Numa cutucada no rival Donald Trump, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton afirmou há pouco, no discurso de aceitação da candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, que ninguém vai governar sozinho.
No principal discurso de sua vida, Hillary enfrenta o desafio de desmanchar a imagem de mulher fria e racional, da advogada autossuficiente, para apresentar uma face humana e um coração sensível.
Como primeira mulher candidata por um grande partido, com chances reais de chegar à Casa Branca, a ex-secretária declarou que "rompido este limite não há teto, o céu é o limite".
Hillary prometeu lutar "pelos que ficaram para trás, pelas regiões atingidas pelo vício e pelo fechamento de fábricas", para diminuir o poder do dinheiro nas eleições, por mais empregos e para impedir que o centro financeiro de Wall Street prejudique as lojas da rua principal.
"Eu acredito que o aquecimento global é uma realidade e que podemos salvar o planeta criando milhões de empregos", acrescentou Hillary. Em seguida, defendeu a reforma do sistema de imigração para manter o país aberto a estrangeiros talentos.
A candidata democrata pediu o apoio de quem defende um salário mínimo digno, o direito das mulheres ao aborto, o direito das mulheres a um salário igual aos homens. Ela prometeu trabalhar com Bernie Sanders, seu adversário nas eleições primárias do partido, para tornar a universidade pública gratuita para a classe média.
"Vamos dar dinheiro para pequenas empresas como a do meu pai", acrescentou. "Nos EUA, quem sonha deve ter o direito de construir."
Em mais um ataque a Trump, Hillary lembrou a falência de um cassino do magnata em Atlantic City, caloteando pequenos empresários, fornecedores e trabalhadores.
A ex-secretária de Estado defendeu sua política externa, a assinatura de um acordo nuclear com o Irã e prometeu derrotar o Estado Islâmico do Iraque e do Levante com bombardeios aéreos e apoio a aliados em terra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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