quarta-feira, 13 de julho de 2016

Estado Islâmico planeja atentado no Rio, diz serviço secreto francês

Um brasileiro ligado à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante estaria planejando um atentado contra a delegação da França na Olimpíada do Rio de Janeiro, revelou o chefe do serviço secreto militar francês em depoimento na comissão parlamentar de inquérito que investiga os atentados terroristas de 13 de novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis.

O depoimento foi prestado em 26 de maio. O trecho referente à ameaça terrorista no Rio foi considerado um vazamento de informação e retirado das notas oficiais da CPI, mas foi publicado ontem no sítio da Assembleia Nacional da França na Internet e reproduzido pelo jornal francês Libération.

O general Christophe Gomart citou vários exemplos concretos de ameaças terroristas à França, como "sinais de que sete franceses de retorno do Iêmen em trânsito por Djibúti e de estrangeiros suscetíveis de realizar atos terroristas em territórios nacional", assim como "um certo indivíduo visto na Líbia que foi considerado um combate estrangeiro prestes a entrar em território francês".

A referência aos Jogos do Rio está num diálogo entre o general Gomert e o deputado Georges Fenech, que declarou: "Eu não tinha ouvido falar desse cidadão brasileiro que estaria se preparando para atacar a delegação francesa nos Jogos Olímpicos. Como você pode saber?"

A resposta foi curta e direta: "Através de nossos parceiros."

Embora o Brasil não seja alvo de terroristas, várias delegações estrangeiras podem ser. Em ataques a civis, os terroristas sempre escolhem alvos fáceis. Isso significa que pode ser em qualquer lugar.

Para garantir a segurança da Olimpíada, o Brasil montou um centro antiterrorismo com especialistas dos Estados Unidos, da Espanha, da França, de Israel e do Reino Unido.

Na minha opinião, a maior ameaça à segurança dos países democráticos hoje em dia é o surgimento de uma subclasse social de inempregáveis, sem uma educação mínima para fazer um trabalho digno, deserdados pelo processo de globalização da economia.

Se a rede terrorista Al Caeda foi fundada por um magnata saudita como Ossama ben Laden e formada por pessoas qualificadas como o atual líder, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, os criadores e líderes do Estado Islâmico, Abu Mussab al-Zarkaui, Abu Omar al-Baghdadi e Abu Baker al-Baghdadi, eram marginais com passagem pela prisão.

Os terroristas dos atentados em Paris eram marginaizinhos que haviam cometido pequenos delitos como furto e tráfico de pequenas quantidades de drogas para sustentar o próprio vício. Viraram extremistas muçulmanos na prisão. As cadeias da França, onde dois terços dos presos são muçulmanos, são hoje as grandes universidades do terror no país.

O Brasil tem uma enorme população marginalizada com características semelhantes, recrutas em potencial para todo tipo de organização criminosa.

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