segunda-feira, 11 de julho de 2016

Guerra volta a explodir no país mais novo do mundo

O Sudão do Sul, país mais jovem do mundo, deveria festejar ontem cinco anos de independência do Sudão, pondo fim à mais longa guerra civil da África. Mas com 272 mortes desde quinta-feira, o Sudão do Sul reinicia sua própria guerra civil.

Os partidários do vice-presidente Riek Machar acusam forças leais ao presidente Salva Kiir Mayardit por ataques contra suas posições na capital.

As duas facções entraram em guerra em 15 de dezembro de 2013, quando Kiir mandou desarmar todas as etnias da Guarda Presidencial e rearmou apenas sua tribo dinka. Machar denunciou a discriminação da etnia nuer, que também se rearmou a foi à luta.

Desde então, o total de mortos no Sudão do Sul é estimado entre 50 e 300 mil, contando também as mortes por fome ou doenças causadas pela guerra. Em agosto de 2015, as duas partes assinaram um acordo de paz. Machar reassumiu a vice-presidência em maio de 2016, mas o conflito voltou a explodir agora.

A Primeira Guerra Civil Sudanesa, entre o Norte majoritariamente islâmico e o Sul cristão e animista, foi de 1955 a 1972. A Segunda Guerra Civil Sudanesa durou de 1983 a 2005 e terminou com um acordo de paz que previa a realização de um plebiscito sobre a independência, realizado de 9 a 15 de janeiro de 2011, com 98,83% dos votos a favor.

Além do conflito histórico entre Norte e Sul, que terminou com a independência do Sudão do Sul, o Sudão foi palco do genocídio de Darfur, uma província do Oeste do país, onde milícias leais ao governo islamita de Cartum massacraram povos não muçulmanos, matando mais de 300 mil pessoas pela estimativa das Nações Unidas.

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