Para impedir o alastramento da guerra civil na Síria para a vizinha Turquia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, deve instalar mísseis antimísseis Patriot do lado turco da fronteira entre os dois países, anunciou hoje o secretário-geral Anders Fogh Rasmussen, ex-primeiro-ministro da Dinamarca.
Em entrevista à correspondente Christiane Amanpour, da rede de televisão americana CNN, o chefe da OTAN antecipou a decisão que deve ser tomada hoje pelos ministros da defesa da aliança atlântica.
Os Estados Unidos relutam em intervir militarmente na Síria. Eleito depois do desastroso George W. Bush, de quem herdou as guerras no Afeganistão e no Iraque, o presidente Barack Obama faz tudo para se livrar desses conflitos. Tudo o que não quer é uma nova guerra no Oriente Médio.
Pelos planos de contingência do Departamento da Defesa, o Pentágono, seriam necessários 75 mil homens para intervir na Síria, único país do Oriente Médio com uma base militar russa. O Irã é outro aliado da ditadura de Bachar Assad, para quem manda armas através do espaço aéreo do Iraque.
Como os rebeldes conquistaram vitórias militares importantes nas últimas semanas, o governo Obama teme que Assad intensifique o uso da força e lance mão de armas químicas como último recurso para salvar o regime. Neste caso, ou se houver risco de que essas armas caiam nas mãos de extremistas muçulmanos, os EUA invadiriam a Síria.
Nos últimos dias, os serviços secretos dos EUA teriam detectado movimento de armas químicas na Síria. O governo promete não usá-las contra seu próprio povo.
Os mísseis da OTAN da Turquia visam a desencorajar Assad de tentar internacionalizar a guerra civil síria como manobra para se salvar.
A ONU retirou seu pessoal não essencial da Síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário