A milícia terrorista Al Chababe (A Juventude) explodiu hoje dois carros-bomba na frente de uma delegacia de polícia em Mogadíscio, a capital da Somália. Pelo menos dez pessoas morreram e outras 15 saíram feridas, informou a agência Reuters.
Foi o segundo grande ataque em uma semana do grupo jihadista, que luta contra o governo provisório somaliano e uma força de paz da União Africana com o apoio da rede terrorista Al Caeda.
Um terrorista suicida iniciou o ataque de hoje jogando um carro-bomba contra o portão de entrada do prédio, contou um porta-voz da Chababe. Na terça-feira passada, 26 de julho de 2016, 13 pessoas morreram na explosão de dois carros-bomba no portão de uma base militar.
Al Chababe também atacou Quênia e Uganda, que fornecem tropas para a missão de paz da UA, de 22 mil homens, que tem mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 31 de julho de 2016
Estado Islâmico ataca instalações de energia perto de Kirkuk
A milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante atacou hoje duas instalações de energia perto da cidade de Kirkuk, no Norte do Iraque. Pelo menos cinco trabalhadores foram mortos e uma estação de bombeamento de petróleo foi fechada.
Quatro homens armados lançaram o primeiro ataque na estação de compressão de gás AB2, a 15 quilômetros a noroeste de Kirkuk. Quatro funcionários que estavam na sala de controle foram mortos. Forças antiterrorismo contra-atacaram e reassumiram o controle da instalação.
Na fuga, os terroristas foram para o reservatório de Bai Hassan, onde um homem-bomba se autodetonou diante do portão principal para abrir caminho para os outros. Lá dentro, outros dois terroristas suicidas se explodiram, destruindo um tanque de armazenamento de petróleo.
O quarto miliciano morreu em confronto com a polícia. Um engenheiro também foi morto e seis policiais saíram feridos.
A estação de bombeamento enviava 55 mil barris de petróleo por dia para a região autônoma curda. Os guerrilheiros curdos, conhecidos como peshmerga, fazem operações de busca nos arredores à procura de mais terroristas.
O Estado Islâmico já havia atacado outras instalações petrolíferas na região como o campo de petróleo de Cabás, a sudoeste de Kirkuk. A milícia perdeu boa parte dos territórios que ocupava na Síria e no Iraque, mas mantém o controle sobre Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e seus campos de petróleo.
Com o apoio da coalizão aérea liderada pelos Estados Unidos, o Exército do Iraque e milícias aliadas avançam lentamente rumo a Mossul, que pode ser retomada ainda neste ano.
Quatro homens armados lançaram o primeiro ataque na estação de compressão de gás AB2, a 15 quilômetros a noroeste de Kirkuk. Quatro funcionários que estavam na sala de controle foram mortos. Forças antiterrorismo contra-atacaram e reassumiram o controle da instalação.
Na fuga, os terroristas foram para o reservatório de Bai Hassan, onde um homem-bomba se autodetonou diante do portão principal para abrir caminho para os outros. Lá dentro, outros dois terroristas suicidas se explodiram, destruindo um tanque de armazenamento de petróleo.
O quarto miliciano morreu em confronto com a polícia. Um engenheiro também foi morto e seis policiais saíram feridos.
A estação de bombeamento enviava 55 mil barris de petróleo por dia para a região autônoma curda. Os guerrilheiros curdos, conhecidos como peshmerga, fazem operações de busca nos arredores à procura de mais terroristas.
O Estado Islâmico já havia atacado outras instalações petrolíferas na região como o campo de petróleo de Cabás, a sudoeste de Kirkuk. A milícia perdeu boa parte dos territórios que ocupava na Síria e no Iraque, mas mantém o controle sobre Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e seus campos de petróleo.
Com o apoio da coalizão aérea liderada pelos Estados Unidos, o Exército do Iraque e milícias aliadas avançam lentamente rumo a Mossul, que pode ser retomada ainda neste ano.
sábado, 30 de julho de 2016
Frente al-Nusra rompe com Al Caeda para ter futuro na Síria
A Frente de Apoio ao Povo do Levante (Jabhat al-Nusra) rompeu oficialmente com a rede terrorista Al Caeda na quinta-feira e mudou de nome para Frente de Luta dos Povos do Levante (Jabhat Fatah al-Cham), mas pode ser apenas uma manobra para se qualificar para participar das negociações sobre a paz na Síria.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos considera muito cedo para concluir se a frente merece ser retirada da lista de organizações terroristas. O atual líder supremo da rede Al Caeda, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, teria autorizada a ruptura.
A Frente al-Nusra foi criada em janeiro de 2012 pelo Estado Islâmico do Iraque, já liderado na época por Abu Baker al-Baghdadi, como braço armado d'al Caeda na guerra civil da Síria a pedido de Al-Zawahiri.
Enquanto Al-Zawahiri queria manter o Estado Islâmico do Iraque, antiga Al Caeda no Iraque, na guerra civil do Iraque e a Frente al-Nusra no conflito sírio, Al-Baghdadi era a favor de unificar as duas milícias. Seu propósito é ignorar as fronteiras e os Estados nacionais do Iraque e da Síria, impostos pelas potências ocidentais depois da derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial.
Essa divergência causou o rompimento entre os dois grupos jihadistas. Em abril de 2013, Al-Baghdadi anunciou a fusão das duas milícias no Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Em fevereiro de 2014, Al-Zawahiri rompeu com o Estado Islâmico.
O Estado Islâmico e a Frente al-Nusra são alvos das Forças Aéreas dos EUA e da Rússia.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos considera muito cedo para concluir se a frente merece ser retirada da lista de organizações terroristas. O atual líder supremo da rede Al Caeda, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, teria autorizada a ruptura.
A Frente al-Nusra foi criada em janeiro de 2012 pelo Estado Islâmico do Iraque, já liderado na época por Abu Baker al-Baghdadi, como braço armado d'al Caeda na guerra civil da Síria a pedido de Al-Zawahiri.
Enquanto Al-Zawahiri queria manter o Estado Islâmico do Iraque, antiga Al Caeda no Iraque, na guerra civil do Iraque e a Frente al-Nusra no conflito sírio, Al-Baghdadi era a favor de unificar as duas milícias. Seu propósito é ignorar as fronteiras e os Estados nacionais do Iraque e da Síria, impostos pelas potências ocidentais depois da derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial.
Essa divergência causou o rompimento entre os dois grupos jihadistas. Em abril de 2013, Al-Baghdadi anunciou a fusão das duas milícias no Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Em fevereiro de 2014, Al-Zawahiri rompeu com o Estado Islâmico.
O Estado Islâmico e a Frente al-Nusra são alvos das Forças Aéreas dos EUA e da Rússia.
Síria bombardeia hospital materno-infantil em Idlibe
Um bombardeio aéreo destruiu parcialmente ontem o único hospital materno-infantil numa área de 110 quilômetros de raio na província de Idlibe, no Noroeste da Síria, junto à fronteira com a Turquia, informou a organização não governamental Save the Children (Salve as Crianças). A região está sob controle rebelde.
O hospital de Kafer Takharim atende 1,3 mil mulheres e crianças por ano e realizou cerca de 340 partos no mês passado.
Em outros setores da cidade, os bombardeios de forças leais à ditadura de Bachar Assad mataram pelo menos cinco pessoas e deixaram 25 gravamente feridas, noticiou a agência Reuters, citando como fonte o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental que monitora a guerra civil na Síria.
O hospital de Kafer Takharim atende 1,3 mil mulheres e crianças por ano e realizou cerca de 340 partos no mês passado.
Em outros setores da cidade, os bombardeios de forças leais à ditadura de Bachar Assad mataram pelo menos cinco pessoas e deixaram 25 gravamente feridas, noticiou a agência Reuters, citando como fonte o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental que monitora a guerra civil na Síria.
EUA decepcionam com crescimento de apenas 1,2% ao ano
A queda no investimento travou a expansão da economia dos Estados Unidos. No segundo trimestre de 2016, a economia americana cresceu num ritmo de 1,2% ao ano, a metade do previsto pelos analistas, anunciou ontem o Departamento do Comércio.
Nos primeiros seis meses do ano, os EUA cresceram em ritmo de 1% ao ano, o pior primeiro semestre desde 2011. Com isso, o crescimento médio desde o fim da Grande Recessão, em 2009, está em 2,1% ao ano, o ritmo mais fraco desde 1949.
Ao mesmo tempo, com a queda na taxa de desemprego para 4,9%, os salários começam a aumentar e a venda de imóveis residenciais chegou no mês passado ao recorde pós-crise.
Um fator positivo foi a alta de 4,2% no consumo doméstico, responsável por dois terços do produto interno bruto dos EUA. Foi o maior aumento desde o fim de 2014.
A debilidade da economia joga a favor do candidato republicano, o magnata imobiliário Donald Trump, na corrida presidencial americana. Apesar da fraqueza, o banco J P Morgan Chase estima em 30% o risco de uma recessão nos próximos 12 meses.
Os dados divulgados ontem contradizem a análise do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), que na última reunião falou numa redução dos riscos de curto prazo para a economia americana, e diminuem a chance de um aumento na taxa básica de juros em setembro.
"Precisamos de reformas estruturais e outras política fiscal", declarou o delegado regional do Fed em Dallas, no Texas, Robert Kaplan, pedindo cautela na alta de juros. "Aí, teremos mais espaço operacional para normalizar as taxas."
Nos primeiros seis meses do ano, os EUA cresceram em ritmo de 1% ao ano, o pior primeiro semestre desde 2011. Com isso, o crescimento médio desde o fim da Grande Recessão, em 2009, está em 2,1% ao ano, o ritmo mais fraco desde 1949.
Ao mesmo tempo, com a queda na taxa de desemprego para 4,9%, os salários começam a aumentar e a venda de imóveis residenciais chegou no mês passado ao recorde pós-crise.
Um fator positivo foi a alta de 4,2% no consumo doméstico, responsável por dois terços do produto interno bruto dos EUA. Foi o maior aumento desde o fim de 2014.
A debilidade da economia joga a favor do candidato republicano, o magnata imobiliário Donald Trump, na corrida presidencial americana. Apesar da fraqueza, o banco J P Morgan Chase estima em 30% o risco de uma recessão nos próximos 12 meses.
Os dados divulgados ontem contradizem a análise do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), que na última reunião falou numa redução dos riscos de curto prazo para a economia americana, e diminuem a chance de um aumento na taxa básica de juros em setembro.
"Precisamos de reformas estruturais e outras política fiscal", declarou o delegado regional do Fed em Dallas, no Texas, Robert Kaplan, pedindo cautela na alta de juros. "Aí, teremos mais espaço operacional para normalizar as taxas."
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Economia da França estagnou no segundo trimestre
A França, segunda maior economia da Zona do Euro e sexta do mundo, ficou estagnada no segundo trimestre de 2016, noticiou hoje o Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) Ministério das Finanças, reconhecendo que o desempenho foi "decepcionante". A expectativa era de um crescimento de 0,3%.
No discurso oficial do governo, esse resultado "não coloca em dúvida a previsão de crescimento de 1,5% em 2016. Em nota, o Ministério das Finanças afirmou que "a economia francesa continua numa dinâmica de recuperação.
O crescimento do primeiro trimestre foi revisado para cima, de 0,6% para 0,7%. Pelos cálculos do Instituto de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Insee), mesmo que a economia fique estagnada no segundo semestre, a França cresce 1,1% em 2016.
A principal causa da queda do crescimento foi a estagnação do consumo doméstico e da redução dos gastos com hotéis e restaurantes. Outro fator foi o movimento sindical de protesto contra a reforma na lei trabalhista, especialmente nas refinarias de petróleo e no setor de transportes, com impacto geral sobre a economia.
Depois de uma alta de 0,3% no primeiro trimestre, a construção civil caiu 0,6%. O investimento recuou 0,4% no segundo trimestre depois de subir 1,3% no primeiro. Só o comércio exterior, com queda nas importações de produtos manufaturados e de petróleo, contribuiu positivamente para o produto interno bruto, com avanço de 0,3%.
No segundo semestre, além da ameaça renovada de terrorismo, há as incertezas relativas à saída da União Europeia (UE).
No discurso oficial do governo, esse resultado "não coloca em dúvida a previsão de crescimento de 1,5% em 2016. Em nota, o Ministério das Finanças afirmou que "a economia francesa continua numa dinâmica de recuperação.
O crescimento do primeiro trimestre foi revisado para cima, de 0,6% para 0,7%. Pelos cálculos do Instituto de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Insee), mesmo que a economia fique estagnada no segundo semestre, a França cresce 1,1% em 2016.
A principal causa da queda do crescimento foi a estagnação do consumo doméstico e da redução dos gastos com hotéis e restaurantes. Outro fator foi o movimento sindical de protesto contra a reforma na lei trabalhista, especialmente nas refinarias de petróleo e no setor de transportes, com impacto geral sobre a economia.
Depois de uma alta de 0,3% no primeiro trimestre, a construção civil caiu 0,6%. O investimento recuou 0,4% no segundo trimestre depois de subir 1,3% no primeiro. Só o comércio exterior, com queda nas importações de produtos manufaturados e de petróleo, contribuiu positivamente para o produto interno bruto, com avanço de 0,3%.
No segundo semestre, além da ameaça renovada de terrorismo, há as incertezas relativas à saída da União Europeia (UE).
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Irã fortalece defesa antiaérea
A República Islâmica do Irã recebeu em maio de 2016 o primeiro lote de sistemas de defesa antimísseis S-300, fabricados na Rússia. Imagens de satélite mostram construção em ritmo intenso numa base aérea próxima a Teerã.
As características da obra indicam que talvez não seja uma base permanente, mas apenas um centro de treinamento, observa a empresa de consultoria e análise estratégica americana Stratfor. Na mesma base, ficavam mísseis antiaéreos soviéticos S-200.
O contrato inicial foi assinado em 2007. Sua implementação foi adiada pela imposição de sanções contra o programa nuclear do Irã, suspeito de desenvolver armas atômicas. Com o acordo da República Islâmica com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar o programa nuclear iraniano, o negócio foi retomado.
Nos próximos meses, devem começar obras em outras bases militares iranianas para receber os sistemas mísseis antiaéreos russos. A escolha dos locais vai revelar o que o regime fundamentalista do Irã pretende proteger: centros populacionais, a orla do Golfo Pérsico ou palácios, instalações militares e nucleares.
O regime dos aiatolás vive sob a ameaça de um bombardeio de Israel para tentar neutralizar o programa nuclear iraniano. Sem o aval dos EUA, o ataque israelense já era difícil. Com o sistema de defesa antiaéreo da Rússia, o equilíbrio de forças muda.
As características da obra indicam que talvez não seja uma base permanente, mas apenas um centro de treinamento, observa a empresa de consultoria e análise estratégica americana Stratfor. Na mesma base, ficavam mísseis antiaéreos soviéticos S-200.
O contrato inicial foi assinado em 2007. Sua implementação foi adiada pela imposição de sanções contra o programa nuclear do Irã, suspeito de desenvolver armas atômicas. Com o acordo da República Islâmica com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar o programa nuclear iraniano, o negócio foi retomado.
Nos próximos meses, devem começar obras em outras bases militares iranianas para receber os sistemas mísseis antiaéreos russos. A escolha dos locais vai revelar o que o regime fundamentalista do Irã pretende proteger: centros populacionais, a orla do Golfo Pérsico ou palácios, instalações militares e nucleares.
O regime dos aiatolás vive sob a ameaça de um bombardeio de Israel para tentar neutralizar o programa nuclear iraniano. Sem o aval dos EUA, o ataque israelense já era difícil. Com o sistema de defesa antiaéreo da Rússia, o equilíbrio de forças muda.
Ninguém pode governar sozinho, diz Hillary ao aceitar investidura
Numa cutucada no rival Donald Trump, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton afirmou há pouco, no discurso de aceitação da candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, que ninguém vai governar sozinho.
No principal discurso de sua vida, Hillary enfrenta o desafio de desmanchar a imagem de mulher fria e racional, da advogada autossuficiente, para apresentar uma face humana e um coração sensível.
Como primeira mulher candidata por um grande partido, com chances reais de chegar à Casa Branca, a ex-secretária declarou que "rompido este limite não há teto, o céu é o limite".
Hillary prometeu lutar "pelos que ficaram para trás, pelas regiões atingidas pelo vício e pelo fechamento de fábricas", para diminuir o poder do dinheiro nas eleições, por mais empregos e para impedir que o centro financeiro de Wall Street prejudique as lojas da rua principal.
"Eu acredito que o aquecimento global é uma realidade e que podemos salvar o planeta criando milhões de empregos", acrescentou Hillary. Em seguida, defendeu a reforma do sistema de imigração para manter o país aberto a estrangeiros talentos.
A candidata democrata pediu o apoio de quem defende um salário mínimo digno, o direito das mulheres ao aborto, o direito das mulheres a um salário igual aos homens. Ela prometeu trabalhar com Bernie Sanders, seu adversário nas eleições primárias do partido, para tornar a universidade pública gratuita para a classe média.
"Vamos dar dinheiro para pequenas empresas como a do meu pai", acrescentou. "Nos EUA, quem sonha deve ter o direito de construir."
Em mais um ataque a Trump, Hillary lembrou a falência de um cassino do magnata em Atlantic City, caloteando pequenos empresários, fornecedores e trabalhadores.
A ex-secretária de Estado defendeu sua política externa, a assinatura de um acordo nuclear com o Irã e prometeu derrotar o Estado Islâmico do Iraque e do Levante com bombardeios aéreos e apoio a aliados em terra.
No principal discurso de sua vida, Hillary enfrenta o desafio de desmanchar a imagem de mulher fria e racional, da advogada autossuficiente, para apresentar uma face humana e um coração sensível.
Como primeira mulher candidata por um grande partido, com chances reais de chegar à Casa Branca, a ex-secretária declarou que "rompido este limite não há teto, o céu é o limite".
Hillary prometeu lutar "pelos que ficaram para trás, pelas regiões atingidas pelo vício e pelo fechamento de fábricas", para diminuir o poder do dinheiro nas eleições, por mais empregos e para impedir que o centro financeiro de Wall Street prejudique as lojas da rua principal.
"Eu acredito que o aquecimento global é uma realidade e que podemos salvar o planeta criando milhões de empregos", acrescentou Hillary. Em seguida, defendeu a reforma do sistema de imigração para manter o país aberto a estrangeiros talentos.
A candidata democrata pediu o apoio de quem defende um salário mínimo digno, o direito das mulheres ao aborto, o direito das mulheres a um salário igual aos homens. Ela prometeu trabalhar com Bernie Sanders, seu adversário nas eleições primárias do partido, para tornar a universidade pública gratuita para a classe média.
"Vamos dar dinheiro para pequenas empresas como a do meu pai", acrescentou. "Nos EUA, quem sonha deve ter o direito de construir."
Em mais um ataque a Trump, Hillary lembrou a falência de um cassino do magnata em Atlantic City, caloteando pequenos empresários, fornecedores e trabalhadores.
A ex-secretária de Estado defendeu sua política externa, a assinatura de um acordo nuclear com o Irã e prometeu derrotar o Estado Islâmico do Iraque e do Levante com bombardeios aéreos e apoio a aliados em terra.
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quinta-feira, 28 de julho de 2016
Merkel se nega a mudar política de portas abertas a refugiados
Sob pressão depois dos recentes atentados terroristas na Alemanha, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel rejeitou firmemente hoje em entrevista coletiva em Berlim a possibilidade de mudar a política de acolher refugiados de guerra no país.
"Os jihadistas", declarou Merkel, "querem desafiar nossa disposição de acolher pessoas em distresse. Não vamos aceitar."
A líder democrata-cristã admitiu que os recentes atentados causaram "uma grande insegurança" na população, mas afirmou que "o medo não pode ser o fundamento da ação política", em resposta a seus próprios aliados, especialmente da União Social-Cristã, da Baviera, o estado alemão mais atingido pela onda de terror.
Com todo o peso de sua história, de duas guerras mundiais e do nazismo, "um país como a Alemanha não pode renunciar a sua responsabilidade humanitária. Ao contrário, deve assumi-la", acrescentou a chanceler.
Para acalmar os críticos ao menos em parte, Merkel anunciou medidas para facilitar a expulsão de refugiados que tiveram o pedido de asilo recusado ou cometeram crimes e para investigar a radicalização dos candidatos a asilo.
"Os jihadistas", declarou Merkel, "querem desafiar nossa disposição de acolher pessoas em distresse. Não vamos aceitar."
A líder democrata-cristã admitiu que os recentes atentados causaram "uma grande insegurança" na população, mas afirmou que "o medo não pode ser o fundamento da ação política", em resposta a seus próprios aliados, especialmente da União Social-Cristã, da Baviera, o estado alemão mais atingido pela onda de terror.
Com todo o peso de sua história, de duas guerras mundiais e do nazismo, "um país como a Alemanha não pode renunciar a sua responsabilidade humanitária. Ao contrário, deve assumi-la", acrescentou a chanceler.
Para acalmar os críticos ao menos em parte, Merkel anunciou medidas para facilitar a expulsão de refugiados que tiveram o pedido de asilo recusado ou cometeram crimes e para investigar a radicalização dos candidatos a asilo.
Outro terrorista do ataque à igreja também estava na lista de suspeitos
Dois dias depois do atentado que acabou com a morte de um padre de 85 anos na pequena cidade de Saint-Etienne-du-Rouvray, as autoridades da França identificaram o segundo terrorista, Abdel Malik Petitjean, de 19 anos. Ele e Adel Kermiche foram mortos pela polícia ao sair da igreja. Ambos juraram lealdade à milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Desde 29 de junho deste ano, Petitjean estava na lista de suspeitos de extremismo muçulmano dos serviços secretos franceses por tentar ir para a Síria através da Turquia. Hoje a polícia prendeu um companheiro dele na viagem ao Oriente Médio.
Os investigadores descobriram o segundo terrorista depois de encontrar uma carteira de identidade dele na casa de Kermiche, que morava com os pais. Petitjean nasceu em Saint-Dié-des-Vosges e usava o sobrenome do ex-companheiro de sua mãe.
Ultimamente, ele morava em Aix-les-Bains, na região da Saboia, no Leste da França, na fronteira com a Itália. A casa da família foi objeto de uma operação de busca e apreensão das 23h de terça-feira às 3h da madrugada de quarta-feira, revelou sua mãe em entrevista a jornalistas franceses.
"Ele é um bom francês. É doce. Conheço meu filho. Ele não está implicado de jeito nenhum. Somos muçulmanos normais", declarou ela à televisão francesa France 2, sem acreditar no destino trágico do filho.
Abdel Malik Petitjean estava na Turquia até 10 de junho tentando entrar na Síria. Sem sucesso, voltou à França. As autoridades turcas só comunicaram isso à Direção Geral de Segurança Interior da França 15 dias depois. Ele passou a ser considerado suspeito.
Há hoje 3,6 mil suspeitos de extremismo e potencialmente de terrorismo na França. O governo não está conseguindo vigiar todos. Kermiche estava em prisão domiciliar com tornozeleira. Tinha o direito de sair de casa algumas horas, de 8h30 às 12h30. Neste horário, invadiu a igreja e matou o padre.
Desde 29 de junho deste ano, Petitjean estava na lista de suspeitos de extremismo muçulmano dos serviços secretos franceses por tentar ir para a Síria através da Turquia. Hoje a polícia prendeu um companheiro dele na viagem ao Oriente Médio.
Os investigadores descobriram o segundo terrorista depois de encontrar uma carteira de identidade dele na casa de Kermiche, que morava com os pais. Petitjean nasceu em Saint-Dié-des-Vosges e usava o sobrenome do ex-companheiro de sua mãe.
Ultimamente, ele morava em Aix-les-Bains, na região da Saboia, no Leste da França, na fronteira com a Itália. A casa da família foi objeto de uma operação de busca e apreensão das 23h de terça-feira às 3h da madrugada de quarta-feira, revelou sua mãe em entrevista a jornalistas franceses.
"Ele é um bom francês. É doce. Conheço meu filho. Ele não está implicado de jeito nenhum. Somos muçulmanos normais", declarou ela à televisão francesa France 2, sem acreditar no destino trágico do filho.
Abdel Malik Petitjean estava na Turquia até 10 de junho tentando entrar na Síria. Sem sucesso, voltou à França. As autoridades turcas só comunicaram isso à Direção Geral de Segurança Interior da França 15 dias depois. Ele passou a ser considerado suspeito.
Há hoje 3,6 mil suspeitos de extremismo e potencialmente de terrorismo na França. O governo não está conseguindo vigiar todos. Kermiche estava em prisão domiciliar com tornozeleira. Tinha o direito de sair de casa algumas horas, de 8h30 às 12h30. Neste horário, invadiu a igreja e matou o padre.
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Obama pede voto a Hillary como proteção contra demagogos
Em mais um discurso eletrizante, o presidente Barack Obama passou uma mensagem otimista, dizendo que o país está muito melhor do que quando foi eleito em 2008. Na terceira noite da convenção nacional do Partido Democrata, ele voltou a descrever a ex-secretária de Estado Hillary Clinton como "a pessoa mais qualificada que já disputou a Presidência dos Estados Unidos".
Diante de uma audiência que chegou a pedir "mais quatro anos", Obama primeiro tentou desfazer a imagem dos EUA como "uma cena de crime dividida" e defendeu a reaproximação de seu governo com inimigos históricos como Cuba e o Irã, entre outras realizações como a recuperação da economia e a queda no desemprego.
Obama ironizou a alegação do candidato republicano de que será "a voz dos que não têm voz": "Alguém acredita que um cara que passou 70 anos neste mundo sem se preocupar com os trabalhadores vai de repente ser seu campeão?"
Ele criticou a pretensão de Trump de ser um salvador da pátria, lembrando que a força da democracia está no poder que emana do povo: "É por isso que quem ameaça nossos valores, sejam fascistas, comunistas, jihadistas ou demagogos domésticos, vai fracassar no fim", disse Obama, citado pelo jornal The New York Times.
O presidente apresentou Hillary Clinton como uma vida dedicada ao serviço público, apelando aos eleitores do senador Bernie Sanders, mais à esquerda: "Ela esteve lá lutando por nós mesmo quando não notamos e se você é realmente sério a respeito da nossa democracia não pode se dar ao luxo de ficar em casa porque ela não se alinha com você em todas as questões."
No fim, Hillary entrou no palco com um sorriso e abraçou longamente Obama, numa passagem de liderança do partido do atual presidente para a candidata à Casa Branca.
Antes, o vice-presidente Joe Biden, o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg e o candidato a vice de Hillary, Tim Kaine, se revezaram para exaltar Hillary e arrasar Donald Trump.
Kaine, ex-governador da Virgínia, senador de primeiro mandato, se apresentou como fruto da educação numa escola jesuíta que se transformou em advogado defensor dos direitos civis. Ele falou palavras em espanhol para o eleitorado latino e para os brancos sem curso superior que são eleitores de Trump, atacando a imagem do candidato.
O vice de Hillary repetiu várias vezes que o candidato republicano faz promessas extravagantes e não revela sua declaração de renda, diz apenas: "Acreditem em mim", como se isso fosse suficiente." Kaine citou o senador Sanders, mas a ala esquerdista do partido levantou cartazes contra a Parceria TransPacífica (TPP), um acordo comercial repudiado pela esquerda. No Senado, Kaine foi a favor.
Para o ex-secretário da Defesa e ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) Leon Panetta, o pedido de Trump para que a Rússia pirateie o correio eletrônico privado usado por Hillary Clinton quando secretária de Estado o desqualifica para ser presidente e comandante-em-chefe das Forças Armadas dos EUA.
Bloomberg, ex-republicano que foi três vezes prefeito de Nova York (2002-13) e virou independente, é o 6º homem mais rico dos EUA e 8º do mundo, com uma fortuna de US$ 46,7 bilhões. Seu papel foi atacar a imagem de Trump como empresário bem-sucedido: "Donald Trump vai governar os EUA do jeito que administra suas empresas? Deus nos ajude!"
Diante de uma audiência que chegou a pedir "mais quatro anos", Obama primeiro tentou desfazer a imagem dos EUA como "uma cena de crime dividida" e defendeu a reaproximação de seu governo com inimigos históricos como Cuba e o Irã, entre outras realizações como a recuperação da economia e a queda no desemprego.
Obama ironizou a alegação do candidato republicano de que será "a voz dos que não têm voz": "Alguém acredita que um cara que passou 70 anos neste mundo sem se preocupar com os trabalhadores vai de repente ser seu campeão?"
Ele criticou a pretensão de Trump de ser um salvador da pátria, lembrando que a força da democracia está no poder que emana do povo: "É por isso que quem ameaça nossos valores, sejam fascistas, comunistas, jihadistas ou demagogos domésticos, vai fracassar no fim", disse Obama, citado pelo jornal The New York Times.
O presidente apresentou Hillary Clinton como uma vida dedicada ao serviço público, apelando aos eleitores do senador Bernie Sanders, mais à esquerda: "Ela esteve lá lutando por nós mesmo quando não notamos e se você é realmente sério a respeito da nossa democracia não pode se dar ao luxo de ficar em casa porque ela não se alinha com você em todas as questões."
No fim, Hillary entrou no palco com um sorriso e abraçou longamente Obama, numa passagem de liderança do partido do atual presidente para a candidata à Casa Branca.
Antes, o vice-presidente Joe Biden, o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg e o candidato a vice de Hillary, Tim Kaine, se revezaram para exaltar Hillary e arrasar Donald Trump.
Kaine, ex-governador da Virgínia, senador de primeiro mandato, se apresentou como fruto da educação numa escola jesuíta que se transformou em advogado defensor dos direitos civis. Ele falou palavras em espanhol para o eleitorado latino e para os brancos sem curso superior que são eleitores de Trump, atacando a imagem do candidato.
O vice de Hillary repetiu várias vezes que o candidato republicano faz promessas extravagantes e não revela sua declaração de renda, diz apenas: "Acreditem em mim", como se isso fosse suficiente." Kaine citou o senador Sanders, mas a ala esquerdista do partido levantou cartazes contra a Parceria TransPacífica (TPP), um acordo comercial repudiado pela esquerda. No Senado, Kaine foi a favor.
Para o ex-secretário da Defesa e ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) Leon Panetta, o pedido de Trump para que a Rússia pirateie o correio eletrônico privado usado por Hillary Clinton quando secretária de Estado o desqualifica para ser presidente e comandante-em-chefe das Forças Armadas dos EUA.
Bloomberg, ex-republicano que foi três vezes prefeito de Nova York (2002-13) e virou independente, é o 6º homem mais rico dos EUA e 8º do mundo, com uma fortuna de US$ 46,7 bilhões. Seu papel foi atacar a imagem de Trump como empresário bem-sucedido: "Donald Trump vai governar os EUA do jeito que administra suas empresas? Deus nos ajude!"
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Erdogan fecha 16 TVs, 23 rádios e 45 jornais na Turquia
Em sua reação oportunista depois do fracassado golpe militar de 15 de julho de 2016, o presidente Recep Tayyip Erdogan mandou fechar três agências de notícias, 15 revistas, 16 emissoras de televisão, 23 rádios e 45 jornais na Turquia. Quarenta e sete jornalistas foram presos.
Os Estados Unidos e a União Europeia pediram moderação no contragolpe, mas o líder turco ignora seus críticos internos e externos. Desde o golpe, mais de 60 mil militares, policiais, juízes, promotores, professores, intelectuais, jornalistas e outros funcionários públicos foram presos ou demitidos.
Erdogan acusa o clérigo muçulmano autoexilado nos EUA Fethullah Gülen de estar por trás do golpe. Gülen nega tudo. O comando do Estado-Maior das Forças Armadas apontou 8.651 militares ligados ao movimento gulenista, cerca de 1,5% do contingente total.
Os governos ocidentais e organizações de defesa dos direitos humanos manifestaram preocupação com a onda de expurgos e prisões, acusando Erdogan de aproveitar a oportunidade para atacar as oposições, que foram contra o golpe, e ampliar seus poderes.
Os Estados Unidos e a União Europeia pediram moderação no contragolpe, mas o líder turco ignora seus críticos internos e externos. Desde o golpe, mais de 60 mil militares, policiais, juízes, promotores, professores, intelectuais, jornalistas e outros funcionários públicos foram presos ou demitidos.
Erdogan acusa o clérigo muçulmano autoexilado nos EUA Fethullah Gülen de estar por trás do golpe. Gülen nega tudo. O comando do Estado-Maior das Forças Armadas apontou 8.651 militares ligados ao movimento gulenista, cerca de 1,5% do contingente total.
Os governos ocidentais e organizações de defesa dos direitos humanos manifestaram preocupação com a onda de expurgos e prisões, acusando Erdogan de aproveitar a oportunidade para atacar as oposições, que foram contra o golpe, e ampliar seus poderes.
Fed mantém taxas de juros mas indica aumento em breve
O Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos Estados Unidos, decidiu hoje manter inalterada sua taxa básica de juros numa faixa de 0,25% a 0,5% ao ano, mas sinalizou um provável aumento ainda neste ano.
Nove dos 10 membros do comitê votaram a favor da manutenção da taxa atual, mas o Fed apontou uma redução dos riscos de curto prazo para a economia americana e a retomada na recuperação do mercado de trabalho depois da geração de apenas 87 mil empregos em maio.
A taxa básica foi elevada em dezembro do ano passado. Estava congelada desde dezembro de 2008 em 0-0,25% para combater a Grande Recessão de 2008-9.
No início do ano, a expectativa dos economistas era de quatro altas rumo à normalização da política monetária. Com a desaceleração da China, o Fed preferiu adotar a cautela. O mercado passou a apostar em duas altas.
Depois do plebiscito que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), outro choque na economia internacional, a expectativa passou a ser de uma alta. Agora, os analistas acreditam que possa vir em setembro, um sinal de que o Fed confia na estabilidade da recuperação dos EUA, apesar das turbulências externas.
Nove dos 10 membros do comitê votaram a favor da manutenção da taxa atual, mas o Fed apontou uma redução dos riscos de curto prazo para a economia americana e a retomada na recuperação do mercado de trabalho depois da geração de apenas 87 mil empregos em maio.
A taxa básica foi elevada em dezembro do ano passado. Estava congelada desde dezembro de 2008 em 0-0,25% para combater a Grande Recessão de 2008-9.
No início do ano, a expectativa dos economistas era de quatro altas rumo à normalização da política monetária. Com a desaceleração da China, o Fed preferiu adotar a cautela. O mercado passou a apostar em duas altas.
Depois do plebiscito que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), outro choque na economia internacional, a expectativa passou a ser de uma alta. Agora, os analistas acreditam que possa vir em setembro, um sinal de que o Fed confia na estabilidade da recuperação dos EUA, apesar das turbulências externas.
Trump sugere que Rússia pirateie as mensagens de Hillary
Em uma clara traição aos Estados Unidos, o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, declarou hoje que gostaria que as mensagens do correio eletrônico privado de sua adversária, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton tenham sido pirateados por agentes da Rússia.
"Se piratearam, eles devem ter 33 mil e-mails. Espero que façam", declarou o bilionário em entrevista coletiva na cidade de Doral, no estado da Flórida, agindo por impulso, sem medir as consequências de sua fala.
Trump quebrou uma regra básica da política americana, não fazer o jogo do inimigo para obter vantagens em disputas internas. Independentemente do partido, a segurança nacional é prioridade. Mais uma vez, o magnata imobiliário mostrou-se despreparado e desequilibrado emocionalmente para ser presidente dos EUA.
"Rússia, se estiver ouvindo, espero que sejam capazes de descobrir os 30 mil e-mails que estão faltando", atacou Trump.
Na sexta-feira passada, quando o sítio WikiLeaks provocou o vazamento de cerca de 20 mil mensagens da cúpula do Partido Democrata que revelaram o favorecimento a Hillary em prejuízo da candidatura do senador socialista Bernie Sanders, os democratas acusaram a Rússia pela pirataria cibernética para ajudar a campanha de Trump.
Não era um simples discurso fácil para culpar o adversário. Entre as mensagens pirateadas, havia textos no alfabeto cirílico, usado na Rússia.
"Se piratearam, eles devem ter 33 mil e-mails. Espero que façam", declarou o bilionário em entrevista coletiva na cidade de Doral, no estado da Flórida, agindo por impulso, sem medir as consequências de sua fala.
Trump quebrou uma regra básica da política americana, não fazer o jogo do inimigo para obter vantagens em disputas internas. Independentemente do partido, a segurança nacional é prioridade. Mais uma vez, o magnata imobiliário mostrou-se despreparado e desequilibrado emocionalmente para ser presidente dos EUA.
"Rússia, se estiver ouvindo, espero que sejam capazes de descobrir os 30 mil e-mails que estão faltando", atacou Trump.
Na sexta-feira passada, quando o sítio WikiLeaks provocou o vazamento de cerca de 20 mil mensagens da cúpula do Partido Democrata que revelaram o favorecimento a Hillary em prejuízo da candidatura do senador socialista Bernie Sanders, os democratas acusaram a Rússia pela pirataria cibernética para ajudar a campanha de Trump.
Não era um simples discurso fácil para culpar o adversário. Entre as mensagens pirateadas, havia textos no alfabeto cirílico, usado na Rússia.
Atentado suicida mata pelo menos sete pessoas na Somália
Duas explosões mataram pelo menos sete pessoas ontem perto da entrada do aeroporto de Mogadíscio, a capital da Somália, noticiou a televisão pública britânica BBC. A milícia jihadista Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda, assumiu a autoria do atentado.
Em uma das explosões, um terrorista suicida explodiu o carro que dirigia ao chegar a um posto policial. Há guardas entre os mortos.
A Somália fica na região conhecida como Chifre da África, no Nordeste do continente. Sob a ditadura de Mohamed Siad Barre (1969-91), o país deixou de ser aliado da União Soviética, que apoiou a Etiópia na Guerra de Ogaden, em 1977, e passou para o lado dos Estados Unidos.
Com o fim da Guerra Fria, a Somália perdeu sua importância estratégica. Desde a morte de Siad Barre, em 1991, vive em estado de anarquia, sem um governo central que funcione.
No Norte, a região da Somalilândia, a antiga Somália Britânica, é praticamente independente. O resto do país é vítima de uma guerra civil permanente, com o território disputado por milícias e senhores da guerra, fome, pirataria e terrorismo. A Somália virou exemplo de Estado falido.
Desde 2007, a Missão da União Africana na Somália (AMISOM) tenta pacificar o país com 22 mil soldados e mandato do Conselho de Segurança das Nações. Sustenta o governo provisório reconhecido internacionalmente, que não controla o território nacional. O maior inimigo é a milícia jihadista Al Chababe.
Apesar do sucesso relativo da missão de paz, a União Europeia, maior financiadora, resolveu cortar sua contribuição em 20%. Os presidentes do Quênia, Uhuru Kenyatta, e de Uganda, Yoweri Museveni, ameaçaram retirar seus soldados, mas os países vizinhos têm muito a perder se abandonarem a Somália.
Em uma das explosões, um terrorista suicida explodiu o carro que dirigia ao chegar a um posto policial. Há guardas entre os mortos.
A Somália fica na região conhecida como Chifre da África, no Nordeste do continente. Sob a ditadura de Mohamed Siad Barre (1969-91), o país deixou de ser aliado da União Soviética, que apoiou a Etiópia na Guerra de Ogaden, em 1977, e passou para o lado dos Estados Unidos.
Com o fim da Guerra Fria, a Somália perdeu sua importância estratégica. Desde a morte de Siad Barre, em 1991, vive em estado de anarquia, sem um governo central que funcione.
No Norte, a região da Somalilândia, a antiga Somália Britânica, é praticamente independente. O resto do país é vítima de uma guerra civil permanente, com o território disputado por milícias e senhores da guerra, fome, pirataria e terrorismo. A Somália virou exemplo de Estado falido.
Desde 2007, a Missão da União Africana na Somália (AMISOM) tenta pacificar o país com 22 mil soldados e mandato do Conselho de Segurança das Nações. Sustenta o governo provisório reconhecido internacionalmente, que não controla o território nacional. O maior inimigo é a milícia jihadista Al Chababe.
Apesar do sucesso relativo da missão de paz, a União Europeia, maior financiadora, resolveu cortar sua contribuição em 20%. Os presidentes do Quênia, Uhuru Kenyatta, e de Uganda, Yoweri Museveni, ameaçaram retirar seus soldados, mas os países vizinhos têm muito a perder se abandonarem a Somália.
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Mais de 3 mil migrantes morreram neste ano no Mar Meditarrâneo
Mais de 3 mil migrantes morreram em 2016 até 24 de julho na tentativa de atravessar o Mar Mediterrâneo para chegar à Europa, anunciou ontem a Organização Internacional para as Migrações (OIM). No mesmo período no ano passado, foram registradas 1.917 mortes.
O total de migrantes e refugiados que entraram no continente foi de 249.854 e deveria passar de 250 mil em horas, com a chegada à Itália de mais náufragos resgatados no Mediterrâneo. O aumento do número de mortes é atribuído ao maior fluxo de migrantes e alguns dias em maio em que mil pessoas morreram afogadas.
Em maio, houve naufrágios de dois grandes barcos, um dos 500 mortes e outro com 250. Assim o total superou 3 mil mortes mais cedo. Pelo terceiro ano seguido, mais de 3 mil migrantes e refugiados morreram em tragédias no mar.
"Apesar do patrulhamento constante e crescente do Mediterrâneo, tem sido extremamente difícil reduzir o número de vítimas. Às vezes, alguns poucos naufrágios causam centenas de mortes", lamentou o porta voz da OIM em Roma, Flavio di Giacomo.
O total de migrantes e refugiados que entraram no continente foi de 249.854 e deveria passar de 250 mil em horas, com a chegada à Itália de mais náufragos resgatados no Mediterrâneo. O aumento do número de mortes é atribuído ao maior fluxo de migrantes e alguns dias em maio em que mil pessoas morreram afogadas.
Em maio, houve naufrágios de dois grandes barcos, um dos 500 mortes e outro com 250. Assim o total superou 3 mil mortes mais cedo. Pelo terceiro ano seguido, mais de 3 mil migrantes e refugiados morreram em tragédias no mar.
"Apesar do patrulhamento constante e crescente do Mediterrâneo, tem sido extremamente difícil reduzir o número de vítimas. Às vezes, alguns poucos naufrágios causam centenas de mortes", lamentou o porta voz da OIM em Roma, Flavio di Giacomo.
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terça-feira, 26 de julho de 2016
Hillary é oficialmente a primeira mulher a disputar a Casa Branca
A convenção nacional do Partido Democrata acaba de oficializar a indicação da ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton como candidata à Presidência dos Estados Unidos. É a primeira mulher a concorrer à Casa Branca por um grande partido, em condições de vencer.
Com os votos dos delegados do estado de Dakota do Sul, Hillary chegou aos 2.383 votos necessários para garantir a nomeação. No fim, o senador socialista Bernie Sanders transferiu para Hillary todos os votos recebidos. Ela foi indicada por aclamação.
Hoje à noite, seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, faz o principal discurso em defesa da candidatura de Hillary. Amanhã, falam o presidente Barack Obama e o vice-presidente Joe Biden. Na quinta-feira, Hillary faz o discurso de aceitação da investidura.
Com os votos dos delegados do estado de Dakota do Sul, Hillary chegou aos 2.383 votos necessários para garantir a nomeação. No fim, o senador socialista Bernie Sanders transferiu para Hillary todos os votos recebidos. Ela foi indicada por aclamação.
Hoje à noite, seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, faz o principal discurso em defesa da candidatura de Hillary. Amanhã, falam o presidente Barack Obama e o vice-presidente Joe Biden. Na quinta-feira, Hillary faz o discurso de aceitação da investidura.
Terroristas matam padre e são mortos pela polícia na França
Dois homens armados de facas invadiram hoje uma igreja em Saint-Etienne-du-Rouvray, uma pequena cidade de 27 mil habitantes, tomaram cinco reféns e mataram o pároco, Jacques Hamel, antes de serem mortos pela polícia na França, em mais um ataque terrorista.
Os dois terroristas entraram pela porta dos fundos da igreja durante a missa e tomaram os cinco fiéis como reféns. Quando um terrorista degolava o padre, uma mulher fugiu a avisou a polícia, que matou os dois homens quando saíram da igreja.
Em sua agência de notícias na Internet Amaq, a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do atentado.
Um dos terroristas, Adel Karmiche, estava na lista de suspeitos de jihadismo dos serviços secretos franceses, havia sido preso, tinha sido solto com uma tornezeleira, mas não não foi monitorado na manhã de ontem, quando cometeu o crime. Por duas vezes, tentou viajar à Síria para aderir ao Estado Islâmico.
O presidente François Hollande prometeu em pronunciamento de três minutos na televisão uma guerra longa e implacável: "O alvo é nossa democracia. É nossa unidade que faz nossa força na guerra contra o terrorismo. Franceses e francesas, formem um bloco. Assim, ganharemos esta guerra - e nós a ganharemos."
Em Roma, o papa Francisco mostrou-se indignado: "Quantas pessoas mais, quantas crianças mais serão mortas?"
Os dois terroristas entraram pela porta dos fundos da igreja durante a missa e tomaram os cinco fiéis como reféns. Quando um terrorista degolava o padre, uma mulher fugiu a avisou a polícia, que matou os dois homens quando saíram da igreja.
Em sua agência de notícias na Internet Amaq, a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do atentado.
Um dos terroristas, Adel Karmiche, estava na lista de suspeitos de jihadismo dos serviços secretos franceses, havia sido preso, tinha sido solto com uma tornezeleira, mas não não foi monitorado na manhã de ontem, quando cometeu o crime. Por duas vezes, tentou viajar à Síria para aderir ao Estado Islâmico.
O presidente François Hollande prometeu em pronunciamento de três minutos na televisão uma guerra longa e implacável: "O alvo é nossa democracia. É nossa unidade que faz nossa força na guerra contra o terrorismo. Franceses e francesas, formem um bloco. Assim, ganharemos esta guerra - e nós a ganharemos."
Em Roma, o papa Francisco mostrou-se indignado: "Quantas pessoas mais, quantas crianças mais serão mortas?"
Michelle Obama rouba a cena no início da convenção democrata
Com um discurso sensível e tocante, a primeira-dama Michelle Obama foi destaque da primeira noite da convenção nacional do Partido Democrata que vai oficializar a candidatura da ex-secretária de Estado Hillary Clinton à Presidência dos Estados Unidos em 8 de novembro de 2016.
O senador socialista Bernie Sanders prometeu manter viva sua "revolução política", mas pediu o voto de seus eleitores para Hillary e o vice moderado Tim Kaine em troca da inclusão na plataforma democrata de algumas de suas propostas, como o salário mínimo de US$ 15 por hora.
A senadora Elizabeth Warren atacou o candidato republicano em tom moderado e discreto, sem a veemência de discursos anteriores para desmascarar Donald Trump. Descreveu o adversário como um bilionário sem escrúpulos que "nunca cedeu absolutamente nada a ninguém".
Calma e serena, Michelle contou sua história pessoal de criar duas filhas na Casa Branca para falar da importância histórica do governo Barack Obama e de Hillary se tornar a primeira mulher a presidir os EUA. Insistiu que ela é a única alternativa confiável para controlar os códigos secretos das armas nucleares do país. Atacou Trump sem citar seu nome.
"É difícil acreditar que faz oito anos que estive aqui para falar para vocês por que eu achava que meu marido deveria ser presidente dos EUA", disse Michelle, sob aplausos. "Relembrem como eu falei de seu caráter e suas convicções, sua decência e sua cortesia, a cortesia que vimos durante todo seu tempo na Casa Branca, uma pessoa sempre suave. Se alguém é rude e ameaça, quando eles apelam para baixarias, nós saímos por cima."
Em seguida, a primeira-dama elogiou a dedicação da ex-secretária de Estado à vida pública: "Vejam! Em muitos momentos, Hillary poderia ter decidido que este trabalho é muito árduo, que o preço a pagar pelo serviço público é muito elevado, criticada como é pela maneira como se apresenta, se veste e até quando ri. O que o mais admiro em Hillary é que ela nunca se entrega sob pressão. Ela nunca procura a saída mais fácil. Nunca desistiu de nada na sua vida.
"Quero uma pessoa com força comprovada para perseverar", prosseguiu Michelle, "alguém que conheça este trabalho e o leve a sério, alguém que entenda que as questões que um presidente encara não são em branco e preto e não podem ser reduzidas a 140 caracteres, que conheça que me trouxe a este palco nesta noite, a história de gerações de pessoas que sentiram o chicote da escravidão, a vergonha da servidão, o estigma da segregação, mas que continuaram lutando, tendo esperança e fazendo o que tinham de fazer. Todos os dias de manhã eu acordava numa casa construída por escravos e se hoje minhas filhas acreditam que uma mulher pode chegar à Presidência dos EUA devo isso a Hillary."
No seu discurso, Sanders foi generoso com Hillary, descrevendo-a como "uma primeira-dama diferente das outras primeiras-damas, que se dedicou à luta pela cobertura universal de saúde". Foi uma tentativa de resgatar uma imagem mais progressista de Hillary.
Depois de uma campanha centrada no combate à desigualdade social em que prometeu uma revolução pelo voto, o desafio de Sanders agora é fazer seus seguidores votaram na chapa Clinton-Kaine.
Como observou o jornal mais vendido nos EUA, The Wall Street Journal, o Partido Democrata reunido na Filadélfia nesta semana é muito diferente daquele que em 1992 indicou Bill Clinton e Al Gore para presidente e vice. Ambos eram sulistas considerados conservadores da ala moderada do partido.
Os democratas vinham de três derrotas em eleições presidenciais, duas para Ronald Reagan, em 1980e 1984, e uma para George Herbert Walker Bush, o pai, em 1988. Clinton bateu Bush por causa de um terceiro candidato independente, o magnata Ross Perot, que roubou votos à direita de George Bush.
Nesta terça-feira, cabe ao ex-presidente Bill Clinton fazer o discurso mais esperado da convenção para defender a candidatura da mulher à Casa Branca. Na quarta-feira, será a vez do presidente Barack Obama e do vice-presidente Joe Biden. Hillary faz o discurso de aceitação oficial da candidatura na quinta-feira.
O senador socialista Bernie Sanders prometeu manter viva sua "revolução política", mas pediu o voto de seus eleitores para Hillary e o vice moderado Tim Kaine em troca da inclusão na plataforma democrata de algumas de suas propostas, como o salário mínimo de US$ 15 por hora.
A senadora Elizabeth Warren atacou o candidato republicano em tom moderado e discreto, sem a veemência de discursos anteriores para desmascarar Donald Trump. Descreveu o adversário como um bilionário sem escrúpulos que "nunca cedeu absolutamente nada a ninguém".
Calma e serena, Michelle contou sua história pessoal de criar duas filhas na Casa Branca para falar da importância histórica do governo Barack Obama e de Hillary se tornar a primeira mulher a presidir os EUA. Insistiu que ela é a única alternativa confiável para controlar os códigos secretos das armas nucleares do país. Atacou Trump sem citar seu nome.
"É difícil acreditar que faz oito anos que estive aqui para falar para vocês por que eu achava que meu marido deveria ser presidente dos EUA", disse Michelle, sob aplausos. "Relembrem como eu falei de seu caráter e suas convicções, sua decência e sua cortesia, a cortesia que vimos durante todo seu tempo na Casa Branca, uma pessoa sempre suave. Se alguém é rude e ameaça, quando eles apelam para baixarias, nós saímos por cima."
Em seguida, a primeira-dama elogiou a dedicação da ex-secretária de Estado à vida pública: "Vejam! Em muitos momentos, Hillary poderia ter decidido que este trabalho é muito árduo, que o preço a pagar pelo serviço público é muito elevado, criticada como é pela maneira como se apresenta, se veste e até quando ri. O que o mais admiro em Hillary é que ela nunca se entrega sob pressão. Ela nunca procura a saída mais fácil. Nunca desistiu de nada na sua vida.
"Quero uma pessoa com força comprovada para perseverar", prosseguiu Michelle, "alguém que conheça este trabalho e o leve a sério, alguém que entenda que as questões que um presidente encara não são em branco e preto e não podem ser reduzidas a 140 caracteres, que conheça que me trouxe a este palco nesta noite, a história de gerações de pessoas que sentiram o chicote da escravidão, a vergonha da servidão, o estigma da segregação, mas que continuaram lutando, tendo esperança e fazendo o que tinham de fazer. Todos os dias de manhã eu acordava numa casa construída por escravos e se hoje minhas filhas acreditam que uma mulher pode chegar à Presidência dos EUA devo isso a Hillary."
No seu discurso, Sanders foi generoso com Hillary, descrevendo-a como "uma primeira-dama diferente das outras primeiras-damas, que se dedicou à luta pela cobertura universal de saúde". Foi uma tentativa de resgatar uma imagem mais progressista de Hillary.
Depois de uma campanha centrada no combate à desigualdade social em que prometeu uma revolução pelo voto, o desafio de Sanders agora é fazer seus seguidores votaram na chapa Clinton-Kaine.
Como observou o jornal mais vendido nos EUA, The Wall Street Journal, o Partido Democrata reunido na Filadélfia nesta semana é muito diferente daquele que em 1992 indicou Bill Clinton e Al Gore para presidente e vice. Ambos eram sulistas considerados conservadores da ala moderada do partido.
Os democratas vinham de três derrotas em eleições presidenciais, duas para Ronald Reagan, em 1980e 1984, e uma para George Herbert Walker Bush, o pai, em 1988. Clinton bateu Bush por causa de um terceiro candidato independente, o magnata Ross Perot, que roubou votos à direita de George Bush.
Nesta terça-feira, cabe ao ex-presidente Bill Clinton fazer o discurso mais esperado da convenção para defender a candidatura da mulher à Casa Branca. Na quarta-feira, será a vez do presidente Barack Obama e do vice-presidente Joe Biden. Hillary faz o discurso de aceitação oficial da candidatura na quinta-feira.
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segunda-feira, 25 de julho de 2016
Irã destrói 100 mil antenas de satélite
Em mais uma campanha contra "desvios culturais e morais", o regime teocrático do Irã destruiu 100 mil antenas de satélite. Um milhão de iranianos concordaram em entregar voluntariamente às autoridades os equipamentos usados para assistir televisão de outros países.
"O que estas televisões realmente fazem é aumentar o divórcio, o vício e a intolerância na sociedade", declarou Mohamed Reza Naghdi, chefe da milícia Bassij, braço paramilitar da Guarda Revolucionária do Irã, justificando a censura.
"O que estas televisões realmente fazem é aumentar o divórcio, o vício e a intolerância na sociedade", declarou Mohamed Reza Naghdi, chefe da milícia Bassij, braço paramilitar da Guarda Revolucionária do Irã, justificando a censura.
Sanders pede união dos democratas para derrotar Trump
Horas antes do início da convenção nacional do Partido Democrata para oficializar a candidatura de Hillary Clinton à Presidência dos Estados Unidos, seu rival nas eleições primárias, o senador socialista Bernie Sanders pediu união para derrotar o candidato republicano, Donald Trump, apesar do vazamento de e-mails indicando favorecimento da cúpula do partido a Hillary.
Cerca de 20 mil mensagens de correio eletrônico do comitê executivo nacional democrata foram reveladas pelo sítio WikiLeaks, especializado em piratear segredos políticos e empresariais. Neles, fica evidente a intenção de prejudicar a candidatura Sanders, com críticas inclusive em relação à religião. Sanders é judeu e ateu.
O escândalo ameaça a unidade do Partido Democrata, especialmente depois que Hillary escolheu o senador conservador Tim Kaine para candidato a vice-presidente. Ela ignorou a ala mais à esquerda do partido, que votou em massa em Sanders nas eleições prévias, seduzida pelas críticas à desigualdade social e às grandes empresas, especialmente financeiras, e acordos comerciais.
Em discurso no início da tarde, o senador socialista insistiu em propostas como um salário mínimo de US$ 15 por hora e pediu o voto para a chapa Clinton-Kane, apesar da reação negativa de seus aliados.
Depois de uma convenção republicana marcada pela clara rejeição de amplos setores do partido a Trump, na semana passada, os democratas esperavam dar uma demonstração de unidade. Sanders fala hoje à noite. Vai insistir que o verdadeiro inimigo é Trump.
Cerca de 20 mil mensagens de correio eletrônico do comitê executivo nacional democrata foram reveladas pelo sítio WikiLeaks, especializado em piratear segredos políticos e empresariais. Neles, fica evidente a intenção de prejudicar a candidatura Sanders, com críticas inclusive em relação à religião. Sanders é judeu e ateu.
O escândalo ameaça a unidade do Partido Democrata, especialmente depois que Hillary escolheu o senador conservador Tim Kaine para candidato a vice-presidente. Ela ignorou a ala mais à esquerda do partido, que votou em massa em Sanders nas eleições prévias, seduzida pelas críticas à desigualdade social e às grandes empresas, especialmente financeiras, e acordos comerciais.
Em discurso no início da tarde, o senador socialista insistiu em propostas como um salário mínimo de US$ 15 por hora e pediu o voto para a chapa Clinton-Kane, apesar da reação negativa de seus aliados.
Depois de uma convenção republicana marcada pela clara rejeição de amplos setores do partido a Trump, na semana passada, os democratas esperavam dar uma demonstração de unidade. Sanders fala hoje à noite. Vai insistir que o verdadeiro inimigo é Trump.
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Refugiado sírio fere 12 pessoas em atentado terrorista suicida
Um refugiado sírio de 27 anos que teve seu pedido de asilo negado na Alemanha se matou ontem à noite em mais um atentado terrorista no estado da Baviera, desta vez na cidade de Ansbach, perto de um festival de música. No telefone dele, a polícia encontrou um vídeo jurando lealdade a Abu Baker al-Baghdadi, líder supremo da milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
A explosão aconteceu por volta das dez da noite (17h em Brasília). O terrorista suicida tentou entrar no recinto do festival, mas foi barrado por não ter ingressos, contou uma testemunha. Ele se afastou e detonou diante de um restaurante a bomba que levava numa mochila cheia de pregos e peças metálicas para ampliar o impacto da explosão.
O secretário do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, adversário da política de acolhimento de refugiados da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, revelou que o terrorista chegou à Alemanha há dois anos, havia tentado o suicídio pelo menos duas vezes e havia recebido tratamento num centro de atendimento psiquiátrico. Um milhão de refugiados chegaram ao país no ano passado.
Na segunda-feira passada, um jovem refugiado afegão de 17 anos feriu quatro pessoas gravemente com um machado e uma faca num trem em Wurzburg, na Baviera. Na sexta-feira, um jovem alemão de origem iraniana de 18 anos matou nove pessoas antes de se suicidar num centro comercial da Munique.
A explosão aconteceu por volta das dez da noite (17h em Brasília). O terrorista suicida tentou entrar no recinto do festival, mas foi barrado por não ter ingressos, contou uma testemunha. Ele se afastou e detonou diante de um restaurante a bomba que levava numa mochila cheia de pregos e peças metálicas para ampliar o impacto da explosão.
O secretário do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, adversário da política de acolhimento de refugiados da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, revelou que o terrorista chegou à Alemanha há dois anos, havia tentado o suicídio pelo menos duas vezes e havia recebido tratamento num centro de atendimento psiquiátrico. Um milhão de refugiados chegaram ao país no ano passado.
Na segunda-feira passada, um jovem refugiado afegão de 17 anos feriu quatro pessoas gravemente com um machado e uma faca num trem em Wurzburg, na Baviera. Na sexta-feira, um jovem alemão de origem iraniana de 18 anos matou nove pessoas antes de se suicidar num centro comercial da Munique.
domingo, 24 de julho de 2016
Milhares marcham em funeral de oposicionista no Camboja
Milhares de pessoas acompanharam hoje em Phnon Penh a procissão do funeral de Kem Ley, um proeminente crítico do regime comunista do Camboja, um país do Sudeste Asiático, noticiou a agência Reuters. Kem Ley, ativista e pesquisador de saúde na área de aids, foi baleado em 10 de julho de 2016 numa loja da capital cambojana. Há fortes suspeitas de que tenha sido um assassinato político.
Sua morte aumenta a tensão entre a oposição e o primeiro-ministro Hun Sen, chefe de governo desde 1985, depois de se tornar ministro do Exterior, em 1979, quando uma invasão do vizinho Vietnã com o apoio da União Soviética derrubou a ditadura genocida do Khmer Vermelho, responsável pela morte de 2 a 3 milhões de pessoas.
Hun Sen, de 63 anos, foi batizado Hun Bunal. Mudou de nome para Hun Sen em 1972, dois anos depois de aderir ao Khmer Vermelho, que chegou ao poder em 16 de abril de 1975, no fim da Guerra do Vietnã, e impôs uma ditadura sanguinária sob a liderança de Pol Pot.
Durante um expurgo do regime do Khmer Vermelho, em 1977, fugiu para o Vietnã. Invadiu o Camboja como parte do Exército vietnamita, no Natal de 1978, e foi nomeado vice-primeiro-ministro e ministro do Interior do novo governo. O Príncipe Vermelho Norodom Sihanouk, rei do Camboja de 1941 a 1955 e de 1993 a 2004, o chamava na época de "lacaio do Vietnã".
Em 1985, aos 32 anos, Hun Sen tornou-se o mais jovem primeiro-ministro do mundo na época. A oposição espera aposentá-lo depois das eleições municipais de 2017 e das eleições nacionais de 2018.
Sua morte aumenta a tensão entre a oposição e o primeiro-ministro Hun Sen, chefe de governo desde 1985, depois de se tornar ministro do Exterior, em 1979, quando uma invasão do vizinho Vietnã com o apoio da União Soviética derrubou a ditadura genocida do Khmer Vermelho, responsável pela morte de 2 a 3 milhões de pessoas.
Hun Sen, de 63 anos, foi batizado Hun Bunal. Mudou de nome para Hun Sen em 1972, dois anos depois de aderir ao Khmer Vermelho, que chegou ao poder em 16 de abril de 1975, no fim da Guerra do Vietnã, e impôs uma ditadura sanguinária sob a liderança de Pol Pot.
Durante um expurgo do regime do Khmer Vermelho, em 1977, fugiu para o Vietnã. Invadiu o Camboja como parte do Exército vietnamita, no Natal de 1978, e foi nomeado vice-primeiro-ministro e ministro do Interior do novo governo. O Príncipe Vermelho Norodom Sihanouk, rei do Camboja de 1941 a 1955 e de 1993 a 2004, o chamava na época de "lacaio do Vietnã".
Em 1985, aos 32 anos, Hun Sen tornou-se o mais jovem primeiro-ministro do mundo na época. A oposição espera aposentá-lo depois das eleições municipais de 2017 e das eleições nacionais de 2018.
Atentado suicida do Estado Islâmico mata 20 pessoas em Bagdá
Em uma rotina quase diária, a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou hoje um atentado suicida contra um posto de controle militar de Bagdá, a capital do Iraque. Mais de 20 pessoas morreram e outras 35 saíram feridas, noticiou a televisão pública britânica BBC.
O alvo foi a entrada do distrito majoritariamente xiita de Cadímia. A agência de notícias Amaq, porta-voz do Estado Islâmico, anunciou que os alvos eram soldados iraquianos.
Um atentado que matou 281 pessoas em 3 de julho no distrito de Karrada foi o maior no Iraque desde a invasão americana de 2003 e o mais mortífero do Estado Islâmico até hoje.
Sob ataque em várias frentes, o Estado Islâmico perdeu no Iraque o controle de Ramadi e Faluja. Recorre cada vez mais a atentados terroristas suicidas.
Presidente democrata cai após vazamento de e-mails anti-Sanders
A presidente da comissão executiva nacional do Partido Democrata, deputada federal Debbie Wasserman Schultz, renunciou ao cargo diante do vazamento de mensagens reveladoras de favorecimento da cúpula partidária à ex-secretária de Estado Hillary Clinton na disputa com o senador Bernie Sanders pela candidatura à Presidência dos Estados Unidos, informou o jornal The New York Times.
O vazamento do sítio WikiLeaks, que pirateia mensagens de governos, partidos e empresas para revelar sua hipocrisia, aconteceu às véspera do início, amanhã, na Filadélfia, da convenção nacional para consagrar Hillary candidata. Abala a frágil trégua interna do partido com os eleitores de Sanders, mais à esquerda, que não ficaram satisfeitos com a escolha do senador moderado Tim Kaine para vice-presidente.
O coordenador da Rede de Delegados de Bernie, Norman Solomon, protestou contra o vice-presidente "inaceitável": "A secretária Clinton deve saber que a escolha de Kaine só pode inflamar em vez de acalmar a grande maioria dos eleitores de Bernie."
Sanders, socialista assumido, fez campanha denunciando o centro financeiro de Wall Street, a desigualdade social e os acordos de livre comércio. Sempre acusou Hillary de ser uma candidata do sistema que recebe ajuda dos grandes bancos e da cúpula do partido em sua campanha.
"A liderança do partido deve ser sempre imparcial durante o processo de indicação do candidato, algo que não aconteceu em 2016", lamentou Sanders em nota.
Ao anunciar a renúncia, Debbie Schultz deixou claro que vai continuar lutando por Hillary: "Eu sei que eleger Hillary Clinton a próxima presidente é crucial para o futuro dos EUA. Vou servir como militante na campanha na Flórida e ao redor do país para garantir a vitória. No momento, a melhor maneira de atingir este objetivo é deixar a presidência do partido no fim desta convenção."
Em nota, Hillary agradeceu à ex-presidente do partido: "Sou grata a Debbie por trazer o Partido Democrata até a histórica convenção deste ano na Filadélfia, e eu sei que o evento desta semana vai ser um sucesso graças a ela e a sua liderança."
O escândalo atinge a campanha à reeleição da própria Debbie, que disputa a candidatura pelo 23º distrito da Flórida com o professor de direito Tom Canova, aliado de Sanders, numa eleição primária em agosto.
Alguns dirigentes democratas acusaram a Rússia pelo vazamento, sob a alegação de que o presidente Vladimir Putin tem interesse na eleição do candidato republicano, Donald Trump.
O vazamento do sítio WikiLeaks, que pirateia mensagens de governos, partidos e empresas para revelar sua hipocrisia, aconteceu às véspera do início, amanhã, na Filadélfia, da convenção nacional para consagrar Hillary candidata. Abala a frágil trégua interna do partido com os eleitores de Sanders, mais à esquerda, que não ficaram satisfeitos com a escolha do senador moderado Tim Kaine para vice-presidente.
O coordenador da Rede de Delegados de Bernie, Norman Solomon, protestou contra o vice-presidente "inaceitável": "A secretária Clinton deve saber que a escolha de Kaine só pode inflamar em vez de acalmar a grande maioria dos eleitores de Bernie."
Sanders, socialista assumido, fez campanha denunciando o centro financeiro de Wall Street, a desigualdade social e os acordos de livre comércio. Sempre acusou Hillary de ser uma candidata do sistema que recebe ajuda dos grandes bancos e da cúpula do partido em sua campanha.
"A liderança do partido deve ser sempre imparcial durante o processo de indicação do candidato, algo que não aconteceu em 2016", lamentou Sanders em nota.
Ao anunciar a renúncia, Debbie Schultz deixou claro que vai continuar lutando por Hillary: "Eu sei que eleger Hillary Clinton a próxima presidente é crucial para o futuro dos EUA. Vou servir como militante na campanha na Flórida e ao redor do país para garantir a vitória. No momento, a melhor maneira de atingir este objetivo é deixar a presidência do partido no fim desta convenção."
Em nota, Hillary agradeceu à ex-presidente do partido: "Sou grata a Debbie por trazer o Partido Democrata até a histórica convenção deste ano na Filadélfia, e eu sei que o evento desta semana vai ser um sucesso graças a ela e a sua liderança."
O escândalo atinge a campanha à reeleição da própria Debbie, que disputa a candidatura pelo 23º distrito da Flórida com o professor de direito Tom Canova, aliado de Sanders, numa eleição primária em agosto.
Alguns dirigentes democratas acusaram a Rússia pelo vazamento, sob a alegação de que o presidente Vladimir Putin tem interesse na eleição do candidato republicano, Donald Trump.
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sábado, 23 de julho de 2016
Estado Islâmico rejeita ultimato para deixar Manbij
A milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante ignorou o ultimato de 48 horas para se retirar da cidade de Manbij, no Norte da Síria, e voltou a atacar hoje as Forças Democráticas da Síria, um grupo curdo-árabe apoiado pelos Estados Unidos.
As FDS deram aos milicianos do Estado Islâmico a possibilidade de sair da cidade levando armas leves. Os terroristas não aceitaram porque Manbij, situada no Norte da província de Alepo, é uma cidade estratégica localizada na principal rota de suprimento do grupo entre a Síria e a Turquia.
"Até onde nos interessa, a situação não mudou, declarou Sharfan Darwish, do Conselho Militar das FDS. "Estamos avançando para libertar Manbij."
Depois da morte de civis na terça-feira num bombardeio da coalizão aérea liderada pelos EUA, as FDS acusaram o EI de usar a população de Manbij como escudos humanos para minar o apoio ao grupo.
"O Estado Islâmico resiste ferozmente à penetração das FDS na cidade e está colocando crianças na linha de frente", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da organização não governamental de oposição Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora a guerra civil no país.
É uma batalha mais feroz do que em Ramadi e Faluja, duas cidades de onde os jihadistas foram expulsos neste ano, comparou o porta-voz da aliança liderada pelos EUA, coronel Chris Garver. "É um combate como não vimos antes."
Garver alegou que o bombardeio da terça-feira foi pedido pelas FDS. Os rebeldes sírios aliados dos EUA teriam visto "um grande comboio de milicianos do Estado Islâmico que pareciam estar preparando um contra-ataque". Um inquérito foi aberto para investigar a morte dos civis.
As FDS deram aos milicianos do Estado Islâmico a possibilidade de sair da cidade levando armas leves. Os terroristas não aceitaram porque Manbij, situada no Norte da província de Alepo, é uma cidade estratégica localizada na principal rota de suprimento do grupo entre a Síria e a Turquia.
"Até onde nos interessa, a situação não mudou, declarou Sharfan Darwish, do Conselho Militar das FDS. "Estamos avançando para libertar Manbij."
Depois da morte de civis na terça-feira num bombardeio da coalizão aérea liderada pelos EUA, as FDS acusaram o EI de usar a população de Manbij como escudos humanos para minar o apoio ao grupo.
"O Estado Islâmico resiste ferozmente à penetração das FDS na cidade e está colocando crianças na linha de frente", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da organização não governamental de oposição Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora a guerra civil no país.
É uma batalha mais feroz do que em Ramadi e Faluja, duas cidades de onde os jihadistas foram expulsos neste ano, comparou o porta-voz da aliança liderada pelos EUA, coronel Chris Garver. "É um combate como não vimos antes."
Garver alegou que o bombardeio da terça-feira foi pedido pelas FDS. Os rebeldes sírios aliados dos EUA teriam visto "um grande comboio de milicianos do Estado Islâmico que pareciam estar preparando um contra-ataque". Um inquérito foi aberto para investigar a morte dos civis.
Estado Islâmico reivindica explosão com 80 mortes no Afeganistão
Um duplo atentado suicida contra uma manifestação pacífica da minoria xiita hazara matou pelo menos 80 pessoas e feriu outras 230 hoje em Cabul, a capital do Afeganistão. A milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria.
O Ministério da Saúde espera o aumento do número de mortos. A manifestação pedia a extensão da rede de energia elétrica até a província de Bamiã, onde vive a maioria dos hazaras. Com a extensão da rede, o Afeganistão e o Paquistão vão receber energia do Tajiquistão, Turcomenistão e Usbequistão.
Foi o primeiro ataque reivindicado pelo Estado Islâmico no Afeganistão. O presidente afegão, Achraf Ghani, declarou que amanhã será um dia de luto nacional.
O Ministério da Saúde espera o aumento do número de mortos. A manifestação pedia a extensão da rede de energia elétrica até a província de Bamiã, onde vive a maioria dos hazaras. Com a extensão da rede, o Afeganistão e o Paquistão vão receber energia do Tajiquistão, Turcomenistão e Usbequistão.
Foi o primeiro ataque reivindicado pelo Estado Islâmico no Afeganistão. O presidente afegão, Achraf Ghani, declarou que amanhã será um dia de luto nacional.
Conflito no Mali mata 20 pessoas em dois dias
Uma milícia ligada ao governo e os rebeldes tuaregues entraram em choque na cidade de Kidal, no Norte do Mali, na quinta-feira, 21 de julho de 2016. Em dois dias, cerca de 20 pessoas morreram, noticiou a agência Reuters citando fontes médicas.
A violência explodiu dois dias depois que as duas partes haviam assinado um acordo de cessar-fogo na cidade.
Depois de um golpe de Estado em 21 de março de 2012, os tuaregues tomaram a maior parte do Norte do Mali em aliança com milícias jihadistas como Al Caeda no Magrebe Islâmico, provocando uma intervenção militar da França em janeiro de 2013, quando os rebeldes ameaçavam marchar até a capital, Bamako.
A violência explodiu dois dias depois que as duas partes haviam assinado um acordo de cessar-fogo na cidade.
Depois de um golpe de Estado em 21 de março de 2012, os tuaregues tomaram a maior parte do Norte do Mali em aliança com milícias jihadistas como Al Caeda no Magrebe Islâmico, provocando uma intervenção militar da França em janeiro de 2013, quando os rebeldes ameaçavam marchar até a capital, Bamako.
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Hillary escolhe senador Tim Kaine para vice-presidente
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, pré-candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 8 de novembro de 2016, indicou hoje para vice-presidente o senador Tim Caine, da Virgínia, um estado decisivo.
O anúncio, feito um dia depois do fim da convenção nacional republicana que oficializou a candidatura do magnata imobiliário Donald Trump, tenta atrair a atenção para a convenção nacional democrata, que começa na segunda-feira.
Kaine, de 58 anos, é um político moderado amplamente respeitado no Senado, contrário ao aborto, popular entre o eleitorado branco masculino, com conhecimento de política externa, que fala espanhol, como mostrou na semana passada, quando participou de comícios de Hillary como forte candidato à vaga.
A escolha mostra que Hillary está mais preocupada com o mapa do Colégio Eleitoral do que em agradar os eleitores mais à esquerda que apoiaram o senador socialista Bernie Sanders nas eleições primárias. Aposta mais em roubar eleitores de Trump. A Virgínia está entre os estados-chaves porque é um dos poucos em que os dois partidos têm chance de vitória.
O anúncio, feito um dia depois do fim da convenção nacional republicana que oficializou a candidatura do magnata imobiliário Donald Trump, tenta atrair a atenção para a convenção nacional democrata, que começa na segunda-feira.
Kaine, de 58 anos, é um político moderado amplamente respeitado no Senado, contrário ao aborto, popular entre o eleitorado branco masculino, com conhecimento de política externa, que fala espanhol, como mostrou na semana passada, quando participou de comícios de Hillary como forte candidato à vaga.
A escolha mostra que Hillary está mais preocupada com o mapa do Colégio Eleitoral do que em agradar os eleitores mais à esquerda que apoiaram o senador socialista Bernie Sanders nas eleições primárias. Aposta mais em roubar eleitores de Trump. A Virgínia está entre os estados-chaves porque é um dos poucos em que os dois partidos têm chance de vitória.
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Polícia de Munique diz que atirador agiu sozinho e deve ter se matado
O atirador que matou nove pessoas e feriu outras 21 hoje num centro comercial de Munique, na Alemanha, agiu sozinho e "muito provavelmente" se suicidou, declarou há pouco a polícia da cidade. Ele foi identificado como David Ali Sonboly, um jovem alemão de 18 anos de origem iraniana.
"No curso do inquérito, descobrimos que uma pessoa se matou", declarou a polícia no Twitter, acrescentando que "se trata muito provavelmente do atirador, que agiu sozinho".
Ainda não se sabe qual a motivação do atirador. As maiores suspeitas eram que fosse inspirado por neonazistas ou extremistas muçulmanos. Como o Irã é xiita, ele não se inspira no salafismo, que é a base ideológica da rede terrorista Al Caeda e do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Durante o ataque, ao ser chamado de "estrangeiro", ele respondeu: "Eu sou alemão". Também xingou algumas pessoas de "turcos de merda".
Ainda não se sabe qual a motivação do atirador. As maiores suspeitas eram que fosse inspirado por neonazistas ou extremistas muçulmanos. Como o Irã é xiita, ele não se inspira no salafismo, que é a base ideológica da rede terrorista Al Caeda e do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Durante o ataque, ao ser chamado de "estrangeiro", ele respondeu: "Eu sou alemão". Também xingou algumas pessoas de "turcos de merda".
Atirador deixa pelo menos nove mortos em Munique
Pelo menos nove pessoas foram mortas e várias outras feridas num centro comercial e talvez em outros locais da cidade de Munique, no Sul da Alemanha. A notícia inicial era de um atirador solitário no centro comercial Olympia, mas testemunhas falaram em até três atiradores e a televisão americana CNN disse que haveria ataques a tiros em outros locais da cidade.
O ataque foi a uma lanchonete McDonald's no grande centro comercial Olympia, muito frequentado por famílias. Tem cinemas e áreas de diversão para crianças. A polícia local recomenda à população que evite lugares públicos, num sinal de que teme ações terroristas coordenadas.
Uma testemunha disse que seu filho viu um atirador carregando uma pistola no banheiro do centro comercial. Acrescentou que o atirador gritava "Alá é o maior!" ao disparar sua arma, o que caracterizaria o ataque como uma ação terrorista cometida por extremistas muçulmanos.
Outra possibilidade é de que se trate de um extremista de direitista interessado em atacar estrangeiros. Hoje é o quinto aniversário do massacre de 77 pessoas cometido na Noruega pelo neonazista Anders Breivik.
Se for jihadista, este ataque terá um tremendo impacto na Alemanha, que recebeu mais de um milhão de refugiados no ano passado, numa decisão da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel de cumprir a legislação da Europa, muito criticada dentro de seu próprio partido. Outros líderes da União Europeia se recusaram a fazer o mesmo.
Há quatro dias, um jovem afegão de 17 anos atacou passageiros de um trem no interior do estado da Baviera, deixando quatro feridos em estado grave. Munique é a capital da Baviera. Foi a primeira ação terrorista no país reivindicada pela milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Munique foi o local do pior atentado terrorista da história da Olimpíada. Em 1972, o grupo terrorista palestino Setembro Negro sequestrou e matou 11 atletas da delegação de Israel.
Recentemente, a Alemanha tem sido poupada, embora os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos tenham sido organizados por uma célula da rede Al Caeda em Hamburgo. Os principais alvos na Europa costumam ser a França e o Reino Unido, que participam da coalizão aérea liderada pelos EUA na luta contra a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
O ataque foi a uma lanchonete McDonald's no grande centro comercial Olympia, muito frequentado por famílias. Tem cinemas e áreas de diversão para crianças. A polícia local recomenda à população que evite lugares públicos, num sinal de que teme ações terroristas coordenadas.
Uma testemunha disse que seu filho viu um atirador carregando uma pistola no banheiro do centro comercial. Acrescentou que o atirador gritava "Alá é o maior!" ao disparar sua arma, o que caracterizaria o ataque como uma ação terrorista cometida por extremistas muçulmanos.
Outra possibilidade é de que se trate de um extremista de direitista interessado em atacar estrangeiros. Hoje é o quinto aniversário do massacre de 77 pessoas cometido na Noruega pelo neonazista Anders Breivik.
Se for jihadista, este ataque terá um tremendo impacto na Alemanha, que recebeu mais de um milhão de refugiados no ano passado, numa decisão da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel de cumprir a legislação da Europa, muito criticada dentro de seu próprio partido. Outros líderes da União Europeia se recusaram a fazer o mesmo.
Há quatro dias, um jovem afegão de 17 anos atacou passageiros de um trem no interior do estado da Baviera, deixando quatro feridos em estado grave. Munique é a capital da Baviera. Foi a primeira ação terrorista no país reivindicada pela milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Munique foi o local do pior atentado terrorista da história da Olimpíada. Em 1972, o grupo terrorista palestino Setembro Negro sequestrou e matou 11 atletas da delegação de Israel.
Recentemente, a Alemanha tem sido poupada, embora os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos tenham sido organizados por uma célula da rede Al Caeda em Hamburgo. Os principais alvos na Europa costumam ser a França e o Reino Unido, que participam da coalizão aérea liderada pelos EUA na luta contra a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Trump se apresenta como candidato da segurança
Em discurso grandiloquente mas previsível de 1h15min, sem fazer propostas detalhadas, o magnata imobiliário Donald Trump faz neste momento o discurso de aceitação de sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano.
Trump se apresenta como o grande xerife que vai garantir a segurança interna, expulsar os imigrantes ilegais, esmagar os inimigos do país, trazer de volta as indústrias que fabricam em países de custo mais baixo e acabar com um déficit comercial de US$ 800 bilhões.
O candidato citou vários casos para alegar que a criminalidade e o índice de homicídios estão aumentando nos EUA e a culpa é o presidente Barack Obama, que acusou de agravar os problemas sociais e raciais do país.
Sua adversária do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton foi acusada de crime contra a segurança nacional por usar e-mail pessoal e por todos os problemas do Grande Oriente Médio, do caos na Líbia, Síria e Iraque à ameaça nuclear do Irã. Trump continua falando, agora ataque os imigrantes ilegais, outro de seus temas preferidos. Afinal, ele anunciou na campanha a construção de um muro para isolar o México.
"Vamos ter uma sistema de imigração que funcione, mas funcione para o povo americano", declarou Trump. "Na segunda-feira, ouvimos três famílias que tiveram filhos mortos por imigrantes ilegais. São representantes de milhares que sofreram tanto. Em minhas viagens pelo país, nada me chocou mais do que os encontros com pais e mães atingidos por violência que atravessa nossas fronteiras que podemos evitar."
Esses são os cidadãos comuns que o bilionário jura representar, tentando fazer um contraste com Hillary, que viveria em gabinetes de advogados, empresários e lobistas.
"Vamos construir um grande muro na fronteira [com o México] para impedir imigrantes ilegais e drogas de invadir nossas comunidades", acrescentou o candidato bufônico. "Vamos acabar com o ciclo de contrabando e da imigração. Não vai haver mais imigração ilegal, acreditem. A paz será restaurada. Nossas leis finalmente receberão o respeito que merecem."
Quando ele tomar posse, prometeu, "finalmente, as leis dos EUA serão aplicadas. Teremos compaixão com todos, mas nossa maior compaixão será dedicada a nossos cidadãos em dificuldades."
O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) será
renegociado ou os EUA caírão fora, advertiu Trump. Outros acordos como a
Parceria Transpacífica e aparentemente até a Organização Mundial do Comércio
(OMC) serão abandonados.
Trump prefere acordos bilaterais, na expectativa de que os EUA
como maior economia do mundo possa pressionar parceiros mais fracos a fazer
acordos que lhes sejam vantajosos. Só que dezenas de acordos comerciais
criariam um inferno regulatório para empresas transnacionais, que preferem
amplos acordos que criam uma regulamentação comum para vários países.
“É preciso deixar claro que os EUA estão de volta, maiores e mais
fortes do que nunca”, exaltou Trump no seu estilo nacionalista rastaquera.
Em seguida, elogiou a mulher e os filhos como sua maior realização, dentro do discurso padrão de família feliz, embora esteja no terceiro casamento.
Em seguida, elogiou a mulher e os filhos como sua maior realização, dentro do discurso padrão de família feliz, embora esteja no terceiro casamento.
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quinta-feira, 21 de julho de 2016
Trump ameaça não defender aliados da OTAN
Depois de atacar mulheres, minoriais e o direito constitucional à liberdade religiosa, o bilionário bufônico Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos em 8 de novembro de 2016, investe contra um pilar fundamental da política externa americana: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A aliança militar ocidental, criada em Washington em 1949 para se opor à União Soviética, tem um princípio fundamental: um ataque contra um é um ataque contra todos. Além de flertar com o protoditador da Rússia, Vladimir Putin, o magnata imobiliário nova-iorquino questiona o compromisso de defender automaticamente os aliados se não estiverem em dia com sua contribuição financeira para a OTAN.
"Se eles cumprirem suas obrigações, a resposta é sim", declarou o candidato em entrevista ao jornal The New York Times. Isso vai contra a política externa do partido e do país nos últimos 67 anos, mas é coerente com afirmações anteriores de Trump ameaçando retirar as forças dos EUA da Europa e da Ásia se os aliados não ajudarem a financiar suas operações.
Imediatamente, o presidente da ex-república soviética da Estônia, Toomas Hendrik Ilves, destacou que o país dá sua contribuição financeira e participou da invasão ao Afeganistão.
Para Trump, os EUA não devem pressionar aliados com tendências autoritárias como o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a respeitar os direitos civis: "Não penso que tenhamos o direito de dar lições", alegou. "Veja o que está acontecendo em nosso país. Como podemos dar lições enquanto as pessoas estão atirando em policiais a sangue frio?"
Durante a entrevista de 45 minutos, Trump reafirmou a promessa de um nacionalismo agressivo para pressionar os aliados a assumir custos que os EUA sustentam há décadas e romper acordos políticos e econômicos que lhe pareçam lesivos aos interesses americanos.
Fiel ao slogan "Primeiro os EUA", o candidato republicano disse estar pronto para denunciar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), se não conseguir renegociá-lo com o Canadá e o México em condições muito mais favoráveis.
Desta forma, Trump aponta para um recuo ainda maior da liderança internacional dos EUA, descrito como a "nação indispensável" para a paz mundial e a segurança internacional pela ex-secretária de Estado no governo Bill Clinton, Madeleine Albright.
"Isso foi 40 anos atrás", reagiu o candidato republicano, rejeitando comparações com ex-presidentes republicanos como Richard Nixon e Ronald Reagan. "Gastamos uma fortuna com os militares para perder US$ 800 bilhões", acrescentou, numa referência ao déficit anual do comércio exterior dos EUA.
O ex-secretário de Estado e ex-secretário do Tesouro James Baker, que apoia Trump, criticou a entrevista, argumentando que o isolacionismo político e o protecionismo econômico não são a maneira de garantir a prosperidade e a influência internacional dos EUA.
A aliança militar ocidental, criada em Washington em 1949 para se opor à União Soviética, tem um princípio fundamental: um ataque contra um é um ataque contra todos. Além de flertar com o protoditador da Rússia, Vladimir Putin, o magnata imobiliário nova-iorquino questiona o compromisso de defender automaticamente os aliados se não estiverem em dia com sua contribuição financeira para a OTAN.
"Se eles cumprirem suas obrigações, a resposta é sim", declarou o candidato em entrevista ao jornal The New York Times. Isso vai contra a política externa do partido e do país nos últimos 67 anos, mas é coerente com afirmações anteriores de Trump ameaçando retirar as forças dos EUA da Europa e da Ásia se os aliados não ajudarem a financiar suas operações.
Imediatamente, o presidente da ex-república soviética da Estônia, Toomas Hendrik Ilves, destacou que o país dá sua contribuição financeira e participou da invasão ao Afeganistão.
Para Trump, os EUA não devem pressionar aliados com tendências autoritárias como o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a respeitar os direitos civis: "Não penso que tenhamos o direito de dar lições", alegou. "Veja o que está acontecendo em nosso país. Como podemos dar lições enquanto as pessoas estão atirando em policiais a sangue frio?"
Durante a entrevista de 45 minutos, Trump reafirmou a promessa de um nacionalismo agressivo para pressionar os aliados a assumir custos que os EUA sustentam há décadas e romper acordos políticos e econômicos que lhe pareçam lesivos aos interesses americanos.
Fiel ao slogan "Primeiro os EUA", o candidato republicano disse estar pronto para denunciar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), se não conseguir renegociá-lo com o Canadá e o México em condições muito mais favoráveis.
Desta forma, Trump aponta para um recuo ainda maior da liderança internacional dos EUA, descrito como a "nação indispensável" para a paz mundial e a segurança internacional pela ex-secretária de Estado no governo Bill Clinton, Madeleine Albright.
"Isso foi 40 anos atrás", reagiu o candidato republicano, rejeitando comparações com ex-presidentes republicanos como Richard Nixon e Ronald Reagan. "Gastamos uma fortuna com os militares para perder US$ 800 bilhões", acrescentou, numa referência ao déficit anual do comércio exterior dos EUA.
O ex-secretário de Estado e ex-secretário do Tesouro James Baker, que apoia Trump, criticou a entrevista, argumentando que o isolacionismo político e o protecionismo econômico não são a maneira de garantir a prosperidade e a influência internacional dos EUA.
Ataque a Nice teve cúmplices e meses de preparação
O terrorista que matou 84 pessoas e feriu outras 202 com um caminhão frigorífico em Nice em 14 de junho, a data nacional da França, planejou o atentado durante meses e não agiu sozinho, afirmou há pouco o procurador François Molins. Cinco pessoas foram presas hoje de manhã, um casal albanês, um tunisiano e dois francos-tunisianos.
"As investigações realizadas desde a noite de 14 de julho não param de avançar e permitem não só confirmar ainda mais o caráter premeditado da passagem e ato mortífero de Mohamed Lahouaiej Bouhlel, mas igualmente estabelecer que este último pôde se beneficiar do apoio e da cumplicidade na preparação e realização de seu ato criminoso", declarou Molins procurador da República junto aos tribunais superiores em Paris.
Quatro homens e uma mulher foram presos hoje. Ramzi A. tem seis condenações por crime comum. Os outros quatro não tinham antecedentes criminais. Nenhum estava na lista de suspeitos de extremismo muçulmano dos serviços secretos franceses.
Um dos suspeitos detidos falou 1.278 vezes por telefone num ano com Bouhlel. Outro foi fotografado na cabine do caminhão em 12 de julho. Nas operações de busca nas casas deles, foi encontrado um fuzil Kalachnikov.
Entre as mensagens interceptadas pela polícia está um elogio ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015: "Eu não sou Charlie, estou contente que eles trouxeram de volta os soldados de Alá para concluir o trabalho."
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do atentado, alegando que Bouhlel era um dos "soldados do califado". Até agora, tudo indica que o ataque foi cometido por uma célula autônoma, sem ligação direta com a cúpula do movimento jihadista.
Ontem, o jornal esquerdista Libération acusou o governo nacional de mentir sobre o atentado. Ao contrário do que disse o governo do primeiro-ministro Manuel Valls, não havia agentes da polícia nacional na barreira que fechava o acesso de veículos à área reservada para pedestres no Passeio dos Ingleses. Só havia guardas municipais.
"As investigações realizadas desde a noite de 14 de julho não param de avançar e permitem não só confirmar ainda mais o caráter premeditado da passagem e ato mortífero de Mohamed Lahouaiej Bouhlel, mas igualmente estabelecer que este último pôde se beneficiar do apoio e da cumplicidade na preparação e realização de seu ato criminoso", declarou Molins procurador da República junto aos tribunais superiores em Paris.
Quatro homens e uma mulher foram presos hoje. Ramzi A. tem seis condenações por crime comum. Os outros quatro não tinham antecedentes criminais. Nenhum estava na lista de suspeitos de extremismo muçulmano dos serviços secretos franceses.
Um dos suspeitos detidos falou 1.278 vezes por telefone num ano com Bouhlel. Outro foi fotografado na cabine do caminhão em 12 de julho. Nas operações de busca nas casas deles, foi encontrado um fuzil Kalachnikov.
Entre as mensagens interceptadas pela polícia está um elogio ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015: "Eu não sou Charlie, estou contente que eles trouxeram de volta os soldados de Alá para concluir o trabalho."
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do atentado, alegando que Bouhlel era um dos "soldados do califado". Até agora, tudo indica que o ataque foi cometido por uma célula autônoma, sem ligação direta com a cúpula do movimento jihadista.
Ontem, o jornal esquerdista Libération acusou o governo nacional de mentir sobre o atentado. Ao contrário do que disse o governo do primeiro-ministro Manuel Valls, não havia agentes da polícia nacional na barreira que fechava o acesso de veículos à área reservada para pedestres no Passeio dos Ingleses. Só havia guardas municipais.
Carro-bomba mata na Ucrânia jornalista crítico de Putin
Ele dirigia um Subaru vermelho num cruzamento do centro de Kiev quando uma explosão abriu violentamente a porta. O motorista foi jogado no banco de trás. O carro começou a andar para trás, enquanto ele tentava escapar das ferragens. Populares o ajudaram a sair momentos antes do veículo explodir em chamas diante de uma lanchonete do McDonald's. Mas os ferimentos foram mortais, reportou o jornal The New York Times.
A bomba estava colocada sob o carro e foi detonada por controle remoto. A explosão deixou uma cratera, uma carcaça e mais uma morte misteriosa de jornalista na antiga União Soviética. Pavel Cheremet nasceu em Minsk, a capital da Bielorrússia em 1971, na era soviética, onde se tornou jornalista.
Preso em 1997 pela ditadura de Alexander Lukachenko depois de assinar a Carta 97, uma manifesto pela democracia, Cheremet foi para a Rússia, onde trabalhou na televisão pública ORT.
Em julho de 2014, depois da anexação da Crimeia e do início da guerra civil fomentada por Moscou no Leste da Ucrânia, Cheremet deixou a ORT alegando que jornalistas que "não seguem o estilo de propaganda do Kremlin" estavam sendo perseguidos.
Cheremet era um grande crítico dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Bielorrússia, Alexander Lukachenko; e da Ucrânia, Petro Porochenko. O governo ucraniano rapidamente acusou o Kremlin.
A bomba estava colocada sob o carro e foi detonada por controle remoto. A explosão deixou uma cratera, uma carcaça e mais uma morte misteriosa de jornalista na antiga União Soviética. Pavel Cheremet nasceu em Minsk, a capital da Bielorrússia em 1971, na era soviética, onde se tornou jornalista.
Preso em 1997 pela ditadura de Alexander Lukachenko depois de assinar a Carta 97, uma manifesto pela democracia, Cheremet foi para a Rússia, onde trabalhou na televisão pública ORT.
Em julho de 2014, depois da anexação da Crimeia e do início da guerra civil fomentada por Moscou no Leste da Ucrânia, Cheremet deixou a ORT alegando que jornalistas que "não seguem o estilo de propaganda do Kremlin" estavam sendo perseguidos.
Cheremet era um grande crítico dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Bielorrússia, Alexander Lukachenko; e da Ucrânia, Petro Porochenko. O governo ucraniano rapidamente acusou o Kremlin.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Mês passado foi o junho mais quente da história
O aquecimento global agrava o efeito estufa. Pelo 14º mês consecutivo, as temperaturas batem recordes. O mês passado foi o junho mais quente da história, revelaram hoje a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) e a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos (NOAA) dos Estados Unidos.
A sequência de quebra de recordes por 14 meses é a mais longa desde que os dados começaram a ser coletados, em 1880. Em junho, as temperaturas médias globais ficaram 0,9 grau centígrado acima das médias do século 20, batando o recorde do ano passado em 0,02º C.
Assim, 2016 caminha para ultrapassar 2015 e se tornar o ano mais quente da história. Parte do calor dos últimos meses foi atribuído ao fenômeno climático El Niño, mas sua força maior é um sinal do agravamento do efeito estufa.
"Até agora, foi um ano recorde para as temperaturas globais, mas as temperaturas máximas recordistas no Ártico nos últimos seis meses foram ainda mais extremas", observou Walt Meier, oceanólogo da NASA. A calota polar ártica cobre hoje uma área 40% menor do que nos anos 1980s.
A sequência de quebra de recordes por 14 meses é a mais longa desde que os dados começaram a ser coletados, em 1880. Em junho, as temperaturas médias globais ficaram 0,9 grau centígrado acima das médias do século 20, batando o recorde do ano passado em 0,02º C.
Assim, 2016 caminha para ultrapassar 2015 e se tornar o ano mais quente da história. Parte do calor dos últimos meses foi atribuído ao fenômeno climático El Niño, mas sua força maior é um sinal do agravamento do efeito estufa.
"Até agora, foi um ano recorde para as temperaturas globais, mas as temperaturas máximas recordistas no Ártico nos últimos seis meses foram ainda mais extremas", observou Walt Meier, oceanólogo da NASA. A calota polar ártica cobre hoje uma área 40% menor do que nos anos 1980s.
Discurso de Melania tem uma chance em um trilhão de não ser plágio
A probabilidade de que uma frase de 16 palavras seja repetida exatamente da mesma maneira em dois discursos é de um em um trilhão, estimou hoje a empresa responsável pelo programa de computador Turnitin, produzido para detectar plágio. Isso significa que a mulher do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Melania Trump, copiou um discurso da primeira-dama Michelle Obama.
Melania discursou na noite de segunda-feira, primeiro dia da convenção nacional para lançar o candidato do Partido Republicano à Casa Branca em 8 de novembro, Donald Trump. Seu papel era apresentar uma imagem humana do candidato, visto como um magnata imobiliário inescrupuloso.
Mas um jornalista desempregado teve a sensação de já ter ouvido aquelas palavras. Pesquisou na rede, descobriu o plágio e revelou-o publicamente nas redes sociais.
Pior ainda: a terceira mulher de Trump copiou Michelle Obama, uma figura odiada pelos republicanos, justamente na parte que fala dos valores da família e da educação dos filhos. Se ainda fosse uma primeira-dama do partido...
Trump faz aquele estilo arrasa-quarteirão: agride, nunca recua nem pede desculpas. Como era famoso por demitir candidatos a emprego ao vivo no seu programa de televisão, os americanos ficaram esperando a demissão do responsável.
A primeira versão divulgada nos meios de comunicação dos EUA era que dois redatores de discursos do partido enviaram um texto para Melania e ficaram surpreso quando ela leu um discurso muito diferente.
Para derrubar esta versão negativa para a candidatura Trump, hoje a redatora Meredith McIver pediu demissão. Ela declarou ser "amiga a admiradora da família Trump há muito tempo" e disse ter cometido um erro.
Ao revisar o discurso, Melania teria lido o discurso de Michelle como exemplo do que gostaria de dizer. Meredith afirma que introduziu alguns trechos lidos por Melania ao telefone sem conferir com os discursos de Michelle.
Numa reação aparentemente generosa, Trump rejeitou o pedido de demissão: "Ela cometeu um erro, mas todos cometemos erros", declarou o candidato à televisão americana ABC. Ficou uma forte suspeita de que Meredith foi recompensada por assumir a responsabilidade pelo plágio.
Melania discursou na noite de segunda-feira, primeiro dia da convenção nacional para lançar o candidato do Partido Republicano à Casa Branca em 8 de novembro, Donald Trump. Seu papel era apresentar uma imagem humana do candidato, visto como um magnata imobiliário inescrupuloso.
Mas um jornalista desempregado teve a sensação de já ter ouvido aquelas palavras. Pesquisou na rede, descobriu o plágio e revelou-o publicamente nas redes sociais.
Pior ainda: a terceira mulher de Trump copiou Michelle Obama, uma figura odiada pelos republicanos, justamente na parte que fala dos valores da família e da educação dos filhos. Se ainda fosse uma primeira-dama do partido...
Trump faz aquele estilo arrasa-quarteirão: agride, nunca recua nem pede desculpas. Como era famoso por demitir candidatos a emprego ao vivo no seu programa de televisão, os americanos ficaram esperando a demissão do responsável.
A primeira versão divulgada nos meios de comunicação dos EUA era que dois redatores de discursos do partido enviaram um texto para Melania e ficaram surpreso quando ela leu um discurso muito diferente.
Para derrubar esta versão negativa para a candidatura Trump, hoje a redatora Meredith McIver pediu demissão. Ela declarou ser "amiga a admiradora da família Trump há muito tempo" e disse ter cometido um erro.
Ao revisar o discurso, Melania teria lido o discurso de Michelle como exemplo do que gostaria de dizer. Meredith afirma que introduziu alguns trechos lidos por Melania ao telefone sem conferir com os discursos de Michelle.
Numa reação aparentemente generosa, Trump rejeitou o pedido de demissão: "Ela cometeu um erro, mas todos cometemos erros", declarou o candidato à televisão americana ABC. Ficou uma forte suspeita de que Meredith foi recompensada por assumir a responsabilidade pelo plágio.
Trump se apresenta como o candidato da segurança
Em discurso grandiloquente mas previsível, sem fazer propostas detalhadas, o magnata imobiliário Donald Trump faz neste momento o discurso de aceitação de sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano se apresentando como o grande xerife que vai garantir a segurança interna, esmagar os inimigos do país, trazer de volta as indústrias que fabricam em países de custo mais baixo e acabar com um déficit comercial de US$ 800 bilhões.
Trump citou vários casas para alegar que a criminalidade e o índice de homicídios estão aumentando nos EUA e a culpa é o presidente Barack Obama, que acusou de agravar os problemas sociais e raciais do país.
Sua adversária do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton foi acusada de crime contra a segurança nacional por usar e-mail pessoal e por todos os problemas do Grande Oriente Médio, do caos na Líbia, Síria e Iraque à ameaça nuclear do Irã. Trump continua falando, agora ataque os imigrantes ilegais, outro de seus temas preferidos. Afinal, ele anunciou na campanha a construção de um muro para isolar o México.
"Vamos ter uma sistema de imigração que funcione, mas funcione para o povo americano", declarou Trump. "Na segunda-feira, ouvimos três famílias que tiveram filhos mortos por imigrantes ilegais. São representantes de milhares que sofreram tanto. Em minhas viagens pelo país, nada me chocou mais do que os encontros com pais e mães atingidos por violência que atravessa nossas fronteiras que podemos evitar."
Esses são os cidadãos comuns que o bilionário jura representar, tentando fazer um contraste com Hillary, que viveria em gabinetes de advogados, empresários e lobistas.
"Vamos construir um grande muro na fronteira para impedir imigrantes ilegais e drogas de invadir nossas comunidades", acrescentou o candidato bufônico. "Vamos acabar com o ciclo de contrabando e da imigração. Não vai haver mais imigração ilegal, acreditem. A paz será restaurada. Nossas leis finalmente receberão o respeito que merecem."
Quando ele tomar posse, prometeu, "finalmente, as leis dos EUA serão aplicadas. Teremos compaixão com todos, mas nossa maior compaixão será dedicada a nossos cidadãos em dificuldades."
Trump citou vários casas para alegar que a criminalidade e o índice de homicídios estão aumentando nos EUA e a culpa é o presidente Barack Obama, que acusou de agravar os problemas sociais e raciais do país.
Sua adversária do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton foi acusada de crime contra a segurança nacional por usar e-mail pessoal e por todos os problemas do Grande Oriente Médio, do caos na Líbia, Síria e Iraque à ameaça nuclear do Irã. Trump continua falando, agora ataque os imigrantes ilegais, outro de seus temas preferidos. Afinal, ele anunciou na campanha a construção de um muro para isolar o México.
"Vamos ter uma sistema de imigração que funcione, mas funcione para o povo americano", declarou Trump. "Na segunda-feira, ouvimos três famílias que tiveram filhos mortos por imigrantes ilegais. São representantes de milhares que sofreram tanto. Em minhas viagens pelo país, nada me chocou mais do que os encontros com pais e mães atingidos por violência que atravessa nossas fronteiras que podemos evitar."
Esses são os cidadãos comuns que o bilionário jura representar, tentando fazer um contraste com Hillary, que viveria em gabinetes de advogados, empresários e lobistas.
"Vamos construir um grande muro na fronteira para impedir imigrantes ilegais e drogas de invadir nossas comunidades", acrescentou o candidato bufônico. "Vamos acabar com o ciclo de contrabando e da imigração. Não vai haver mais imigração ilegal, acreditem. A paz será restaurada. Nossas leis finalmente receberão o respeito que merecem."
Quando ele tomar posse, prometeu, "finalmente, as leis dos EUA serão aplicadas. Teremos compaixão com todos, mas nossa maior compaixão será dedicada a nossos cidadãos em dificuldades."
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Quase 3 mil migrantes morreram neste ano no Mediterrâneo
De 1º de janeiro a 17 de julho de 2016, 2.954 imigrantes e refugiados morreram afogados no Mar Mediterrâneo, um aumento de 55% em relação ao mesmo período no ano passado, quando foram registradas 1.906 mortes, revelou a Organização Internacional para Migrações (OIM).
Mais de 240 mil migrantes e refugiados entraram na Europa pelo mar. A maioria desembarcou na Grécia e na Itália. Se na Grécia, a maior parte vem do chamado Grande Oriente Médio, que inclui o Afeganistão e o Paquistão, na Itália, a maioria vem da África, com destaque para Nigéria, Senegal, Sudão e Costa do Marfim.
Só em junho, a Guarda Costeira da Grécia fez 58 operações de busca e resgate. Dez suspeitos de tráfico humano foram presos e 16 barcos apreendidos. Desde o início do ano, foram quase mil operações.
Mais de 240 mil migrantes e refugiados entraram na Europa pelo mar. A maioria desembarcou na Grécia e na Itália. Se na Grécia, a maior parte vem do chamado Grande Oriente Médio, que inclui o Afeganistão e o Paquistão, na Itália, a maioria vem da África, com destaque para Nigéria, Senegal, Sudão e Costa do Marfim.
Só em junho, a Guarda Costeira da Grécia fez 58 operações de busca e resgate. Dez suspeitos de tráfico humano foram presos e 16 barcos apreendidos. Desde o início do ano, foram quase mil operações.
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Erdogan decreta estado de emergência por 90 dias na Turquia
No meio a uma onda de prisões e expurgos de mais de 60 mil pessoas em reação ao fracassado golpe militar de 15 de julho, o presidente Recep Tayyip Erdogan decretou estado de emergência na Turquia por três meses, aumentando o autoritarismo que marca seu governo nos últimos anos.
Durante um discurso encerrado pouco antes da meia-noite pela hora local, Erdogan insistiu em que as medidas visam apenas a proteger a democracia no país, mas é evidente que o presidente aproveita a oportunidade para concentrar mais poderes.
"Nosso Conselho de Ministros decidiu instaurar o estado de emergência por três meses", afirmou o presidente, declarando ser "necessário para erradicar rapidamente todos os elementos da organização terrorista implicada na tentativa de golpe de Estado".
O governo turco acusa o movimento gulenista Hixmat de criar um "Estado paralelo" e de ser responsável pela tentativa de golpe. Um ministro chegou a acusar os Estados Unidos, onde Mohamed Fethullah Gülen vive em autoexílio desde que rompeu com Erdogan.
Mais cedo, em entrevista à televisão árabe especializada em jornalismo Al Jazira, o Sultão, como Erdogan é chamado ironicamente pelos críticos, sugeriu que "outros países podem estar implicados". Apesar da recente reaproximação com Israel, analistas políticos israelenses temem que, além dos EUA, o país possa ser usado como bode expiatório na histeria pós-golpe.
Desde que retomou o poder, Erdogan promove uma verdadeira caça às bruxas. Começou por 15 mil militares e policiais, inclusive 80 generais. Prosseguiu expurgando 2,7 mil juízes e promotores, 6,5 mil professores, inclusive reitores de universidades, e outros funcionários públicos. Todos os acadêmicos estão proibidos de sair do país.
"Há três tipos de pessoas do Judiciário sendo processadas", observa Mehmet Ozgür, de uma associação de advogados progressistas. "Os juízes e procuradores da confraria gulenista foram os primeiros a ser presos. Em seguida, foi a vez dos oposicionistas, que podem ser de esquerda ou kemalistas" [secularistas].
"Por fim, os magistrados independentes", acrescentou. "Dá para imaginar que as penas de cada categoria serão diferentes. Alguns vão ser presos, outros vão apenas perder o cargo. Erdogan vai aproveitar a oportunidade para substituí-los por juristas leais ao AKP" (Partido da Justiça e do Desenvolvimento).
Durante um discurso encerrado pouco antes da meia-noite pela hora local, Erdogan insistiu em que as medidas visam apenas a proteger a democracia no país, mas é evidente que o presidente aproveita a oportunidade para concentrar mais poderes.
"Nosso Conselho de Ministros decidiu instaurar o estado de emergência por três meses", afirmou o presidente, declarando ser "necessário para erradicar rapidamente todos os elementos da organização terrorista implicada na tentativa de golpe de Estado".
O governo turco acusa o movimento gulenista Hixmat de criar um "Estado paralelo" e de ser responsável pela tentativa de golpe. Um ministro chegou a acusar os Estados Unidos, onde Mohamed Fethullah Gülen vive em autoexílio desde que rompeu com Erdogan.
Mais cedo, em entrevista à televisão árabe especializada em jornalismo Al Jazira, o Sultão, como Erdogan é chamado ironicamente pelos críticos, sugeriu que "outros países podem estar implicados". Apesar da recente reaproximação com Israel, analistas políticos israelenses temem que, além dos EUA, o país possa ser usado como bode expiatório na histeria pós-golpe.
Desde que retomou o poder, Erdogan promove uma verdadeira caça às bruxas. Começou por 15 mil militares e policiais, inclusive 80 generais. Prosseguiu expurgando 2,7 mil juízes e promotores, 6,5 mil professores, inclusive reitores de universidades, e outros funcionários públicos. Todos os acadêmicos estão proibidos de sair do país.
"Há três tipos de pessoas do Judiciário sendo processadas", observa Mehmet Ozgür, de uma associação de advogados progressistas. "Os juízes e procuradores da confraria gulenista foram os primeiros a ser presos. Em seguida, foi a vez dos oposicionistas, que podem ser de esquerda ou kemalistas" [secularistas].
"Por fim, os magistrados independentes", acrescentou. "Dá para imaginar que as penas de cada categoria serão diferentes. Alguns vão ser presos, outros vão apenas perder o cargo. Erdogan vai aproveitar a oportunidade para substituí-los por juristas leais ao AKP" (Partido da Justiça e do Desenvolvimento).
terça-feira, 19 de julho de 2016
Turquia pede oficialmente extradição de Gülen aos EUA
A Turquia encaminhou oficialmente um pedido aos Estados Unidos de extradição do clérigo muçulmano Fethullah Gülen, acusado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan de liderar a tentativa de golpe de 15 de julho de 2016.
Erdogan e seus aliados acusam Gülen, líder de um grande movimento islamista moderado e ex-aliado do presidente, de estar por trás do golpe fracassado. Os EUA admitem examinar o pedido, mas querem provas concretas de participação de Gülen na conspiração. A simples participação de membros do movimento gulenista não basta.
O pedido de extradição é enfraquecido pelo clima de caça às bruxas imposto pelo presidente na reação ao golpe. Entre prisões e expurgos, Erdogan já puniu 35 mil militares, juízes, promotores, policiais, professores e outros funcionários públicos que acusa de colaborar com o golpe.
A Europa e os EUA cobram o respeito à lei e aos princípios básicos da democracia. A comissária europeia de Relações Exteriores, Federica Mogherini, advertiu que a reintrodução da pena de morte fechará as portas da União Europeia para a Turquia.
Por outro lado, o governo turco usa a base aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Incirlik para pressionar os EUA. Ela é importante na guerra aérea dos EUA contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Erdogan e seus aliados acusam Gülen, líder de um grande movimento islamista moderado e ex-aliado do presidente, de estar por trás do golpe fracassado. Os EUA admitem examinar o pedido, mas querem provas concretas de participação de Gülen na conspiração. A simples participação de membros do movimento gulenista não basta.
O pedido de extradição é enfraquecido pelo clima de caça às bruxas imposto pelo presidente na reação ao golpe. Entre prisões e expurgos, Erdogan já puniu 35 mil militares, juízes, promotores, policiais, professores e outros funcionários públicos que acusa de colaborar com o golpe.
A Europa e os EUA cobram o respeito à lei e aos princípios básicos da democracia. A comissária europeia de Relações Exteriores, Federica Mogherini, advertiu que a reintrodução da pena de morte fechará as portas da União Europeia para a Turquia.
Por outro lado, o governo turco usa a base aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Incirlik para pressionar os EUA. Ela é importante na guerra aérea dos EUA contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
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Três soldados franceses morreram em queda de helicóptero na Líbia
Três soldados de elite da França morreram quando viajavam num helicóptero do Exército Nacional da Líbia abatido por rebeldes islamistas perto de Bengázi, a segunda maior cidade do país, reportou a agência Associated Press (AP), citando fontes militares líbias.
Ninguém sobreviveu. O Ministério da Defesa da França se negou a comentar, alegando não poder fornecer informações sobre suas forças de operações especiais. Oficialmente não se sabia da presença de tropas de elite francesas na Líbia.
Cinco anos depois da queda do ditador Muamar Kadafi, a Líbia vive em estado de anarquia, com milícias rivais disputando o poder, inclusive o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, e enorme quantidade de armas.
Ninguém sobreviveu. O Ministério da Defesa da França se negou a comentar, alegando não poder fornecer informações sobre suas forças de operações especiais. Oficialmente não se sabia da presença de tropas de elite francesas na Líbia.
Cinco anos depois da queda do ditador Muamar Kadafi, a Líbia vive em estado de anarquia, com milícias rivais disputando o poder, inclusive o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, e enorme quantidade de armas.
Colômbia rejeita abertura temporária da fronteira com a Venezuela
A Colômbia quer a reabertura permanente da fronteira com a Venezuela e não apenas reaberturas temporárias para que venezuelanos possam comprar no exterior os produtos em falta no seu país, declarou hoje a ministro do Exterior, María Angela Holguín, citada pela agência Reuters.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fechou a fronteira durante a campanha para as eleições parlamentares de 6 de dezembro de 2015 a pretexto de combater a violência e o contrabando. Em duas oportunidades nos últimos 30 dias, mais de 160 venezuelanos saíram de Santo Antônio de Táchira para fazer comprar em Cúcuta, na Colômbia.
A próxima abertura deverá ser permanente, pressionou a chanceler colombiana.
Sob o impacto das políticas desastrosas do fracassado "socialismo do século 21" e da queda dos preços do petróleo, o regime chavista levou a Venezuela à pior crise econômica de sua história, com recessão de 18% em dois anos, inflação de 720% ao ano e desabastecimento de mais de 80% dos produtos encontrados normalmente num supermercado.
Com o país à beira do colapso, Maduro reabriu temporariamente a fronteira, mas isso não é solução para a tragédia venezuelana. Apesar de algumas iniciativas diplomáticas, os países da região não conseguiram articular o diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fechou a fronteira durante a campanha para as eleições parlamentares de 6 de dezembro de 2015 a pretexto de combater a violência e o contrabando. Em duas oportunidades nos últimos 30 dias, mais de 160 venezuelanos saíram de Santo Antônio de Táchira para fazer comprar em Cúcuta, na Colômbia.
A próxima abertura deverá ser permanente, pressionou a chanceler colombiana.
Sob o impacto das políticas desastrosas do fracassado "socialismo do século 21" e da queda dos preços do petróleo, o regime chavista levou a Venezuela à pior crise econômica de sua história, com recessão de 18% em dois anos, inflação de 720% ao ano e desabastecimento de mais de 80% dos produtos encontrados normalmente num supermercado.
Com o país à beira do colapso, Maduro reabriu temporariamente a fronteira, mas isso não é solução para a tragédia venezuelana. Apesar de algumas iniciativas diplomáticas, os países da região não conseguiram articular o diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela.
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Trump é oficialmente candidato republicano à Casa Branca
Há um ano parecia impossível, mas o magnata imobiliário Donald Trump será o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos na eleição de 8 de novembro de 2016. A convenção nacional do partido, realizada em Cleveland, no estado de Ohio, oficializou há pouco a indicação.
Quando seu filho Donald Trump Jr. anunciou os votos do estado de Nova York, o bilionário atingiu o número mínimo de 1.237 delegados para garantir a candidatura. Ao todo, Trump recebeu os votos de 1.725 delegados, 69,8% do total, a oitava menor porcentagem da história do partido.
Isso significa que ele sofreu a maior oposição interna (30,2%) desde a última convenção disputada, em 1976, e a segunda maior em um século, observou o jornal The Washington Post.
Em discurso na quinta-feira, Trump aceita oficialmente a investidura.
Ainda hoje, os delegados devem confirmar a candidatura a vice-presidente do governador do estado de Indiana, Mike Pence.
Trump foi o grande fenômeno das eleições primárias deste ano. Com uma retórica agressiva de negociante e apresentador de televisão, o bilionário explora os medos do eleitorado americano, da violência, do desemprego e dos imigrantes. Comprou brigas com as mulheres, com os mexicanos e demais latino-americanos, com muçulmanos e imigrantes de modo geral.
Houve algumas tentativas de rebelião dentro do Partido Republicano de grupos que não o consideram conservador. Demagogo e oportunista, Trump era a favor do aborto e do controle de armas. Mudou o discurso para agradar ao eleitorado mais à direita.
A convenção nacional republicana para consagrar o bufônico Trump é marcada pelas ausências. De todos os ex-presidentes e candidatos do partido à Casa Branca, só Bob Dole participa do evento. A família Bush, com dois ex-presidentes boicota a convenção republicana, assim como o senador John McCain, candidato em 2008, e o empresário Mitt Romney, derrotado em 2012.
Até o governador do estado de Ohio, onde se realiza a convenção, John Kasich, está ausente, assim como outras figuras eminentes do partido como o senador Lindsay Graham.
Quando seu filho Donald Trump Jr. anunciou os votos do estado de Nova York, o bilionário atingiu o número mínimo de 1.237 delegados para garantir a candidatura. Ao todo, Trump recebeu os votos de 1.725 delegados, 69,8% do total, a oitava menor porcentagem da história do partido.
Isso significa que ele sofreu a maior oposição interna (30,2%) desde a última convenção disputada, em 1976, e a segunda maior em um século, observou o jornal The Washington Post.
Em discurso na quinta-feira, Trump aceita oficialmente a investidura.
Ainda hoje, os delegados devem confirmar a candidatura a vice-presidente do governador do estado de Indiana, Mike Pence.
Trump foi o grande fenômeno das eleições primárias deste ano. Com uma retórica agressiva de negociante e apresentador de televisão, o bilionário explora os medos do eleitorado americano, da violência, do desemprego e dos imigrantes. Comprou brigas com as mulheres, com os mexicanos e demais latino-americanos, com muçulmanos e imigrantes de modo geral.
Houve algumas tentativas de rebelião dentro do Partido Republicano de grupos que não o consideram conservador. Demagogo e oportunista, Trump era a favor do aborto e do controle de armas. Mudou o discurso para agradar ao eleitorado mais à direita.
A convenção nacional republicana para consagrar o bufônico Trump é marcada pelas ausências. De todos os ex-presidentes e candidatos do partido à Casa Branca, só Bob Dole participa do evento. A família Bush, com dois ex-presidentes boicota a convenção republicana, assim como o senador John McCain, candidato em 2008, e o empresário Mitt Romney, derrotado em 2012.
Até o governador do estado de Ohio, onde se realiza a convenção, John Kasich, está ausente, assim como outras figuras eminentes do partido como o senador Lindsay Graham.
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Supremo da Colômbia aprova referendo sobre paz com FARC
O Supremo Tribunal da Colômbia aprovou ontem a convocação de um referendo para aprovar um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o maior grupo guerrilheiro em atividade na América.
Depois de quatro anos de negociações em Havana, a capital de Cuba, as duas partes em guerra concordaram em realizar uma consulta popular para selar a paz. O tribunal decidiu que pelo menos 13% do eleitorado colombiano precisa participar para o resultado do referendo ser válido.
As FARC são o maior grupo guerrilheiro colombiano. Resta ainda o Exército de Libertação Nacional (ELN), mas a ameaça dos grupos armados de esquerda diminui consideravelmente com o acordo de paz.
Depois de quatro anos de negociações em Havana, a capital de Cuba, as duas partes em guerra concordaram em realizar uma consulta popular para selar a paz. O tribunal decidiu que pelo menos 13% do eleitorado colombiano precisa participar para o resultado do referendo ser válido.
As FARC são o maior grupo guerrilheiro colombiano. Resta ainda o Exército de Libertação Nacional (ELN), mas a ameaça dos grupos armados de esquerda diminui consideravelmente com o acordo de paz.
Estado Islâmico metralha 12 mulheres que protestavam em Mossul
Pela primeira vez desde que a milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomou a segunda maior cidade do Iraque, Mossul, em 10 de junho de 2014, um grupo de mulheres protestou ontem contra as práticas da organização terrorista. Doze manifestantes foram fuziladas e outras presas, informou o presidente do Partido Democrático do Curdistão em Mossul, Said Mamozini.
No campo de batalha, depois de horas de combate, o Exército do Iraque e milícias aliadas reassumiram o controle de Awsajah, a sudeste de Mossul.
"Um amplo ataque vindo de duas direções foi realizado pela liberar Al Awsajah, com apoio aéreo da coligação liderada pelos Estados Unidos", relatou o porta-voz militar iraquiano Amin Chekhani. "Durante a operação, oito soldados foram feridos, mas as forças continuaram avançando até libertar a região dos combatentes do Estado Islâmico."
O porta-voz militar do Iraque acrescentou que a vila estava praticamente vazia quando o ataque começou ontem. Os moradores fugiram nos dias anteriores ao ataque. Pelo menos 20 rebeldes morreram na operação.
No campo de batalha, depois de horas de combate, o Exército do Iraque e milícias aliadas reassumiram o controle de Awsajah, a sudeste de Mossul.
"Um amplo ataque vindo de duas direções foi realizado pela liberar Al Awsajah, com apoio aéreo da coligação liderada pelos Estados Unidos", relatou o porta-voz militar iraquiano Amin Chekhani. "Durante a operação, oito soldados foram feridos, mas as forças continuaram avançando até libertar a região dos combatentes do Estado Islâmico."
O porta-voz militar do Iraque acrescentou que a vila estava praticamente vazia quando o ataque começou ontem. Os moradores fugiram nos dias anteriores ao ataque. Pelo menos 20 rebeldes morreram na operação.
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Moradores da fronteira EUA-México rejeitam muro proposto por Truman
Cerca de 80% dos moradores que vivem ao longo da fronteira entre os Estados Unidos e o México são contra a proposta do pré-candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump, de construir um muro entre os dois países, indica uma pesquisa divulgada ontem.
Na pesquisa feita pelo canal de televisão Univisión e os jornais Dallas Morning Post e Cronkite News, 86% dos residentes do lado mexicano e 72% dos moradores ao norte do Rio Grande repudiram o projeto.
Só 10% dos 727 moradores das cidades mexicanas de Matamoros, Novo Laredo, Cidade Acuña, Cidade Juárez, Nogales, São Luís e Tijuana ouvidos na pesquisa são a favor de uma das ideias mais controvertidas da atual campanha eleitoral nos EUA. Do lado americano, 22% apoiam o projeto de Trump.
Quem pagaria a conta? Só 2% dos moradores dos EUA concordam com a proposta de Trump de que o México deve pagar pela obra.
Trump também promete expulsar os 11 milhões de imigrantes ilegais e ameaçou proibir a entrada de muçulmanos nos EUA, o que é inconstitucional. A Emenda nº 1 à Constituição dos EUA garante plena liberdade religiosa.
Na pesquisa feita pelo canal de televisão Univisión e os jornais Dallas Morning Post e Cronkite News, 86% dos residentes do lado mexicano e 72% dos moradores ao norte do Rio Grande repudiram o projeto.
Só 10% dos 727 moradores das cidades mexicanas de Matamoros, Novo Laredo, Cidade Acuña, Cidade Juárez, Nogales, São Luís e Tijuana ouvidos na pesquisa são a favor de uma das ideias mais controvertidas da atual campanha eleitoral nos EUA. Do lado americano, 22% apoiam o projeto de Trump.
Quem pagaria a conta? Só 2% dos moradores dos EUA concordam com a proposta de Trump de que o México deve pagar pela obra.
Trump também promete expulsar os 11 milhões de imigrantes ilegais e ameaçou proibir a entrada de muçulmanos nos EUA, o que é inconstitucional. A Emenda nº 1 à Constituição dos EUA garante plena liberdade religiosa.
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Jovem afegão fere quatro pessoas com machado na Alemanha
A milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou hoje a responsabilidade pelo ataque de um jovem afegão de 17 anos com um machado e uma faca num trem no interior da Alemanha. Quatro pessoas saíram feridas. O jovem foi morto pela polícia na fuga.
"O autor do ataque com arma branca na Alemanha era um combatente do Estado Islâmico", declarou a agência oficial de notícias do grupo na Internet, Amaq.
Na noite de ontem, aos gritos de "Alá é o maior!", o jovem atacou passageiros de um trem que ia de Treuchlingen para Wurzburg, no estado da Baviera. Ele chegou sozinho à Alemanha há dois anos, onde pediu asilo como menor desacompanhado. No quarto do adolescente, a polícia encontrou uma bandeira do Estado Islâmico. As quatro vítimas eram de Hong Kong, na China.
O ataque é uma tragédia para a crise dos refugiados, observou o jornal inglês The Independent. Vai aumentar a rejeição aos refugiados. Mais de 1 milhão de refugiados pediram asilo à Alemanha só no ano passado, mas a imensa maioria não vai para países ricos. Fica em países vizinhos de zonas de guerra como Turquia, Líbano, Jordânia e Paquistão.
"O autor do ataque com arma branca na Alemanha era um combatente do Estado Islâmico", declarou a agência oficial de notícias do grupo na Internet, Amaq.
Na noite de ontem, aos gritos de "Alá é o maior!", o jovem atacou passageiros de um trem que ia de Treuchlingen para Wurzburg, no estado da Baviera. Ele chegou sozinho à Alemanha há dois anos, onde pediu asilo como menor desacompanhado. No quarto do adolescente, a polícia encontrou uma bandeira do Estado Islâmico. As quatro vítimas eram de Hong Kong, na China.
O ataque é uma tragédia para a crise dos refugiados, observou o jornal inglês The Independent. Vai aumentar a rejeição aos refugiados. Mais de 1 milhão de refugiados pediram asilo à Alemanha só no ano passado, mas a imensa maioria não vai para países ricos. Fica em países vizinhos de zonas de guerra como Turquia, Líbano, Jordânia e Paquistão.
Melania Trump plagiou discurso de Michelle Obama
Mais um escândalo ronda a candidatura do magnata imobiliário Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos na eleição de 8 de novembro de 2016. Ao apresentar uma imagem humana do marido no primeiro dia da convenção nacional do Partido Republicano, sua mulher Melania Trump, copiou trechos do discurso de Michelle Obama na convenção do Partido Democrata em 2008.
Logo depois do discurso, a televisão americana CNN e o jornal The Washington Post apontaram partes praticamente iguais. Melanie reproduziu o discurso de Michelle sobre valores ensinados pelos pais de que "você trabalha trabalha muito pelo que quer na vida", sua palavra é um compromisso e de que "se deve tratar as pessoas com respeito".
Mais adiante, a frase "porque queremos que nossas criança saibam que o único limite a suas conquistas é o alcance do seus sonhos e sua vontade para trabalhar por eles", do discurso de Michelle em 2008, foi repetida com uma única mudança: em vez de "o alcance dos seus sonhos", Melanie usou "a força dos seus sonhos".
Melania afirmou que ela mesma escreveu o discurso com uma pequena ajuda de assessores da campanha de Trump. Foi mais um gesto de amadorismo, arrogância e incompetência da candidatura do bilionário. A questão é: vai fazer alguma diferença para o eleitorado que o apoia?
As últimas pesquisas indicam uma queda da vantagem da ex-secretária de Estado Hillary Clinton para 5 a 7 pontos percentuais depois que uma investigação concluiu que ela foi "extremamente descuidada" ao usar uma conta pessoal de correio eletrônico quando chefiava a diplomacia americana, colocando em risco a segurança nacional dos EUA.
Logo depois do discurso, a televisão americana CNN e o jornal The Washington Post apontaram partes praticamente iguais. Melanie reproduziu o discurso de Michelle sobre valores ensinados pelos pais de que "você trabalha trabalha muito pelo que quer na vida", sua palavra é um compromisso e de que "se deve tratar as pessoas com respeito".
Mais adiante, a frase "porque queremos que nossas criança saibam que o único limite a suas conquistas é o alcance do seus sonhos e sua vontade para trabalhar por eles", do discurso de Michelle em 2008, foi repetida com uma única mudança: em vez de "o alcance dos seus sonhos", Melanie usou "a força dos seus sonhos".
Melania afirmou que ela mesma escreveu o discurso com uma pequena ajuda de assessores da campanha de Trump. Foi mais um gesto de amadorismo, arrogância e incompetência da candidatura do bilionário. A questão é: vai fazer alguma diferença para o eleitorado que o apoia?
As últimas pesquisas indicam uma queda da vantagem da ex-secretária de Estado Hillary Clinton para 5 a 7 pontos percentuais depois que uma investigação concluiu que ela foi "extremamente descuidada" ao usar uma conta pessoal de correio eletrônico quando chefiava a diplomacia americana, colocando em risco a segurança nacional dos EUA.
Coreia do Norte testa três mísseis balísticos
O regime comunista da Coreia do Norte disparou três mísseis balísticos na madrugada de hoje, anunciou o comando do Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, citado pela rede de televisão americana CNN.
Os mísseis foram lançados de uma base situada na província oriental de Hwanghae do Norte e voaram por 500 a 600 quilômetros antes de cair no mar. É a resposta ao anúncio feito em 8 de julho de 2016 pelos EUA e a Coreia do Sul de que vão instalar um sistema de defesa antimísseis.
A China se opõe ao sistema de defesa antimísseis por temer que possa ser usado contra ela no futuro em caso de guerra contra os EUA.
Os mísseis foram lançados de uma base situada na província oriental de Hwanghae do Norte e voaram por 500 a 600 quilômetros antes de cair no mar. É a resposta ao anúncio feito em 8 de julho de 2016 pelos EUA e a Coreia do Sul de que vão instalar um sistema de defesa antimísseis.
A China se opõe ao sistema de defesa antimísseis por temer que possa ser usado contra ela no futuro em caso de guerra contra os EUA.
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Obras de Le Corbusier e Niemeyer são patrimônio da humanidade
As obras de dois mestres da arquitetura moderna, o franco-suíço Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier (1887-1965), e o brasileiro Oscar Niemeyer, passaram a ser consideradas desde domingo patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
A arquitetura moderna surge depois da Primeira Guerra Mundial e busca o funcional, a pureza das linhas e o emprego de novos materiais como ferro, aço e concreto armado.
Dezessete obras de Le Corbusier situadas em sete países (França, Suíça, Bélgica, Alemanha, Argentina, Japão e Índia) foram inscritas como patrimônio da humanidade, entre elas a Cidade Radiante, em Marselha, e a Capela de Nossa Senhora do Alto, em Ronchamps, na França; a Casa Guiette, em Antuérpia, na Bélgica; e o Museu de Arte Ocidental, em Tóquio, no Japão.
O conjunto da Pampulha, projetado pelo arquiteto brasileiro na década de 1940, quando Juscelino Kubitschek de Oliveira era prefeito de Belo Horizonte, também passou a ser considerado patrimônio cultural da humanidade.
Capela em Ronchamps, na França |
Dezessete obras de Le Corbusier situadas em sete países (França, Suíça, Bélgica, Alemanha, Argentina, Japão e Índia) foram inscritas como patrimônio da humanidade, entre elas a Cidade Radiante, em Marselha, e a Capela de Nossa Senhora do Alto, em Ronchamps, na França; a Casa Guiette, em Antuérpia, na Bélgica; e o Museu de Arte Ocidental, em Tóquio, no Japão.
O conjunto da Pampulha, projetado pelo arquiteto brasileiro na década de 1940, quando Juscelino Kubitschek de Oliveira era prefeito de Belo Horizonte, também passou a ser considerado patrimônio cultural da humanidade.
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domingo, 17 de julho de 2016
Turquia prende 6 mil depois do golpe fracassado
O governo da Turquia prendeu pelo menos 6 mil pessoas desde o fracassado golpe militar de 15 de julho de 2016 contra o presidente Recep Tayyip Erdogan e deve haver mais, anunciou hoje o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, noticiou a televisão pública britânica BBC. O expurgo inclui altos comandantes militares e 2,7 mil juízes.
Mais de 50 militares golpistas foram detidos hoje na província de Denizli, inclusive o comandante da guarnição, general Ozhan Ozbakir.
Também foram presos nos últimos dias o ministro do Supremo Tribunal Alparslan Altan; o comandante do 2º Exército, general Adem Huduti; o comandante do 3º Exército, general Erdal Ozturk; e o brigadeiro Akin Ozturk, ex-comandante da Força Aérea, apontado como líder do golpe..
Pelo menos 290 pessoas morreram na tentativa de golpe, sendo mais de 100 rebeldes. Erdogan acusou o clérigo dissidente Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, e pediu sua extradição. O governo americano pediu provas de seu envolvimento.
A tentativa de golpe divide ainda mais a Turquia e suas Forças Armadas no momento em que o país está envolvido nas guerras civis da Síria e do Iraque, reiniciou há um ano sua própria guerra civil com os curdos e enfrenta a ameaça terrorista do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
O presidente vai aproveitar o golpe para fortalecer seu regime autoritário, dividindo e fragilizando ainda mais a Turquia.
Mais de 50 militares golpistas foram detidos hoje na província de Denizli, inclusive o comandante da guarnição, general Ozhan Ozbakir.
Também foram presos nos últimos dias o ministro do Supremo Tribunal Alparslan Altan; o comandante do 2º Exército, general Adem Huduti; o comandante do 3º Exército, general Erdal Ozturk; e o brigadeiro Akin Ozturk, ex-comandante da Força Aérea, apontado como líder do golpe..
Pelo menos 290 pessoas morreram na tentativa de golpe, sendo mais de 100 rebeldes. Erdogan acusou o clérigo dissidente Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, e pediu sua extradição. O governo americano pediu provas de seu envolvimento.
A tentativa de golpe divide ainda mais a Turquia e suas Forças Armadas no momento em que o país está envolvido nas guerras civis da Síria e do Iraque, reiniciou há um ano sua própria guerra civil com os curdos e enfrenta a ameaça terrorista do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
O presidente vai aproveitar o golpe para fortalecer seu regime autoritário, dividindo e fragilizando ainda mais a Turquia.
Turquia busca lições no golpe fracassado
O golpe contra o presidente Recep Tayyip Erdogan e o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) na Turquia começou às 21h30 de ontem pela hora local (17h30) em Brasília, quando as duas pontes que ligam a Europa à Ásia sobre o Estreito de Bósforo e os aeroportos de Ancara e Istambul foram tomados pelos golpistas.
Ao mesmo tempo, aviões de guerra faziam voos rasantes sobre o palácio presidencial e a Assembleia Nacional. Tanques saíram às ruas em Ancara e Istambul. Helicópteros dos rebeldes atacaram as sedes da polícia e do serviço de inteligência, leais a Erdogan, enquanto outros ocupavam meios de comunicação como a CNN na Turquia e o jornal Hurryiet.
O presidente estava na cidade de Marmaris, uma praia no Mar Egeu. Com os aeroportos das duas maiores cidades turcas em poder dos rebeldes, não tinha como voltar aos centros de poder. De lá mesmo, deu uma entrevista à CNN turca via FaceTime e apelou à população para sair às ruas e resistir ao golpe. Erdogan disse depois que o hotel onde estava foi bombardeado depois que ele saiu.
A conspiração começou a fracassar quando o comandante do 1º Exército, general legalista Ümit Dündar, assumiu o controle do Aeroporto Ataturk, em Istambul.
Quando Erdogan chegou a Istambul, a polícia atacava os militares que haviam ocupado meios de comunicação. Os três principais partidos de oposição e a mídia apoiaram o governo eleito democraticamente, apesar dos abusos e do crescimento autoritarismo do presidente, que autorizou invasão de meios de comunicação e a prisão de jornalistas, intelectuais e oposicionistas simplesmente por criticarem o governo.
Por ironia, foi o grupo de mídia Dogan, atacado no ano passado por partidários do governo, que deu voz à convocação de Erdogan à resistência popular.
A frustrada tentativa de golpe terminou com 265 mortes, na descrição do governo "161 mártires e 104 golpistas", e um expurgo nas Forças Armadas e na Justiça, com a prisão de 2.839 militares, inclusive altos oficiais como o comandante do 2º Exército, e o afastamento de cerca de 2,7 mil juízes.
Ao mesmo tempo, aviões de guerra faziam voos rasantes sobre o palácio presidencial e a Assembleia Nacional. Tanques saíram às ruas em Ancara e Istambul. Helicópteros dos rebeldes atacaram as sedes da polícia e do serviço de inteligência, leais a Erdogan, enquanto outros ocupavam meios de comunicação como a CNN na Turquia e o jornal Hurryiet.
O presidente estava na cidade de Marmaris, uma praia no Mar Egeu. Com os aeroportos das duas maiores cidades turcas em poder dos rebeldes, não tinha como voltar aos centros de poder. De lá mesmo, deu uma entrevista à CNN turca via FaceTime e apelou à população para sair às ruas e resistir ao golpe. Erdogan disse depois que o hotel onde estava foi bombardeado depois que ele saiu.
A conspiração começou a fracassar quando o comandante do 1º Exército, general legalista Ümit Dündar, assumiu o controle do Aeroporto Ataturk, em Istambul.
Quando Erdogan chegou a Istambul, a polícia atacava os militares que haviam ocupado meios de comunicação. Os três principais partidos de oposição e a mídia apoiaram o governo eleito democraticamente, apesar dos abusos e do crescimento autoritarismo do presidente, que autorizou invasão de meios de comunicação e a prisão de jornalistas, intelectuais e oposicionistas simplesmente por criticarem o governo.
Por ironia, foi o grupo de mídia Dogan, atacado no ano passado por partidários do governo, que deu voz à convocação de Erdogan à resistência popular.
A frustrada tentativa de golpe terminou com 265 mortes, na descrição do governo "161 mártires e 104 golpistas", e um expurgo nas Forças Armadas e na Justiça, com a prisão de 2.839 militares, inclusive altos oficiais como o comandante do 2º Exército, e o afastamento de cerca de 2,7 mil juízes.
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sábado, 16 de julho de 2016
Erdogan pede aos EUA a extradição de Fethullah Gülen
Em seu primeiro pronunciamento público desde a tentativa de golpe militar na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou há pouco que "estamos todos unidos sob a mesma bandeira" e chamou os golpistas de "terroristas", prometendo desmantelar o que chamou de Estado paralelo.
Erdogan responsabilizou seu antigo aliado Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano exilado nos Estados Unidos, pelo golpe e pediu ao governo americano sua prisão e extradição.
Quatro partidos divulgaram manifesto hoje em apoio ao governo democraticamente eleito, o governista Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), o Partido Popular Republicano (CHP), o Partido Democrático Popular (HDP), curdo moderado, e o Partido Movimento Nacionalista (MHP).
O apoio dos três principais partidos de oposição ao governo vai marcar o início de uma nova era de cooperação, declarou o primeiro-ministro Binali Yildirim. Mas a expectativa dos analistas é de fortalecimento do regime autoritário de Erdogan, que está no poder desde 2003, primeiro como primeiro-ministro e desde 2014 como presidente.
Três horas depois do início do golpe, os EUA divulgaram nota em apoio ao governo eleito da Turquia. Hoje, pediram moderação e respeito à lei na reação ao golpe. De acordo com a televisão americana CNN, o governo Barack Obama está disposto a examinar o pedido de extradição. Quer ver os indícios e provas que a Turquia tem contra Gülen.
Erdogan responsabilizou seu antigo aliado Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano exilado nos Estados Unidos, pelo golpe e pediu ao governo americano sua prisão e extradição.
Quatro partidos divulgaram manifesto hoje em apoio ao governo democraticamente eleito, o governista Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), o Partido Popular Republicano (CHP), o Partido Democrático Popular (HDP), curdo moderado, e o Partido Movimento Nacionalista (MHP).
O apoio dos três principais partidos de oposição ao governo vai marcar o início de uma nova era de cooperação, declarou o primeiro-ministro Binali Yildirim. Mas a expectativa dos analistas é de fortalecimento do regime autoritário de Erdogan, que está no poder desde 2003, primeiro como primeiro-ministro e desde 2014 como presidente.
Três horas depois do início do golpe, os EUA divulgaram nota em apoio ao governo eleito da Turquia. Hoje, pediram moderação e respeito à lei na reação ao golpe. De acordo com a televisão americana CNN, o governo Barack Obama está disposto a examinar o pedido de extradição. Quer ver os indícios e provas que a Turquia tem contra Gülen.
Golpe na Turquia termina com 265 mortos e 2.839 militares presos
O governo da Turquia reassumiu totalmente hoje o controle do país depois de uma tentativa de golpe militar ontem à noite, quando soldados rebeldes ocuparam o aeroporto de Istambul e as pontes que ligam a Europa à Ásia, e atacaram forças legalistas na capital, Ancara.
Pelo menos 265 pessoas foram mortas, inclusive 20 líderes golpistas, e 1.440 feridas. Com o colapso do golpe, 2.839 militares foram presos e cerca de 2,7 mil juízes foram demitidos.
Em pronunciamento à nação, o primeiro-ministro Binali Yildirim declarou que a situação está sob controle e que a tentativa de golpe foi "uma mancha negra na democracia". Ele descreveu os mortos como "161 mártires e 104 golpistas", e chamou os golpistas de "terroristas".
Todos os partidos de oposição apoiaram o governo, que acusa o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, de liderar a conspiração. Ela nega.
Quando os tanques tomaram as ruas de Ancara e Istambul, o presidente Recep Tayyip Erdogan convocou a população a sair às ruas e resistir ao golpe. Foi atendido. Milhares de pessoas cercaram os tanques, bloquearam sua passagem e desarmaram soldados rebeldes.
Ao reaparecer no aeroporto de Istambul durante a madrugada, Erdogan chamou os golpistas de "traidores" e prometeu um duro tratamento do caso pela Justiça.
Pelo menos 265 pessoas foram mortas, inclusive 20 líderes golpistas, e 1.440 feridas. Com o colapso do golpe, 2.839 militares foram presos e cerca de 2,7 mil juízes foram demitidos.
Em pronunciamento à nação, o primeiro-ministro Binali Yildirim declarou que a situação está sob controle e que a tentativa de golpe foi "uma mancha negra na democracia". Ele descreveu os mortos como "161 mártires e 104 golpistas", e chamou os golpistas de "terroristas".
Todos os partidos de oposição apoiaram o governo, que acusa o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, de liderar a conspiração. Ela nega.
Quando os tanques tomaram as ruas de Ancara e Istambul, o presidente Recep Tayyip Erdogan convocou a população a sair às ruas e resistir ao golpe. Foi atendido. Milhares de pessoas cercaram os tanques, bloquearam sua passagem e desarmaram soldados rebeldes.
Ao reaparecer no aeroporto de Istambul durante a madrugada, Erdogan chamou os golpistas de "traidores" e prometeu um duro tratamento do caso pela Justiça.
Estado Islâmico reivindica atentado em Nice
Através de sua agência de notícias Amaq, a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista que matou 84 pessoas no dia 14 de julho em Nice, no Sul da França, atropelando-as com um caminhão frigorífico.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, revelou que o terrorista tunisiano virou extremista rapidamente, noticiou o jornal Libération.
"Parece que o terrorista radicalizou suas visões rapidamente", afirmou Cazeneuve, sem revelar muitos detalhes. "Estes são os primeiros resultados de nossa investigação através de entrevistas com seus conhecidos."
Até agora, cinco pessoas foram detidas para interrogatório. Uma falou com o terrorista momentos antes do atentado.
A grande dúvida das autoridades francesas é se Bouhlel agiu sozinho ou em contato direto com a milícia terrorista. Ele morava há seis anos em Nice, um dos focos do extremismo muçulmano na França.
É improvável que o Estado Islâmico tenha organizado o ataque. Mais parece ter inspirado, mas também pode estar apenas fazendo propaganda em cima do atentado.
"Estamos enfrentando agora indivíduos que respondem positivamente às mensagens do Estado Islâmico sem ter acesso a nenhum treinamento especial nem acesso a armas que permitam cometer assassinatos em massa", observou o ministro do Interior.
A agência Amaq afirmou que Bouhlel "era um soldado do Estado Islâmico" citando "fontes internas" da organização. "Ele executou a operação em resposta aos apelos para alvejar cidadãos da coalizão de nações que luta contra o Estado Islâmico", alegou genericamente, sem fornecer qualquer prova.
A rádio oficial do grupo, al-Bayan, exaltou a "nova tática" usada pelo terrorista tunisiano: "Os países cruzados sabem que não importa quanto aplicarem procedimentos e medidas de segurança não vão conseguir impedir os mujahedin de atacar."
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, revelou que o terrorista tunisiano virou extremista rapidamente, noticiou o jornal Libération.
"Parece que o terrorista radicalizou suas visões rapidamente", afirmou Cazeneuve, sem revelar muitos detalhes. "Estes são os primeiros resultados de nossa investigação através de entrevistas com seus conhecidos."
Até agora, cinco pessoas foram detidas para interrogatório. Uma falou com o terrorista momentos antes do atentado.
A grande dúvida das autoridades francesas é se Bouhlel agiu sozinho ou em contato direto com a milícia terrorista. Ele morava há seis anos em Nice, um dos focos do extremismo muçulmano na França.
É improvável que o Estado Islâmico tenha organizado o ataque. Mais parece ter inspirado, mas também pode estar apenas fazendo propaganda em cima do atentado.
"Estamos enfrentando agora indivíduos que respondem positivamente às mensagens do Estado Islâmico sem ter acesso a nenhum treinamento especial nem acesso a armas que permitam cometer assassinatos em massa", observou o ministro do Interior.
A agência Amaq afirmou que Bouhlel "era um soldado do Estado Islâmico" citando "fontes internas" da organização. "Ele executou a operação em resposta aos apelos para alvejar cidadãos da coalizão de nações que luta contra o Estado Islâmico", alegou genericamente, sem fornecer qualquer prova.
A rádio oficial do grupo, al-Bayan, exaltou a "nova tática" usada pelo terrorista tunisiano: "Os países cruzados sabem que não importa quanto aplicarem procedimentos e medidas de segurança não vão conseguir impedir os mujahedin de atacar."
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Turquia prende 754 militares golpistas
O governo da Turquia anunciou há pouco a prisão de 754 militares suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe de Estado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan e o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), islamista moderado.
Pelo menos 60 pessoas morreram e 150 saíram feridas dos combates entre os militares golpistas e as forças legalistas, a maioria na capital, Ancara.
Cerca de 50 soldados que haviam tomado a Ponte do Bósforo se renderam depois de matar três civis e disparar jatos d'água contra a polícia.
Depois de ficar horas desaparecido, o presidente Erdogan reapareceu no aeroporto de Istambul, que chegou a ser tomado pelos golpistas, e prometeu processar e punir os responsáveis.
Os tanques rebeldes chegaram a bombardear a Assembleia Nacional e a cercar o palácio presidencial, em Ancara, mas foram atacados por caças-bombardeiros da Força Aérea leais ao governo.
A Força Aérea também derrubou um helicóptero usado por golpistas. Pelo menos 17 policiais de forças especiais foram mortos pelos militares rebeldes, assim como três civis que desafiaram o bloqueio de uma das pontes que ligam a Europa à Ásia.
Pelo menos 60 pessoas morreram e 150 saíram feridas dos combates entre os militares golpistas e as forças legalistas, a maioria na capital, Ancara.
Cerca de 50 soldados que haviam tomado a Ponte do Bósforo se renderam depois de matar três civis e disparar jatos d'água contra a polícia.
Depois de ficar horas desaparecido, o presidente Erdogan reapareceu no aeroporto de Istambul, que chegou a ser tomado pelos golpistas, e prometeu processar e punir os responsáveis.
Os tanques rebeldes chegaram a bombardear a Assembleia Nacional e a cercar o palácio presidencial, em Ancara, mas foram atacados por caças-bombardeiros da Força Aérea leais ao governo.
A Força Aérea também derrubou um helicóptero usado por golpistas. Pelo menos 17 policiais de forças especiais foram mortos pelos militares rebeldes, assim como três civis que desafiaram o bloqueio de uma das pontes que ligam a Europa à Ásia.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Governo da Turquia manda abater aviões de militares rebelados
Com uma multidão nas ruas de Ancara e Istambul para resistir ao golpe, o primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, declarou que a situação está praticamente sob controle depois de uma rebelião militar e mandou a Força Aérea abater aviões militares rebeldes que sobrevoam as maiores cidades do país.
Pelo menos 46 pessoas morreram na tentativa de golpe na Turquia, a maioria na capital, Ancara.
Os golpistas tiveram a vantagem inicial da surpresa. Rapidamente tanques ocuparam as ruas das principais cidades, as pontes ligando a Europa à Ásia, o aeroporto e meios de comunicação. Mas há um contragolpe em marcha com o apoio dos partidos secularistas que fazem oposição ao presidente Recep Tayyip Erdogan.
Para a empresa de análise estratégica Stratfor, o golpe fracassa porque ao que tudo indica é liderado por uma pequena facção de militares ligados ao movimento gulenista, um grupo político islamista liderado por Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano, escritor e pensador turco exilado nos Estados Unidos.
De aliado do presidente Erdogan, Gülen virou inimigo quando seu poder começou a incomodar. Seus seguidores foram expurgados da mídia e do governo em 2014, mas mantêm influência nas Forças Armadas.
Assim, o golpe não seria liderado pela ala secularista do Exército que se considera guardiã dos princípios da República Turca criada em 1923 por Mustafá Kemal Ataturk. Por isso, não tem o apoio da oposição civil.
Ao contrário, os principais partidos de oposição se unem ao governo e aos setores legalistas das Forças Armadas para o contragolpe, que parece estar vencendo a batalha. Ainda há combate nas ruas de Istambul. O presidente Erdogan reapareceu no aeroporto da cidade, que estava sob o controle dos golpistas, mas não reassumiu o governo em Ancara, sinal de problemas na capital.
Erdogan atribuiu o golpe a um pequeno grupo de militares e prometeu processá-los e puni-los: "Eles vão pagar por esta traição da maneira mais dura."
Pelo menos 46 pessoas morreram na tentativa de golpe na Turquia, a maioria na capital, Ancara.
Os golpistas tiveram a vantagem inicial da surpresa. Rapidamente tanques ocuparam as ruas das principais cidades, as pontes ligando a Europa à Ásia, o aeroporto e meios de comunicação. Mas há um contragolpe em marcha com o apoio dos partidos secularistas que fazem oposição ao presidente Recep Tayyip Erdogan.
Para a empresa de análise estratégica Stratfor, o golpe fracassa porque ao que tudo indica é liderado por uma pequena facção de militares ligados ao movimento gulenista, um grupo político islamista liderado por Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano, escritor e pensador turco exilado nos Estados Unidos.
De aliado do presidente Erdogan, Gülen virou inimigo quando seu poder começou a incomodar. Seus seguidores foram expurgados da mídia e do governo em 2014, mas mantêm influência nas Forças Armadas.
Assim, o golpe não seria liderado pela ala secularista do Exército que se considera guardiã dos princípios da República Turca criada em 1923 por Mustafá Kemal Ataturk. Por isso, não tem o apoio da oposição civil.
Ao contrário, os principais partidos de oposição se unem ao governo e aos setores legalistas das Forças Armadas para o contragolpe, que parece estar vencendo a batalha. Ainda há combate nas ruas de Istambul. O presidente Erdogan reapareceu no aeroporto da cidade, que estava sob o controle dos golpistas, mas não reassumiu o governo em Ancara, sinal de problemas na capital.
Erdogan atribuiu o golpe a um pequeno grupo de militares e prometeu processá-los e puni-los: "Eles vão pagar por esta traição da maneira mais dura."
Erdogan apela à população que saia às ruas contra o golpe na Turquia
De local ignorado, o presidente Recep Tayyip Erdogan fez hoje à noite um apelo à população da Turquia para que saia às ruas e resista ao golpe militar que tenta derrubar seu governo. Os golpistas decretaram lei marcial e afirmaram agir em defesa da democracia.
Pelo menos 17 policiais foram mortos no quartel-general das forças especiais, informa agência oficial de notícias Anatólia. Aviões de caça da Força Aérea da Turquia teriam derrubado um helicóptero que transportava militares golpistas. Soldados teriam disparado contra populares numa das pontes que ligam a Europa à Asia em Istambul.
Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama e o secretário de Estado, John Kerry, divulgaram uma declaração apoiando o governo democraticamente eleito da Turquia.
Erdogan chegou ao poder em 2003 como primeiro-ministro, eleito pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), considerado islamista moderado, depois de uma série golpes de Estado durante a Guerra Fria (1960, 1971 e 1980) e um último em 1997 para garantir o secularismo da República Turca, fundada em 1923 por Mustafá Kemal Ataturk, com dissolução do Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial.
Nos seus primeiros governos, Erdogan levou crédito pelo rápido desenvolvimento econômico e a modernização do país, submetendo pela primeira vez os militares ao poder civil. Com o veto da França à adesão à União Europeia, Erdogan reorientou a Turquia para a Ásia e viu no islamismo uma ideologia para legitimá-lo, acirrando o conflito com os militares secularistas.
Em 2013, uma tentativa de reconstruir um quartel do Império Otomano como museu na principal área verde do centro de Istambul provocou uma reação popular e a ocupação da Praça Taksim e do Parque Guézi. Era evidente o autoritarismo crescente de Erdogan.
Para não deixar o poder depois de três mandatos como primeiro-ministro, ele foi eleito presidente em 2014, com o apoio do eleitorado mais conservador e religioso do interior. Desde então, luta para aumentar os poderes do chefe de Estado.
Nas eleições de 7 de junho de 2015, Erdogan pretendia conquistar uma maioria de dois terços para mudar a Constituição, criando uma presidência executiva e esvaziando os poderes do primeiro-ministro. Mas a entrada de um partido curdo moderado na Assembleia Nacional esvaziou a vitória do AKP, que teve apenas 40% dos votos.
Erdogan acabou com o processo de paz e reiniciou a guerra civil contra os guerrilheiros ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que luta pela independência do povo curdo, maioria no Sudeste da Turquia. Ao mesmo tempo, aumentou a censura e a repressão aos dissidentes.
Em julho do ano passado, diante de um atentado que matou 32 pessoas em Suruç, Erdogan declarou guerra à milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante depois de anos de tolerância e convivência com a passagem de armas e voluntários do martírio, e com o contrabando de petróleo do EI pela fronteira com a Síria. A conivência se deve em parte à vontade de derrubar o ditador sírio, Bachar Assad.
Desde o início deste ano, a Turquia foi alvo de 14 atentados terroristas.
Ao entrar diretamente na guerra civil da Síria, Erdogan bombardeou mais os curdos, que lutam na linha de frente contra o Estado Islâmico com o apoio dos EUA, do que os jihadistas. Em 24 de novembro de 2015, a Turquia abateu um avião de caça da Rússia, gerando um conflito com Moscou.
Nas últimas semanas, a Turquia anunciou a normalização das relações diplomáticas com a Rússia e Israel. A ruptura com Israel foi causada pelo ataque israelense a uma flotilha que tentava furar o bloqueio naval à Faixa de Gaza em 31 de maio de 2010, quando dez turcos foram mortos.
Sob ameaça de isolamento, Erdogan decidiu acabar com esses conflitos, mas foi mais um sinal de fraqueza. O golpe revela a profunda divisão do país e das Forças Armadas.
Pelo menos 17 policiais foram mortos no quartel-general das forças especiais, informa agência oficial de notícias Anatólia. Aviões de caça da Força Aérea da Turquia teriam derrubado um helicóptero que transportava militares golpistas. Soldados teriam disparado contra populares numa das pontes que ligam a Europa à Asia em Istambul.
Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama e o secretário de Estado, John Kerry, divulgaram uma declaração apoiando o governo democraticamente eleito da Turquia.
Erdogan chegou ao poder em 2003 como primeiro-ministro, eleito pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), considerado islamista moderado, depois de uma série golpes de Estado durante a Guerra Fria (1960, 1971 e 1980) e um último em 1997 para garantir o secularismo da República Turca, fundada em 1923 por Mustafá Kemal Ataturk, com dissolução do Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial.
Nos seus primeiros governos, Erdogan levou crédito pelo rápido desenvolvimento econômico e a modernização do país, submetendo pela primeira vez os militares ao poder civil. Com o veto da França à adesão à União Europeia, Erdogan reorientou a Turquia para a Ásia e viu no islamismo uma ideologia para legitimá-lo, acirrando o conflito com os militares secularistas.
Em 2013, uma tentativa de reconstruir um quartel do Império Otomano como museu na principal área verde do centro de Istambul provocou uma reação popular e a ocupação da Praça Taksim e do Parque Guézi. Era evidente o autoritarismo crescente de Erdogan.
Para não deixar o poder depois de três mandatos como primeiro-ministro, ele foi eleito presidente em 2014, com o apoio do eleitorado mais conservador e religioso do interior. Desde então, luta para aumentar os poderes do chefe de Estado.
Nas eleições de 7 de junho de 2015, Erdogan pretendia conquistar uma maioria de dois terços para mudar a Constituição, criando uma presidência executiva e esvaziando os poderes do primeiro-ministro. Mas a entrada de um partido curdo moderado na Assembleia Nacional esvaziou a vitória do AKP, que teve apenas 40% dos votos.
Erdogan acabou com o processo de paz e reiniciou a guerra civil contra os guerrilheiros ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que luta pela independência do povo curdo, maioria no Sudeste da Turquia. Ao mesmo tempo, aumentou a censura e a repressão aos dissidentes.
Em julho do ano passado, diante de um atentado que matou 32 pessoas em Suruç, Erdogan declarou guerra à milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante depois de anos de tolerância e convivência com a passagem de armas e voluntários do martírio, e com o contrabando de petróleo do EI pela fronteira com a Síria. A conivência se deve em parte à vontade de derrubar o ditador sírio, Bachar Assad.
Desde o início deste ano, a Turquia foi alvo de 14 atentados terroristas.
Ao entrar diretamente na guerra civil da Síria, Erdogan bombardeou mais os curdos, que lutam na linha de frente contra o Estado Islâmico com o apoio dos EUA, do que os jihadistas. Em 24 de novembro de 2015, a Turquia abateu um avião de caça da Rússia, gerando um conflito com Moscou.
Nas últimas semanas, a Turquia anunciou a normalização das relações diplomáticas com a Rússia e Israel. A ruptura com Israel foi causada pelo ataque israelense a uma flotilha que tentava furar o bloqueio naval à Faixa de Gaza em 31 de maio de 2010, quando dez turcos foram mortos.
Sob ameaça de isolamento, Erdogan decidiu acabar com esses conflitos, mas foi mais um sinal de fraqueza. O golpe revela a profunda divisão do país e das Forças Armadas.
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