O governo socialista da França admitiu ontem reduzir sua alíquota máxima do imposto de renda, de 75% para quem ganha um milhão de euros ou mais por ano, depois que a medida foi criticada pelo Tribunal Constitucional, a suprema corte do país. Um novo projeto só deve ser apresentado em junho ou setembro, declarou o ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac.
A alíquota de 75% já levou empresários e ricos como o ator Gérard Depardieu a deixar a França para estabelecer domicílio em países vizinhos, especialmente na Bélgica.
Pela decisão da Justiça, o governo deve arrecadar entre 400 e 500 milhões de euros a menos em 2013. "É um efeito marginal", comentou o relator-geral do orçamento na Assembleia Nacional, o deputado socialista Christian Eckert.
O aumento de alíquota foi uma das promessas de campanha mais criticadas da campanha eleitoral do presidente François Hollande, descrita como demagógica e populista justamente por causa do seu impacto econômico limitado em comparação com a dimensão política.
Cahuzac prometeu que o novo projeto levará em conta as decisões do tribunal. A alíquota máxima pode baixar para 68% ou 70%, mas "é cedo demais para dizer", acrescentou o ministro, citado pelo jornal francês Le Monde.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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