefe de governo que ficou mais tempo no cargo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Monti, ex-comissário europeu antimonopólio, foi a solução tecnocrática encontrada para evitar que o país seguisse o caminho da Espanha e precisasse de uma ajuda de emergência. Como a Itália, é quarta maior economia do euro, com dívida de US$ 2 trilhões, havia o risco de que todo o dinheiro dos fundos europeus para emergências fosse insuficiente.
O ex-primeiro-ministro não parece preocupado. Diante do risco de uma vitória da esquerda nas eleições parlamentares previstas para abril, decidiu voltar à política, para desespero dos aliados europeus da Itália na União Europeia.
Seu discurso: "A situação está pior do que quando eu saí". Mas um grupo de empresários já articula a candidatura Monti para evitar a volta ao poder de um símbolo da corrupção e do que a política tem de pior.
Como o ajuste fiscal promovido pelo atual governo é impopular, em plena crise, as chances eleitorais de Monti são difíceis.
Berlusconi deixou o poder em novembro de 2011, em meio a uma onda de escândalos sexuais e de corrupção, depois de ter sido o chefe de governo que ficou mais tempo no cargo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Monti, ex-comissário europeu antimonopólio, foi a solução tecnocrática encontrada para evitar que o país seguisse o caminho da Espanha e precisasse de uma ajuda de emergência. Como a Itália, é quarta maior economia do euro, com dívida de US$ 2 trilhões, havia o risco de que todo o dinheiro dos fundos europeus para emergências fosse insuficiente.
O ex-primeiro-ministro não parece preocupado. Diante do risco de uma vitória da esquerda nas eleições parlamentares previstas para abril, decidiu voltar à política, para desespero dos aliados europeus da Itália na União Europeia.
Seu discurso: "A situação está pior do que quando eu saí". Mas um grupo de empresários já articula a candidatura Monti para evitar a volta ao poder de um símbolo da corrupção e do que a política tem de pior.
Como o ajuste fiscal promovido pelo atual governo é impopular, em plena crise, as chances eleitorais de Monti são difíceis.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Filipinas apoiam rearmamento do Japão
As Filipinas são totalmente a favor do rearmamento do Japão, que adotou uma Constituição pacifista em 1952 por imposição dos Estados Unidos, para contrabalançar o crescente poderio militar da China.
"Estamos procurando fatores de equilíbrio na região, e o Japão pode ser um fator de equilíbrio significativo", declarou o ministro do Exterior filipino, Albert del Rosario, em entrevista ao jornal britânico Financial Times.
A declaração reflete a preocupação cada vez maior no Sudeste Asiático com a agressividade diplomática da China em relação às disputas territoriais com países vizinhos, inclusive com as Filipinas.
"Estamos procurando fatores de equilíbrio na região, e o Japão pode ser um fator de equilíbrio significativo", declarou o ministro do Exterior filipino, Albert del Rosario, em entrevista ao jornal britânico Financial Times.
A declaração reflete a preocupação cada vez maior no Sudeste Asiático com a agressividade diplomática da China em relação às disputas territoriais com países vizinhos, inclusive com as Filipinas.
Chávez será operado de câncer maligno
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viaja hoje para Cuba, onde será submetido a uma cirurgia para extirpar um tumor maligno. Ele indicou o vice-presidente e ministro do Exterior, Nicolás Maduro, como sucessor, caso fique sem condições de governar.
Em discurso na televisão agora à noite, Chávez admitiu a volta do câncer contra o qual luta desde 2010 e pediu aos venezuelanos que votem em Maduro. Se o presidente não puder voltar ao poder ou não tiver condições de tomar posse para mais um mandato, em 10 de janeiro de 2013, a Constituição Bolivarista prevê a realização de nova eleição presidencial.
Chávez pediu autorização à Assembleia Nacional para se afastar do país por mais de cinco dias por motivo de saúde, noticia o jornal El Universal.
Com seu estilo personalista, o caudilho venezuelano conseguiu criar um movimento de massas, mas não foi capaz de organizar um partido político capaz de defender suas ideias em longo prazo. O maior risco do chavismo sem Chávez será sua fragmentação.
Em discurso na televisão agora à noite, Chávez admitiu a volta do câncer contra o qual luta desde 2010 e pediu aos venezuelanos que votem em Maduro. Se o presidente não puder voltar ao poder ou não tiver condições de tomar posse para mais um mandato, em 10 de janeiro de 2013, a Constituição Bolivarista prevê a realização de nova eleição presidencial.
Chávez pediu autorização à Assembleia Nacional para se afastar do país por mais de cinco dias por motivo de saúde, noticia o jornal El Universal.
Com seu estilo personalista, o caudilho venezuelano conseguiu criar um movimento de massas, mas não foi capaz de organizar um partido político capaz de defender suas ideias em longo prazo. O maior risco do chavismo sem Chávez será sua fragmentação.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Mursi cede poderes mas mantém referendo constitucional
Sob intensa pressão das ruas, o presidente do Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, revogou parcialmente o decreto que lhe dava poderes excepcionais, mas manteve o referendo convocado para aprovar, no próximo sábado, 15 de dezembro de 2012, uma nova Constituição. O projeto foi repudiado pelas oposições liberais, que exigem proteção à liberdade de expressão, aos direitos das mulheres e das minorias.
O decreto, de 22 de novembro, tirava do Poder Judiciário o direito de examinar as decisões do presidente. Na prática, Mursi se colocou acima da lei. As multidões que fizeram a revolução egípcia e derrubaram o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 voltaram às ruas contra o novo candidato a ditador.
A revogação parcial do decreto atende a uma das principais reivindicações da multidão concentrada na Praça da Libertação, no Centro do Cairo, mas a Constituição proposta também é inaceitável, reporta o jornal The Washington Post.
O decreto, de 22 de novembro, tirava do Poder Judiciário o direito de examinar as decisões do presidente. Na prática, Mursi se colocou acima da lei. As multidões que fizeram a revolução egípcia e derrubaram o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 voltaram às ruas contra o novo candidato a ditador.
A revogação parcial do decreto atende a uma das principais reivindicações da multidão concentrada na Praça da Libertação, no Centro do Cairo, mas a Constituição proposta também é inaceitável, reporta o jornal The Washington Post.
Dilma mostra provincianismo ao rejeitar Economist
A presidente Dilma Rousseff não gostou do conselho da revista inglesa The Economist. Diante da estagnação da economia brasileira, a mais importante revista semanal de notícias do mundo sugeriu a demissão do ministro Guido Mantega. Resposta da chefe: "Em hipótese alguma, o governo brasileiro, eleito pelo voto direto e secreto do povo brasileiro, vai ser influenciado pela opinião de uma revista que não seja brasileira".
Quanto provincianismo, presidenta! Dilma enrola-se na bandeira a pretexto de proteger a nação, mas, como dizia Samuel Johnson, "o nacionalismo é o último refúgio dos velhacos".
Que tal discutir o mérito da questão, a queda nos investimentos e na produção industrial, as taxas de crescimento abaixo do crescimento populacional, ou seja, negativas no mundo real, mesmo sem descontar a inflação superior a 5%?
Se o produto interno bruto cresce menos do que a população e a inflação, os brasileiros estão ficando mais pobres, presidenta! A queda nos juros é positiva, mas tem sido insuficiente para movimentar uma economia ineficiente, submetida a uma carga de impostos de país rico (em troca de serviços de Terceiro Mundo), que reprime o investimento, a produção e o consumo.
Neste ritmo, o Brasil continuará sendo um país de renda média, abaixo do seu potencial lá por 2050, prevê um estudo recente do banco HSBC. Corre o risco de envelhecer antes de enriquecer, desperdiçando o talento de sua juventude mal educada.
Já que Dilma lembrou a falência do banco Lehman Brothers, Mantega revelou-se um ministro incompetente naquela época, no fim de 2008.
Como contou reportagem do jornal Valor, com a brusca desvalorização do real, várias empresas do setor exportador se ferraram no mercado de derivativos. Tinham apostado na valorização do real. O mercado ia no sentido contrário. Precisavam cobrir suas posições no mercado de câmbio.
Enquanto o presidente Lula autorizava o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a usar as reservas cambiais para impedir a falência do setor exportador, Mantega dava declarações demagógicas afirmando que o governo não diria dinheiro para a especulação.
No auge da crise, suscitou uma dúvida: o governo iria mesmo socorrer as empresas em dificuldades? Estimulou a especulação quando o BC realizava uma delicada operação em sintonia com a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, que ofereceu dólares a países em dificuldades para obter a moeda americana no mercado.
Mantega sabia da operação do BC e fingiu não saber de nada? Na prática, sua declaração só atrapalhou.
Nos últimos dois anos, o ministro Mantega perdeu o que ainda tinha de credibilidade ao fazer previsões de crescimento sempre otimistas e exageradas, de 4% ao ano. Em 2011, o Brasil avançou apenas 2,7% e, em 2012, as expectativas estão em torno de 1%.
Apesar da crise internacional, é muito pouco. Pior do que isso, só na União Europeia, mas não dá para se comparar com a Grécia, Portugal ou a Espanha. O Brasil é muito maior.
Para responsabilizar a crise externa, como aliás também faz a presidente Dilma Rousseff, Mantega criou a expressão "guerra cambial". Ao jogar mais moeda em circulação para estimular a recuperação dos EUA, o Fed estaria solapando as outras economias, como se a recuperação mais rápida da maior economia do mundo não fosse do interesse de todos.
As críticas à manipulação do câmbio para dar vantagem competitiva à China sempre foram veladas, dentro da política terceiro-mundista de solidariedade Sul-Sul que marca a política externa dos governos do Partido dos Trabalhadores. Os alvos preferenciais são sempre os EUA e a Europa.
Mas os dados oficiais indicam que não há uma enxurrada de dólares tentando entrar no Brasil. Com a justificada queda nos juros e as injustificáveis taxas de crescimento medíocres, o capital estrangeiro não está entrando no país.
O governo reage com medidas pontuais como cortes de impostos e encargos aqui e ali, mas não tem uma estratégia clara para promover o investimento e o desenvolvimento científico e tecnológico, fundamentais para aumentar a produtividade e a competitividade da economia brasileira.
O que faz Dilma? Reúne-se com a presidente Cristina Kirchner (a presidenta original) e elogia as políticas que estão afundando cada vez mais um país rico como a Argentina. Pior ainda: acredita que está certa. O risco, adverte The Economist, é a economia dar munição às oposições em 2014.
Quanto provincianismo, presidenta! Dilma enrola-se na bandeira a pretexto de proteger a nação, mas, como dizia Samuel Johnson, "o nacionalismo é o último refúgio dos velhacos".
Que tal discutir o mérito da questão, a queda nos investimentos e na produção industrial, as taxas de crescimento abaixo do crescimento populacional, ou seja, negativas no mundo real, mesmo sem descontar a inflação superior a 5%?
Se o produto interno bruto cresce menos do que a população e a inflação, os brasileiros estão ficando mais pobres, presidenta! A queda nos juros é positiva, mas tem sido insuficiente para movimentar uma economia ineficiente, submetida a uma carga de impostos de país rico (em troca de serviços de Terceiro Mundo), que reprime o investimento, a produção e o consumo.
Neste ritmo, o Brasil continuará sendo um país de renda média, abaixo do seu potencial lá por 2050, prevê um estudo recente do banco HSBC. Corre o risco de envelhecer antes de enriquecer, desperdiçando o talento de sua juventude mal educada.
Já que Dilma lembrou a falência do banco Lehman Brothers, Mantega revelou-se um ministro incompetente naquela época, no fim de 2008.
Como contou reportagem do jornal Valor, com a brusca desvalorização do real, várias empresas do setor exportador se ferraram no mercado de derivativos. Tinham apostado na valorização do real. O mercado ia no sentido contrário. Precisavam cobrir suas posições no mercado de câmbio.
Enquanto o presidente Lula autorizava o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a usar as reservas cambiais para impedir a falência do setor exportador, Mantega dava declarações demagógicas afirmando que o governo não diria dinheiro para a especulação.
No auge da crise, suscitou uma dúvida: o governo iria mesmo socorrer as empresas em dificuldades? Estimulou a especulação quando o BC realizava uma delicada operação em sintonia com a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, que ofereceu dólares a países em dificuldades para obter a moeda americana no mercado.
Mantega sabia da operação do BC e fingiu não saber de nada? Na prática, sua declaração só atrapalhou.
Nos últimos dois anos, o ministro Mantega perdeu o que ainda tinha de credibilidade ao fazer previsões de crescimento sempre otimistas e exageradas, de 4% ao ano. Em 2011, o Brasil avançou apenas 2,7% e, em 2012, as expectativas estão em torno de 1%.
Apesar da crise internacional, é muito pouco. Pior do que isso, só na União Europeia, mas não dá para se comparar com a Grécia, Portugal ou a Espanha. O Brasil é muito maior.
Para responsabilizar a crise externa, como aliás também faz a presidente Dilma Rousseff, Mantega criou a expressão "guerra cambial". Ao jogar mais moeda em circulação para estimular a recuperação dos EUA, o Fed estaria solapando as outras economias, como se a recuperação mais rápida da maior economia do mundo não fosse do interesse de todos.
As críticas à manipulação do câmbio para dar vantagem competitiva à China sempre foram veladas, dentro da política terceiro-mundista de solidariedade Sul-Sul que marca a política externa dos governos do Partido dos Trabalhadores. Os alvos preferenciais são sempre os EUA e a Europa.
Mas os dados oficiais indicam que não há uma enxurrada de dólares tentando entrar no Brasil. Com a justificada queda nos juros e as injustificáveis taxas de crescimento medíocres, o capital estrangeiro não está entrando no país.
O governo reage com medidas pontuais como cortes de impostos e encargos aqui e ali, mas não tem uma estratégia clara para promover o investimento e o desenvolvimento científico e tecnológico, fundamentais para aumentar a produtividade e a competitividade da economia brasileira.
O que faz Dilma? Reúne-se com a presidente Cristina Kirchner (a presidenta original) e elogia as políticas que estão afundando cada vez mais um país rico como a Argentina. Pior ainda: acredita que está certa. O risco, adverte The Economist, é a economia dar munição às oposições em 2014.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Relato do ataque a Pearl Harbor sai 71 anos depois
Ela estava lá no que os americanos chamam de Dia da Infâmia. Em 7 de dezembro de 1941, a Força Aérea do Japão bombardeou, sem declarar guerra, a base naval de Pearl Harbor, no Havaí, atraindo os Estados Unidos para a Segunda Guerra Mundial, que terminaria com uma vingança arrasadora, as bombas nucleares de Hiroxima e Nagasake.
Elizabeth McIntosh era repórter do Honolulu Star-Bulletin. Em meio à confusão da guerra, jamais publicou seu relato, que está hoje no jornal The Washington Post.
Elizabeth McIntosh era repórter do Honolulu Star-Bulletin. Em meio à confusão da guerra, jamais publicou seu relato, que está hoje no jornal The Washington Post.
Japão deve elevar idade para aposentadoria, diz FMI
Com uma população que envelhece e uma dívida pública de cerca de 230% do produto interno bruto, a maior de um país desenvolvido, o Japão acaba de receber um conselho do Fundo Monetário Internacional: é preciso aumentar a idade para aposentadoria para salvar o sistema previdenciário.
Pelo estudo do FMI, isto teria um efeito positivo sobre o crescimento a longo prazo da terceira maior economia do mundo, aliviando a pressão sobre os trabalhadores mais jovens. Outra opção é reduzir os benefícios fiscais para aposentados de renda alta e cobrar contribuições pelos dependentes incluídos como beneficiários.
Pelo estudo do FMI, isto teria um efeito positivo sobre o crescimento a longo prazo da terceira maior economia do mundo, aliviando a pressão sobre os trabalhadores mais jovens. Outra opção é reduzir os benefícios fiscais para aposentados de renda alta e cobrar contribuições pelos dependentes incluídos como beneficiários.
Banco de Desenvolvimento da Ásia reduz previsões
O Banco de Desenvolvimento da Ásia revisou para baixo suas previsões sobre o crescimento do continente em 2012 e 2013. O avanço neste ano será de 6%, o mesmo índice de 2009. Está 0,9 ponto percentual abaixo da expectativa de oito meses atrás.
Para a China, o banco confirmou sua estimativa de expansão de 7,7% em 2012, enquanto a previsão para a Índia baixou de 5,6% para 5,4%.
A desaceleração na Índia, devida ao fraco desempenho da indústria e às incertezas da economia mundial, "contrabalança a expansão mais rápida das grandes economias do Sudeste Asiático", destaca o relatório do banco.
Para a China, o banco confirmou sua estimativa de expansão de 7,7% em 2012, enquanto a previsão para a Índia baixou de 5,6% para 5,4%.
A desaceleração na Índia, devida ao fraco desempenho da indústria e às incertezas da economia mundial, "contrabalança a expansão mais rápida das grandes economias do Sudeste Asiático", destaca o relatório do banco.
Má alimentação e falta de exercício prejudicam coração
A falta de exercício físico e os maus hábitos alimentares impedem uma redução maior nos ataques e nas doenças cardíacas nos Estados Unidos, admite com certa dose de frustração a Associação Americana do Coração. No seu último relatório, a sociedade de cardiologia dos EUA prevê uma diminuição de apenas 6% dos casos até 2020 se for mantido o comportamento atual.
Apesar dos progressos na luta contra o fumo e no controles dos níveis de colesterol e da pressão arterial, a obesidade e o diabetes estão aumentando. Os médicos advertem que estes problemas precisam ser atacados para que a mortalidade por ataques cardíacos caía 20% até 2020, a grande meta da associação.
Aqui, no Brasil, a obesidade já é um problema de saúde pública maior do que a subnutrição. Uma alimentação saudável poupa vidas, melhora a vida e ajuda a economizar recursos importantes.
Apesar dos progressos na luta contra o fumo e no controles dos níveis de colesterol e da pressão arterial, a obesidade e o diabetes estão aumentando. Os médicos advertem que estes problemas precisam ser atacados para que a mortalidade por ataques cardíacos caía 20% até 2020, a grande meta da associação.
Aqui, no Brasil, a obesidade já é um problema de saúde pública maior do que a subnutrição. Uma alimentação saudável poupa vidas, melhora a vida e ajuda a economizar recursos importantes.
Líder supremo do Hamas volta à Palestina após 45 anos
Quarenta e cinco anos depois de fugir ainda criança dos territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, o dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, voltou hoje à Faixa de Gaza para participar amanhã da festa de 25 anos do partido.
Ao chegar, Mechal beijou o chão do sonhado Estado nacional palestino, onde não pisava desde os 9 anos da idade, quando sua família se mudou da Cisjordânia ocupada para o Kuwait. Ele recebeu garantias do Egito e de outros países árabes de que não seria assassinado.
É uma tentativa de compensar a publicidade obtida pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com a elevação do status da Palestina para Estado não membro pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, e de reafirmar a posição do Hamas como representante legítimo do povo palestino, reforçada por ter resistido a uma ofensiva militar israelense no mês passado.
"Este é meu terceiro nascimento", declarou emocionado o líder palestino, que nasceu na Cisjordânia, viveu 37 anos no exílio e hoje esteve na Faixa de Gaza pela primeira vez.
Mechal deve sua vida ao falecido Rei Hussein, da Jordânia. Em 25 de setembro de 1997, ele foi envenenado na Jordânia pelo Mossad, o serviço de espionagem israelense, a mando do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para vingar um atentado terrorista contra um mercado em Israel.
Dois agentes israelenses entraram na Jordânia com passaportes canadenses falsos e injetaram o veneno em Mechal, mas foram detidos por guarda-costas do líder do Hamas e entregues à polícia. A conspiração assassina estava revelada.
O Rei Hussein ligou pessoalmente para Netanyahu e ameaçou romper o acordo de paz entre os dois países. Israel revelou qual era o veneno e qual o antídoto necessário para neutralizá-lo.
Em relação ao processo de paz, Mechal defende a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Nega-se a reconhecer o direito de existência de Israel e a abandonar a luta armada enquanto a ocupação não acabar. Esta atitude ambígua e as ações violentas contra civis levaram o Hamas a ser declarado um grupo terrorista por Israel, Europa e Estados Unidos.
Ao chegar, Mechal beijou o chão do sonhado Estado nacional palestino, onde não pisava desde os 9 anos da idade, quando sua família se mudou da Cisjordânia ocupada para o Kuwait. Ele recebeu garantias do Egito e de outros países árabes de que não seria assassinado.
É uma tentativa de compensar a publicidade obtida pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com a elevação do status da Palestina para Estado não membro pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, e de reafirmar a posição do Hamas como representante legítimo do povo palestino, reforçada por ter resistido a uma ofensiva militar israelense no mês passado.
"Este é meu terceiro nascimento", declarou emocionado o líder palestino, que nasceu na Cisjordânia, viveu 37 anos no exílio e hoje esteve na Faixa de Gaza pela primeira vez.
Mechal deve sua vida ao falecido Rei Hussein, da Jordânia. Em 25 de setembro de 1997, ele foi envenenado na Jordânia pelo Mossad, o serviço de espionagem israelense, a mando do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para vingar um atentado terrorista contra um mercado em Israel.
Dois agentes israelenses entraram na Jordânia com passaportes canadenses falsos e injetaram o veneno em Mechal, mas foram detidos por guarda-costas do líder do Hamas e entregues à polícia. A conspiração assassina estava revelada.
O Rei Hussein ligou pessoalmente para Netanyahu e ameaçou romper o acordo de paz entre os dois países. Israel revelou qual era o veneno e qual o antídoto necessário para neutralizá-lo.
Em relação ao processo de paz, Mechal defende a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Nega-se a reconhecer o direito de existência de Israel e a abandonar a luta armada enquanto a ocupação não acabar. Esta atitude ambígua e as ações violentas contra civis levaram o Hamas a ser declarado um grupo terrorista por Israel, Europa e Estados Unidos.
Taxa de desemprego nos EUA cai para 7,7%
Com um saldo em novembro de 2012 de 146 mil vagas da empregos criadas a mais do que fechadas, a taxa de desemprego baixou de 7,9% para 7,7% ao ano, informou hoje o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
O resultado ficou bem acima dos 85 mil postos de trabalho esperados, em média, pelos economistas. Os números de setembro e outubro foram revisados, com uma redução de 49 mil empregos.
Aparentemente, o impacto da supertempestade pós-tropical Sandy foi pequeno, mas a queda na taxa se deve ao fato de que 350 mil pessoas deixaram de procurar emprego.
O setor que mais contratou foi o varejo, com um saldo de 53 mil empregos. As maiores perdas foram na construção civil, que cortou 20 mil vagas, reporta o jornal The Washington Post.
O resultado ficou bem acima dos 85 mil postos de trabalho esperados, em média, pelos economistas. Os números de setembro e outubro foram revisados, com uma redução de 49 mil empregos.
Aparentemente, o impacto da supertempestade pós-tropical Sandy foi pequeno, mas a queda na taxa se deve ao fato de que 350 mil pessoas deixaram de procurar emprego.
O setor que mais contratou foi o varejo, com um saldo de 53 mil empregos. As maiores perdas foram na construção civil, que cortou 20 mil vagas, reporta o jornal The Washington Post.
Mursi mantém o tom de desafio
Em pronunciamento na televisão ontem à noite, o presidente Mohamed Mursi não recuou um passo no decreto que lhe confere poderes ditatoriais e declarou estar defendendo a revolução ao reprimir com violência os protestos populares no Egito.
Mursi, da Irmandade Muçulmana, convidou a oposição para um diálogo nacional, mas não mostrou a intenção de recuar na convocação de um plebiscito para aprovar uma nova Constituição.
A oposição rejeitou o discurso presidencial e prometeu manter as manifestações de protesto até 15 de dezembro, data do referendo, reporta o jornal The New York Times.
Mursi, da Irmandade Muçulmana, convidou a oposição para um diálogo nacional, mas não mostrou a intenção de recuar na convocação de um plebiscito para aprovar uma nova Constituição.
A oposição rejeitou o discurso presidencial e prometeu manter as manifestações de protesto até 15 de dezembro, data do referendo, reporta o jornal The New York Times.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Tanques defendem palácio presidencial no Egito
Depois de uma noite de violência entre liberais e islamitas em que pelo menos sete pessoas morreram, tanques do Exército do Egito cercaram hoje o palácio presidencial no Cairo, protegido também por arame farpado, reporta o jornal The Washington Post. A crise deflagrada pela decisão do presidente Mohamed Mursi de assumir poderes excepcionais completa duas semanas sem perspectiva de solução.
Desde então, seis assessores de Mursi pediram demissão. Grupos islamitas pediram ao presidente, ligado à Irmandade Muçulmana, para revogar o decreto, que exclui seus atos da apreciação do Poder Judiciário, e abrir um diálogo nacional com a oposição, informa a televisão pública britânica BBC.
O presidente deve fazer um pronunciamento à nação ainda hoje.
Desde então, seis assessores de Mursi pediram demissão. Grupos islamitas pediram ao presidente, ligado à Irmandade Muçulmana, para revogar o decreto, que exclui seus atos da apreciação do Poder Judiciário, e abrir um diálogo nacional com a oposição, informa a televisão pública britânica BBC.
O presidente deve fazer um pronunciamento à nação ainda hoje.
Brasil perde seu maior gênio: Oscar Niemeyer
A morte de Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos da História, com mais de cem obras importantes, é destaque no mundo inteiro. Niemeyer, que faria 105 anos em 15 de dezembro, morreu ontem às 21h55, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele fora internado com problemas renais e teve falencia respiratória, foi ligado a um respirador artificial, mas não aguentou mais.
Carioca, descendente de alemães, árabes e portugueses, Niemeyer fez mais de 600 obras em 70 países, do Parque da Pampulha, em Belo Horizonte, nos anos 40, ao Museu de Arte Moderna de Niterói, passando por Brasília, sua maior realização numa vida marcada por um profundo compromisso com causas sociais, destaca o jornal francês Le Monde.
Com uma obra cheia de curvas e sensualidade, Niemeyer chamou a atenção de arquitetos do mundo inteiro, observa o jornal The New York Times. Sua morte é a principal manchete na página sobre a América Latina.
Para o jornal espanhol El País, ele foi o "poeta da curva".
Criador de alguns dos prédios modernistas mais importantes do mundo, era criticado às vezes pela falta de funcionalidade de seus projetos, nota a televisão pública britânica BBC.
Carioca, descendente de alemães, árabes e portugueses, Niemeyer fez mais de 600 obras em 70 países, do Parque da Pampulha, em Belo Horizonte, nos anos 40, ao Museu de Arte Moderna de Niterói, passando por Brasília, sua maior realização numa vida marcada por um profundo compromisso com causas sociais, destaca o jornal francês Le Monde.
Com uma obra cheia de curvas e sensualidade, Niemeyer chamou a atenção de arquitetos do mundo inteiro, observa o jornal The New York Times. Sua morte é a principal manchete na página sobre a América Latina.
Para o jornal espanhol El País, ele foi o "poeta da curva".
Criador de alguns dos prédios modernistas mais importantes do mundo, era criticado às vezes pela falta de funcionalidade de seus projetos, nota a televisão pública britânica BBC.
China deve crescer 8,2% em 2013
Graças aos estímulos oficiais, a segunda maior economia do mundo deve crescer 7,7% neste ano e 8,2% em 2013, mas há riscos por causa da crise previu ontem a Academia de Ciências Sociais da China.
No seu Livro Azul, o mais importante centro de pesquisas da China aconselha o governo a aumentar os gastos públicos e cortar impostos que comprometam a eficiência econômica.
"Estamos cautelosamente otimistas com a perspectiva para 2013. Precisamos estar alertas para os riscos e preparados com as políticas necessárias para enfrentá-los", alertam os economistas chineses.
Há sinais de retomada da aceleração do crescimento na China. O ritmo do crescimento industrial aumentou, reporta a agência de notícias Reuters.
O desafio do novo governo que toma posse em março do próximo ano é reorientar a economia chinesa do mercado externo para o consumo interno, sem perder a força das exportações.
No seu Livro Azul, o mais importante centro de pesquisas da China aconselha o governo a aumentar os gastos públicos e cortar impostos que comprometam a eficiência econômica.
"Estamos cautelosamente otimistas com a perspectiva para 2013. Precisamos estar alertas para os riscos e preparados com as políticas necessárias para enfrentá-los", alertam os economistas chineses.
Há sinais de retomada da aceleração do crescimento na China. O ritmo do crescimento industrial aumentou, reporta a agência de notícias Reuters.
O desafio do novo governo que toma posse em março do próximo ano é reorientar a economia chinesa do mercado externo para o consumo interno, sem perder a força das exportações.
Acidente com Ferrari enfraqueceu Hu Jintao
Ao assumir a liderança do Partido Comunista, no mês passado, o vice-presidente Xi Jinping não só se encaminhou para ser o próximo presidente da China, a partir de março de 2013, por um período de cinco anos, com direito a uma releição. Também assumiu o comando da poderosa Comissão Militar Central, que controla o Exército Popular de Libertação.
Durante o período em que mais mandou na China, o arquiteto da reforma econômica, Deng Xiaoping, tinha na chefia da Comissão Militar seu único cargo oficial. Quando o ex-presidente Jiang Zemin encerrou seu decênio, em 2002, manteve o comando das Forças Armadas. O atual presidente Hu Jintao transfere todos os poderes para Xi daqui a quatro meses.
O favorito de Hu seria o novo vice-líder do partido, Li Keqiang, que deve ser o próximo primeiro-ministro, encarregado da administração econômica da segunda maior economia do mundo. Mas um acidente com uma Ferrari vermelha em que morreu o filho de um alto assessor e protegido de Hu selou sua sorte.
A morte de Ling Gu aos 23 anos foi encoberta para abafar o escândalo. Mas é cada vez mais evidente para os chineses bem informados - e há 400 milhões na Internet - que os filhos dos poderosos levam uma vida de luxo e privilégios inimagináveis para os chineses comuns, a não ser quando uma Ferrari em alta velocidade destrói seus sonhos megalomaníacos.
Hu saiu fortalecido do escândalo que levou à desgraça Bo Xilai, líder em ascensão da linha dura, em março e abril deste ano. As manobras de Ling Jihua para proteger o filho abriram o flanco para a facção do ex-presidente Jiang Zemin, considerado hoje a eminência parda do PC chinês, o maior poder por trás do trono, observa o jornal The New York Times.
Jiang teria indicado a maioria dos cinco novos membros do Comitê Permanente do Poliburo do Comitê Central do PC, que foi reduzido de nove para sete membros. E Xi começa assumindo logo plenos poderes.
Durante o período em que mais mandou na China, o arquiteto da reforma econômica, Deng Xiaoping, tinha na chefia da Comissão Militar seu único cargo oficial. Quando o ex-presidente Jiang Zemin encerrou seu decênio, em 2002, manteve o comando das Forças Armadas. O atual presidente Hu Jintao transfere todos os poderes para Xi daqui a quatro meses.
O favorito de Hu seria o novo vice-líder do partido, Li Keqiang, que deve ser o próximo primeiro-ministro, encarregado da administração econômica da segunda maior economia do mundo. Mas um acidente com uma Ferrari vermelha em que morreu o filho de um alto assessor e protegido de Hu selou sua sorte.
A morte de Ling Gu aos 23 anos foi encoberta para abafar o escândalo. Mas é cada vez mais evidente para os chineses bem informados - e há 400 milhões na Internet - que os filhos dos poderosos levam uma vida de luxo e privilégios inimagináveis para os chineses comuns, a não ser quando uma Ferrari em alta velocidade destrói seus sonhos megalomaníacos.
Hu saiu fortalecido do escândalo que levou à desgraça Bo Xilai, líder em ascensão da linha dura, em março e abril deste ano. As manobras de Ling Jihua para proteger o filho abriram o flanco para a facção do ex-presidente Jiang Zemin, considerado hoje a eminência parda do PC chinês, o maior poder por trás do trono, observa o jornal The New York Times.
Jiang teria indicado a maioria dos cinco novos membros do Comitê Permanente do Poliburo do Comitê Central do PC, que foi reduzido de nove para sete membros. E Xi começa assumindo logo plenos poderes.
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Choque entre liberais e islamitas deixa 5 mortos no Egito
Pelo menos cinco pessoas morreram e mais de 600 foram feridas hoje quando islamitas e liberais se enfrentaram numa violenta batalha de rua perto do palácio presidencial do Egito. Três altos assessores do presidente Mohamed Mursi renunciaram, responsabilizando-o pela violência.
Desde o golpe branco dado por Mursi, da Irmandade Muçulmana, ao se avocar poderes excepcionais, a multidão voltou a tomar a Praça da Libertação, no centro do Cairo, a capital egípcia.
Mursi recuou parcialmente, mas acelerou o processo de redação de uma nova Constituição a ser submetida a um referendo em 15 de dezembro de 2012. Mas os jovens e as massas que fizeram a revolução que derrubou Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 não aceitam um projeto constitucional que não garante a liberdade de expressão, os direitos das mulheres, dos cristãos e dos cidadãos comuns.
Onze jornais não circularam hoje em protesto contra a Constituição. Hoje à noite, quatro estações de televisão vão parar suas transmissões.
O movimento de oposição, coordenado pelo ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica Mohamed ElBaradei, promete continuar nas ruas em defesa da revolução. Ele não acredita em democracia com a Irmandade Muçulmana.
ElBaradei acusa o Conselho Supremo das Forças Armadas de ceder às pressões dos islamitas para convocar eleições antes que as outras forças políticas estivessem organizadas. O resultado foi um Parlamento dominado por islamitas, que fez um projeto de Constituição que acaba de deflagrar uma batalha nas ruas.
Como acusou ElBaradei, "Mursi deixou o Egito à beira do abismo".
Desde o golpe branco dado por Mursi, da Irmandade Muçulmana, ao se avocar poderes excepcionais, a multidão voltou a tomar a Praça da Libertação, no centro do Cairo, a capital egípcia.
Mursi recuou parcialmente, mas acelerou o processo de redação de uma nova Constituição a ser submetida a um referendo em 15 de dezembro de 2012. Mas os jovens e as massas que fizeram a revolução que derrubou Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 não aceitam um projeto constitucional que não garante a liberdade de expressão, os direitos das mulheres, dos cristãos e dos cidadãos comuns.
Onze jornais não circularam hoje em protesto contra a Constituição. Hoje à noite, quatro estações de televisão vão parar suas transmissões.
O movimento de oposição, coordenado pelo ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica Mohamed ElBaradei, promete continuar nas ruas em defesa da revolução. Ele não acredita em democracia com a Irmandade Muçulmana.
ElBaradei acusa o Conselho Supremo das Forças Armadas de ceder às pressões dos islamitas para convocar eleições antes que as outras forças políticas estivessem organizadas. O resultado foi um Parlamento dominado por islamitas, que fez um projeto de Constituição que acaba de deflagrar uma batalha nas ruas.
Como acusou ElBaradei, "Mursi deixou o Egito à beira do abismo".
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Assad já procura asilo na América Latina
Sob intenso ataque dos rebeldes depois de um ano e nove meses de revolta popular e guerra civil, com mais de 40 mil mortes, em plena Batalha de Damasco, o ditador Bachar Assad prepara sua fuga do poder na Síria.
Na semana passada, o vice-ministro do Exterior sírio, Faissal al-Mikdad esteve em Cuba, na Venezuela e no Equador, levando cartas pessoais de Assad aos presidentes Raúl Castro, Hugo Chávez e Rafael Correa, revelou hoje o jornal liberal israelense Haaretz.
Chávez recebeu a carta antes de embarcar para Cuba, onde se submete a mais uma etapa de seu tratamento contra o câncer. Em Caracas, um porta-voz do governo venezuelano comentou apenas que a mensagem "tocou" Chávez ao falar das "relações pessoas dos dois presidentes".
Ao participar da 18º Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que se realiza no Catar, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, foi contra a concessão de asilo para o ditador sírio, alegando que a organização não pode aceitar a impunidade: "Quem comete graves violações dos direitos humanos deve ser levado à Justiça. Este é um princípio fundamental".
Na semana passada, o vice-ministro do Exterior sírio, Faissal al-Mikdad esteve em Cuba, na Venezuela e no Equador, levando cartas pessoais de Assad aos presidentes Raúl Castro, Hugo Chávez e Rafael Correa, revelou hoje o jornal liberal israelense Haaretz.
Chávez recebeu a carta antes de embarcar para Cuba, onde se submete a mais uma etapa de seu tratamento contra o câncer. Em Caracas, um porta-voz do governo venezuelano comentou apenas que a mensagem "tocou" Chávez ao falar das "relações pessoas dos dois presidentes".
Ao participar da 18º Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que se realiza no Catar, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, foi contra a concessão de asilo para o ditador sírio, alegando que a organização não pode aceitar a impunidade: "Quem comete graves violações dos direitos humanos deve ser levado à Justiça. Este é um princípio fundamental".
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Setor privado tem saldo de 118 mil empregos nos EUA
As empresas privadas dos Estados Unidos criaram 118 mil empregos a mais do que fecharam no mês de novembro de 2012, estimou hoje a empresa de consultoria e recursos humanos ADP, maior processadora de folhas de pagamento do país. É um pouco menos do que os 125 mil esperados, em média, pelos economistas.
Apesar da taxa de crescimento dos EUA no terceiro trimestre ter sido revisada para 2,7% ao ano, o Instituto de Pesquisa dos Ciclos Econômicos (ECRI, do inglês) acredita que a maior economia do mundo voltou à recessão, com quedas na produção, no consumo e na renda. O emprego seria o único indicar importante ainda em alta.
Com o desentendimento entre Casa Branca e o Congresso sobre os cortes orçamentários necessários para reduzir o trilionário déficit público federal, os EUA correm risco de cair no chamado "abismo fiscal". É uma mistura de fim dos cortes de impostos do governo George W. Bush (2001-9) com reduções obrigatórias nas despesas governamentais capaz de tirar US$ 600 bilhões de circulação.
Ontem, o presidente Barack Obama rejeitou a contraproposta do Partido Republicano, apresentada pelo presidente da Câmara, deputado John Boehner. Obama insiste em aumentar os impostos para os ricos, deixando expirar os cortes da era Bush, mas quer poupar a classe média.
Se os EUA caíram no "abismo fiscal" daqui a 27 dias, não será o fim do mundo, mas o declínio observado pelo ECRI vai se acentuar. A volta da recessão será inevitável.
A boa nova para Obama é que as pesquisas indicam que a maioria do eleitorado culpa a oposição republicana pelo impasse. A maioria não vê problemas em aumentar impostos para os ricos. Os republicanos alegam que os ricos são "criadores de empregos". Se tiverem de pagar mais impostos, a economia perderia.
O otimismo de Obama não se justifica.
Apesar da taxa de crescimento dos EUA no terceiro trimestre ter sido revisada para 2,7% ao ano, o Instituto de Pesquisa dos Ciclos Econômicos (ECRI, do inglês) acredita que a maior economia do mundo voltou à recessão, com quedas na produção, no consumo e na renda. O emprego seria o único indicar importante ainda em alta.
Com o desentendimento entre Casa Branca e o Congresso sobre os cortes orçamentários necessários para reduzir o trilionário déficit público federal, os EUA correm risco de cair no chamado "abismo fiscal". É uma mistura de fim dos cortes de impostos do governo George W. Bush (2001-9) com reduções obrigatórias nas despesas governamentais capaz de tirar US$ 600 bilhões de circulação.
Ontem, o presidente Barack Obama rejeitou a contraproposta do Partido Republicano, apresentada pelo presidente da Câmara, deputado John Boehner. Obama insiste em aumentar os impostos para os ricos, deixando expirar os cortes da era Bush, mas quer poupar a classe média.
Se os EUA caíram no "abismo fiscal" daqui a 27 dias, não será o fim do mundo, mas o declínio observado pelo ECRI vai se acentuar. A volta da recessão será inevitável.
A boa nova para Obama é que as pesquisas indicam que a maioria do eleitorado culpa a oposição republicana pelo impasse. A maioria não vê problemas em aumentar impostos para os ricos. Os republicanos alegam que os ricos são "criadores de empregos". Se tiverem de pagar mais impostos, a economia perderia.
O otimismo de Obama não se justifica.
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012
"Mursi deixou Egito à beira do abismo", diz ElBaradei
Quase dois anos depois do início da revolução que derrubou a ditadura de Hosni Mubarak, o Egito está profundamente dividido entre os islamitas e o resto da população, sob risco de uma nova rebelião popular, de uma intervenção militar ou de uma guerra civil, adverte o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica Mohamed ElBaradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz.
Em artigo publicado hoje no jornal inglês Financial Times, ElBaradei pergunta: "Depois de 23 meses de luta para trazer a democracia ao Egito, isto é o melhor que podemos fazer? Um presidente reivindicando poderes ditatoriais. Um parlamento cheio de islamitas. E um projeto de Constituição feito às pressas sem as garantias básicas para mulheres, cristãos e todos os egípcios?"
Na sua opinião, "o Exército, para proteger seus privilégios e evitar processos, estragou a transição pós-revolucionária. Permitiu que a Irmandade Muçulmana, interessada em tirar vantagem de seus 80 anos de organização e trabalho de campo, apressasse a realização de eleições parlamentares. O resultado foi uma vitória esmagadora para os islamitas, muito além de sua verdadeira base de poder".
Com uma Assembleia Constituinte dominada por islamitas, os partidos liberais, as minorias e outras facções da sociedade civil abandonaram o processo de redação da nova Constituição. "A assembleia produziu então um documento que viola a liberdade de expressão e a liberdade religiosa, e não controla o Poder Executivo. Também quer dar o direito de instituições religiosas de desafiar o Poder Judiciário", acrescenta o ex-diretor-geral da AIEA.
Por isso, a multidão voltou a tomar a Praça da Libertação, no Centro do Cairo, nos últimos dias e hoje cerca o palácio presidencial.
Em artigo publicado hoje no jornal inglês Financial Times, ElBaradei pergunta: "Depois de 23 meses de luta para trazer a democracia ao Egito, isto é o melhor que podemos fazer? Um presidente reivindicando poderes ditatoriais. Um parlamento cheio de islamitas. E um projeto de Constituição feito às pressas sem as garantias básicas para mulheres, cristãos e todos os egípcios?"
Na sua opinião, "o Exército, para proteger seus privilégios e evitar processos, estragou a transição pós-revolucionária. Permitiu que a Irmandade Muçulmana, interessada em tirar vantagem de seus 80 anos de organização e trabalho de campo, apressasse a realização de eleições parlamentares. O resultado foi uma vitória esmagadora para os islamitas, muito além de sua verdadeira base de poder".
Com uma Assembleia Constituinte dominada por islamitas, os partidos liberais, as minorias e outras facções da sociedade civil abandonaram o processo de redação da nova Constituição. "A assembleia produziu então um documento que viola a liberdade de expressão e a liberdade religiosa, e não controla o Poder Executivo. Também quer dar o direito de instituições religiosas de desafiar o Poder Judiciário", acrescenta o ex-diretor-geral da AIEA.
Por isso, a multidão voltou a tomar a Praça da Libertação, no Centro do Cairo, nos últimos dias e hoje cerca o palácio presidencial.
OTAN adverte Síria a não usar armas químicas
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, advertiu hoje a ditadura da Síria a não usar armas químicas contra os rebeldes que lutam para derrubá-la há um ano e nove meses, sob pena de ser alvo de uma intervenção armada.
Os ministros da Defesa dos 28 países-membros da aliança atlântica, reunidos na sede da OTAN, em Bruxelas, na Bélgica, decidiram instalar mísseis de defesa americanos Patriot na Turquia junto à fronteira com a Síria para evitar que o conflito se alastre.
Nas últimas semanas, a ofensiva rebelde sobre a capital indica uma mudança no equilíbrio de forças no campo de batalha. Os combates se intensificam em Damasco, no que pode ser a batalha decisiva de um conflito que matou cerca de 40 mil pessoas desde 15 de março de 2011.
Principal aliada do regime sírio no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia teria concordado que chegou a hora de convencer Bachar Assad a entregar o poder, disse um funcionário do governo da Turquia citado pelo jornal The New York Times.
Os ministros da Defesa dos 28 países-membros da aliança atlântica, reunidos na sede da OTAN, em Bruxelas, na Bélgica, decidiram instalar mísseis de defesa americanos Patriot na Turquia junto à fronteira com a Síria para evitar que o conflito se alastre.
Nas últimas semanas, a ofensiva rebelde sobre a capital indica uma mudança no equilíbrio de forças no campo de batalha. Os combates se intensificam em Damasco, no que pode ser a batalha decisiva de um conflito que matou cerca de 40 mil pessoas desde 15 de março de 2011.
Principal aliada do regime sírio no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia teria concordado que chegou a hora de convencer Bachar Assad a entregar o poder, disse um funcionário do governo da Turquia citado pelo jornal The New York Times.
Efeito Pinóquio esquenta nariz ao mentir
Quando uma pessoa mente, a temperatura do rosto aumenta ao redor do nariz e nos músculos orbitais do canto interno dos olhos. É o Efeito Pinóquio. Quando faz um grande esforço mental, a cara esfria. A ansiedade também esquenta. As conclusões são de um trabalho pioneiro da Universidade de Granada, na Espanha, que usou termografia, uma técnica baseada na temperatura do corpo.
A termografia foi desenvolvida pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial para produção de equipamentos para visão noturna. Os pesquisadores Emilio Gómez Milán e Elvira Salazar López, da Universidade de Granada, são pioneiros na aplicação da termografia na psicologia.
O desejo sexual também pode ser detectado pelo calor. A excitação aumenta a temperatura no peito e nos órgãos genitais. O estudo mostra que homem e mulher ficam excitados ao mesmo tempo.
Cada tipo de expressão corporal diferente deixa sua marca distinta na análise termográfica. Quando um bailarino dança o flamengo, a temperatura das nádegas cai e a do antebraço sobe. Várias alterações estão relacionadas a estados físicos, mentais e emocionais.
A termografia foi desenvolvida pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial para produção de equipamentos para visão noturna. Os pesquisadores Emilio Gómez Milán e Elvira Salazar López, da Universidade de Granada, são pioneiros na aplicação da termografia na psicologia.
O desejo sexual também pode ser detectado pelo calor. A excitação aumenta a temperatura no peito e nos órgãos genitais. O estudo mostra que homem e mulher ficam excitados ao mesmo tempo.
Cada tipo de expressão corporal diferente deixa sua marca distinta na análise termográfica. Quando um bailarino dança o flamengo, a temperatura das nádegas cai e a do antebraço sobe. Várias alterações estão relacionadas a estados físicos, mentais e emocionais.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
OTAN instala mísseis na fronteira da Turquia com Síria
Para impedir o alastramento da guerra civil na Síria para a vizinha Turquia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, deve instalar mísseis antimísseis Patriot do lado turco da fronteira entre os dois países, anunciou hoje o secretário-geral Anders Fogh Rasmussen, ex-primeiro-ministro da Dinamarca.
Em entrevista à correspondente Christiane Amanpour, da rede de televisão americana CNN, o chefe da OTAN antecipou a decisão que deve ser tomada hoje pelos ministros da defesa da aliança atlântica.
Os Estados Unidos relutam em intervir militarmente na Síria. Eleito depois do desastroso George W. Bush, de quem herdou as guerras no Afeganistão e no Iraque, o presidente Barack Obama faz tudo para se livrar desses conflitos. Tudo o que não quer é uma nova guerra no Oriente Médio.
Pelos planos de contingência do Departamento da Defesa, o Pentágono, seriam necessários 75 mil homens para intervir na Síria, único país do Oriente Médio com uma base militar russa. O Irã é outro aliado da ditadura de Bachar Assad, para quem manda armas através do espaço aéreo do Iraque.
Como os rebeldes conquistaram vitórias militares importantes nas últimas semanas, o governo Obama teme que Assad intensifique o uso da força e lance mão de armas químicas como último recurso para salvar o regime. Neste caso, ou se houver risco de que essas armas caiam nas mãos de extremistas muçulmanos, os EUA invadiriam a Síria.
Nos últimos dias, os serviços secretos dos EUA teriam detectado movimento de armas químicas na Síria. O governo promete não usá-las contra seu próprio povo.
Os mísseis da OTAN da Turquia visam a desencorajar Assad de tentar internacionalizar a guerra civil síria como manobra para se salvar.
A ONU retirou seu pessoal não essencial da Síria.
Em entrevista à correspondente Christiane Amanpour, da rede de televisão americana CNN, o chefe da OTAN antecipou a decisão que deve ser tomada hoje pelos ministros da defesa da aliança atlântica.
Os Estados Unidos relutam em intervir militarmente na Síria. Eleito depois do desastroso George W. Bush, de quem herdou as guerras no Afeganistão e no Iraque, o presidente Barack Obama faz tudo para se livrar desses conflitos. Tudo o que não quer é uma nova guerra no Oriente Médio.
Pelos planos de contingência do Departamento da Defesa, o Pentágono, seriam necessários 75 mil homens para intervir na Síria, único país do Oriente Médio com uma base militar russa. O Irã é outro aliado da ditadura de Bachar Assad, para quem manda armas através do espaço aéreo do Iraque.
Como os rebeldes conquistaram vitórias militares importantes nas últimas semanas, o governo Obama teme que Assad intensifique o uso da força e lance mão de armas químicas como último recurso para salvar o regime. Neste caso, ou se houver risco de que essas armas caiam nas mãos de extremistas muçulmanos, os EUA invadiriam a Síria.
Nos últimos dias, os serviços secretos dos EUA teriam detectado movimento de armas químicas na Síria. O governo promete não usá-las contra seu próprio povo.
Os mísseis da OTAN da Turquia visam a desencorajar Assad de tentar internacionalizar a guerra civil síria como manobra para se salvar.
A ONU retirou seu pessoal não essencial da Síria.
Republicanos fazem contraproposta a Obama
Sob pressão da ameaça do "abismo fiscal", a maioria republicana na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos apresentou hoje um plano para cortar o déficit orçamentário federal em US$ 2,2 trilhões nos próximos dez anos, com cortes de gastos de US$ 1,2 trilhão e uma alta de US$ 800 milhões na arrecadação sem aumentar impostos. Dificilmente o presidente Barack Obama vai aceitar a proposta.
Obama defende aumentos de arrecadação de US$ 1,6 trilhão, inclusive US$ 960 bilhões do fim dos cortes de impostos para os ricos do governo George W. Bush (2001-9), e cortes de gastos de US$ 600 bilhões. Mas quer mais dinheiro para investimentos em infraestrutura e para ajudar mutuários em dificuldade para pagar as prestações da casa própria.
A proposta republicana quer poupar mais US$ 200 bilhões mudando o cálculo da inflação, o que reduziria as pensões, aposentadorias e outros benefícios previdenciários, e não reajustando a tabela do imposto de renda para corrigi-la pela inflação, informa o jornal The New York Times.
Para cortar US$ 600 bilhões em despesas, especialmente no programa de saúde para idosos, Medicare, a oposição quer elevar a idade mínima para ser beneficiário. O economista liberal Paul Krugman alega que o impacto seria mínimo, já que os maiores gastos são com os pacientes de idade mais avançada, que estão na outra ponta do sistema.
Obama defende aumentos de arrecadação de US$ 1,6 trilhão, inclusive US$ 960 bilhões do fim dos cortes de impostos para os ricos do governo George W. Bush (2001-9), e cortes de gastos de US$ 600 bilhões. Mas quer mais dinheiro para investimentos em infraestrutura e para ajudar mutuários em dificuldade para pagar as prestações da casa própria.
A proposta republicana quer poupar mais US$ 200 bilhões mudando o cálculo da inflação, o que reduziria as pensões, aposentadorias e outros benefícios previdenciários, e não reajustando a tabela do imposto de renda para corrigi-la pela inflação, informa o jornal The New York Times.
Para cortar US$ 600 bilhões em despesas, especialmente no programa de saúde para idosos, Medicare, a oposição quer elevar a idade mínima para ser beneficiário. O economista liberal Paul Krugman alega que o impacto seria mínimo, já que os maiores gastos são com os pacientes de idade mais avançada, que estão na outra ponta do sistema.
Juízes do Egito se negam a supervisionar plebiscito
Com o Supremo Tribunal cercado por partidários do presidente Mohamed Mursi e da Irmandade Muçulmana, os juízes superiores do Egito suspenderam o exame da legalidade da Assembleia Constituinte, entraram em greve e se negam a organizar o plebiscito para aprovar a nova Constituição, convocado para 15 de dezembro.
Princesa Kate espera herdeiro do trono britânico
A Duquesa de Cambridge acordou hoje com um enjoo, foi ao hospital e a família real britânica anunciou a gravidez que vai gerar mais um herdeiro da coroa do Reino Unido.
Como as mulheres têm agora o mesmo direito de ascensão ao trono que os homens, seja menino ou menina, o bebê em gestação será o terceiro na linha de sucessão à rainha Elizabeth II, depois do avô, o príncipe Charles, e do pai, príncipe William.
William e Kate Middleton se casaram em abril, e a notícia da gravidez real era esperada desde então. Como o primeiro na linha de sucessão recebe os títulos de Príncipe de Gales e Duque da Cornualha, o jovem casal ganhou os títulos de Duque e Duquesa de Cambridge.
Como as mulheres têm agora o mesmo direito de ascensão ao trono que os homens, seja menino ou menina, o bebê em gestação será o terceiro na linha de sucessão à rainha Elizabeth II, depois do avô, o príncipe Charles, e do pai, príncipe William.
William e Kate Middleton se casaram em abril, e a notícia da gravidez real era esperada desde então. Como o primeiro na linha de sucessão recebe os títulos de Príncipe de Gales e Duque da Cornualha, o jovem casal ganhou os títulos de Duque e Duquesa de Cambridge.
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domingo, 2 de dezembro de 2012
Temperatura deve subir 5ºC neste século
As emissões de gases que agravam o efeito estufa crescem numa média de 3% ao ano desde 2000. Devem chegar a 36,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono em 2010. Neste ritmo, a temperatura média do planeta vai subir 5º C até 2100, preveem pesquisadores do Projeto Global do Carbono.
O estudo mostra que a emissão de gás carbônico cresceu 54% desde 1990, ano-base para o cálculo das reduções previstas no Protocolo de Quioto. Enquanto os países ricos estabilizaram suas emissões, os países em desenvolvimento estão poluindo mais. Suas emissões de carbono subiram de 35% para 58%.
As emissões da China, que superou os Estados Unidos como maior poluidor mundial, cresceram 10%, chegando a 800 milhões de toneladas de dióxido de carbono no ano passado.
Neste momento, a 18ª Conferência das Nações Unidas se realiza em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sem expectativa de um avanço positivo no controle do aquecimento global. A única proposta sobre a mesa é prorrogar o Protocolo de Quioto, mas Canadá, Japão e Rússia já anunciaram que estão abandonando o acordo.
Um problema, diante do crescimento das emissões, é a necessidade de incluir os países em desenvolvimento num acordo que preveja obrigações também para eles - o que é politicamente difícil: "O forte crescimento das emissões em alguns países em desenvolvimento está mudando continuamente a distribuição de emissões. As alegações de 1990 não servem para 2012", observou Glen Peters, do Cicero, um instituto norueguês de pesquisas sobre o clima, um dos autores do relatório.
"A cada ano que as emissões aumentam", acrescenta, "fica mais difícil cumprir a meta [estabelecida pelo Painal Intergovernamental sobre Mudança do Clima] de limitar o aumento da temperatura em dois graus centígrados. A única maneira de manter a temperatura dentro do limite de variação de dois graus será se os grandes emissores, desenvolvidos e em desenvolvimento, chegarem a um acordo para reduzir as emissões".
O estudo mostra que a emissão de gás carbônico cresceu 54% desde 1990, ano-base para o cálculo das reduções previstas no Protocolo de Quioto. Enquanto os países ricos estabilizaram suas emissões, os países em desenvolvimento estão poluindo mais. Suas emissões de carbono subiram de 35% para 58%.
As emissões da China, que superou os Estados Unidos como maior poluidor mundial, cresceram 10%, chegando a 800 milhões de toneladas de dióxido de carbono no ano passado.
Neste momento, a 18ª Conferência das Nações Unidas se realiza em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sem expectativa de um avanço positivo no controle do aquecimento global. A única proposta sobre a mesa é prorrogar o Protocolo de Quioto, mas Canadá, Japão e Rússia já anunciaram que estão abandonando o acordo.
Um problema, diante do crescimento das emissões, é a necessidade de incluir os países em desenvolvimento num acordo que preveja obrigações também para eles - o que é politicamente difícil: "O forte crescimento das emissões em alguns países em desenvolvimento está mudando continuamente a distribuição de emissões. As alegações de 1990 não servem para 2012", observou Glen Peters, do Cicero, um instituto norueguês de pesquisas sobre o clima, um dos autores do relatório.
"A cada ano que as emissões aumentam", acrescenta, "fica mais difícil cumprir a meta [estabelecida pelo Painal Intergovernamental sobre Mudança do Clima] de limitar o aumento da temperatura em dois graus centígrados. A única maneira de manter a temperatura dentro do limite de variação de dois graus será se os grandes emissores, desenvolvidos e em desenvolvimento, chegarem a um acordo para reduzir as emissões".
Israel confisca US$ 120 milhões de impostos palestinos
Em mais uma retaliação à decisão da Assembleia-Geral das Nações Unidas de reconhecer a Palestina como um Estado não membro, o governo linha-dura de Israel decidiu confiscar US$ 120 milhões em impostos recolhidos dos palestinos no mês passado para cobrir dívidas da Autoridade Nacional Palestina com a companhia estatal de eletricidade israelense.
Durante reunião ministerial realizada neste domingo, o gabinete israelense rejeitou por unanimidade a decisão da Assembleia Geral. O texto considera a Cisjordânia uma "área disputada" sobre a qual "o povo judeu tem um direito natural", informa o jornal liberal Haaretz.
Na mesma noite em que a ONU aprovou o reconhecimento simbólico de um Estado nacional palestino, o governo Benjamin Netanyahu autorizou a construção de mais 3 mil moradias na Cisjordânia ocupada. Foi mais uma manobra para tornar inviável o país palestino.
Tudo isso reforça a impressão de que a direita israelense decidiu de negociar com os palestinos. Pretende anexar unilateralmente as áreas colonizadas e deixar o que sobrar para a Palestina, ignorando o direito internacional, que proíbe a guerra de conquista.
Pelo Protocolo de Paris, assinado depois dos Acordos de Oslo, em 1994, Israel se comprometeu a arrecadar impostos e repassá-los à Autoridade Nacional Palestina.
Durante reunião ministerial realizada neste domingo, o gabinete israelense rejeitou por unanimidade a decisão da Assembleia Geral. O texto considera a Cisjordânia uma "área disputada" sobre a qual "o povo judeu tem um direito natural", informa o jornal liberal Haaretz.
Na mesma noite em que a ONU aprovou o reconhecimento simbólico de um Estado nacional palestino, o governo Benjamin Netanyahu autorizou a construção de mais 3 mil moradias na Cisjordânia ocupada. Foi mais uma manobra para tornar inviável o país palestino.
Tudo isso reforça a impressão de que a direita israelense decidiu de negociar com os palestinos. Pretende anexar unilateralmente as áreas colonizadas e deixar o que sobrar para a Palestina, ignorando o direito internacional, que proíbe a guerra de conquista.
Pelo Protocolo de Paris, assinado depois dos Acordos de Oslo, em 1994, Israel se comprometeu a arrecadar impostos e repassá-los à Autoridade Nacional Palestina.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Enrique Peña Nieto assume Presidência do México
Enrique Peña Nieto está tomando posse neste momento na Presidência do México para um mandato de seis anos. Ele pertence ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o país de 1929 a 2000, no que foi descrito pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa como a "ditadura perfeita".
O PRI volta ao poder depois de dois governos do direitista Partido de Ação Nacional (PAN), com Vicente Fox e Felipe Calderón, que deixa o cargo depois de fracassar numa violenta guerra contra as drogas que levou à morte cerca de 60 mil mexicanos. Mas o México está num momento econômico positivo, com taxa de crescimento para este ano estimada em 4%.
Com a recuperação dos Estados Unidos, a expectativa é que o México tenha um crescimento forte nos próximos. Até 2020, pode superar a China como maior fornecedor de produtos industrializados ao mercado americano.
Se o Brasil não melhor seu desempenho econômico medíocre, o México pode se tornar a maior economia da América Latina.
O PRI volta ao poder depois de dois governos do direitista Partido de Ação Nacional (PAN), com Vicente Fox e Felipe Calderón, que deixa o cargo depois de fracassar numa violenta guerra contra as drogas que levou à morte cerca de 60 mil mexicanos. Mas o México está num momento econômico positivo, com taxa de crescimento para este ano estimada em 4%.
Com a recuperação dos Estados Unidos, a expectativa é que o México tenha um crescimento forte nos próximos. Até 2020, pode superar a China como maior fornecedor de produtos industrializados ao mercado americano.
Se o Brasil não melhor seu desempenho econômico medíocre, o México pode se tornar a maior economia da América Latina.
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