Num momento de acirramento das disputas territoriais com a China, a eleição de Shinzo Abe, do Partido Liberal-Democrata, para chefiar o governo do Japão deve aumentar a tensão entre os dois gigantes da Ásia. Apesar do passado de invasões do Exército Imperial japonês durante a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países do Leste e do Sudeste Asiático conta com o Japão para conter a superpoderosa China.
Com a China cada vez mais armada e agressiva, e a Coreia do Norte desenvolvendo mísseis de longo alcance, o fim do pacifismo que marca a política japonesa do pós-guerra é apenas uma questão de tempo.
É também uma dupla volta ao poder, do PLD que dominou a política do Japão desde sua fundação, em 1955, até 2003, e de Abe, que renunciou há cinco anos depois de uma breve passagem pela chefia do governo.
No plano econômico, o novo primeiro-ministro está pressionando o Banco do Japão a elevar sua meta de inflação de 1% para 2% ao ano como forma de combater a deflação crônica que causa a estagnação da agora terceira maior economia do mundo desde o início dos anos 90.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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