Um ex-guarda nacional do estado da Virgínia será processado por planejar um atentado terrorista nos Estados Unidos em nome do Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Mohamed Bailor Jalloh, cidadão americano nascido em Serra Leoa, na África, foi preso no domingo e denunciado na terça-feira. Pode pegar 20 anos de cadeia.
De acordo com procuradores federais, Jalloh manteve contato com o Estado Islâmico durante uma visita de seis meses à Nigéria no ano passado. Lá, ele teria pensado em ir para a Líbia se juntar à base que a organização terrorista tenta implantar naquele país.
Nos EUA, Jalloh voltou a tentar manter ligações com o Estado Islâmico. Em 9 de abril, ele se encontrou com um informante do FBI, a polícia federal americana, que se fez passar por "militante do Estado Islâmico". Na ocasião, ele elogiou Mohammad Youssef Abdulaziz, o terrorista que matou cinco soldados americanos em Chattanooga, no estado do Tennessee, no ano passado.
Jalloh confessou ao agente secreto que planejava realizar um atentado como o do major Nidal Hassan, que matou 13 colegas no quartel de Forte Hood, no Texas, a maior base militar do Exército dos EUA. Ele foi preso no domingo, depois de comprar um fuzil de assalto numa loja de armas de Charlotte, na Carolina do Norte. Por orientação do FBI, a arma foi sabotada.
É mais um exemplo do risco representado por voluntários que por iniciativa própria, sob a inspiração dos jihadistas e suas redes sociais, resolvem cometer atentados e realizar massacres de civis inocentes.
O réu deixou a Guarda Nacional depois de ouvir a pregação jihadista via Internet de Anwar al-Awlaki, um americano que aderiu à rede terrorista Al Caeda e foi morto no Iêmen por um ataque de drones dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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