A China, segunda maior economia do mundo, cresceu no segundo trimestre de 2016 num ritmo de 6,7% ao ano, o mesmo do trimestre anterior, com o mercado imobiliário e as obras de infraestrutura compensando a desaceleração industrial.
O resultado está dentro da meta oficial de crescimento para este ano é de 6,5% a 7%. Em 2015, o índice oficial ficou em 6,9%, levantando suspeitas dos analistas econômicos. Se o crescimento estava dentro da expectativa, por que o governo chinês adotou tantas medidas de estímulo, como cortes de juros e nos depósitos compulsórios dos bancos.
As pressões para a desaceleração da economia chinesa persistem. O investimento em capital fixo cresceu 9% no primeiro semestre de 2016, o menor ritmo desde o ano 2000, e está 9,6% abaixo do mesmo período no ano passado.
"O crescimento se estabilizou e qualidade está melhorando", comentou Zhu Haibin, economista sênior do banco J P Morgan Chase em Hong Kong, citado pelo jornal inglês Financial Times.
"O crescimento do investimento está diminuindo, numa correção do excesso de investimento dos últimos sete anos", acrescentou Zhu. "Mas é muito mais forte em novos setores como alta tecnologia e infraestrutura. Em setores com excesso de capacidade como carvão e aço, vemos crescimento negativo", ou seja, desinvestimento.
Depois de três décadas do maior e mais rápido desenvolvimento da história econômica, com taxas acima de 10% ao ano, a China tenta passar de uma economia baseada no investimento, na construção e na industrialização para uma economia de consumo e serviços.
Em junho, as vendas no varejo subiram 10,6% na comparação anual. Foi a maior alta desde dezembro, acima da expectativa do mercado, que era de 10%.
No segundo trimestre, setor de serviços avançou numa taxa de 7,5% ao ano, um pouco abaixo dos 7,6% do primeiro trimestre.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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