Sob pressão da ameaça do "abismo fiscal", a maioria republicana na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos apresentou hoje um plano para cortar o déficit orçamentário federal em US$ 2,2 trilhões nos próximos dez anos, com cortes de gastos de US$ 1,2 trilhão e uma alta de US$ 800 milhões na arrecadação sem aumentar impostos. Dificilmente o presidente Barack Obama vai aceitar a proposta.
Obama defende aumentos de arrecadação de US$ 1,6 trilhão, inclusive US$ 960 bilhões do fim dos cortes de impostos para os ricos do governo George W. Bush (2001-9), e cortes de gastos de US$ 600 bilhões. Mas quer mais dinheiro para investimentos em infraestrutura e para ajudar mutuários em dificuldade para pagar as prestações da casa própria.
A proposta republicana quer poupar mais US$ 200 bilhões mudando o cálculo da inflação, o que reduziria as pensões, aposentadorias e outros benefícios previdenciários, e não reajustando a tabela do imposto de renda para corrigi-la pela inflação, informa o jornal The New York Times.
Para cortar US$ 600 bilhões em despesas, especialmente no programa de saúde para idosos, Medicare, a oposição quer elevar a idade mínima para ser beneficiário. O economista liberal Paul Krugman alega que o impacto seria mínimo, já que os maiores gastos são com os pacientes de idade mais avançada, que estão na outra ponta do sistema.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário