quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Morre Ravi Shankar, o maior citarista do mundo

Talvez ele fosse o indiano mais famoso no Ocidente depois do Mahatma Gandhi. Ravi Shankar apresentou a música clássica da Índia ao resto do mundo, ensinou o beatle George Harrison a tocar cítara, esteve no Festival de Woodstock e participou do primeiro grande show de rock beneficente, o Concerto para Bangladesh, em 1971. Ele morreu ontem aos 92 anos, em San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos, depois de ser operado do coração.

Ravi Shankar nasceu na cidade sagrada de Varanasi, no estado de Utar Pradesh, em 7 de abril de 1920.  Como seu pai era violinista, ele começou por esse instrumentos quando tinha cinco anos. Dez anos depois, saiu da Índia pela primeira vez, para ir a Paris com um irmão bailarino. Ele começou a tocar cítara em 1936. Em 1945, deu seu primeiro concerto.

A partir de 1956, Shankar começou a se apresentar regularmente na Europa e nos Estados Unidos. Em 1966, conheceu Harrison, que começou a tocar cítara e usou-a em Norwegian Wood, um clássico dos Beatles.

Em 1971, quando a guerra da independência de Bangladesh revelou a miséria e a fome no novo país, Ravi Shankar participou, ao lado do organizador, George Harrison, de Bob Dylan, Eric Clapton, Leon Russell e Ringo Starr, do Concerto para Bangladesh, realizado em 1º de agosto daquele ano no Madison Square Garden, em Nova York.

Ídolo da juventude dos anos 60 e 70, Shankar não compartilhava os hábitos e ideias da geração que amava sexo, drogas e rock'n'roll. Quando via pessoas drogadas ou fumando maconha em seus shows, dizia: "Esta música é suficientemente intoxicante. Vocês não precisam mais nada. Por favor, não fumem durante o concerto".

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