Em mais uma medida de força destinada a impedir qualquer possibilidade de criação de um Estado nacional palestino viável, o governo linha-dura de Israel aprovou a construção de mais de 1,5 mil moradias no setor árabe de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o que é ilegal à luz do direito internacional. A Carta das Nações Unidas proíbe a guerra de conquista.
Como já tinha autorizado a construção de 3 mil moradias nas colônias da Cisjordânia ocupada no dia em que a Assembleia Geral da ONU reconhecer o Estado palestino, é mais um prego no caixão do processo de paz às vésperas de eleições em que o povo israelense vai manter no poder este governo avesso à paz.
Uma pesquisa citada hoje pelo jornal liberal Haaretz indica que 67% dos centristas não votariam num governo que aceitasse a divisão de Jerusalém nas eleições parlamentares de 22 de janeiro de 2013. Assim, não há processo de paz que resista. O eleitorado de Israel opta por uma guerra sem fim, ignorando as mudanças geoestratégicas do Oriente Médio depois da Primavera Árabe.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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