Sob intensa pressão das ruas, o presidente do Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, revogou parcialmente o decreto que lhe dava poderes excepcionais, mas manteve o referendo convocado para aprovar, no próximo sábado, 15 de dezembro de 2012, uma nova Constituição. O projeto foi repudiado pelas oposições liberais, que exigem proteção à liberdade de expressão, aos direitos das mulheres e das minorias.
O decreto, de 22 de novembro, tirava do Poder Judiciário o direito de examinar as decisões do presidente. Na prática, Mursi se colocou acima da lei. As multidões que fizeram a revolução egípcia e derrubaram o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 voltaram às ruas contra o novo candidato a ditador.
A revogação parcial do decreto atende a uma das principais reivindicações da multidão concentrada na Praça da Libertação, no Centro do Cairo, mas a Constituição proposta também é inaceitável, reporta o jornal The Washington Post.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/perfis/25876/de+punho+em+riste+quem+e+a+garota+que+desafiou+a+ocupacao+israelense.shtml
PROFESSOR, provavelmente o senhor leu essa notícia. Incrível a estupidez de uma guerra!
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