Em mais uma retaliação à decisão da Assembleia-Geral das Nações Unidas de reconhecer a Palestina como um Estado não membro, o governo linha-dura de Israel decidiu confiscar US$ 120 milhões em impostos recolhidos dos palestinos no mês passado para cobrir dívidas da Autoridade Nacional Palestina com a companhia estatal de eletricidade israelense.
Durante reunião ministerial realizada neste domingo, o gabinete israelense rejeitou por unanimidade a decisão da Assembleia Geral. O texto considera a Cisjordânia uma "área disputada" sobre a qual "o povo judeu tem um direito natural", informa o jornal liberal Haaretz.
Na mesma noite em que a ONU aprovou o reconhecimento simbólico de um Estado nacional palestino, o governo Benjamin Netanyahu autorizou a construção de mais 3 mil moradias na Cisjordânia ocupada. Foi mais uma manobra para tornar inviável o país palestino.
Tudo isso reforça a impressão de que a direita israelense decidiu de negociar com os palestinos. Pretende anexar unilateralmente as áreas colonizadas e deixar o que sobrar para a Palestina, ignorando o direito internacional, que proíbe a guerra de conquista.
Pelo Protocolo de Paris, assinado depois dos Acordos de Oslo, em 1994, Israel se comprometeu a arrecadar impostos e repassá-los à Autoridade Nacional Palestina.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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